ARGÔNIO EM ENDOSCOPIA
Projeto Diretrizes: SOBED
1
Qual o princípio do coagulador de
Argônio?
• Utiliza o gás argônio para distribuir
energia térmica através de plasma (gás
ionizado) em tecidos adjacentes ao probe,
com penetração de 2 a 3 mm
2
Qual a vantagem sobre outros
métodos térmicos?
• Levar a uma coagulação tanto linear
quanto tangencial
• Baixa profundidade de penetração
3
Quais as recomendações
de uso?
4
Quais as recomendações
de uso?
5
Quais os dados da
literaturas em Barrett sem
displasia?
• De 1998 até 2008 foram publicadas 20
séries de casos e 7 ensaios clínicos
randomizados (ECR) sobre o uso do APC
em pacientes com diagnóstico de Esôfago
de Barrett sem displasia
6
Qual a taxa de
erradicação em Barrett
sem displasia?
• A erradicação completa do Esôfago de
Barrett variou de 56 a 100% nas séries de
casos (C) e 36 a 97% nos ensaios clínicos
randomizados (B).
Wani S et al. 2010
7
Qual a taxa de
recorrência
• Recorrência de 43% (B).
Bright et al. 2007
8
Houve progressão
da doença?
• 01 para displasia de baixo grau no grupo
do Argônio
• 02 tiveram estenose pós Argônio
(dilatação)
9
Quanto tempo permaneceu
estável?
• A mucosa neoescamosa permaneceu
estável ao longo dos 5 anos de follow-up
– Nenhum caso de displasia de alto
10
Quais os dados da
literatura em Barrett com
DBG
• Há dados de 3 séries de casos (num total
de 35 pacientes) e 1 ensaio clínico
randomizado que comparou Argônio
(n=13) com Terapia Fotodinâmica (n=13).
Wani ete al. 2007
11
Qual foi a taxa de
erradicação?
• Na série de casos variou entre 57 a 100%
(C)
• No ensaio randomizado ocorreu completa
erradicação da displasia em 62%
– Progressão para adenocarcinoma em 1
paciente.
• Não houve diferença estatística em
relação ao grupo que realizou Terapia
Fotodinâmica (B)
12
Quais os dados da literatura
em Barrett com DAG?
• Não há ensaios randomizados até o presente
• Há 3 séries de casos publicados entre os anos
de 2001 e 2003 com 48 pacientes e seguimento
médio de aproximadamente 27 meses.
• O índice de erradicação completa foi de 86%
– 5 pacientes (+/- 10%) evoluiram para
adenocarcinoma esofágico (C).
Wani et al. 2007
13
O que concluir Argônio
em Barrett?
• É tratamento efetivo para erradicar a
metaplasia intestinal especializada em até
70% (C).
• Existem controvérsias sobre benefícios
no esôfago de Barrett sem displasia
Sharma. 2006
14
Qual o risco de câncer ou
displasia de alto grau?
• Pacintes só sob vigilância endoscópica:
– Incidência de câncer foi de 0,5% ao ano
– Incidência combinada de displasia de alto
grau e/ou câncer foi de 1,3% ao ano
Sharma. 2006
15
Há riscos com o uso do
Argônio?
•
•
•
•
•
•
Dor
Febre
Sangramento
Estenose
Perfuração
Persistência de epitélio metaplásico e/ou
displásico
Manner. 2006
16
Qual a vantagem no
divertículo de Zenker?
• Ser usado para tratamento do divertículo e
simultaneamente como método
hemostático.
17
Quais os números da
literatura?
• Estudo retrospectivo com 41 pacientes
• Todos os pacientes responderam
– Média de 3 sessões.
• Complicações
– Febre em 17%
– 01 perfuração tratada conservadoramente
Rabenstein. 2007
18
Qual o resultado a longo
prazo?
• 34 de 41 foram seguidos
– 5 apresentaram recorrência do divertículo,
sendo tratados com sucesso com nova
sessão de Argônio.
Rabenstein. 2007
19
Há estudos nível A ou B?
• Não há estudos randomizados
comparando Argônio com Cirurgia
• O Argônio é uma opção viável (C)
– Rabenstein (2007)
20
Já foi usado em varizes
esofágicas?
• Na prevenção da recorrência de varizes
esofágicas após sessões de ligadura elástica
– Nakamura e col.
• 30 pacientes randomizados para ligadura e
argônio e 30 pacientes apenas ligadura
• Recorrência:
– Apenas ligadura elástica 74,2%
– Ligadura + Argônio 49,6%
– Eventos adversos não foram significativamente
diferentes nos dois grupos (B).
21
Qual o resultado em
úlceras sangrantes?
• Plasma de Argônio (20 pacientes)
comparado com “heater probe” (21
pacientes)
• 40% tinham sangramento ativo e 60%
tinham vaso visível na base da úlcera.
• Os dois grupos foram similares com
respeito às variáveis prévias
Cipoletta. 1998
22
Qual o resultado em
úlceras sangrantes?
• Adrenalina + “heater probe” X Adrenalina
+ coagulação com Argônio.
• Avaliado recorrência de sangramento:
– Não houve diferença significante
Chau. 2003
23
Qual o resultado em
úlceras sangrantes?
• Metanálise (Cochrante 2005)
• Argônio X Outras formas de coagulação
ou escleroterapia
• Não houve diferença significante.
Havanond. 2005
24
Quais os resultados na
proctite actínica?
• Mais de 90% (melhora da hemoglobina e
não recorrência do sangramento).
• Com 2 a 3 sessões em média (C).
Postgate. 2007
25
Quais as
complicações no uso
em cólon?
•
•
•
•
Esplosão colônica
Outros:
Dor em cólica
Úlceras retais na linha pectínea
– Recomendável bom preparo do cólon
– Evitar o uso próximo da linha dentada.
Bowel. 2003
26
Quais os resultados nos
defeitos vasculares?
• Gastropatia congestiva antral
• 20 pacientes cirróticos (16 CHILD C e 4
CHILD B)
• Anemia crônica
• Várias sessões para erradicação completa
• Segmento de 7,7 meses
• Correção da anemia em 18
– Recidiva em 6
Fuccio e col (2009),
27
E na lesão de
Dieulafoy?
• Série de casos: 23 pacientes
– 20 com sangramento ativo
– Isoladamente em 20
– Com adrenalina em 03
•
•
•
•
Sangramento controlado em todos (C)
Recorrência em 01 após 48 h
Não houve óbitos
Seguimento de 29 meses
Iacopini e col (2007)
28
Que cuidados ter nas
lesões vasculares?
• Risco de pneumoperitônio nas
malformações artério-venosas (+ em
cólon)
– Usar no centro da malformação
• Pulsar em ambientes sem água
• Aspirar continuamente o gás residual
Cohen. 2010.
29
O que diz a literatura em
casos de CA precoce?
• 40 pacientes sem condições de mucosectomia
ou cirurgia
–
–
–
–
Intra-mucosos sem recidiva
Recorrência em 4 (sub-mucosos)
01 perfuração com óbito
02 sessões em média
• Seguimento de 52 meses
Kitamura e col (2006)
30
Pode ser usado pós
mucosectomia?
• Para complementar a mucosectomia
• Ou, como tratamento isolado
– Idosos sem condições clínicas para
mucosectomia ou cirurgia (C)
Murakami (2004)
31
O que se conclui do uso
em Ca precoce?
• São publicações de séries retrospectivas
• O benefício real não pode ser avaliado
32
E nos tumores
avançados?
• 83 pacientes com tumores esofágicos ou
de cárdia avançados sem condições
cirúrgicas.
• Recanalização, permitindo retomar via
oral em 84% dos pacientes.
– (54%) com apenas 1 sessão.
• Sangramento difuso por tumores
– Não muito efetivo (D)
Cohen. 2010
Heindorff. 1998
33
E após peacemeal ou
sangramento pós
polipectomias?
• 18 pacientes com pólipos gástricos e 29
com pólipos colônicos
• Ausência de pólipos remanescentes
– 90% dos pólipos gástricos
– 96% dos pólipos colônicos
Neneman. 2006
34
Fim
[email protected]
35
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