DIABETES TIPO 2 – NOVIDADES TERAPÊUTICAS E CONDUTAS Luíz Antônio de Araújo Potencial Conflito de Interesses Palestrante: Merck Sharp and Dohme, Novartis Transporte e/ou estadia em congressos: Jansen, Lilly & Boehringer PREVALÊNCIA DO DIABETES A Epidemia do Diabetes: 366 milhões -> 552 milhões / 2030 IDF. Diabetes Atlas 6th Ed. 2013 A Epidemia do Diabetes: SACA IDF. Diabetes Atlas 6th Ed. 2013 A Epidemia do Diabetes: Incidência IDF. Diabetes Atlas 6th Ed. 2013 Diabetes no Brasil Dados atuais da Sociedade Brasileira de Diabetes indicam: 12 milhões de portadores de diabetes no Brasil Cerca de 12% dos adultos (20 a 79 anos) Diabetes no Brasil Diagnosticados = 60% (7,2 milhões) Sem diagnóstico = 40% (4,8 milhões) Dos Diagnosticados: 22% não fazem o tratamento 29% fazem tratamento apenas com dieta 49% restantes fazem tratamento com medicação oral e/ou insulina (3,6 milhões x 8,4 milhões) Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2013 /2014 Terapêutica Glucocêntrica x Tratamento além da Hiperglicemia Paciente diabético deve ser visto como um todo! ↑ LDL pequenas e densas Hipercoagulabilidade ↓ HDL Falência da massa de células β Microalbuminúria ↑ Triglicérides Hiperuricemia Hiperglicemia Doença Gordurosa do Fígado Inflamação Hipertensão Diretrizes para Glicemia, Pressão Arterial e Perfil Lipídico. ADA / EASD HbA1C < 7.0% < 8% (idoso) Glicemia Jejum 70-130 mg/dL Glicemia Pós Prandial < 180 mg/dL PA < 130/80 mmHg Lipides LDL: < 100 mg/dL < 70 mg/dL (RCV) HDL: > 40 mg/dL > 50 mg/dL TG: < 150 mg/dL Controle do Diabetes no Brasil N = 979 / 5692 Controle do Diabetes – Centro Privado N = 444 N = 444 Araújo LA et al - Resultados do Contrôle do Diabetes através da dosagem de HbA1c Now em um Centro Privado 2013; In Press Equipe Multiprofisssional Identificação Glicosímetros – download Glicemia Digital / A1c Now Endocrinologista Nutricionista Psicólogo Educador Físico / Fisioterapeuta (exercício) Enfermeiro (educação) Podólogo / Podiatra Tratamento Aspectos Gerais do Tratamento Inércia Terapêutica Inércia Terapêutica Conceito Atual Dieta e ADO exercicio monoterapia ADO titulação ADO combinatão ADO + insulina basal ADO + insulina plena HbA1c Goal 10 HbA1c Média dos pacientes 9 8 7 6 Duração do Diabetes Convencional Precoce e mais agressiva OAD=oral antidiabetic agent. Adapted from Campbell IW. Need for intensive, early glycaemic control in patients with type 2 diabetes. Br J Cardiol. 2000;7(10):625–631. Del Prato S et al. Int J Clin Pract. 2005;59:1345–1355. O Legado do UKPDS X Memória Metabólica Importância do Controle Glicêmico Precoce # Memória Metabólica” HbA1c (%) média) 9 Convencional Intensivo 8 7 Legacy effect 6 0 UKPDS 1998 Pacientes com 62 anos (média) DM2 recém-diagnosticados e virgens de tratamento 7% com DCV prévia 1997 Holman et al 2008 2007 Diferença entre HbA1c foi perdida após o primeiro ano após o UKPDS, mas os pacientes que pertenciam ao grupo de tratamento intensivo ainda apresentavam uma incidência mais baixa de qualquer complicação. HbA1c=hemoglobina glicada. Diabetes Trials Unit. UKPDS Post Trial Monitoring. UKPDS 80 Slide Set. Accessed 12 September, 2008; Holman RR, et al. N Engl J Med. 2008; 359: 1577–1589; UKPDS 33. Lancet. 1998; 352: 837–853. Pacientes diabéticos que tiveram tratamento intensivo apresentaram menor incidência de complicações Infarto do Miocárdio Proporção com evento (IM) 1.0 Estudo UKPDS / 10 anos P=0.005 0.8 15% de redução do IAM 0.6 Terapia 0.4 convencional 0.2 0.0 Intensiva 0 5 10 15 20 25 Anos de randomização 24% redução nas complicações microvasculares 13% redução mortalidades por todas as causas Diabetes Trials Unit. UKPDS Post Trial Monitoring. UKPDS 80 Slide Set. Accessed 12 September, 2008; Holman RR, et al. N Engl J Med. 2008; 359: 1577–1589; UKPDS 33. Lancet. 1998; 352: 837–853. DM2 – Tratamento Tripé do Tratamento Equipe Multiprofisssional Endocrinologista / Clínico Nutricionista Educador Físico / Fisioterapeuta Enfermeiro / Podólogo / Podiatra Oftalmologista / Cir. Vascular Atualmente temos uma gama de medicamentos para DM2. Estamos usando corretamente? Dapagliflozina Linagliptina Liraglutida Saxagliptina Insulina Exubera Vildagliptinan Sitagliptina Insulina Detemir Exenatida Insulina Asparte Insulina Glargina Glinida Glitazona Insulina Lispro Metformina Acarbose Insulina Humana Sulfonilureia Insulina Animal 1922 1950’s 1980-5 1995 1996 2001 2003 2005 2010 - 2014 Atualmente temos uma gama de medicamentos para DM2. Lançamentos 2014 - 2015 Insulina Nasal - ? Exenatida semanal – Lilly Empagliflozina - Lilly Canagliflozin a - Janssen Insulina Degludeca – Novo Nordisk Lixezenatida – Sanofi Aventis Albiglutina - GSK Alogliptin a - Takeda 2014 - 2015 Cenário Atual Agentes Orais - Seleção Individualização do Tratamento Glicemia / HbA1c – eficácia Mecanismo de ação Eventos Adversos Função Renal / Hepática Síndrome Metabólica / Peso Idade / Idoso Individualização: Avaliando prioridades Individualização do Tratamento Menos estrito Mais estrito Atitude do paciente, expectativa do tratamento Riscos potencialmente associados com hipoglicemia e outros eventos adversos Altamente motivado, aderente, excelente capacidade de auto-cuidado Baixos Menos motivado, não- aderente, pouca capacidade de auto-cuidado Altos Duração da doença Recém-diagnosticados DM de longa duração Expectativa de vida Baixa Alta Comorbidades importantes Complicações vasculares estabelecidas Ausente Poucas/Leves Graves Ausente Poucas/Leves Graves Sistema de suporte Prontamente disponíveis Limitados Potência Glifozinas 0,7 – 0,8 Mecanismo de ação dos ADO Gliflozinas Redução da reabsorção renal da glicose Eventos Adversos dos HO Gliptinas (DPP4) Nasofaringite, elevação transaminases, ICC(Savor saxa) Metformina Eventos GI (náusea, diarréia) SUs glimepirida gliclazida Hipoglicemia, ganho de peso, RCV (glibenclamida) Meglitinida repaglinida TZDs (pio) Ganho de peso, edema, ICC, osteoporose. Ca Bexiga? Inibidores da α-glucosidase acarbose GLP1 Eventos GI (flatulência, diarréia) Eventos GI (náuseas). Pancreatite? Exenatida Liraglutida - Lixezenatida Gliflozinas (dapa) Infecção G-urinária, hipotensão, Ev.GI Inzucchi SE. JAMA. 2002;287:360-372; Kolterman OG, et al. Am J Health-Syst Pharm. 2005;62:173-181; DeFronzo RA, et al. Diabetes Care. 2005;28:1092-1100. Steven E.. Et al. N Engl j Med. 2006;355:2427-43 Metformina e Função Renal Valor eGRF (mL/min por 1.73m2) / TFG Ação ≥ 60 Sem contra-indicação para metformina Monitorar função renal anualmente <60 e ≥45 Manter o uso Aumentar monitoramento da função renal (a cada 3-6 meses) <45 e ≥ 30 Prescrever com atenção Usar menor dose (50%, ou metade da dose máxima). Monitoramento da função renal periódico (a cada 3 meses) Não prescrever para recem diagnosticados <30 Parar metformina LIPSKA KJ; BAILEY CJ; INZUCCHI SE. Diabetes Care, 34, June 2011. Pré- condicionamento isquêmico A oclusão prolongada de uma artéria coronária leva ao infarto do miocárdio A oclusão breve e repetida da mesma artéria condiciona o miocárdio para que uma oclusão subsequente prolongada cause um infarto menor (pré- condicionamento isquêmico) Sulfas e pré- condicionamento isquêmico Glibenclamida interfere com o pré-condicionamento isquêmico % Variação da Elevação média do segmento ST 150 P =0,049 P = 0,01 P = NS Dilatação 2 (Inicial ) 100 Dilatação 3 (Após tratamento) 50 N= 45 0 Placebo Glimepirida Glibenclamida Efeito de Glimepirida é semelhante ao do placebo Klepzig H, et al. Eur Heart J.1999;20(6):439-46. IDPP4 Mercado Brasil Nome Comercial Trials Eficácia Segurança Redução do RCV Sitagliptina* Januvia ++++ ✔ ✔ TECOS – 12/2014 Vildagliptina* Galvus +++ ✔ ✔ Monami M. - NÃO Saxagliptina Onglyza ++ ✔ ✔ SAVOR – NÃO ICC / INTERNAÇÃO Linagliptina Trayenta ++ ✔ ✔ EXAMINE - NÃO ANÁLOGO GLP1 MercadoGLP1 Brasil Nome Comercial Apresentaçã Eficácia o Exenatida Byetta 5 e 10 mcg SIM SIM ? Liraglutida Victoza 0,6 – 1,2 e 1,8 mg SIM SIM ? Lixezenatida Lyxumia 10 e 20 mcg SIM SIM ? Exenatida Semanal 2 mg SIM SIM ? Albiglutida Semanal 30 e 50 mg SIM SIM ? Segurança Redução do RCV Gliflozinas (SGLT2) Inibidor da proteina co-transportadora de sódio/glicose 2 Mecanismo de Ação DAPAGLIFLOZINA CANAGLIFLOZINA EMPAGLIFLOZINA Muhammad A Abdul-Ghani† & Ralph A DeFronzoExpert Opin. Pharmacother. (2013) 14(12) Ação dos inibidores da SGLT-21 Glicose Os inibidores da SGLT-2 reduzem em 30 50% a reabsorção de glicose no túbulo proximal causando a excreção urinaria de glicose. Inhibidor SGLT-2 SGLT-2 SGLT1 1 Gerich JE. Review Article. Diabetic Medicine. 2010;27:136–142 . Excreção urinaria de glicose, com redução de calorias GLIFLOZINAS Inibidor do SGLT2 Mercado Brasil Nome Comercial Dose Eficácia Dapaglifozina Forxiga 10 mg SIM SIM ? Canaglifozina Invokana 100 mg 300 mg SIM SIM ? Empagliflozina Jardianz 10 mg 25 mg SIM SIM ? Inibidor da SGLT2 (proteina cotransportadora de Segurança Redução do RCV RCV Impact of Intensive Therapy for Diabetes: Summary of Major Clinical Trials Study Microvasc UKPDS DCCT / EDIC* ACCORD ADVANCE VADT Inzucchi SE, Diabetes Care, Abril 19, 2012 CVD Mortality Inzucchi SE, Diabetes Care, Abril 19, 2012 .... ... ... Inzucchi SE, Diabetes Care, Abril 19, 2012 GUIDELINE DO DM IDOSO FRÁGIL EASD Conclusões Tratamento do DM2 é um tratamento dinâmico Dieta, exercício e educação são peças fundamentais no tto do DM2 A terapia combinada com 2-3 agentes deve ser individualizada A insulina ainda é a droga mais eficaz Todas as decisões devem ser discutidas em conjunto com o paciente O maior desafio no tratamento do DM2 é prevenir a hipoglicemia e preservar a Saúde Cardiovascular Obrigado pela Atenção www.idj.org.br Agradecimentos: Equipe Endoville Equipe IDJ Aos nossos pacientes www.endoville.com.br