ESTUDO DO CONFORTO TÉRMICO E VISUAL DAS SALAS DE AULA DO BLOCO 14 - CAMPUS DA UNIMEP EM SANTA BÁRBARA DOESTE Autor(es) ROBERTA CAVINATO CORNEA Orientador(es) ADRIANA PETITO DE A S CASTRO Apoio Financeiro PIBIC/CNPq Resumo Simplificado Atualmente, trabalhos relacionados ao conforto térmico no ambiente escolar têm sido desenvolvidos, pois há uma negligência de escolas públicas e até mesmo de instituições privadas, cujas edificações escolares, na maioria das vezes não contemplam sequer condições básicas de conforto ambiental. O objetivo deste trabalho é apresentar resultados de conforto térmico e visual, obtidos em duas salas de aula (uma a nordeste e a outra a sudoeste) na UNIMEP, campus Santa Bárbara d’Oeste, bloco 14. As medições foram realizadas próximas aos solstícios de verão e de inverno, de 3 em 3 horas, e aplicados questionários a 100 usuários para identificação da sensação térmica. Os equipamentos utilizados foram: anemômetro (velocidade do vento), termômetro de globo digital (temperatura de bulbo seco, bulbo úmido e de globo) e luxímetros (iluminação). O monitoramento da iluminância foi realizado a partir da metodologia proposta pela norma NBR15215-4 (2004). As medições foram feitas com as luzes acesas (iluminação composta) e apagadas (iluminação natural). Os resultados das variáveis climáticas e de iluminância foram comparados, juntamente com o resultado dos questionários de sensação térmica. Foi possível calcular a umidade e a temperatura radiante média, e fazer a análise do conforto térmico por meio do software Conforto 2.02, baseado na escala proposta por Fanger, na qual a sensação térmica é obtida através do Voto Médio Estimado (entre -0,5 e +0,5 o ambiente é considerado confortável), e pela Porcentagem Estimada de Insatisfeitos (no máximo 10%), de acordo com a norma ISO7730/94. Os resultados demonstraram que nem no período de inverno a sensação de conforto predomina, com médias entre 19,3 e 23,6°C, sendo o período mais confortável às 9h, com sensação térmica variando de +0,5 a +1,17 e porcentagem de insatisfeitos de 11 a 37,3%. No verão, não houve sensação de conforto em nenhuma das medições, predominando a sensação de calor, com médias entre 25,8 a 32,6°C, sensação térmica de +1,40 a +2,57 e porcentagem de insatisfeitos entre 45 e 92,7%. O nível ideal de iluminância preconizado na literatura é de 300 a 500lux e o nível mínimo para uma sala de aula é de 200lux. Durante todo o período do dia as luzes devem permanecer acesas em todo o período de aula, no inverno e no verão, pois somente alguns pontos atingiram o mínimo e em determinados horários. Ainda assim, o período do verão foi mais eficaz em relação à iluminação, sendo a sala sudoeste a que mais se ajusta às normas de conforto visual. Um edifício que leva em consideração o conforto ambiental adotando estratégias que valorizem a iluminação e ventilação natural no seu projeto pode diminuir o consumo de energia e, além disso, influenciar diretamente as atividades que exigem esforços intelectuais, tornando-se adequado para aprendizagem. A produtividade começa a abaixar perto dos 20 a 22°C enquanto que, acima de 26°C decresce significativamente, portanto, a temperatura adequada para se garantir uma boa produtividade, com sensação de conforto, seria entre 20 e 26°C. Os resultados de VME e PEI foram proporcionais, pois quanto maior a sensação de calor dos usuários, maior é a porcentagem de usuários insatisfeitos. Diante do exposto, percebe-se a nítida importância do estudo de diversos elementos do clima na fase de projeto das edificações, sendo primordial que se estude a trajetória solar, o tamanho das aberturas, a direção e velocidade dos ventos dominantes e as propriedades térmicas dos materiais.