Mudanças exige Líder
Nilson Pimentel (*)
Em tempos de mudanças constantes, no ambiente econômico, na sociedade e no relacionamento entre as
pessoas, as organizações também são obrigadas a mudar também, haja vista a sobrevivência estrutural do seu
negócio e em defesa da continuidade da reprodução do capital em mercado consumidor amplo, no qual o cliente
é fator primordial e importante para a continuidade do negócio.
E, para tanto, as transformações ou a implementação de um projeto traz sempre preocupação da direção maior
sobre o que isto causará na cultura e no capital humano da organização, em função das mudanças ocorridas, sem
se descuidar das crenças e dos valores que norteiam a empresa.
Entretanto, no processo de mudanças impostas pelo cenário econômico dos negócios ou por necessidade de
transformação, a principal preocupação e necessidade de seus dirigentes deve ser com que papel se dá
continuidade às funções nesse processo, mas nada de atividades de team-building que mascaram os problemas a
enfrentar nessas mudanças. Conforme os especialistas, esses gestores devem estabelecer um senso de
necessidade e urgência para a transformação.
Como é lugar comum em processos de mudanças ou transformações, alguém haverá de proceder à gestão do
processo, dedicando um esforço maior, principalmente para demonstrar para as demais pessoas da organização
que o processo que deverão passar é necessário e, será exigida a participação efetiva de cada um.
Assim sendo, se cria um cenário que motive as pessoas e deve se comunicada de forma clara e convincente, pois
as ações devem se coadunar com o plano de mudanças ou transformações, de forma que o gestor tenha poder de
ação sobre os demais colaboradores.
Tudo isso para demonstrar que os desafios advindos de uma concorrência cada vez mais acirrada que enfrentam,
necessitarão formar pessoas para gerenciar seus processos de negócio.
Então, o management desempenha papel mais importante quando as empresas passam a ter que fazer mais com
menos recursos disponíveis. Management é fazer com que as coisas aconteçam no prazo certo que as estratégias
de mudanças exigem.
Assim, nesses processos a organização precisa que a liderança a leve para novos caminhos de futuro, inspirando
as demais pessoas a desejarem que esse futuro chegue logo, pois a todos beneficiará.
Portanto, processos de mudanças e transformações exigem líderes e não gestores, porque não se espera que as
pessoas ajam sob orientações de gerentes, mas façam a diferença seguindo o planejamento estratégico do Líder
do processo.
Algumas ocasiões às organizações elegem e criam “agentes de mudança” oriundos de dentro de seus quadros
que se comprometem com os objetivos das mudanças.
Um líder de verdade apresenta o planejamento estratégico, com objetivos e metas, cria ambiência de liberdade
de ação dentro do processo e indica as estratégias que levem à consecução das metas ou resultados, haja vista,
que não se deve agir sob o manto da imprevisibilidade.
Ressalte-se que o papel do Líder demonstra que os valores também mudam em função das novas estruturas da
organização em transformação, pois assim é necessário que se consolide nesse novo status.
Assim, somente um Líder seja capaz de demonstra que a mudança ou transformação foi necessária e os
resultados foram positivos dentro do desempenho traçado naquelas estratégias, pois o que se almeja não é o
“Change Management”, mas o “Change the Manager”.
Por isso que o Líder poderá escolher determinado tipo de estratégia que seja o mais adequado às mudanças,
tendo em vista a sua qualificação e capacitação e os objetivos estabelecidos no planejamento estratégico.
Entretanto, deverá estar ciente de que a escolha poderá nortear o seu desenvolvimento por um determinado
período de tempo.
Dessa forma, entende-se que as estratégias podem ser estabelecidas de acordo com a situação da organização,
podendo estar voltadas à sobrevivência, manutenção, crescimento ou desenvolvimento, ou conforme postura
estratégica da empresa no mercado, tais como:
a) Estratégia de sobrevivência - deve ser adotada pela empresa quando não existir alternativa, ou seja, apenas
quando o ambiente e a empresa estão em situação inadequada com muitas dificuldades ou quando apresentam
péssimas perspectivas (alto índice de pontos fracos internos e ameaças externas).
A sobrevivência pode ser uma situação adequada como condição mínima para atingir outros objetivos mais
tangíveis no futuro, como lucros maiores, vendas incrementadas, maior participação no mercado, etc; mas não
como um objetivo único da empresa, ou seja, estar numa situação de “sobreviver por sobreviver”;
b) Estratégia de manutenção - é uma ação preferível quando a empresa está enfrentando ou espera encontrar
dificuldades, e a partir dessa situação prefere tomar uma atitude defensiva diante das ameaças.
A empresa identifica um ambiente com predominância de ameaças, entretanto, possui uma série de pontos
fortes (disponibilidade financeira, recursos humanos, tecnologia, etc.) acumulados ao longo dos anos, além de
querer continuar sobrevivendo, também manter a sua posição de mercado conquistada até o momento;
c) Estratégia de crescimento - o ambiente está proporcionando situações favoráveis que podem transformar-se
em oportunidades (inovação com lançamentos de novos produtos e serviços; joint venture por trata-se de uma
estratégia usada para entrar em novo mercado onde duas empresas se associam para produzir/vender um
produto específico; a expansão, nesse processo de expansão das empresas devem ser muito bem planejados,
pois muitas vezes a não expansão na hora certa pode provocar uma perda de mercado), quando efetivamente é
usufruída a situação favorável pela empresa e procura, lançar novos produtos e aumentar o volume de vendas;
d) Estratégia de desenvolvimento - neste caso a predominância na situação da empresa, é de pontos fortes e de
oportunidades. Diante disso, o Líder deve procurar desenvolver a empresa através de duas direções: se procurar
com novos mercados e clientes ou então, novas tecnologias diferentes daquelas que a empresa domina o que
pode construir novos negócios no mercado.
Com tudo isso se o líder não adotar a estratégia da fidelização e importância do cliente, a empresa poderá ter
todos os produtos que alguém poderia querer comprar, mas se não tratar bem seus clientes, poderá perdê-los,
pois torna-se mais caro atrair novos clientes que manter os que já possuem, por isso a estratégia de manter o
foco do negócio é fazer os clientes felizes.
(*) Economista, Engenheiro e Administrador de empresas, com pós-graduação: MBA in Management (FGV), Engenharia Econômica
(UFRJ), Planejamento Estratégico (FGV), Consultoria Industrial (UNICAMP), Mestre em Economia (FGV), Doutorando na UNINI-Mx,
Consultor Empresarial e Professor Universitário: [email protected].
Download

Mudanças exige Líder Nilson Pimentel (*) Em tempos de