Gestão e Tratamento de Resíduos
Sólidos
Sandro R. Lautenschlager
Tópicos Abordados
 Classificação;
 Características físicas, químicas e biológicas;
 Influencia das características dos resíduos
sólidos na limpeza urbana;
 Coleta e transporte;
 Tratamento de resíduos sólidos;
 Disposição final .
Definição - Resíduos Sólidos
natureza
atividades humanas
orgânicos
inertes
Disposição Inadequada de Resíduos Sólidos
Disposição Inadequada de Resíduos Sólidos
Disposição Inadequada de Resíduos Sólidos
Disposição Inadequada de Resíduos Sólidos
Risco Ambiental e Sanitário
Poluição das águas
 Poluição do solo
 Poluição do ar (Gases, odor, material
particulado)
 Problemas econômicos
 Problemas sanitários

Reutilização e Reciclagem
Aproveitamento do próprio
resíduo, sem que tenha que
sofre uma transformação
industrial
REUTILIZAÇÃO
Reutilização e Reciclagem
Recuperação de resíduos mediante
uma série de operações que
permitam que materiais processados
e descartados como resíduos sejam
aproveitados como matéria prima no
processo que os gerou ou em outros
Classificação: Quantos aos Riscos
Potenciais ao Meio Ambiente

CLASSE I (Perigosos): São aqueles que, em
função de suas características intrínsecas de
inflamabilidade,
corrosividade,
reatividade,
toxicidade ou patogenicidade, apresentam
riscos à saúde pública quando manuseados de
forma inadequada
Classificação: Quantos aos Riscos
Potenciais ao Meio Ambiente

CLASSE II (Não inertes): São os resíduos que
podem apresentar características de
combustibilidade, biodegradabilidade ou
solubilidade com possibilidade de acarretar
riscos à saúde ou ao meio ambiente
Classificação: Quantos aos Riscos
Potenciais ao Meio Ambiente

CLASSE III (Inertes): São aqueles que, por suas
características intrínsecas, não oferecem riscos
à saúde e ao meio ambiente.
Classificação: Quantos a Natureza
ou Origem
Domiciliar;
 Comercial;

Limpeza pública (logradouros, praias, feiras,
eventos);
 Domiciliar especial (Entulho de obras, pilhas e
baterias, lâmpadas fluorescentes, pneus, etc...)
 Fontes especiais (Industrial, radioativo, portos,
aeroportos e terminais ferroviários, agrícola e
resíduos de serviços de saúde)

Etapas de um Sistema de
Limpeza Urbana

Geração de resíduos

Acondicionamento dos resíduos

Coleta dos resíduos

Transporte dos resíduos

Transferência (Transbordo)

Tratamento dos resíduos

Disposição final
Características Físicas

Geração per capita
Características Físicas

Composição gravimétrica
Características Físicas

Composição gravimétrica
Características Físicas

Massa específica aparente
aparente
Massa

Volume total
Resíduos sólidos domiciliar
aparente  230 kg / m3
aparente  600 kg / m3 a 800 kg / m3
Resíduos sólidos
compactado
Características Físicas

Teor de Umidade


Quantidade de água presente no resíduo
sólido, apresentado percentualmente em
peso (Valor típico resíduo sólido urbano:
40% a 60%)
Compressividade
 Grau de compactação ou a redução do
volume que uma massa de resíduo sólido
pode sofrer quando compactada
Características Químicas

Poder Calorífero


Capacidade potencial do material liberar
calor quando submetido à queima (Valor
típico: 5.000 kcal/kg)
pH

Indica o teor de acidez ou alcalinidade dos
resíduos. Em geral, situa-se na faixa de 5
a7
Características Químicas

Composição Química


Determinação do teor de SV, matéria
orgânica, carbono, nitrogênio, potássio,
etc...
Relação Carbono/Nitrogênio (C:N)

Indica o grau de decomposição da matéria
orgânica dos resíduos sólidos nos processos
de tratamento, variando de 35/1 a 20/1
Características Biológicas

População microbiana

População de microrganismos
patogênicos
Influência das Característica dos
Resíduos Sólidos na Limpeza Urbana

Geração per capita
Fundamental para se poder projetar as
quantidades de resíduos a coletar e a dispor.
Importante no dimensionamento de veículos.
Elemento básico para determinação da taxa de
coleta,
bem
como
para
o
correto
dimensionamento de toda as unidades que
compõem o Sistema de Limpeza Urbana.
Influência das Característica dos
Resíduos Sólidos na Limpeza Urbana

Composição gravimétrica
Indica a possibilidade de aproveitamento das
frações recicláveis para comercialização e da
matéria orgânica para a produção de composto
orgânicos.
Quando realizada por regiões da cidade, ajuda
a se efetuar um cálculo mais justo da tarifa de
coleta e destinação final.
Influência das Característica dos
Resíduos Sólidos na Limpeza Urbana

Massa específica aparente
Fundamental para o correto dimensionamento
da frota de coleta, assim como de contêineres
e caçambas estacionárias.
Influência das Característica dos
Resíduos Sólidos na Limpeza Urbana

Teor de Umidade
Tem influência direta sobre a velocidade de
decomposição da matéria orgânica no processo de
compostagem.
Influencia diretamente o poder calorífico e o peso
específico
aparente
dos
resíduos
sólidos,
concorrendo de forma indireta para o correto
dimensionamento de incineradores e usinas de
compostagem.
Influencia diretamente o cálculo da produção de
chorume e o correto dimensionamento do sistema de
coleta de percolados.
Influência das Característica dos
Resíduos Sólidos na Limpeza Urbana

Compressividade
Muito importante para o dimensionamento de
veículos coletores, estações de transferência
com compactação e caçambas compactadoras
estacionárias.
Influência das Característica dos
Resíduos Sólidos na Limpeza Urbana

Poder Calorífero
Influencia o dimensionamento das instalações
de todos os processos de tratamento térmico
(incineração, pirólise e outros).
Influência das Característica dos
Resíduos Sólidos na Limpeza Urbana

pH
Indica o grau de corrosividade dos resíduos
coletados, servindo para estabelecer o tipo
de proteção contra a corrosão a ser usado
em veículos, equipamentos, contêineres e
caçambas metálicas.
Influência das Característica dos
Resíduos Sólidos na Limpeza Urbana

Composição Química
Ajuda a indicar a forma mais adequada de
tratamento para os resíduos coletados.
Influência das Característica dos
Resíduos Sólidos na Limpeza Urbana

Relação C:N
Fundamental para se estabelecer a qualidade
do composto produzido.
Influência das Característica dos
Resíduos Sólidos na Limpeza Urbana

Características Biológicas
Fundamentais na fabricação de inibidores de
cheiro e de aceleradores e retardadores da
decomposição da matéria orgânica presente no
nos resíduos sólidos.
Acondicionamento
Evitar acidentes
 Evitar a proliferação de vetores
 Minimizar o impacto visual e olfativo
 Reduzir a heterogeneidade dos resíduos
 Facilitar a realização da etapa de coleta

Coleta e Transporte de Resíduos
Sólidos
Coletar significa recolher os resíduos sólidos
acondicionado por quem o produz para
encaminhá-lo, mediante transporte adequado, a
uma possível estação de transferência, a um
eventual tratamento e a disposição final.
Coleta e Transporte de Resíduos
Sólidos
A coleta de resíduo sólido deve ser efetuado
de forma regular;
 O intervalo de tempo entre a geração de
resíduo sólido, no Brasil, não deve ser superior
a uma semana;
 O dimensionamento da frota de veículos de
coleta de resíduos sólidos e seu itinerário é um
problema de logística;

Coleta e
Transporte de
Resíduos Sólidos
Coleta e Transporte de Resíduos
Sólidos

Coletores compactadores (6,0 m3 a 19,0 m3)
Coletor compactador – 6m3
Coletor compactador –10 a 15 m3
Coleta e Transporte de Resíduos
Sólidos
Coleta e Transporte de Resíduos
Sólidos
Operação de Transbordo
Evita o atraso nos roteiros de coleta;
 Diminuição do tempo improdutivo da guarnição
de trabalhadores ociosos;
 Diminuição do custo de transporte;
 Aumento da produtividade dos caminhões de
coleta.

Tratamento de Resíduos
Sólidos Urbanos
Uma série de procedimentos destinados a reduzir a
quantidade ou o potencial poluidor dos resíduos
sólidos, seja impedindo o descarte deste em
ambiente ou local inadequado, seja transformandoo em material inerte ou biologicamente estável
Tratamento de Resíduos
Sólidos Urbanos
 Reciclagem
 Incineração
e compostagem
Compostagem: Definição
Processo natural de decomposição biológica de
materiais orgânicos, de origem animal e vegetal,
pela ação de microrganismos. Para que ele ocorra,
não é necessário a adição de qualquer componente
físico ou químico à massa do resíduo sólidos.
Compostagem: Vantagens

Possibilidade de reciclagem de materiais triados

Produção de composto orgânico auxiliar da
fertilização química e biológica do solo

Fácil manutenção e operação do que quando
comparado com a técnica de incineração
Compostagem: Desvantagens

Alto custo de investimento

Viável se houver demanda do composto gerado

Limitado por sua capacidade operacional

Necessidade de encaminhamento dos rejeitos
para aterro sanitário ou incineradores
Compostagem-Classificação
Baseado no Consumo de Oxigênio
ANAERÓBIA
 AERÓBIA

Baseado na temperatura
MESOFÍLICA
 TERMOFÍLICA

Compostagem-Classificação
Baseado no grau de complexidade
AERAÇÃO NATURAL
 AERAÇÃO ACELERADA

Compostagem-Fatores
Intervenientes no Processo
Microbiologia
 Umidade
 Oxigenação

Compostagem-Fatores
Intervenientes no Processo
Temperatura
 Relação C:N
 pH
 Tamanho de partícula

Disposição Final de Resíduos
Sólidos Urbanos
Incineração
Processo de queima, na presença de excesso de
oxigênio, no qual os materiais à base de carbono
são decompostos, desprendendo calor e gerando
um resíduo de cinzas.
Incineração- Vantagens

Redução significativa de volume dos resíduos

Requer áreas relativamente pequenas

Pode receber grande variedade de resíduos

Possibilidade de localização próxima de áreas
urbanas, se devidamente controlada, diminuindo
os custos de transporte
Incineração- Vantagens

A sua operação não é dependente de condições
meteorológicas

Não há contato direto dos operários com os
resíduos sólidos

Forma correta do ponto de vista sanitário para
eliminar resíduos de serviços de saúde
Incineração- Desvantagens

Altíssimo custo de investimento e operação

Requer mão de obra especializada para
operação e manutenção

Requer rígido controle das normas de segurança

Pode produzir poluentes atmosféricos prejudiciais
à saúde
Incinerador
Aterros sanitários
Forma de disposição final de resíduos sólidos
urbanos no solo, através do confinamento em
camadas cobertas com material inerte, geralmente
solo, segundos normas operacionais específicas,
de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e
a segurança, minimizando os impactos ambientais
Aterros Sanitários-Vantagens
Custo de investimento muito menor que o
requerido por outras formas de tratamento de
resíduos
 Baixo custo de operação
 Método de disposição final completo
 Simplicidade operacional
 Flexibilidade operacional

Aterros Sanitários-Desvantagens
Não trata os resíduos, consistindo em uma forma
de armazenamento no solo
 Requer áreas significativas
 A sua operação depende de condições climáticas
 Apresenta risco de contaminação do solo e da
água subterrânea

Aterros Sanitários-Estação de
Tratamento do Chorume
Referências
BARBOSA, G. Incineração. In: JARDIM, N. S. (Coord.) et al.
Lixo Municipal: Manual de gerenciamento integrado. São
Paulo: IPT:CEMPRE, 1995. (Publicações IPT; nº 2.163).
FIGUEIREDO, P. J. M. A sociedade do lixo: os resíduos, a
questão energética e a crise ambiental. 2. ed. Piracicaba.
Ed.da Unimep, 1995.
PINTO, M. S. (Coord.). A coleta e disposição do lixo no Brasil.
Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1979.
ROCCA, A. C. C. (Coord.) et al. Resíduos sólidos industriais. 2.
ed. São Paulo: CETESB, 1993.
SANTOS, J. M. R. Coleta seletiva de lixo: Uma alternativa
ecológica ao manejo integrado dos resíduos sólidos urbanos.
São Paulo, 1995. Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica,
Universidade de São Paulo.
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Aula 4 - Introdução Aterro Sanitário