Profeta e seu contexto
Vocação, Ação simbólica,
Justiça social, Novo Israel
Pastor Carlos Soares
Contexto histórico 1
 Divisão do reino em 926 a.C.
 Queda de Samaria em 722 a.C.
 O tributo de Judá para Assíria na era Ezequias
 Introdução da religião assíria pelo Manassés
 Declínio de Assíria e ascensão de Babilônia, o rei Josias
declara reforma religiosa (622 a.C.)
 O reino de Judá se torna vassalo do Egito
 Nabopolassar derrota Assíria em 609 a.C.
 Nabucodonosor derrota Egito em 605 a.C.
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Contexto histórico 2
 Na era de Jeoaquim houve cerco de Jerusalém, e houve 1ª
deportação em 597
 Nabucodonosor nomeia Zedequias mas este pede ajuda
do Egito e rescinde suserania
 Em resposta Jerusalém foi destruída e houve 2ª
deportação em 587.
 Templo e Palácios foram destruídos e desde então não se
sabe onde foi a Arca da aliança
 Após 50 anos, Ciro derrota Nabonides (539)
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Contexto histórico 3
 Em 538 a.C., pelo Edito de retorno, povo de Israel
volta do exílio.
 Em 515 a.C., pela autorização de Dario, o Templo de
Jerusalém foi reconstruído.
 Em 445 a.C., pela dedicação de Neemias, o muro de
Jerusalém foi reconstruído.
 Assim, Israel estava caminhando para firmar uma nova
aliança profetizada por Ezequiel.
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Ezequiel: Senhor fortalece
 592-570 a.C.
 Estrutura do Livro:
 Narração da vocação do profeta
1-3
 Oráculo contra Judá: antes da queda
4-24
 Oráculo contra nações
25-32
 Oráculo de salvação: depois da queda
 (Novo Templo)
33-48
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Ezequiel - temas e ênfases
 Conhecimento do Senhor: 99 vezes
 A Glória deixa a Jerusalém (Ez 10-11)
 Retribuição (Ez 14, 18): Da mentalidade coletiva
para individual
 O rei de Tiro (Ez 28)
 Os pastores e o rebanho (Ez34)
 Sobre os falsos profetas (Ez 22.23-31)
 Novo Templo e o Novo Israel (Ez 40-48):
 O retorno da Glória (Ez 43)
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Vocação do Profeta
 Filho de sacerdote Buzi (1,3)
 Sua atitude contra a corrupção e idolatria, inclusive
inflação a lei do Sábado
 Na 1ª deportação para Babilônia em 597, ele foi levado
junto com rei Jeoaquim a direção de Tel-Abib na
margem do rio Kebar
 No quinto ano do exílio, houve o chamado para ser
profeta (2,1-3,15): Ezequiel se cala, só Deus fala.
 Morte da esposa (24,18) como sinal da destruição de
Jerusalém e não podia expressar seu luto
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Vocação do Profeta 2
 Atividade profética estendeu após a 3ª deportação (583
a.C.)
 Em relação do local de atividade: Babilônia e
transportado em visão para Jerusalém
 (8,3; 11,24; 40,2)
 Acerca do conteúdo da sua visão, existem muitas
divergências entre os estudiosos
 Foi um profeta de exílio (Jeremias e Isaías) manteve
acesa a luz da esperança entre os exilados
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Reponsabilidade pessoal 1
 Ez 18; cf. Dt 30,15; 34,7
 O exílio não foi precisamente os pecados desta geração,
os quais não mereciam tamanho castigo, mas sim, os
pecados acumulados de antepassados (Jr 15,4).
 Se Deus leva em conta os delitos paternos, porque não
leva em conta as bondades de outros reis tementes a
Deus?
 A mensagem profética é: há possibilidade de quebrar
a corrente do passado, há necessidade de
comprometer-se a fim de refazer o futuro.
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Reponsabilidade pessoal 2
 Junto à responsabilidade coletiva anuncia-se a
responsabilidade do indivíduo.
 A responsabilidade pessoal é exigência de iniciar a
ação e nela perseverar (Dt 5,9-10)
 O mal produz consequências históricas, no entanto, a
misericórdia divina atravessa a história por mil gerações:
o novo início, para começar a constituir a nova
comunidade de Israel.
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Justiça Social
 Em Ez 22,3 o autor desenvolve duas acusações a saber:
injustiça social e idolatria.
 A gravidade do pecado da liderança sócio-político:
príncipes, juízes, sacerdotes, governante, profetas e
proprietários.
 Ez 22,12-13, a exploração dos mais fracos pelos
príncipes.
 Deus esperava que esse grupo protegessem o país com
sua boa conduta da possível ameaça divina.
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O Pastor e o rebanho 1
 Ez 34
 “No rebanho de Deus, as piores feridas não são causadas
pelos lobos, mas são causadas pelas outras ovelhas.”
 Denúncia de injustiças pelas autoridades (vv.1-10) e
pelos ricos (vv.17-22), mas ao mesmo tempo anuncia
nova situação de paz e bem-estar (11-16, 23-31)
 Analisando vv.5 e 8 significa ausência de pastores que
cumprem sua missão?
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O Pastor e o rebanho 2
 vv. 2-4, 10 antes do exílio existiam os pastores que
aproveitaram do rebanho
 Na época após a deportação não existem pastores e
povo acha se disperso vv.5-6, 8.
 No antigo oriente, o pastor é a imagem para se referir
ao rei. A acusação aqui é que os pastores não
cumprem sua missão
 v.3 destaca benefícios que obtém do rebanho e os
cuidados que o pastor presta
 v.4 aparece 2 grupos de rebanhos: fracas e fortes.
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O Pastor e o rebanho 3
 A relação é que as mais fortes exploram as mais
fracas.
 Exílio: Para resolver este problema foi essencial
desaparecimento das autoridades o que resultou no
exílio.
 vv.11-15 Deus decide ocupar o lugar deixado pelos
pastores e põe fim ao exílio (v.13)
 Nos versos seguintes 34,17-22. 23-24 agora o problema é
entre as ovelhas fortes e fracas
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O Pastor e o rebanho 4
 O enfrentamento não leva ao castigo das fortes que
Deus denuncia (vv.17,20,22)
 Deus vai interferir no pleito fazendo separação dos
cabritos e das ovelhas
 Identificação do pastor com Davi, Davi reinará junto
com Messias
 O problema da injustiça não se restringe só na relação
pastor-ovelha, mas também entre ovelhas fortes e
fracas.
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O Pastor e o rebanho 5
 Reflexão prática:
 “No rebanho de Deus, as piores feridas não são
causadas pelos lobos, mas são causadas pelas outras
ovelhas.”
 Na administração eclesiástica, qual é a importância da
dimensão política do pastorado?
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Novo Israel 1
 Ez 10-11 e 47-48
 Visão da partida da Glória do Senhor
 O maior castigo antecedendo a destruição do Templo
em 586 a.C.
 Visão da presença do Senhor
 O sinal da restauração
 A situação idêntica ocorreu na rejeição de Jesus como
Messias por parte da autoridade judaica no primeiro
século o que trouxe a destruição de Jerusalém no ano
70 d.C.
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Novo Israel 2
 A rejeição (partida) somente fez postergar a chegada
do reino de Deus na sua plenitude, no entanto, não
transferiu para Igreja como interpretam alguns teólogos
 O cumprimento da promessa de Ez não acontece em
relação à Igreja, mas sim em Israel restaurado
 O novo Israel ou Israel espiritual será concretizada na
restauração futura de Israel incluindo Templo, terra,
na dimensão concreta no milênio
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Novo Israel 3
 Israel é distinto da Igreja
 A Igreja não é Israel espiritual
 Israel espiritual são os remanescentes
 Esta ainda vai ser manifestada no tempo escatológico
 Os judeus ortodoxos estão preparados para ressurgir a
religião de Israel, inclusive de consagrar os sacrifícios de
animais de acordo com a Lei de Moisés, no momento da
reconstrução do Templo.
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 REFERÊNCIAS:
 1. DE LACY, J. M. Abrego. Os Livros Proféticos. Coleção Introdução ao Estudo da Bíblia. 2ª ed.
São Paulo: Ave Maria, 2006. 295 p.

 2. CARO, J. M. SÁNCHEZ. (ed.) História, Narrativa, Apocalíptica. Coleção Introdução ao
Estudo da Bíblia. São Paulo: Ave Maria, 2004. 479 p.

 3. SCHOKEL, L. Alonso e DIAZ J.L. Sicre. Profetas I: Isaías, Jeremias. Coleção Grande
comentário bíblico. São Paulo: Paulinas. 1988. 680 p.

 4. SCHOKEL, L. Alonso e DIAZ J.L. Sicre. Profetas II: Ezequiel, Profetas menores, Daniel, Baruc
Cartas de Jeremias. Coleção Grande comentário bíblico. São Paulo: Paulinas. 1991. 731 p.

 5. BALLARINI, Teodorico. e outros. Profetismo e Profetas em geral: Isaías, Jeremias,
Lamentações, Baruc, Carta de Jeremias, Ezequiel. Introdução à Bíblia. Vol. II/3. Petrópolis: Vozes,
1977. 431 p.

 6. BALLARINI, Teodorico. e outros. Os Doze Profetas, Daniel. Introdução à Bíblia. Vol. II/4.
Petrópolis: Vozes, 1978. 282 p.

 7. AMSLER, S. Os Profetas e os livros proféticos. São Paulo: Paulinas, 1992. 452 p.
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Contexto histórico 2