Estrutura molecular ; Ligação química : compromisso / equilíbrio entre as forças de atracção e repulsão. A energia final é sempre mais baixa. ª electrões de valência: os mais exteriores / mais afectados pela aproximação de dois átomos. ª número de electrões de valência = número de grupo do quadro periódico ª Regra do octeto: a configuração mais estável corresponde à do gás raro mais próximo (8 e- de valência) - muitas excepções!. ; ligação covalente (atómica / homopolar) ; ligação iónica (electrostática) ; ligação metálica ; ligação de van der Waals (secundária) O comprimento da ligação é a distância entre os dois átomos ligados e depende dos respectivos raios atómicos. Ligação covalente ; Os e- são partilhados pelos dois núcleos. I + Cl I Cl ª Importante em muitas moléculas, nomeadamente as do corpo humano, fibras, ... ª É uma ligação forte. ª Existem ligações σ e π . Regra geral: apenas C, N, O e S formam ligações π (P, ocasionalmente). ; Apenas para átomos semelhantes podemos afirmar que os e- da ligação são igualmente partilhados. ª A ligação diz-se polar quando a nuvem de e- não é igualmente distribuída. ; Ligação típica dos materiais com elevado ponto de fusão e calor latente de fusão e de baixo coeficiente de expansão. ª Diamante (C-C) e carburandum (Si-C) / materiais abrasivos Ligação iónica ; Deslocalização da orbital (caso extremo da ligação polar). Na + Cl Na + + Cl - ª Ligações iónicas envolvem geralmente metais do lado esquerdo do QP com nãometais (do lado direito). metais têm baixa energia de ionização não-metais têm alta afinidade por e- ª Os minerais apresentam geralmente ligações iónicas: fluorite (CaF2) ª Catiões metálicos + aniões poliatómicos: sulfatos (CuSO4), nitratos (Ni(NO3)2 ; Redes cristalinas altamente regulares - pontos de fusão elevados e baixa condução eléctrica (os e- não podem migrar com facilidade) ; Factores que afectam o arranjo iónico: ª cargas diferentes ª tamanho relativo dos iões ª forma dos iões Ligação metálica ; Os metais podem ser olhados como um conjunto de iões positivos (núcleo + ecentrais) imerso num “gás” de e- livres (valência). ; Quando o número de ligações é elevado (metais), o número de orbitais cresce e as distâncias (em E) diminuem: banda de orbitais. ª Um e- pode absorver E de qualquer comprimento de onda e passar facilmente de um nível para outro ª Condução térmica e eléctrica ª Superfícies metálicas: lisas e lustrosas ; A ligação metálica não é específica nem direccional - elevado grau de empacotamento. ; Os e- d são responsáveis pela elevada coesão e pontos de fusão dos metais de transição. ª Estão mais próximos do núcleo e agem como os e- centrais - podem no entanto interagir com os s e p (híbridos d2sp3). Ligação de van der Waals ; Forças intermoleculares (fracas) ; Ião - dipolo: dependem da distância / carga do ião e grandeza do dipolo ª hidratação / solvatação ; Dipolo - dipolo: moléculas polares são atraídas umas pelas outras (SO2) ª as ligações de hidrogénio aumentam as atracções dipolo-dipolo ; Dipolo - dipolo induzido: formação de dipolo pela aproximação de uma molécula polar (CO2 em H2O) ª solubilidades de gases em água / polarisabilidade ; Dipolo induzido - dipolo induzido: dipolos induzidos momentaneamente pela aproximação de duas moléculas não polares ª distorções das nuvens de electrões Condutividade ; Quando o número de ligações é elevado (metais), o número de orbitais cresce e as distâncias (em E) diminuem: banda de orbitais. ; Condutores: estruturas com orbitais de valência parcialmente ocupadas próximas de orbitais “vazias” (banda de condução) - metais ª Um e- pode absorver E de qualquer comprimento de onda e passar facilmente de um nível para outro / condução térmica e eléctrica ; Isoladores: estruturas com orbitais de valência ocupadas ou com importante diferença entre orbitais “vazias” e “ocupadas”- C (diamante) ; Semicondutores: pequena diferença entre as bandas de valência e de condução - Si ª Os sólidos iónicos têm condutividades muito baixas dado que não há orbitais parcialmente ocupadas ou bandas de condução acessíveis (é no entanto possível quando existem defeitos no sólido) Estrutura cristalina ; Sólido cristalino - possui uma ordem rígida de longo alcance. Átomos, moléculas e iões ocupam posições específicas. A estabilidade do cristal resulta das forças de ligação covalentes, iónicas, metálicas, vdW (ou combinação entre elas). ; Célula unitária - unidade estrutural que se repete no espaço. ; Empilhamento - a densidade do cristal é dada pela eficiência do empilhamento (percentagem de espaço ocupado). Cúbica simples (nc=8) C.corpo centrado (nc=8) C.face centrada (nc=8) nc - número de coordenação (nº de átomos (iões) que rodeiam um átomo (ião) na rede cristalina Células unitárias de Bravais P-primitiva / simples F-face centrada I-corpo centrado C-dupla face R-romboédrica Tipos de cristais ; As forças de ligação são determinantes na definição do tipo do cristal e das suas características / propriedades. Tipo Forças de ligação Propriedades Exemplos Iónico atracção electrostática Covalente ligação covalente Metálico lig. metálica Molecular F. dispersão; dipolodipolo; lig. H duro, frágil, pf elevado, fraco condutor duro, pf elevado, fraco condutor Macio-duro; pf baixoelevado, bom condutor Macio, pf baixo, fraco condutor NaCl, LiF, MgO, CaCO3 C (diamante), SiO2 (quartzo) todos os metais (Na, Mg, Fe, Cu ...) Ar, CO2, I2, H2O, C12H22O11 (sacarose) ; A forma como os átomos / iões estão “empilhados” é a chave da estrutura dos sólidos metálicos e iónicos. Metais alcalinos / Fe - cúbicos de corpo centrado / Ni, Cu e Al - face centrada / Mg - hexagonal Através da densidade é possível estimar o arranjo do cristal Cristais covalentes ; Os átomos formam arranjos 3D extensos através de ligações covalentes. ª A ligação covalente é direccional ª Possibilidade de diferentes arranjos 3D - alotropia ; Diamante (funde a 3500 C) - ligações sp3 muito fortes que contribuem para o pf elevado e grande dureza (material mais duro que existe) ; Grafite - ligação sp2 , o que origina formação de placas (separação de 335 pm) ª condução possível na direcção das placas / elevada resistência térmica ª dureza - ligação covalente e efeito lubrificante (deslize das placas) Todas as formas de C são estáveis a T e P ambientes e transformam-se em grafite a T elevada - os diamantes transformam-se em grafite . Polimorfismo ; Muitos materiais existem em arranjos estruturais complexos, resultantes de mais do que um tipo de ligação. ; Polimorfismo - existência de uma substância em mais do que uma forma cristalina estável (alotropia / elemento). ª Enantiotropia: a transformação é reversível / temperatura de transição - coexistência das duas formas 910 Ferro (BCC) 1400 Ferro (FCC) 1533 Ferro (BCC) fusão A transformação envolve sempre variação de energia / mudanças substanciais da ligação e mesmo do tipo de ligação ª Monotropia: a transformação não é reversível - uma forma é estável, a outra é metastável Algumas formas cristalinas de quartzo são metastáveis Pseudo-polimorfismo: perturbação da rede cristalina provocada pela fixação de moléculas de água / solventes (hidratação / solvatação) Sólidos amorfos ; Falta de um arranjo 3D ordenado - microcristalinidade ª Vidro (1000 AC) ª Quartzo ª Pirex SiO2 baixo coef. exp. térmica / transparente SiO2 (60-80%) baixo coef exp. térmica B2O3; Al2O3 ª Sodocálcico SiO2 (60-80%) transparente Vis / retem UV Na2O; CaO janelas, garrafas, fibras ópticas ; Cores do vidro ª verde ª amarelo ª azul ª vermelho Óxido de ferro (III); Fe2O3 / Óxido de cobre (II); CuO Óxido de urânio (IV); UO2 Óxido de cobalto (II) e cobre (II); CoO e CuO Partículas de ouro e cobre Diagramas de fases ; Fase: parte homogénea / em contacto com partes distintas do mesmo sistema ; Transformações de fases - exigem transferência de energia ; Diagrama de fases: ilustra as condições de P e T para as quais a substância existe no estado sólido / líquido / gasoso - permite controlar processos: separação / purificação / cristalização / alterações estruturais específicas ; Ponto triplo - ponto de equilíbrio entre as 3 fases ; O declive positivo é o mais habitual. O CO2 não pode fundir à P ambiente ª Declive negativo da água - maior pressão / menor pf ª O gelo forma uma rede 3D: ligações covalente + ligações H ª O gelo é menos denso que a água - FELIZMENTE - isso permite a manutenção da vida nos lagos gelados !!! ; A grafite é mais estável à T e P ambientes Soluções sólidas ; Solução: mistura homogénea - boa dispersão de átomos e moléculas ª Soluções sólidas (ligas metálicas): tamanho dos átomos influenciam a solubilidade ; Soluções de substituição: ª diferenças de raios atómicos inferiores a 15% / mesmo nº de e- valência ocorre substituição com fraca distorção do cristal ª diferenças inferiores a 8% e mesma estrutura cristalina - a solubilidade pode ser quase ilimitada ª se a diferença de electronegatividades for elevada tendência para formar compostos! Não se fala mais de solubilidade! ª solubilidade aumenta com a temperatura ª nos sólidos iónicos as diferenças da valência dos iões é primordial ª soluções sólidas primárias / secundárias: mesma estrutura cristalina do solvente / estrutura diferente ª o ponto de fusão é indefinido - fusão começa aT muito baixa produto cristaliza com composição diferente Soluções sólidas ; Soluções sólidas intersticiais: ª formam-se quando as diferenças de raios atómicos são elevadas Metais de transição H, C, N, B ª Carbonetos metálicos são as mais importantes ª 1º grupo: rC/rM < 0,59 (Ti / V / Hf / W) C não provoca deformação do cristal; dureza e pf elevados; inertes; propriedades refractárias excepção: WC (pf-2870 C) ª 2º grupo: rC/rM > 0,59 W (pf-3410 C) (Cr / Mg / Fe / Co / Ni) possíveis tensões no cristal / expansão / alteração da estrutura cristalina ; Sistemas eutéticos - sistemas de 2 ou + componentes mutuamente solúveis no estado líquido mas insolúveis / parcialmente solúveis no estado sólido. Defeitos em sólidos A A perfeição perfeição não não existe existe !! ; Os defeitos são importantes nalguns processos tecnológicos: precipitação, oxidação ... ª afectam principalmente as propriedades associadas à estrutura: resistência, plasticidade, condutividade, corrosão ... e nem sempre são negativos para o material. ª aumenta a energia interna ª Defeitos de Schottky - Frenkel ª Condutividade dos sólidos iónicos ª Semicondutores Tipo p Tipo n Difusão / cristalização / transição vítrea ; Difusão em sólidos - movimento de átomos, iões ou moléculas resultante da agitação térmica / sempre um processo lento mas importante ª necessidade de passar barreira de energia / impacto dos defeitos ; Cristalização - transição de fase de 1ª ordem / o tamanho e forma dos cristais bem como a sua homogeneidade têm uma importância capital nas suas propriedades finais ª Nucleação - formação de núcleos / formação espontânea da nova fase arrefecimento de soluções sobre-saturadas / sementeiras homogénea / heterogénea / cavitação ; Transição vítrea - solidificação de um material amorfo / transição de 2ª ordem ª aumento gradual da viscosidade ª quase todas a substâncias apresentam transição vítrea - se arrefecidas rapidamente - evita o arranjo do cristal ª estruturas complexas como a sílica e silicatos - elevada viscosidade na fase líquida ª ligas metálicas - quenching Corrosão ; Deterioração por reacção química ou electroquímica - não intencional - feita a partir da superfície. ª destruição dos metais / acção electroquímica - electrões livres ª 25% da produção de aço destina-se a substituir metal destruído por corrosão ; Metais puros tendem a voltar à forma em que existem na natureza: óxidos, hidróxidos, carbonatos, silicatos, sulfatos ... (mais estável) ª com excepção do ouro, prata e platina, todos os metais tendem a oxidar-se espontaneamente ª o filme de óxido que se forma à superfície é normalmente suficiente para parar a oxidação (aquecimento das armaduras) / passivação - uso de ácido (nítrico) para criar uma película fina de óxido / galvanização - o Zn é oxidado antes do ferro + Zn(OH)2 é menos solúvel ª Al tem maior tendência par oxidar que o Fe mas o óxido formado (Al2O3) não é solúvel - mais estável ª os cloretos (mar / estradas) ajudam a corrosão / mais solúveis que os óxidos - Al nas casas de praia ª Os barcos são protegidos por eléctrodos de platina (inerte) ligados a uma bateria: o casco passa a ser o cátodo, evitando a corrosão