POLÍTICA DE IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO HOSPITAL NOSSA SENHORA CONCEIÇÃO Colaboradores: Núcleo de Segurança do Paciente HNSC Núcleo de Segurança do Paciente HCC Núcleo de Segurança do Paciente HCR Núcleo de Segurança do Paciente HF Coordenação do Gerenciamento de Risco GHC Data da elaboração: ago/2013 Data última revisão: jun/2015 1. IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE A ausência de mecanismos efetivos de identificação de pacientes é causa básica frequentemente relacionada ao desenvolvimento de eventos adversos em hospitais. Sendo a primeira meta internacional de segurança, dentre as seis definidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a identificação do paciente tem como principal objetivo servir como uma barreira para a ocorrência de eventos adversos. Falhas na identificação do paciente podem resultar em erros de medicação, erros durante a transfusão de hemocomponentes, em testes diagnósticos, realização de procedimentos em pacientes errados e/ou locais errados, entrega de bebês às famílias erradas, entre outros. A correta identificação é considerada um dos fundamentos do cuidado seguro e consiste na utilização de tecnologias, como pulseiras de identificação com código de barras, por exemplo, essenciais à prevenção de erros durante o cuidado à saúde não só para pacientes hospitalizados, mas também para pacientes em observação em unidades de pronto atendimento e sob qualquer condição de assistência (Avelar, 2019; Coren SP, Rebraensp, 2010). A identificação também se utiliza do prontuário e de etiquetas do paciente, e se efetiva com a participação ativa do paciente e familiares, durante a confirmação da sua identidade (Coren SP, Rebraensp, 2010). É necessário conferir a identidade do paciente antes do início dos cuidados, na transferência ou recebimento de pacientes de outra instituição, antes de qualquer tratamento ou procedimento e da administração de medicamentos e de soluções (Avelar, 2019). Deve haver padronização da identificação do paciente na instituição de saúde, como os dados a serem preenchidos, o membro de posicionamento da pulseira ou de colocação da etiqueta de identificação, o uso de cores para identificação de riscos e placas no leito (Coren SP, Rebraensp, 2010; Avelar, 2019). Deve-se ainda usar pelo menos duas identificações, quando são administrados medicamentos, sangue e derivados, ou ao prover qualquer outro tratamento ou procedimento. O número do leito do paciente não vale como identificação (Wachter, 2010). Além disso, a pulseira deve estar posicionada em local acessível à identificação durante todo o procedimento, assegurando sua confirmação (Avelar, 2019). O processo de identificação dos pacientes deve se amparar nos recursos disponíveis na instituição, por exemplo, com pulseiras de identificação em número suficiente para substituição, quando necessário, para se garantir o direito do paciente de ser identificado e a possibilidade de todos os profissionais exercerem sua correta identificação com vistas à prevenção de erros (Avelar, 2009). 1.1 Abrangência O protocolo de identificação do paciente deverá ser aplicado em todos os pacientes em atendimento no GHC. 2. ESTRATÉGIAS As seguintes estratégias são adotadas no GHC para promover a identificação correta dos pacientes: 2.1 Protocolo de identificação do paciente com uso de pulseira 2.1.1 Conceito É a identificação através de conferência de pulseira contendo os dados do paciente (identificadores), sendo eles, minimamente, o nome completo e a data de nascimento, podendo conter o registro e nome da mãe. Os documentos referentes aos pacientes também devem ter os identificadores acima. 2.1.2 Objetivo Manter a segurança no atendimento ao paciente, prevenindo erros relacionados à sua identificação e riscos inerentes a essa falha. 2.1.3 Material Necessário Computador Impressora de pulseiras Cartucho de pulseira neonatal, pediátrica e adulto Em caso de falta de suprimento para impressora ou confecção artesanal de dados na pulseira: Pulseira de identificação branca Caneta azul ou preta; Tesoura 2.1.4 Abrangência A identificação pelo uso da pulseira deve ser aplicada nos pacientes internados, em atendimento na emergência e que realizam procedimentos invasivos conforme política da unidade hospitalar. 2.1.5 Descrição da rotina 2.1.5.1 Ao acessar o estabelecimento de saúde, o profissional responsável pela internação ou enfermeiro da classificação de risco na emergência deverá gerar uma pulseira de identificação, seja eletrônica ou manualmente; 2.1.5.2 O profissional responsável pela geração da pulseira de identificação, antes de colocá-la, deverá conferir, no mínimo, com paciente ou acompanhante os identificadores: nome completo, data de nascimento; 2.1.5.3 O estabelecimento de saúde deverá priorizar preferencialmente os membros superiores para colocação da pulseira de identificação, a fim de facilitar a visualização da mesma pelo profissional da assistência à saúde. 2.1.5.4 Ao abordar o paciente para qualquer procedimento, o profissional de saúde deverá questionar ao paciente ou acompanhante, pelo menos dois identificadores, e confirmá-los através dos dados contidos na pulseira de identificação. 2.1.5.5 Caso haja necessidade de retirada da pulseira de identificação, o profissional responsável pela retirada deverá providenciar imediatamente a colocação de nova pulseira em local alternativo; 2.1.5.6 Na impossibilidade de identificação através de pulseira por indisponibilidade ou falta de membros, outras estratégias, tais como placa de identificação, serão utilizadas. 2.1.5.7 Para pacientes não internados e os que se encontram em atendimento no ambulatório, sua identificação deve ser garantida conferindo dois identificadores com o próprio paciente ou familiar antes de qualquer procedimento ou atendimento. 2.1.5.8 Cabe ao enfermeiro da unidade a supervisão da manutenção das pulseiras de identificação nos pacientes. 2.2. Protocolo de identificação do paciente através de placa no leito para pacientes que não podem utilizar pulseira 2.2.1 Conceito É a ação de apresentar, visualmente, os identificadores nome completo, registro, data de nascimento, nos leitos dos pacientes a fim de garantir que pacientes que não possam utilizar pulseira de identificação tenham uma alternativa para a execução desse processo. 2.2.2 Objetivo Manter a segurança no atendimento ao paciente, prevenindo erros relacionados à sua identificação e riscos inerentes a essa falha. 2.2.3 Material Necessário P laca de identificação P rontuário do paciente 2.2.4 Abrangência A identificação pelo uso de placas deve ser aplicada nos pacientes internados, onde não foi possível uso da pulseira de identificação. 2.2.5 Descrição da rotina 2.2.5.1 Ao receber, na unidade, o paciente com incapacidade de permanência de pulseira de identificação, o profissional da saúde deve providenciar uma placa de identificação e colocá-la aos pés ou na cabeceira da cama, de forma que a mesma fique em evidência em relação ao leito; 2.2.5.2 O profissional deve conferir com paciente ou familiar, bem como com o prontuário do mesmo, minimamente, os seguintes identificadores: nome completo e data de nascimento. 2.2.5.3 Ao abordar o paciente para qualquer procedimento, o profissional de saúde deverá confirmar com paciente ou acompanhante, ou utilizar dados constantes no prontuário, pelo menos dois identificadores, e confirmá-los através dos dados contidos na placa de identificação; 2.3 Identificação de pacientes 3. INDICADOR Indicador de processo: taxa de identificação correta Numerador: numero de pacientes com identificação conforme protocolo no período Denominador: numero de pacientes avaliados no período Taxa de conformidade ( %) Meta 95% Valor ideal 100% Método: auditoria conforme formulário Avelar, AFM. Identificação do Paciente in: Pedreira MLG e Harada MJCS. Enfermagem dia a dia: Segurança do Paciente. São Caetano do Sul, SP: Yendis Editora, 2009. Conselho Regional de Enfermagem SP; Rede Brasileira de Enfermagem do Estado de São Paulo. 10 Passos para a Segurança do Paciente. São Paulo, 2010. Wachter RM. Outras complicações na assistência à saúde. In: Compreendendo a segurança do paciente. Porto Alegre: Editora Artmed, 2010.