Ligação Iónica • • • • A ligação iónica resulta da atracção electroestática entre iões de carga oposta. A força atractiva é compensada pela repulsão quando os átomos estão muito próximos e as duas núvens electrónicas se começam a sobrepor. A ligação estabiliza à medida que R diminui e é rapidamente desestabilizada para R<R0 R0 corresponde à energia de ligação mais estável e é conhecida como a distância internuclear de equilibrio. Ligação Iónica • • • • Iões com a mesma carga mas de diferentes tamanhos têm a mesma energia de atracção mas diferentes energias de repulsão. Para iões de maiores dimensões a energia repulsiva aumenta para valores superiores de R, quando a energia de atracção é menor. Assim, a presença de iões de maiores dimensões resulta em distâncias internucleares de equilibrio superiores e energias de ligação inferiores. Exemplo: NaF apresenta maior energia de ligação que o NaCl, pelo que a sua Tfusão é também superior (993 ºC – 800 ºC) Ligação Iónica • • • Iões de carga oposta ligam-se uns aos outros em todas as direcções, formando um corpo iónico gigante: o sólido iónico. Cada par iónico tenderá a maximizar a sua energia total de ligação, adoptando a sua distância internuclear de equilibrio R0. Isto resulta numa estrutura ordenada, caracterizada por um arranjo ordenado e periódico dos átomos: o sólido cristalino • • O sólido resultante deve ser neutro, pelo que as cargas positivas devem compensar as cargas negativas. A carga dos iões define a estequiometria dos compostos iónicos por forma a preservar a neutralidade eléctrica. Na+ + ClNaCl e o número de iões Na será o mesmo dos iões Cl. Ligação Covalente • Átomos de electronegatividade semelhante formam ligações covalentes • Descreve-se como a partilha de electrões entre os 2 átomos numa orbital molecular e não se distingue como pertencendo a qualquer dos átomos. • Os dois electrões que participam na ligação estão deslocalizados sobre os dois núcleos. • Ambos os electrões residem numa orbital molecular que resulta da combinação das orbitais atómicas Ligação Covalente • Na molécula de H2 as duas orbitais atómicas, 1s, combinamse para formar duas orbitais moleculares, uma ligante de menor energia e outra antiligante de maior energia. • No H2 cada átomo fornece um electrão e ambos ocupam a orbital de menor energia, resultando numa forte ligação covalente. • Define-se ordem de ligação como metade da diferença entre os electrões na orbital ligante e os electrões na orbital anti-ligante. Ligação Covalente Ligação Covalente Ligação Covalente • Os átomos podem-se organizar em 3 dimensões, em redes covalentes, formando sólidos covalentes. • Os pares de electrões partilhados ocupam uma orbital molecular de baixa energia, resultando em ligações de elevada resistência (100 – 400 kJ/mol) • Na ligação covalente, a densidade electrónica está localizada ao longo do eixo de ligação entre os átomos, pelo que a ligação covalente é muito direccionada. Isto resulta numa rede muito rígida. • Devido às elevadas forças de ligação e elevada rigidez da rede, os sólidos covalentes são muito duros. Exemplo: Diamante. Ligação Metálica • • • Pode-se considerar a ligação metálica como sendo um arranjo de iões positivos rodeados por um gás de electrões. Este agregado mantém-se junto por forças atractivas entre os iões positivos e a nuvem deslocalizada de electrões. Esta nuvem electrónica espalha-se por todo o sólido e distribui-se livremente sob o efeito de campos eléctricos, pelo que uma das características deste tipo de sólidos é a sua elevada condutividade eléctrica. Ligações Secundárias • As ligações primárias correspondem às ligações iónicas, covalentes e metálicas, que têm uma força de ligação entre 100 e 1000 kJ/mol. • As ligações secundárias, também designadas por ligações de Van der Walls, correspondem a forças intermoleculares ou interatómicas de menor energia, envolvendo interacções entre dipolos. Tipicamente variam entre 0,1 e 10 kJ/mol. • As forças de Van der Walls podem ser de 4 tipos: 1 - interacção dipolo permanente-dipolo permanente 2 - interacção dipolo permanente-dipolo induzido 3 - interacção entre dipolos flutuantes ou Forças de London 4 - ligações de hidrogénio (~10 kJ/mol) Ligações Secundárias • • • • As forças de Van der Walls são responsáveis pela formação de sólidos moleculares, como o gelo, cera, fulareno, etc.. As ligações dentro das moléculas são covalentes, mas a ligação entre as moléculas é feita por ligações secundárias, formando sólidos moleculares. Estes sólidos podem ser cristalinos (ordenados e periódicos), como o gelo ou o fulareno, ou amorfos (desordenados) como a cera. Estes materiais são pouco rígidos e de baixo ponto de fusão. Ligações de Van der Walls • O iodo cristalino é formado por moléculas polares de I2, ligadas entre si por forças de London, logo o I2 é um sólido muito frágil. • A grafite é constituída átomos de carbono, ligados entre si por ligações covalentes, formando camadas ligadas entre si por forças de Van der Walls. • As camadas deslizam facilmente umas sobre as outras e a grafite é usada como lubrificante seco. Ligações de Hidrogénio • • • O hidrogénio pode formar ligações de Van der Walls com diversos átomos de maior electronegatividade como O, N, F e S, de moléculas vizinhas. Estas interacções são cruciais por exemplo em proteínas, pois são responsáveis pela forma e estrutura dos aminoácidos que formam as proteínas. Uma proteína de nome “prion”, quando não está correctamente enrolada, é responsável pela doença das vacas loucas.