HISTÓRIAS E MEMÓRIAS DAS
FAVELAS
Christina Vital da Cunha
FINAL DO SÉCULO XIX – INÍCIO
DAS DEMOLIÇÕES
1893: demolição do cortiço Cabeça de Porco
1897: início da ocupação do Morro da Favella.
Casebres construídos com restos das estalagens
demolidas
Soldados de Canudos ocuparam o morro
Favela: um arbusto resistente?
Clube dos engenheiros e o início da reforma urbana
Expansão Urbana: 1870 eram 235 mil hab. no Rio
de Janeiro. Em 1890 eram 522 mil hab.

INÍCIO DO SÉCULO XX –
BOTA-ABAIXO
1902 a 1906: assume o prefeito nomeado pelo
Presidente da República – Pereira Passos
Desocupação de áreas “subumanas”
1904 a 1906: 550 demolições
Estilo urbano em contraposição ao colonial
Inspiração: Belle Époque
Interesse político e econômico
Entre 1890 e 1906 crescimento de 231% da
Leopoldina – área que mais cresceu
1906: havia 811.443 hab.

1910 a 1920: a Expansão Urbana
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Para músicos e literatos: a favela romanceada
Para o poder público: a favela como problema
sanitário
Expansão urbana rumo à zona norte
Formação das favelas nos bairros da zona norte
e subúrbio – Alemão, Borel, Formiga (antes
como chácaras)
1914: Bairro de Bonsucesso, a “Cidade dos
Aliados” do Engenheiro Guilherme Maxwell
1910 a 1920: a Expansão Urbana
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1927: a favela incluída, pela primeira vez,
no plano oficial de “REMODELAÇÃO,
EXTENSÃO E EMBELEZAMENTO” da cidade
do Rio de Janeiro – Alfred Agache
No nordeste do Brasil as áreas ocupadas
por remanescente de escravos se
avolumavam.
Era Vargas: industrialização e
migração regional
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Impactos da industrialização:
Movimento de migração do interior do estado e
do nordeste em direção ao então DF;
Expansão urbana acompanhando o
deslocamento industrial;
Área da Leopoldina foi a que mais recebeu o
contingente populacional de migrantes –
entorno da Estrada de Ferro Leopoldina
O conhecido “arara-porto”
Era Vargas: industrialização e
migração regional
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Formação da Favela da Maré. A localidade mais
antiga é o Morro do Timbau.
Datam desta época os primeiros “barracos” na
Rocinha.
Favela vista como “Aberração Urbana”.
Código de obras de 1937: o início da ação
remocionista. Não era permitido construir novos
barracos e nem fazer melhorias nos já
existentes.
1940: Política na Favela
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Favela como locus dispersor de doenças e de
degradação de valores (sambistas, capoeiras e
malandros)
1940: Relatório Vitor Moura – Parques
Proletários
1941: Construção dos parques proletários de
Acari, Caju e Gávea. 5 mil para lá transferidos.
A promessa: urbanização das favelas de origem
e posterior retorno.
O ocorrido: famílias não retornaram mais e
áreas dos parques se transformaram em favelas
1940: Política na Favela
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1945: as Comissões de Moradores (Igreja e PCB)
“Luta” e “União” dos moradores gerou melhorias locais:
bicas d’água. 1942 a primeira bica no Cantagalo.
Bica d’água
na Maré – déc. 1950
1940: Política na Favela
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Principais reivindicações das comissões:
melhoria da infra-estrutura das favelas e
garantia de não serem removidos para parques
proletários
Final da II Guerra Mundial: aumento da
migração de longa distância - nordestina,
flagrante déficit habitacional
Favela: “fenômeno urbano de grandes
proporções” – novas formas de controle e
repressão
1940: Política na Favela
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1946: Inaugurada a Avenida Brasil.
Objetivos: descongestionamento; diminuição de
custos de mercadorias; crescimento rumo ao
subúrbio; ocupação das margens por indústrias.
Concretamente: indústrias não chegaram e as
áreas destinadas a elas foram ocupadas por
migrantes e moradores mais pobres da área da
Leopoldina.
1947: Fundação Leão XIII – serviços de
água, luz e saneamento. Agentes
religiosos como disciplinadores.
1948: Plano de ação “Batalha do Rio” pelo
prefeito Mendes de Moraes
1940: Política na Favela
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1949: primeiro censo de favelas
105 favelas com quase 139 mil hab. Eram 7% da
população do Rio.
44% no subúrbio; 24% na Zona Sul e 22% no Centro e
Zona Norte.
“Não é de surpreender o fato de os pretos e pardos
prevalecerem nas favelas. Hereditariamente atrasados,
desprovidos de ambição e mal ajustados às exigências
sociais modernas, fornecem em quase todos os nossos
núcleos urbanos os maiores contingentes para as baixas
camadas da população”
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1933 eram 9 favelas. Em 1949 eram 105.
1950: Igreja e Estado nas Favelas
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1952: Serviço de Recuperação das Favelas
1953: UTF – União dos Trabalhadores de Favelas
A
Morro do Borel - 1960
primeira reunião da UTF foi
realizada no Borel e reuniu
lideranças de várias favelas da
cidade. A Igreja Católica foi uma
instituição importante na
organização dos moradores. O
PCB apoiou a iniciativa por
acreditar que o movimento seria
importante para a revolução
social pretendida pelo partido
1950: Igreja e Estado nas Favelas
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1956: Igreja Católica criou a Cruzada São
Sebastião.
Objetivo: apoiar os moradores pobres da cidade
nas suas reivindicações por melhorias sociais.
1956: SERFHA. Serviço Especial de Recuperação
das Favelas e Habitações Anti-Higiênicas.
Primeiro órgão oficial voltado para a urbanização
das favelas.
Inicialmente só fez apoiar a Cruzada e a
Fundação Leão XIII.
Anos depois SERFHA atuou como mediador na
relação do Estado com os Moradores de Favelas
1950: Igreja e Estado nas Favelas
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1957: criada a CTF-DF (Coligação dos
Trabalhadores Favelados).
Objetivos: lutar por melhores condições de vida
para os moradores de áreas pobres da cidade.
1958: Estado de São Paulo publica uma série de
reportagens sobre as condições de vida nas
favelas cariocas. “Tanto a Fundação Leão XIII
quanto a Cruzada São Sebastião contribuem
para o aumento da ‘miserabilidade deliberada’ e
desperdiçam dinheiro público sem dar soluções
ao problema”
1960: “Caça às Bruxas”
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1960: criação das SEGMACS (Sociedade de Análises
Gráficas e Mecanográficas Aplicadas aos Complexos
Sociais).
Rio de Janeiro ainda um pólo de atração de migrantes.
Maioria em direção ao subúrbio.
1961: início do projeto de
remoção das famílias de Nova
Brasília – Favela do Alemão
Nova Brasília – sem data (estimado déc. 1960)
1960: “Caça às Bruxas”
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1960 a 1965: Primeiro governador eleito do
Estado, Carlos Lacerda
1960: criação do CHP (Centro de Habitação
Provisória).
Objetivo: os CHPs serviam como centro de
triagem dos moradores removidos de favelas.
Esses seriam alocados em bairros populares e ali
se mantinha provisoriamente.
CHPs eram geridos pela Fundação Leão XIII. Esta
deveria fazer o cadastramento dos moradores
removidos e sua alocação nas novas moradias.
1960: “Caça às Bruxas”
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Houve CHP em Nova Holanda, na Praia de
Ramos, em Manguinhos, no Andaraí,
Cordovil e Paciência.
Concretamente: CHP se transformaram
em “habitações fixas” ou favelas.
1962: construção dos conjuntos
habitacionais de Cidade de Deus, Vila
Kennedy, Vila Aliança e Vila Esperança.
Obras financiadas pelos EUA pela “Aliança
pelo Progresso”.
1960: “Caça às Bruxas”
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1963: criação da FAFEG (Federação das
Associações de Favelas do Estado da
Guanabara).
FAFEG reuniu mais de 100 líderes na sua
fundação.
1963: Assembléia Legislativa do Rio
destinou recursos, 3% da arrecadação
estadual, para obras de melhoramento nas
favelas.
1964: Golpe Militar e perseguição às
associações.
1960: “Caça às Bruxas”
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Durante o governo de Lacerda foi criada a
COHAB – Companhia de Habitação Popular do
Estado da Guanabara
1964: BNH – Banco Nacional de Habitação –
para investimento em imóveis para as camadas
médias. Não mudou estrutura fundiária.
1966 a 1971: Negrão de Lima foi eleito
governador do Estado da Guanabara.
1960: “Caça às Bruxas”
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1966: a “grande enchente”. Muitas remoções.
Apressa a ocupação da CDD.
 Ocupação da CDD por
desabrigados da chuva em
outras favelas da cidade.
CDD março de 1968 - CM
1960: “Caça às Bruxas”
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1967: CODESCO – Companhia de
Desenvolvimento de Comunidades.
Criação de jovens arquitetos, economistas
e sociólogos.
1968 a 1973: período das remoções.
Principalmente na Zona Sul. Todas as
favelas desta região sofreram tentativa de
remoção. Algumas com sucesso.
1960: “Caça às Bruxa”
Favela do Esqueleto 1953
Favela do Esqueleto – remoção - 1965
A Favela do Esqueleto foi removida em 1965. nela havia 12 hab. e 4 mil
casas. Essas casas foram, em sua maioria, construídas com o material da
obra inacabada do Hospital das Clinicas da Universidade do Brasil, projeto
de Paulo de Frontin. O hospital nunca foi concluído. No lugar da favela foi
erguido o prédio da UERJ, Pavilhão João Lyra Filho.
1960: Caça às Bruxas
Praia do Pinto 1967 – CM
Foto aérea Praia do Pinto déc 1960
1960: Caça às Bruxas
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A Praia do Pinto, favela localizada no bairro carioca do
Leblon, foi removida em 1969 após um incêndio sem
causa determinada. Nesta localidade residiam 20 mil
hab. Segundo jornais da época, esta era a maior favela
vertical do Brasil. Os moradores foram removidos para a
Cruzada, Maré e Vila Kennedy, entre outros.
Providência – 1969
Pedra Lisa
Providência - 1969
Morro da Providência – 1968
Morro da Providência – 1968
Fotógrafo: Pinto. Foto: Arquivo Nacional, acervo Correio da Manhã
www.favelatemmemoria.com.br
1960: “Caça às Bruxas”
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Decreto nº 3.330/68:
“finalidade específica das associações de
moradores é a representação dos interesses
comunitários perante o Governo do Estado”.
Somente uma associação por favela
Liderança atendia a exigências do Estado
1968: CHISAM – Coordenação de Habitação de
Interesse Social da Área Metropolitana do
Grande Rio.
Missão: “exterminar as favelas do Rio de
Janeiro” que são “espaços deformados”.
1970: Fim dos “anos de chumbo”
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Entre 1968 e 1973 foram removidas 80 favelas.
Casas de madeira ou de alvenaria? A proibição
da construção nas favelas.
1972: FAFEG realiza o III Congresso de
Favelados do Estado da Guanabara. Participaram
79 líderes. Reivindicação por melhoria na infraestrutura das favelas.
Redemocratização: reorganização do movimento
de moradores de favelas, melhoria nos serviços
de água e luz. Difusão das construções em
alvenaria. Início da verticalização das favelas.
1970: Fim dos “anos de chumbo”
A verticalização da favela
Cantagalo 2002 – Kita Pedroza
Rocinha 2001 – Nando Dias
1970: Fim dos “anos de chumbo”
 1979: PROMORAR. Último programa habitacional do Regime
Militar.
 Objetivos: saneamento básico nas favelas, erradicação das
Palafitas, transferência do título de propriedade.
 1979: PROJETO RIO. Saneamento da Baía de Guanabara e
intervenção nas favelas da cercania.
Maré 1973 – Alcy Cavalcanti - CM
1970: Fim dos “anos de chumbo”
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Nesta década, observou-se a expansão urbana
em direção à Barra da Tijuca (Zona Oeste).
Projeto imobiliário visava à criação de
condomínios para as classes A e B.
Intensificação da ocupação pelas camadas
populares.
Área de maior crescimento das favelas na
atualidade.
Início da Expansão rumo à Barra:
Construção do túnel Dois Irmãos
Foto aérea Praia de São Conrado e Rocinha
Déc. 1960 - CM
São Conrado – nov. 1970 - CM
1980: céu e inferno nas favelas
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1982: governo de Leonel de Moura Brizola
Voto “super revoltado” dos favelados (Zaluar,
1985).
Incentivou organização das lideranças de favelas;
quis promover igualdade no acesso aos serviços
públicos (da luz à segurança).
Governo polêmico.
Época de “ouro” dos movimentos sociais.
Melhorias estruturais das favelas.
Cooptação das lideranças pelo governo.
1980: céu e inferno nas favelas
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1982 – Vila do João: homenagem ao então
presidente Figueiredo. Conjunto hab. Financiado
pelo BNH com recursos do PROMORAR.
1983: PROFACE – da prefeitura do Rio.
Programa que levou água e esgoto para 60
favelas da cidade.
1986: extinto o BNH.
1970 – 1980: surgem as favelas em SP e AP.
1980: céu e inferno nas favelas
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1988: Constituição Federal e o Plano Diretor das
Cidades
Sensação de conquista de cidadania.
Ao final da década, início do aumento da
violência, do desemprego e da presença de
ONGs.
Período de crescimento das favelas. Cresceu o
dobro da população dos bairros formais. “70% do
incremento populacional nas favelas foram
gerados pelos já residentes na cidade” (Corrêa do
Lago, 1996). O que isso significa?
1990-2000: Narcotráfico e outros
atores sociais
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Pauperização da população
Crescimento das áreas faveladas, crescimento
do número de moradores nas favelas já
existentes, surgimento de novas favelas
IBGE 1991: 882.000 hab. nas favelas da cidade.
1993: FAVELA BAIRRO. Infra-estrutura e criação
de condições ambientais para a transformação
em bairros. Até 2004 foram atendidas 143
favelas e 25 loteamentos.
1990-2000: Narcotráfico e outros
atores sociais
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1993: Chacina de Vigário Geral – ONGs locais e
supralocais nas favelas
1994: HABITAR BRASIL – programa do Governo
Federal para urbanização das favelas.
1995: PROAP – Programa de Urbanização e
Assentamentos Populares (prefeitura com
recursos do BID).
1998: PRONAI – Light – Programa de
Normalização das Áreas Informais. Normalizar o
fornecimento de energia. 728 favelas foram
beneficiadas.
1990-2000: Narcotráfico e outros
atores sociais
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Associações de Moradores marginalizadas
(tráfico, agentes do estado e/ou prefeitura,
ONGS)
IBGE 2001: Zona Oeste área com o maior
número de favelas no município do Rio. São 68.
1996 e 2000: IPP revela o surgimento de 100
novas favelas no município do Rio.
Valorização imobiliária nas favelas - IPP
1990-2000: Narcotráfico e outros
atores sociais
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IPP: 160 “bairros formais” e 741 favelas na
cidade do Rio de Janeiro
2001 – IBGE: aproximadamente 1.100.000 hab
nas favelas da cidade do Rio de Janeiro. A
população total da cidade é de 5.857.904 hab.
1995/2000: 218 mil migrantes chegam ao Rio e
358 hab. emigram da cidade. Desde 1986 o
índice é negativo. Por quê?
1990-2000: Narcotráfico e outros
atores sociais
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IBGE 2001: Somente 30% dos brasileiros têm
condições de procurar imóveis no mercado
imobiliário privado. Como era o financiamento
imobiliário na década de 1960/1970?
2005: segundo o Ministério das Cidades o déficit
habitacional é de 7,2 milhões de moradias.
E então?
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Pelo menos 14 programas em mais de um
século. Resultado?
2005: ONU aponta para o risco de um calapso
ambiental em escala global neste século. O
principal responsável é o agravamento da
situação habitacional.
Em 45 anos pode triplicar o número de
favelados no mundo.
Hoje existe, aproximadamente, UM BILHÃO de
moradores de favela no mundo.
E então?
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IBGE 2000: nº de moradores de favelas
cresceu na velocidade de 2,6 VEZES
maior que a população total. População
total: 1,6% ao ano e as favelas
incharam 4,3% ao ano.
IBGE 2000: são 6,5 milhões de pessoas
morando em favelas do Brasil.
E então?
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Migração não explica mais o crescimento das
favelas: em 1993, em SP, 43% saíram de bairros
formais em direção às favelas da cidade. O QUE
ISSO SIGNIFICA?
2004: 97,2% déficit habitacional com até 5
salários.
Em 1950 os moradores de favela eram 7% da
população geral da cidade do Rio de Janeiro.
Segundo IBGE 2000, hoje são 19%.
IPP: são quase DOIS MILHÕES vivendo nas mais
de 700 favelas da cidade e RM.
E então?
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Agravamento da desigualdade: 1960 10% mais
ricos tinham renda 34X maior que os 10% mais
pobres. Em 1990 os 10% mais ricos ganham 78X
mais que os 10% mais pobres (Taschner, 1996)
IBGE COMEMORA: 1ª redução na desigualdade
desde a criação da avaliação: os 40% mais
pobres ganhavam 21,2 X que os 10% mais ricos
em 1995 – 15,8 X em 2005.
CONTRADIÇÃO???
E então?


Ambigüidade: a favela sempre foi vista como um
distúrbio. Mas, por outro lado, foi permitida
como forma de “solucionar” o problema da
habitação para os que estavam sendo expulsos
do centro do Rio; como fornecedor de mão-deobra barata e próxima ao local de trabalho. Qual
(ais) será (ão) o (s) interesse (s) que a
sociedade tem com a sua existência hoje?
1930 até 1960: morar em favela possibilitava
acesso ao mercado formal de trabalho. E hoje
em dia?
E então?
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

O que significa a regularização da posse dos
moradores de favela aventada no Plano Diretor
da Cidade?
O que significa a transformação das favelas em
bairros?
E então, os dogmas da favela (nos termos de
Licia Valladares - unidade, singularidade,
pobreza) são mesmo dogmas ou têm
fundamento?
E então?
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A formação de lideranças políticas nas
favelas é importante? (caso de Diadema –
em 10 anos passou de 26 para 180
favelas)
A precariedade dos serviços oferecidos e a
falta de fiscalização efetiva.
CDD 1971
CM
CDD
1966
CM
CDD – 1971 - CM
Vieram para Ficar!
Maré – Vila do João – 1990 - CEASM
Santa Marta – 2004 – Sandra Delgado - VR
Passado e Presente nas Favelas
Cruzeiro – Complexo do Alemão
1970 - CM
Passado e Presente nas Favelas
Acari – 1972
Remoção
Fazenda Botafogo - 1970
Passado e Presente nas Favelas: as
mulheres lavadeiras
Nova Brasília – 1950
Passado e Presente nas Favelas
Borel – 1964 – Reunião com
Militantes
www.favelatemmemoria.com.br
Borel – 1967 – Festa de São João
Sebastião Filho
www.favelatemmemoria.com.br
Passado e Presente nas Favelas
Acesso ao Cantagalo – Ipanema – 1972
Cantagalo – 1980 – Antigo trilho
para transporte de material de construção - CM
Passado e Presente nas Favelas
Capela Católica no Pavão
1965 – França – CM
Pavãozinho – 2002 – Kita Pedroza
Passado e Presente nas Favelas
Catacumba antes da remoção em 1970
Arquivo Megacidades
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Passado e Presente nas Favelas
Cidade de Deus – 1966 - CM
Cidade de Deus – 1970 – Família
Removida - CM
Passado e Presente nas Favelas
Cidade de Deus – comércio – 1972
CM
Cidade de Deus – Passagem alagada – 1971
CM
Passado e Presente nas Favelas
Esqueleto – Incêndio – 1965
Gilberto Pimentel - CM
Esqueleto – Incêndio – 1965
Gilberto Pimentel - CM
Passado e Presente nas Favelas
Esqueleto – Remoção – 1962
CM
Esqueleto – Remoção – 1962
CM
Passado e Presente nas Favelas
Formiga – muito verde – 1971
Gilmar - CM
Formiga – muito verde e telhado
de zinco – 1971 – Gilmar - CM
Passado e Presente nas Favelas
Maré – Palafitas na Baía – 1960
CEASM
Passado e Presente nas Favelas
Maré – Mutirão para construção
de casas – 1969 – Bueno - CM
Maré – transporte de água – 1971
Adalberto – CM
Passado e Presente nas Favelas
Maré – Favela da Areia – Remoção
1971 – Alaor - CM
Maré – “microondas” – 2001
Deise Lane – CEASM
Passado e Presente nas Favelas
Parque da Gávea – Início da Remoção
1970 – Calazans – CM
Parque da Gávea – Remoção –
Abril de 1970 – Nilton - CM
Passado e Presente nas Favelas
Praia do Pinto – Noite do incêndio em 1969 e o
Dia seguinte – www.favelatemmemoria.com.br
Passado e Presente nas Favelas
Rocinha – 2001 – Kita Pedroza
www.vivafavela.com.br
Rocinha – Balança d’água
1971 - CM
Passado e Presente nas Favelas
Santa Marta – Candomblé no morro
1971 – Reinaldo – CM
Santa Marta – vista do morador
1971 – Gallo – CM
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