O perfil do turista que visita as vinícolas do Planalto Catarinense: dados preliminares. Coordenador: Professor Wilton Carlos Cordeiro1 Bolsistas: José Luiz Monteiro Mattos Mattos Newton Kramer dos Santos Neto Colaboradora: Professora Flavia Baratieri Losso O Enoturismo está consolidado em todo mundo, sendo responsável por 20% das vendas de vinhos nas vinícolas. No Brasil, o setor vem se organizando há 15 anos, direcionando ao mercado doméstico. São mais de 100 vinícolas recebem visitantes, e caracterizam-se como verdadeiros complexos agroturísticos. O enoturismo é um segmento da atividade turística, cuja motivação para o deslocamento do consumidor é o vinho e as regiões vinícolas e observa-se uma clara tendência a defini-lo como parte do turismo rural. A bibliografia distingue quatro enoturistas, o Wine Lovers, possui bastante conhecimento sobre vinho; Wine Interested, tem pouco conhecimento sobre vinhos; Wine Novice pouco envolvimento com o vinho, mas busca visitas mais instrutivas; Hanger On, visita a vinícola apenas como parte de um grupo. Desde 1999, empreendedores, de diferentes setores da economia, investem na implantação de vinhedos e na construção de vinícolas no Planalto Catarinense, no sul do Brasil. A região encontra-se acima de mil metros de altitude, fazendo com que a videira tenha um comportamento diferente produzindo vinhos com grande potencial de qualidade. Este estudo objetiva analisar o perfil dos turistas que visitam oito vinícolas na região. Caracteriza-se como uma pesquisa exploratória, já que busca desvendar o seu perfil e motivações. Os turistas foram entrevistados no momento de sua visita à vinícola. A amostra compunha-se de 400 indivíduos, com nível de confiança de 95% e erro amostral de 5%. A amostra foi distribuída entre as vinícolas, no período de dezembro de 2014 e julho de 2015. A coleta de dados deu-se por meio de um questionário, dividido em três momentos, dados demográficos, relação do entrevistado com o vinho e a avaliação da experiência enoturística, organizada em seis valores, de péssimo à excelente. Os dados foram analisados de forma multivariada. As informações apresentadas neste estudo preliminar foram coletadas até março de 2015. Nesse período entrevistou-se 113 turistas, em quatro vinícolas. Os resultados mostram que o enoturista que visita as vinícolas do Planalto Catarinense não apresenta diferença de gênero, é casado, idade entre 31 e 40 anos, nível superior, mora na região visitada e ganha entre dois e quatro salários mínimos. Consome vinho eventualmente, mas já visitou outras vinícolas e não participa de nenhuma confraria do vinho. Viajava com a família, em carro próprio, e se hospedou em um hotel urbano. Conhecer a elaboração de vinhos é a maior motivação de visitação e a visita na vinícola foi indicada por terceiros. Os entrevistados avaliaram a vinícola visitada como excelente, gastando entre R$100,00 e R$200,00 no local. Recomendariam a visitação para outras pessoas, destacando a paisagem o principal atrativo. Os resultados indicam que o enoturista do Planalto Catarinense é um Wine Novice tem pouco contato com o vinho, mas o aprendizado é o que motiva sua visita. 1 [email protected],br Esta constatação reafirma o perfil do novo consumidor brasileiro, que busca conhecer o produto que consome e assim fazer suas escolhas com mais rigor. Conhecer o perfil do enoturista contribui para que setor do vinho planeje ações que busquem a excelência na atração e atendimento aos turistas. Palavras chaves: Enoturista, Perfil, Planalto Catarinense,