Grupo do Joelho e Artroscopia DOT REUNIÃO 17/02/05 Long-term results of meniscus repair and meniscectomy: a 13-year functional and radiographic follow-up study Introdução: – In vitro há melhor distribuição do estresse em meniscos reparados (lesão periférica e longitudinal) do que em meniscos que sofreram meniscectomia parcial, seguidos da meniscectomia total – Melhores resultados funcionais e radiográficos com o reparo em um follow-up de 7 anos – Hipótese: melhores resultados em 13 anos Long-term results of meniscus repair and meniscectomy: a 13-year functional and radiographic follow-up study Materiais e métodos: – Pacientes tratados entre 1978 e 1983. – 30 reparos de uma série consecutiva (lesão longitudinal, periférica, sem sinais de degeneração) – 30 meniscectomias de séries retrospectivas – Critérios de exclusão: lesões maiores concomitantes, lesão de algum ligamento cruzado Long-term results of meniscus repair and meniscectomy: a 13-year functional and radiographic follow-up study Grupo Reparo: nenhuma cirurgia prévia do joelho Grupo Meniscectomia: 4 pacientes com meniscectomia aberta prévia no joelho oposto Long-term results of meniscus repair and meniscectomy: a 13-year functional and radiographic follow-up study Repair (n=30) Meniscectomy (n=30) p Age (years) 26 26 (13-43) ns medial/lateral (n) 21/9 21/9 Median preop activity (Tegner) 7 6,5 ns Levels 4-10 (%) 97 77 s Median time from injury to surgery (weeks) 19 (0104) 18 (0-370) ns Traumatic injury (n) 22 20 ns Follow-up time I 6,9 6,8 ns Follow-up time II 13,7 12,9 s Type of meniscus tear and cartilage grading at initial arthroscopy REPAIR MENISCECTOMY 0 1 VERTICAL 30 18 INTRAMENISCAL 10 10 MENISCOCAPSULAR 19 0 BUCKET HANDLE 1 8 HORIZONTAL 0 7 FLAP 0 4 GRADE 0 24 13 GRADE 1 5 15 GRADE 2 1 2 GRADE 3 0 0 RADIAL LONGITUDINAL CARTILAGE Long-term results of meniscus repair and meniscectomy: a 13-year functional and radiographic follow-up study REPARO: lesão longitudinal no 1/3 periférico ou de inserção capsular, 2-4 cm Técnica de Hamberg, com suturas não reabsorvíveis Imobilização em 20 graus de flexão por 5 semanas, seguidas por mobilização e carga progressivas Esportes após 2 meses MENISCECTOMIA: carga imediata Long-term results of meniscus repair and meniscectomy: a 13-year functional and radiographic follow-up study Follow-up Pacientes com avaliação prévia há 7 anos – Função avaliada pelo Lysholm score – Nível de atividade pela escala de Tegner de 11 pontos 0-3 atividades diárias sem esportes 4-10 com atividades esportivas – Exame físico: ADM, estabilidade sagital tibial (laxity tester), patologia meniscal e patelofemoral e força muscular (Appel) – Escala analógica subjetiva da função (0-100) – Alinhamento varo-valgo Exame radiográfico: RX AP c/ carga ligeiramente flexionada Fairbank and Ahlback Grade 0 No change Grade 1 Fairbank changes: Osteófitos, achatamento dos côndilos femorais, e esclerose s/ redução do espaço Grade 2 Pelo menos 50% de redução do espaço Obliteração do espaço Grade 3 Long-term results of meniscus repair and meniscectomy: a 13-year functional and radiographic follow-up study Análise do fluido articular: 26 reparos e 28 meniscectomias – Fragmentos de proteoglicanos foram quantificados como glicosaminoglicanos sulfatados pela precipitação com Alcian blue Long-term results of meniscus repair and meniscectomy: a 13-year functional and radiographic follow-up study RESULTADOS Características iniciais dos grupos: – Antes da lesão, o grupo reparo participava de mais atividades esportivas do que o grupo meniscectomia – O tempo entre a lesão e a cirurgia foi similar – O grupo meniscectomia tinha mais degeneração cartilaginosa que o grupo reparo – O tempo de cirurgia foi maior no grupo reparo – O tempo de doença e seguimento foi maior no grupo reparo Long-term results of meniscus repair and meniscectomy: a 13-year functional and radiographic follow-up study Taxa de falha e nova cirurgia: semelhante nos dois grupos – A taxa de falha no grupo reparo foi de 23% (4 meniscos não curaram e 3 sofreram re-ruptura, sofrendo meniscectomia) – 1 paciente do grupo reparo teve uma ruptura traumática do LCA 11 anos após o reparo meniscal e a reconstrução foi realizada 8 meses antes da reavaliação de 13 anos – 20 % dos pacientes meniscectomizados tiveram de realizar a cirurgia novamente por ressecção primária insuficiente ou ruptura do menisco remanescente Long-term results of meniscus repair and meniscectomy: a 13-year functional and radiographic follow-up study Função e atividade do joelho – Não houve diferenças na função do joelho pelo Lysholm score e nem pela escala analógica subjetiva da função – Não houve diferença funcional entre as avaliações de 7 e 13 anos – Não houve diferença no nível de atividade em 7 anos – O nível de atividade foi melhor no grupo reparo em 13 anos Physical examnination at 13-year follow-up repair meniscectomy P Range of motion(º ) 147 143 Ns Angle during muscle strength testing (º ) 114 110 Ns Total sagittal displacement (mm) 3.3 3.5 Ns Varo (n) 11 11 Ns Valgo (n) 11 12 Ns neutro (n) 8 7 ns Long-term results of meniscus repair and meniscectomy: a 13-year functional and radiographic follow-up study Achados radiográficos – Metade dos pacientes de ambos os grupos possuía osteófitos, esclerose ou achatamento do côndilo femoral – Em 7 anos a diminuição do espaço foi menos comum no reparo – Em 13 anos não houve diferença entre os grupos (10% no reparo e 27% na meniscectomia), mesmo que somente os reparos que tiveram sucesso fossem comparados com as meniscectomias Long-term results of meniscus repair and meniscectomy: a 13-year functional and radiographic follow-up study Análise do fluido articular – Não houve diferença entre os grupos e não houve correlação com o grau de artrose Long-term results of meniscus repair and meniscectomy: a 13-year functional and radiographic follow-up study Discussão – Maior tempo de follow-up no reparo X deterioração do menisco reparado – Não houve randomização. – O tipo de ruptura meniscal e a qualidade do menisco foram decisivas para o tratamento. A degeneração articular prévia pode explicar os melhores resultados do reparo em 7 anos, porém não causa maiores sintomas ou artrose mais grave em 13 anos – probabilidade de causa traumática – Tipo de atividade do paciente – a intensidade do trauma – Anormalidade biomecânica prévia – Insuficiência ligamentar – Idade – Análise do fluido articular (massa cartilagínea...) – Os bons resultados da meniscectomia devem ser pesados contra o longo tempo de reabilitação do reparo