Internação pediátrica com recursos ampliados para a saúde: benefícios da recreação e dos palhaços hospitalares Déborah Lima Assenço, Universidade Federal do Rio Grande (FURG); Valéri Pereira Camargo, Universidade Federal do Rio Grande (FURG); Marilice Magroski Gomes da Costa, Universidade Federal do Rio Grande (FURG) Introdução Doença e hospital são termos associados a sentimentos como sofrimento, medo e dor. A internação é uma situação crítica e desconfortável na infância, sendo frequentemente necessários recursos diferenciados para efetivação do tratamento. Nesse contexto, as brincadeiras e jogos surgem como importante estratégia para acessar o universo infantil e propiciar um ambiente mais saudável na pediatria. Objetivos Verificar a influência das atividades lúdicas para as crianças em internação hospitalar, através de entrevistas com enfermeiros, técnicos em enfermagem e médicos do setor pediátrico. Delineamento e Métodos Pesquisa descritiva e exploratória de caráter qualitativo, realizada em um hospitalescola de uma cidade do Extremo Sul do Brasil. Participaram profissionais da enfermagem e medicina da equipe multiprofissional atuante no setor de pediatria, com ao menos 6 meses de experiência. Os dados foram coletados a partir de 10 entrevistas semiestruturadas, que foram gravadas e transcritas. Os dados foram analisados pela técnica de análise temática, operacionalizada a partir da pré-análise, na qual se realizou o agrupamento de falas e elaboração das unidades de registro. A pesquisa recebeu aprovação do Comitê de Ética em Pesquisas da Instituição. Resultados e Discussão A hospitalização é geradora de estresse para as crianças pelos aspectos do tratamento e do ambiente, que é restritivo e diferente do habitual (MUSSA, MALERBI, 2008). Nesse contexto, as atividades lúdicas mostraram-se benéficas: “A atividade lúdica é uma tentativa de tornar essa experiência menos traumatizante.”(E5) “É distração, um pouco de alegria num momento de tristeza”. (E4) Foram mencionadas influências positivas também na colaboração com o tratamento: “Eles ficam mais alegres, interagem melhor com a equipe de enfermagem. (E3) “A criança consegue entender melhor o porquê ela está aqui, o tratamento. Aceita melhor.”(E7) É possível pensar sobre o brincar como uma estratégia para o enfrentamento da hospitalização (MOTA et.al, 2012). Os profissionais entrevistados reconhecem os benefícios das atividades lúdicas para um melhor tratamento das crianças. Conclusões A recreação e os palhaços no hospital ofertam um espaço de saúde e bom humor, resgatando na criança vitalidade e alegria. Conclui-se que há influência positiva da atividade lúdica no tratamento da criança hospitalizada, pois a superação do medo dos procedimentos e a aceitação do ambiente hospitalar tem sido notadas nas crianças e nas famílias. Bibliografia MOTA, G.M, MOTA, D.M, MACHADO, M.M, ARRAIS, R.H, OLIVEIRA, C.P, SALGADO, M.S, SOUZA, M.M, WILLIAM, L.H. A percepção dos estudantes de graduação sobre a atuação do “Doutor Palhaço” em um hospital universitário. Revista brasileira de promoção da saúde, Fortaleza, 25 (2 supl): 25 -32, abr/jun., 2012. MUSSA, C., MALERBI, F.A. O impacto da atividade lúdica sobre o bem – estar de crianças hospitalizadas. Psicologia: teoria e prática. 2008, 10 (2): 83 – 93. [email protected]