DIOCESE DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Pastoral Catequética
ENCONTROS EM PREPARAÇÃO PARA A
PRIMEIRA EUCARISTIA
Etapa I – Módulo I (A e B)
Apostila do Catequista
1
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Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética –Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo I
CONTEÚDO
O PERFIL DO CATEQUISTA ..........................................................................................................................................................................5
COMPROMISSOS DO CATEQUISTA .........................................................................................................................................................6
ESPIRITUALIDADE DO CATEQUISTA .....................................................................................................................................................6
PLANEJAMENTO DA CATEQUESE .............................................................................................................................................................7
1º ENCONTRO: ACOLHIDA E ENTROSAMENTO – JESUS ESTÁ ENTRE NÓS ..........................................................................8
2º ENCONTRO: EU, MINHA FAMÍLIA E A NOSSA FÉ ..................................................................................................................... 11
3º ENCONTRO: JESUS NA FESTA DA COMUNIDADE – MISSA .................................................................................................. 14
4º ENCONTRO: ORAÇÕES DA IGREJA ................................................................................................................................................... 18
5º ENCONTRO: APRESENTAÇÃO DA BÍBLIA / CONHECER E MANUSEAR ............................................................................. 20
6º ENCONTRO: O AMOR DE DEUS E O PECADO ................................................................................................................................ 22
7º ENCONTRO: A SALVAÇÃO EM JESUS CRISTO E A CONVERSÃO ........................................................................................ 25
8º ENCONTRO: O ESPÍRITO SANTO E A VIDA NA IGREJA ........................................................................................................ 28
9º ENCONTRO: DEUS CRIOU E NÓS CUIDAMOS ............................................................................................................................. 30
10º ENCONTRO: A DESOBEDIÊNCIA DE NOSSOS PRIMEIROS PAIS ..................................................................................... 32
11º ENCONTRO: HISTÓRIA DA SALVAÇÃO: NOÉ E A ALIANÇA COM DEUS ........................................................................ 35
12º ENCONTRO: HISTÓRIA DA SALVAÇÃO: ABRAÃO A JOSÉ .................................................................................................. 38
13º ENCONTRO: HISTÓRIA DA SALVAÇÃO: MOISÉS .................................................................................................................... 41
14º ENCONTRO: HISTÓRIA DA SALVAÇÃO: JUÍZES E REIS ..................................................................................................... 45
15º ENCONTRO: HISTÓRIA DA SALVAÇÃO: PROFETAS ................................................................................................................ 51
16º ENCONTRO: MARIA E A ANUNCIAÇÃO DO ANJO................................................................................................................... 55
17º ENCONTRO: NASCIMENTO DE JESUS, APRESENTAÇÃO AO TEMPLO E AOS DOZE ANOS .................................................. 57
18º ENCONTRO: BATISMO DE JESUS .................................................................................................................................................. 59
19º ENCONTRO: A COMUNIDADE QUE ACOLHE PELO BATISMO .............................................................................................. 61
20º ENCONTRO SANTÍSSIMA TRINDADE ......................................................................................................................................... 64
1º TEMA EXTRA: QUARESMA E CAMPANHA DA FRATERNIDADE............................................................................................. 66
2º TEMA EXTRA: QUARESMA E CAMPANHA DA FRATERNIDADE ............................................................................................ 68
3º TEMA EXTRA: SEMANA SANTA E PÁSCOA ................................................................................................................................... 75
4º TEMA EXTRA: O SANTO PADROEIRO ............................................................................................................................................. 76
5º TEMA EXTRA: MAIO, MÊS DE MARIA E DIA DAS MÃES ........................................................................................................ 82
6º TEMA EXTRA: CORPUS CHRISTI ....................................................................................................................................................... 84
7º TEMA EXTRA:VOCAÇÃO – DIA DOS PAIS ...................................................................................................................................... 88
8º TEMA EXTRA: SETEMBRO – MÊS DA BÍBLIA ............................................................................................................................... 92
9º TEMA EXTRA: MISSÕES ....................................................................................................................................................................... 97
10º TEMA EXTRA:DÍZIMO.......................................................................................................................................................................... 99
BIBLIGRAFIA ................................................................................................................................................................................................. 103
DINÂMICAS PARA SEREM USADAS NOS ENCONTROS DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2012: ...................... 104
3
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Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética –Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo I
O PERFIL DO CATEQUISTA
Faz parte do necessário perfil do catequista:
Equilíbrio psicológico,
maturidade humana e
afetiva.
Liderança,
Criatividade
Responsabilidade
e iniciativa.
Capacidade de
diálogo e de
trabalho em
Equipe.
e perseverança.
Vocação para catequista.
Vida coerente com a fé
Participação na
formação inicial de,
Disposição para progredir na
no mínimo, 01 (um)
fé e espiritualidade
ano.
(conversão contínua, vida de
oração, vida sacramental).
(não esteja impedido de
receber os Sacramentos
por ter sido atingido por
alguma lei canônica).
Boa comunicação.
Ter no mínimo 16 anos e
ter sido crismado.
Participação, engajamento e
espírito de serviço à
comunidade.
Amor preferencial pelos pobres.
(Fonte: Objetivos e Diretrizes da Pastoral Catequética, 86)
5
COMPROMISSOS DO CATEQUISTA
1. Comunicar a Palavra de Deus com o testemunho (experiência de fé e vida).
2. Dedicar-se, de modo específico, ao serviço da Palavra.
3. Anunciar a Palavra e denunciar o que impede o homem de ser ele mesmo e de viver sua
vocação de filho de Deus.
4. Participar ativamente dos eventos paroquiais e reuniões de Catequese (núcleo paroquial,
Região Pastoral e Diocese).
5. Leitura assídua de livros, revistas e boletins.
6. Atualizar-se, participando assiduamente de cursos, formação permanente e retiros.
7. Elaborar antecipadamente, em equipe, os encontros catequéticos e encontros para as famílias
dos catequizandos (pensar em gestos concretos com os catequizandos nas famílias).
ESPIRITUALIDADE DO CATEQUISTA
A Catequese Renovada qualifica o catequista como pessoa de profunda espiritualidade, que leva
uma vida de oração. Por isso, diz que a formação deve ter cuidado de desenvolver principalmente
sua vivência pessoal e comunitária da fé, seu compromisso com a transformação do mundo. A
espiritualidade do catequista, para ser autêntica, deve estar integrada na vida concreta,
compreendendo as atitudes de:
1. Relacionamento pessoal e profundo com Deus.
2. Seguimento de Cristo nas atitudes e interesse pelo Reino de Deus, fruto de uma adesão
sincera.
3. Docilidade à ação do Espírito Santo.
4. Comunhão com a Igreja, comunidade que evangeliza, celebra e testemunha Jesus Cristo.
5. Amor filial à Virgem Maria, Mãe e Modelo de catequista.
6. Vivência do mistério cristão e da missão catequizadora dentro do grupo de catequistas.
7. Escuta, com fé e fidelidade, à Palavra de Deus que se manifesta na Bíblia, na Igreja e nos
acontecimentos.
8. Integração dos aspectos celebrativos da liturgia e da
piedade popular.
9. Vida sacramental, de oração, de contemplação
encarnada na vida do povo.
10. Sentido de serviço para todos.
11. Espiritualidade do trabalho e da ação.
12. Amor aos empobrecidos e vivência evangélica.
13. Alegria de ser evangelizador
(Fonte: Objetivos e Diretrizes da Pastoral Catequética, 87-88)
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Pastoral Catequética –Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo I
PLANEJAMENTO DA CATEQUESE
ETAPA I – INICIAÇÃO À VIDA EUCARÍSTICA – MÓDULO I-A e B
DATA
ENCONTRO
TEMA
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1º ENCONTRO: ACOLHIDA E ENTROSAMENTO – JESUS ESTÁ ENTRE NÓS
1.
Objetivo
 Promover um ambiente acolhedor recebendo com alegria cada
catequizando.
 Estabelecer critérios de compromisso dos catequizandos entre si.
2.
Conteúdo do Encontro:
De forma dinâmica refletir a citação bíblica que nos ensina, na atitude
do bom samaritano, o gesto concreto do amor ao próximo. Jesus ensinanos como devemos amar a Deus e ao próximo. É toda a base de uma vida
verdadeiramente cristã, é o alicerce do Reino de Deus.
3.
Leitura utilizada: Mt 18, 20.
4.
Ambientação: Arrumar as cadeiras em círculo, mesa com toalha, flores, Bíblia, imagens.
5.
Material utilizado: Um rolo de barbante. Uma gravura de Jesus. Crachás para serem preenchidos
pelos catequizandos.
6.
Desenvolvimento do tema:
Dar boas vindas – Motivação: quando encontramos uma pessoa qual é a primeira coisa que queremos
saber dela? (pausa) O que vocês estão querendo saber de mim? (pausa) O nome, não é isso? É isso que
vamos fazer agora. Vamos saber o nome de todos, pois afinal passaremos o ano juntos!
Para guardar melhor vamos preparar um crachá, cada um vai enfeitar o seu, bem bonito e escrever o
seu nome. Dar tempo para que cada um possa escrever e desenhar no seu crachá.
Dinâmica – teia de aranha (com um rolo de barbante).
 Colocar a gravura voltada para o chão, no centro da sala, formar um círculo em volta.
 Desenrolar um pouco laçando em seu dedo (começa pela catequista). Dizer o nome e mais alguma
coisa, por exemplo: “Meu nome é Maria Auxiliadora, sou casada, tenho três filhos, sou catequista
há cinco anos, gosto de ir à praia”
 Em seguida jogar o rolo para o próximo (sou fulano, estou aqui para conhecer JESUS) e assim por
diante com a participação de todos.
 Comentar a teia formada: O que parece isso? (pausa) Uma teia de aranha. Quem conhece a teia de
aranha? Alguém já viu aranha? (pausa - Esta dinâmica ajudará no conhecimento e entrosamento
da turma).
Comentários: Vocês já imaginaram se algum de nós soltar o dedo... o que vai acontecer? (pausa) Vai
ficar um buraco. Será que vai fazer falta? (pausa) Vai... o seu lugar só você pode ocupar. Cada um de
nós é muito importante. Por isso cada um vai fazer o possível para não faltar aos encontros. Deverá
vencer o sono de manhã, o frio, a chuva, o sono depois do almoço, o cansaço do final do dia, o calor de
verão. Não podemos deixar que nada nos atrapalhe.
 Cada um de nós falou o porquê de estar aqui, será que é por isso mesmo? Eu acredito que fomos
chamados. O nosso 1º chamado foi à vida. O nosso 2º chamado foi no dia do nosso batismo e
fomos convidados a ser santos e hoje estamos aqui e, com certeza, não sabemos exatamente o
porquê, mas acredito que cada um de nós foi chamado para estar aqui. Com o passar dos
encontros cada um irá descobrir o motivo verdadeiro.
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Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética –Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo I
 Ler o versículo Mt 18, 20, virar a figura que está no chão mostrando que Jesus está no meio de nós
e quer ser nosso amigo. Ele estará presente em nossos encontros porque no reunimos em Nome
do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
 Jesus quer ser nosso amigo, assim como foi amigo dos apóstolos, dos doentes, dos pobres e dos
pecadores.
 Jesus está sempre conosco, nos momentos tristes e nos momentos felizes, mesmo que não se
perceba a sua presença.
 Ler e comentar o texto da apostila e preencher o quadro com os nomes dos amigos.
 Falar sobre as boas atitudes – seguindo a apostila do catequizando.
7.
Vivência:
Fazer com os pais as atividades propostas – trazer esta página assinada pelos pais.
8.
Momento de Oração:
Aproveitar a figura de Jesus que está no centro do círculo para que cada catequizando faça a sua
oração espontaneamente, sua oração a Jesus. Peça que conversem com Jesus enquanto sua imagem vai
passando de mão em mão. Em seguida oriente-os a fazer a oração que está na apostila.
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
O centro do primeiro anúncio (querigma) é a
pessoa de Jesus, proclamando o Reino como uma
O
querigma,
portanto,
proporciona
experiência de amor profundo de Cristo, gerando
nova e definitiva invenção de Deus que salva com um
poder superior àquele que utilizou na criação do
adesão a Ele.
Só quem fez esta experiência de Jesus
mundo. “Essa salvação é o „grande dom de Deus‟,
libertação de tudo aquilo que oprime a pessoa
humana, sobretudo do pecado e do maligno, na
Cristo pode passar pelo processo catequético, pois
só quem conheceu o Salvador pode aprofundar sua
vida nele e moldar suas ações de acordo com a vida e
alegria de conhecer a Deus e ser por Ele conhecido,
de o ver e se entregar a Ele” (DNC 30).
Por querigma devemos entender o anúncio
o ensinamento do Mestre.
O querigma também pode ser aprofundado
sob a ótica da amizade. Para isso poderá utilizar do
alegre de Jesus, que nos leva a conhecer e amar a
sua pessoa como presença a salvadora de Deus na
história da humanidade e em nossa história pessoal
livro “O pequeno Príncipe”. O encontro do príncipe
com a raposa em que se estabelece uma profunda
amizade, para fazer uma comparação com a amizade
de vida. Diante do querigma, a pessoa se decide
livremente pelo Cristo, encantando-se com Ele e sua
proposta, reorientando toda a sua vida num processo
que Ele quer aprofundar com cada um, explicando
que para isso Jesus quer cativar os catequizandos e
ser cativado por eles. Aproveite as narrativas! Elas
de conversão constante e crescente.
O querigma apresenta os principais fatos da
vida de Jesus, que o fazem reconhecê-lo como
são sempre bem vindas! Conte as narrativas com
arte, com entusiasmo, para que o catequizando
saboreie o que é contado. Pode ser organizado um
Senhor de nossas vidas, nosso mais e mais íntimo
amigo. É preciso apresentar que Ele é o Filho de
pequeno teatro, ou apenas feita uma leitura. (Cf.
Saint-Exupery. “O pequeno Príncipe”. 48 ed. Rio de
Deus, enviado pelo Pai para ser uma pessoa como
nós. Viveu igual a nós em tudo, sendo muito bom para
com todos. Amou a todos os que dele se
Janeiro: Agir, 2002, p. 66-69)
aproximaram e, por amar tanto, enfrentou a morte e
a venceu, ressuscitando. A Igreja é a comunidade
das pessoas que quiseram ser amigas de Jesus e
Fonte: Crescer em Comunhão, Livro do Catequista, Vol. I,
Ed. Vozes, 2008 – p. 11.
seguir seus passos.
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O encontro do Príncipe com a Raposa
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10
E foi então que apareceu a raposa:
Bom dia, disse a raposa.
Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
Sou uma raposa, disse a raposa
Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste
Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
Ah! desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
Que quer dizer "cativar"?
Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
Procuro os homens, disse o principezinho - Que quer dizer "cativar"?
Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a
única coisa interessante que eles fazem - Tu procuras galinhas?
Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços.
Criar laços?
Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a
cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade
de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me
cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim o único no mundo. E eu serei
para ti única no mundo...
Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor, eu creio que ela me cativou ...
É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra ...
Oh! não foi na Terra, disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
Num outro planeta?
Sim.
Há caçadores nesse planeta?
Não.
Que bom ! E galinhas?
Também não.
Nada é perfeito, suspirou a raposa.
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética –Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo I
2º ENCONTRO: EU, MINHA FAMÍLIA E A NOSSA FÉ

Objetivos:
 Conscientizar
o
catequizando
de
sua
responsabilidade na construção da família no
mundo, conforme a vontade de Deus.
 Despertar neles o amor filial e fraternal.
 Reconhecer a comunidade familiar como espaço
privilegiado para o crescimento e desenvolvimento
físico e afetivo das pessoas.
 Reconhecer que na família deve haver amor, união
e respeito e que cada membro tem seus direitos e
deveres.
 Aprofundar a idéia de que ter fé é ter certeza sobre aquilo que não vemos.
 Retomar o conceito de fé e aprofundá-lo.
2. Conteúdo do Encontro:
 Mostrar aos catequizandos que devemos viver em comunhão sendo compreensivo e humilde. Estar
aberto ao diálogo. Quais pessoas fazem parte da família e como vivem, se há desempregados,
doentes etc. Qual a importância da família para uma pessoa? Que tipo de família é a minha? Quais
os outros tipos de família que conhecemos? Família por parentesco (laços de sangue), família por
solidariedade (sem laços de sangue, mas unidas pela convivência) e família por afeto (sem laços de
sangue, mas unidas pelo amor e solidariedade como, por exemplo, adoção). Quem trouxe o
catequizando para a catequese? Todos freqüentam a paróquia? Todos professam a mesma fé?
 Dramatizar o dia a dia da família. Incentivar os catequizandos a valorizar a família. Mostrar o
exemplo da família de Nazaré em viver os valores humanos e cumprir a lei de Deus. O filho que
quer crescer na amizade de Deus procura ser solícito e obediente como Jesus era para com seus
pais. Mostrar que o amor une a todos: pai, mãe, filhos e pessoas que moram juntos. Aproveitar o
momento para convidar os pais ou responsáveis para ajudar no trabalho da catequese.
 Pedir aos catequizandos alguns exemplos que demonstrem a nossa necessidade desta experiência
espiritual, assim como as plantas precisam de água. Conversar com eles sobre as conseqüências da
fé.
3. Desenvolvimento do tema:
Iniciar o encontro rezando pelas famílias de cada um.
Conversar sobre a família de cada um. Incentivar o catequizando a valorizar a família. Dramatizar o
dia a dia da família. Conversar sobre a árvore genealógica.
Mostrar o bom exemplo da família de Nazaré em viver os valores humanos e cumprir a Lei de Deus.
O filho que quer crescer na amizade de Deus procura ser solícito e obediente como Jesus era para com
seus pais. Mostrar que o que faz a família é o amor que une a todos: pai, mãe, filhos e pessoas que moram
juntos.
Para falar de fé, fazer a seguinte dinâmica:
 Mostrar aos catequizandos um vaso com flor murcha sem água e um vaso com águas e flores vivas.
 Perguntar o que eles estão vendo.
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 Comentar: este vaso com água as flores estão vivas e este vaso sem água, as flores estão murchas.
A água é um alimento. Sem ela, as plantas murcham, secam e acabam morrendo. Se ficarmos sem
beber água, a boca seca e ficamos desidratados.
 Assim é a fé. Ela é um alimento que nos mantém vivos e fortes. Sem em ela, ficamos murchos, como
uma flor sem água.
Ler o texto bíblico – Mt 9, 20-26 – A fé que salvou.
Comentar a história bíblica, dizendo que a mulher acreditou, teve fé e por isso ficou curada só em
tocar Jesus.
Ir lendo com eles o texto da apostila. Comentar que é preciso não deixar a fé morrer na vida e na
vida da família.
4.
Leitura utilizada: da própria apostila, da bíblia – Mt 9,20-26
5.
Ambientação: toalha, flores murchas em um vaso, bíblia, imagem etc.
6.
Material utilizado: Apostila e figuras de famílias.
7.
Atividades: orientar as atividades
8.
Momento de Oração – orientar a escrita da oração da apostila.
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
As Lições da Sagrada Família
O Papa João Paulo II, na Carta às Famílias,
redentora da humanidade na Família de Nazaré. A
chamou a família de “Santuário da vida” (CF, 11).
primeira realidade humana que Ele quis resgatar
Santuário quer dizer “lugar sagrado”. É ali que a
foi a família; Ele não teve um pai natural aqui, mas
vida humana surge como que de uma nascente
quis ter um pai adotivo, quis ter uma família, e
sagrada, e é cultivada e formada. É missão
viveu nela trinta anos. Isso é muito significativo.
sagrada da família: guardar, revelar e comunicar
Com a presença d‟Ele na família – Ele sagrou todas
ao mundo o amor e a vida.
as famílias.
O Concílio Vaticano II já a tinha chamado
Conta-nos São Lucas que após o encontro do
de “a Igreja doméstica” (LG, 11) na qual Deus
Senhor no Templo, eles voltaram para Nazaré “e
reside, é reconhecido, amado, adorado e servido;
Ele lhes era submisso” (cf. Lc 2,51). A primeira
nele também foi ensinado que: “A salvação da
lição que Jesus nos deixou na família é a de que os
pessoa e da sociedade humana estão intimamente
filhos devem obedecer aos pais, cumprindo bem o
ligadas à condição feliz da comunidade conjugal e
Quarto Mandamento da Lei. Assim se expressou o
familiar” (GS, 47).
Papa João Paulo II:
Jesus habita com a família cristã. A
“O Filho unigênito, consubstancial ao Pai,
presença do Senhor nas Bodas de Caná da Galiléia
„Deus de Deus, Luz da Luz‟, entrou na história dos
significa que o Senhor “quer estar no meio da
homens através da família” (CF, 2).
família”, ajudando-a a vencer todos os seus
A Família de Nazaré sempre foi e sempre
desafios; e Nossa Senhora ali o acompanha com a
será o modelo para todas as famílias cristãs.
sua materna intercessão.
Acima de tudo, vemos uma família que vive por
Desde que Deus desejou criar o homem e a
Deus e para Deus; o seu projeto é fazer a vontade
mulher “à sua imagem e semelhança” (Gn 1,26), Ele
de Deus. A Sagrada Família é a escola das
os quis “em família”. Por isso, a família é uma
virtudes por meio da qual toda pessoa deve
realidade sagrada. Jesus começou sua missão
aprender e viver desde o lar.
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Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética –Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo I
Maria é a mulher docemente submissa a
Como
será
possível,
num
contexto
de
Deus e a José, inteiramente a serviço do Reino de
imoralidade, insegurança, ausência de pai ou mãe,
Deus: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim
garantir aos filhos as bases de uma personalidade
segundo a sua palavra” (Lc 1,38). A vontade dela é
firme e equilibrada e uma vida digna, com
a vontade de Deus; o plano dela é o plano de Deus.
esperança?
Viveu toda a sua vida dedicada ao Menino Deus,
Como será possível construir uma sociedade
depois ao Filho, Redentor dos homens, e, por fim,
forte e sólida onde há milhares de “órfãos de pais
ao serviço da Igreja, a qual o Redentor instituiu
vivos”? Fruto da permissividade moral e do
para levar a salvação a todos os homens.
relativismo religioso de nosso tempo, é enorme a
José era o pai e esposo fiel e trabalhador,
porcentagem
dos
casais
que
se
separam,
homem “justo” (Mt 1, 19), homem santo, pronto a
destruindo as famílias e gerando toda sorte de
ouvir a voz de Deus e cumpri-la sem demora. Foi o
sofrimento para os filhos. Muitos crescem sem o
defensor do Menino e da Mãe, os tesouros
calor amoroso do pai e da mãe, carregando consigo
maiores de Deus na Terra. Com o trabalho humilde
essa carência afetiva para sempre.
de carpinteiro deu sustento à Família de Deus,
A Família de Nazaré ensina ainda hoje que a
deixando-nos a lição fundamental da importância
família desses nossos tempos pós-modernos só
do trabalho, qualquer que seja este.
poderá se reencontrar e salvar a sociedade se
A Família de Nazaré é para nós, hoje, mais
souber olhar para a Sagrada Família e copiar o seu
do que nunca, modelo de unidade, amor e
modo
de
vida:
serviçal,
religioso,
moral,
fidelidade. Mais do que nunca a família hoje está
trabalhador, simples, humilde, amoroso… Sem isso,
sendo destruída em sua identidade e em seus
não haverá verdadeira família e sociedade feliz.
valores. Surge já uma “nova família” que nada tem
a ver com a família de Deus e com a Família de
Nazaré.
Fonte: Prof. Felipe Aquino - Comunidade Canção
Nova
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3º ENCONTRO: JESUS NA FESTA DA COMUNIDADE – MISSA
1. Objetivos:

Animar os catequizandos para que participem da missa com
entusiasmo.

Compreender que sua participação faz crescer a sua unidade com
os irmãos e com Deus.

Incentivar a participação da família na missa, aos domingos.
2. Conteúdo do Encontro:
 Os catequizandos devem tomar consciência que participar da missa é rezar com Jesus e com os outros.
Explicar que a missa é uma grande festa e como deve ser sua participação.
 A Eucaristia é o sinal de comunhão entre os irmãos. É na missa que celebramos o que de mais precioso
temos: a vida, com suas alegrias, tristezas, esperanças, tudo isso junto com nossos irmãos.
 Na missa lembramos a vida de Jesus, os seus ensinamentos, participamos do seu sacrifício, recebendo
o próprio Cristo. Jesus age em nós para fazermos o bem.
 Na missa nos reconciliamos com Deus, sentimo-nos mais unidos, mais irmãos, escutamos os
ensinamentos de Deus pela sua Palavra, louvamos e falamos com Deus, cantamos, pedimos, recebemos a
presença de Jesus ressuscitado, preparamo-nos para, com Jesus, construir um mundo justo e fraterno.
3.
Desenvolvimento do tema:
 Conversar com os catequizandos sobre uma festa de aniversário.
 Enumerar os momentos, desde a preparação da festa até o seu final, o bolo, o parabéns a você, o
apagar a vela, que é o ponto alto da comemoração.
 Tudo numa festa é importante, mas o principal é a comemoração da vida de uma pessoa.
 Assim é a Celebração Eucarística. Lembramos de um fato do passado – Cristo que fez a ceia com os
apóstolos, doou a sua vida, dando seu corpo e sangue para a salvação de todos.
 Quando vamos à missa, relembramos as palavras e gestos que Jesus usou e atualizamos a entrega de
Jesus porque Ele veio para salvar a todos, tanto os que viviam no seu tempo como os cristãos de todos
os tempos (passado, presente e futuro).
 Leia o texto bíblico Lc 22, 14-20.
 Realize um segundo momento, com uma leitura dialogada: toda a turma narra e um dos catequizandos
faz a leitura das falas de Jesus.
 Dramatize a cena com base nos versículos 19 e 20 em que Jesus abençoa e distribui o pão e o vinho.
 Levar os catequizandos até a igreja para explicar as partes da missa .
 Conversar com os catequizandos para ver se já participaram de alguma missa. O que sentiram, o que
viram e o que entenderam.
 Ir mostrando os quadrinhos da apostila, explicando cada um e pedindo que preencham embaixo.
4.
Leitura utilizada: da própria apostila.
5.
Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem etc.
6.
Material utilizado: Apostila, figuras de igreja.
7.
Atividades: orientar as atividades
8.
Momento de Oração –
14
orientar a escrita da oração da apostila.
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética –Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo I
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
SANTA MISSA
nossa
caminhada
do
dia-a-dia,
a
Como é bom estar reunidos com a grande
dinâmica de Deus em meio a seu povo.
presença
família de Deus, não e mesmo? A alegria da
"A Santa Mãe Igreja julga seu dever
ressurreição do Senhor é que nos leva a essa
celebrar em certos dias no decorrer do ano, com
reunião para celebrar a vitória da vida sobre a
piedosa recordação, a obra salvífica de seu divino
morte, numa grande festa, a missa.
esposo. Em cada semana, no dia que ela chamou
A Igreja reconhece o domingo como o dia
Domingo, comemora a ressurreição do Senhor,
por excelência dessa celebração, porque é o dia
celebrando-a uma vez também, na solenidade
em que Jesus Cristo ressuscitou (cf. CIC 1166).
máxima da Páscoa, juntamente com sua sagrada
Na missa, a comunidade de fé se encontra para
paixão.
escutar a Palavra de Deus, lembrar-se da paixão,
ressurreição
e
mistério de Cristo, desde a Encarnação e
partilhar de sua vida. Da missa vem a missão de
Natividade até a Ascensão, o dia de Pentecostes
anunciar Jesus Cristo e dar testemunho de sua
e a expectativa da feliz esperança e vinda do
fé
Senhor.
cristã.
e
glória
do
Demonstrando
Senhor
a
alegria
Jesus,
No decorrer do ano, revela todo o
de
ter
participado da celebração de Cristo ressuscitado.
A celebração da missa não acontece
somente na igreja. Ela inicia desde o momento em
que decidimos ir à missa e continua no nosso diaa-dia, quando colocamos em prática a vivencia do
envio que recebemos: exercitar a dinâmica do
mistério pascal de morrer para o pecado e
ressurgir para a vida.
A celebração da missa é também chamada
de Celebração Eucarística e é expressa por
vários gestos, símbolos e atitudes. Sendo assim,
para celebrarmos a missa, somos convocados a
fazer parte da assembléia litúrgica, e juntos com
a comunidade rezar, bendizer, oferecer, cantar a
Relembrando os Mistérios da Redenção,
"A Igreja é a nossa casa. Esta é a nossa
casa!" (DA 246). "Entende-se, assim, a grande
importância do preceito dominical de 'viver
segundo
o
domingo',
como
necessidade
interior do cristão, da família cristã, da
comunidade paroquial. Sem uma participação
ativa na celebração eucarística dominical e
nas festas de preceito não existirá um
discípulo missionário maduro. Cada grande
reforma missionária da Igreja está vinculada
ao redescobrimento da fé na Eucaristia" [...]
(DA 252).
uma só voz, a uma só alma, a um só coração. Ela é
a fonte e ápice de nossa vida e missão, como
Igreja (cf. PO 5).
Muitas pessoas, ao participarem da missa,
não entendem por que as cores mudam, qual o
de
cada
tempo
aos
fiéis
as
riquezas
do
poder
santificador e dos méritos de seu Senhor, de tal
O ANO LITÚRGICO
significado
concede
...
Porém,
foi
justamente para facilitar este encontro de
sorte que, de alguma forma, os torna presentes
em todo o tempo, para que os fiéis entrem em
contato com eles e sejam repletos da graça da
salvação" (SC 102).
comunhão com o Senhor, em seu mistério, que a
Igreja criou o Ano Litúrgico. Por meio das várias
celebrações propostas no calendário litúrgico,
Fonte: Crescer em Comunhão, Livro do Catequista,
Vol.I, Ed.Vozes, 2008 – p. 92-93.
nós podemos lembrar e celebrar, ao longo de
15
A SANTA MISSA E A FESTA DO CEBOLINHA
Você também foi convidado para a festa de aniversário
do Cebolinha.
Preste muita atenção em tudo que acontece, depois nós
vamos ver que a Missa é uma festa também!
Cebolinha está muito feliz! É seu aniversário!
Ele convidou muitas pessoas para sua festa.
Dona Maria Cebola, a mãe do Cebolinha, preparou tudo com muito carinho: bolo, enfeites,
mesa, músicas, brincadeiras...
Cada pessoa que chegava para a festa era recebida com alegria pela família, deixando todos
muito à vontade.
O Cascão e o Cebolinha estavam de mal por causa de uma briga no futebol, mas Cascão
aceitou o convite do amigo e quando chegou à festa, abraçou o Cebolinha e pediu desculpas.
As pessoas estavam animadas e conversavam sobre suas vidas, sobre os acontecimentos da
última semana, sobre seus problemas e suas alegrias. Então, o Seu Cebola, pai do Cebolinha,
começou a contar coisas de quando ele ainda era bem pequenino. Falava com orgulho de como o
seu filho era esperto, bonzinho, inteligente...
Muitas pessoas começaram a abraçar o Cebolinha, desejando-lhe feliz aniversário, tudo de
bom e que Deus lhe iluminasse e lhe cobrisse de bênçãos.
O Cebolinha ganhou muitos presentes. As pessoas que chegavam, vinham lhe ofertar seu
presente com um grande sorriso de felicidade.
Sua mãe trouxe um bolo lindo e colocou sobre a mesa, junto com os refrigerantes.
Cebolinha estava abrindo seus presentes, cada um lhe dava mais alegria que o outro...
Então, ele olhou para sua mãe e falou: “Lembla, mãe? No ano passado a vovó estava aqui
também. Agola ela já está lá no céu, e eu sei que um dia nos vamos nos encontlar com ela, junto
com Nossa Senhola, os anjos e os santos... Por falar em santo, que bom que o Padle João veio, né
mãe?”
“É mesmo Cebolinha. Ele batizou você quando ainda era um bebê e agora tá aqui festejando
seu aniversário!”
Chegou a hora de cantar PARABÉNS. Todos ficaram de pé, se aproximaram da mesa e
cantaram com entusiasmo.
Partiu-se o bolo e serviu-se o refrigerante. Todos comeram e beberam. Estava uma delícia!!!
Cada um que ia embora agradecia a família pela festa, pela receptividade, por tudo. E se
despediam com um sorriso e um até breve.
No dia seguinte, Cebolinha foi brincar com seus presentes.
Então, ele viu que tinha muitos, muitos brinquedos e resolveu dar alguns deles para o
Cascão.
16
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética –Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo I
Vamos entender
Convite para a festa
A mãe prepara a festa
Os convidados são recebidos
Cascão pede desculpas
Conversa dos convidados
Abraçam o Cebolinha
Ganhando presentes
Bolo e refrigerante na mesa
Abrindo os presentes
Cebolinha fala da avó e do padre
Parabéns
Comer e beber
Jesus nos convida para a Missa (seu banquete)
Alguém prepara a Missa
Entrada / Saudação
Ato Penitencial
Glória / Liturgia da Palavra
Oração da comunidade
Apresentação das ofertas
Consagração
Ofertório
Oração eucarística
Amém / Pai Nosso / Abraço da paz
Comunhão
Ir embora e agradecer
Ação de graças / Despedida
Dia seguinte e repartir
Nosso compromisso para a semana que a Missa nos
brinquedos
pede
17
4º ENCONTRO: ORAÇÕES DA IGREJA

Objetivos:
 Possibilitar aos catequizandos conhecerem e valorizarem as Orações
da Igreja Católica.
 Mostrar que a oração é uma forma de se comunicar com Deus e é
necessário rezar com confiança e perseverança.
 Demonstrar aos catequizandos que Deus se comunica com os homens
de vários modos, através da Criação, dos acontecimentos, das
pessoas, pela bíblia e por Jesus.
2. Conteúdo do Encontro:
Estas orações são apresentadas pela Igreja e rezadas por todos os
cristãos católicos: Sinal da Cruz, Pelo Sinal, Pai Nosso, Ave Maria, Anjo da Guarda, Vinde Espírito Santo,
Oração do Padroeiro.
3. Desenvolvimento do tema:
Iniciar o encontro rezando por cada um.
a) Dinâmica – Para aprender a rezar
 Colocar dentro de uma caixinha papéis com perguntas sobre as orações da Igreja.
 Ir passando a caixinha entre os catequizandos e a catequista vai batendo palmas.
 Ao parar de bater palmas, quem estiver com a caixinha, deverá tirar um papel de dentro e rezar a
oração que se pede.
 Continuar até que a caixinha passe por todos os catequizandos.
 Exemplos: primeira parte da Ave Maria, segunda parte do Pai Nosso, oração do anjo da Guarda,
fazer o Sinal da Cruz, fazer o Pelo Sinal etc.
4.
Leitura utilizada: da própria apostila, da bíblia - Lc 11,1-4 / Mt 6, 7-13
5.
Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem etc.
6.
Material utilizado: Apostila, caixinhas com os papéis.
7.
Atividades: orientar as atividades.
8.
Momento de Oração: orientar a escrita da oração da apostila.
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
Jesus é o nosso modelo de pessoa que
agrada a Deus em suas orações.
comunidade, gerando vida plena e esperança uns
nos outros (Mt 6,7-13).
A oração de Jesus era a sua vida. Assim o
Era no diálogo com o Pai (Lc 6,12) que Ele se
fundamento da oração é o amor, pois o que Jesus
mantinha firme na entrega total à causa do Reino.
mais fez em sua vida foi amar. Sendo um homem
E o Pai se fez presente nesse diálogo, dando lhe o
de oração, Jesus nos ensina a rezar através do
Espírito que o encheu de graça e força para
Pai-Nosso, mostrando que devemos orar como
iniciar e completar sua missão. Essa força do
18
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética –Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo I
Espírito,
proveniente
Deus,
constantemente unidos pela oração ao Senhor que
também impulsiona toda a vida cristã (At 1,8),
alimenta a nossa fé. Por conseqüência, só haverá
dinamizando o ser, o viver e o agir eclesial. E ainda
comunidade unida pela fé quando seus fiéis
nos motiva a praticar uma vida de oração, de
estiverem unidos por uma vivência de oração,
meditação
dos
celebrando com devoção e profundidade, de tal
sacramentos em casa, no trabalho, na escola e na
modo que seja possível reconhecer que esta
sociedade. Foram as primeiras comunidades que
comunidade gera frutos de caridade. Diante disso
descobriram em Deus a força para continuar
e necessário que os cristãos "estejam sempre
caminhando
é,
alegres, rezem sem cessar. Dêem graças em todas
portanto, memória e alicerce da comunidade. Pois
as circunstâncias, porque esta é a vontade de
é na comunidade que as orações se misturam,
Deus a respeito de vocês em Jesus Cristo. Não
fortalecendo a vida de seus membros e a missão
extingam o Espírito" (1Ts 5, 17-19).
da
do
Palavra,
como
povo
diálogo
de
com
celebração
eleito.
A
oração
na qual estão se empenhando.
Não se pode conceber um cristão que não
mantenha uma relação viva e pessoal com Deus,
principalmente uma comunidade que não
em
oração,
profundamente
seremos
a
a
cristãos
fim
de
vontade
se põe
descobrir
do
firmes
Fonte: Crescer em Comunhão, Livro do Catequista, Vol.
III, Ed.Vozes, 25ª Ed, 2008 – p. 42.
mais
Pai.
Somente
se
vivermos
19
5º ENCONTRO: APRESENTAÇÃO DA BÍBLIA / CONHECER E MANUSEAR

Objetivos:
 Mostrar aos catequizandos que a bíblia é um livro que ensina
regras e funciona como um manual que nos ensina a amar o
próximo, respeitar e honrar o pai e a mãe, cuidar do nosso
corpo, se solidário etc.
 Apresentar a bíblia como uma biblioteca que contém vários
livros, relata histórias de pessoas que servem de exemplo e
ajuda a crescer.
 Desenvolver habilidades no manuseio da bíblia.
2. Conteúdo do Encontro:
 Respeito à Palavra de Deus.
 Como foi escrita a bíblia, onde foi escrita, quem escreveu, em
que língua foi escrita, para que foi escrita.
 De modo ilustrativo apresentar a divisão do Antigo e Novo
Testamento, quantos livros tem cada parte, noções iniciais a
respeito dos capítulos e versículos, mostrando que ela deve
nos acompanhar por toda a vida.
3.
Desenvolvimento do tema:
Mostrar o cartaz com a estante da Bíblia e ir explicando.
 A Bíblia divide-se em duas grandes partes: o Antigo Testamento e o Novo Testamento.
 A palavra testamento significa “aliança”, “compromisso”.
 O antigo Testamento trata da Aliança feita entre Deus e seu povo e o Novo Testamento fala sobre
a Aliança que Deus fez, através de seu Filho, com todos os povos.
 A Bíblia é a Palavra de Deus dirigida aos homens de todos os tempos e lugares. É Deus
comunicando-se conosco.
4.
Leitura utilizada: 2 Tm 3, 14-17; Lc 2, 41-52
5.
Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem etc.
6.
Material utilizado: Apostila, Bíblia, cartaz
7.
Atividades:
Explicar e esperar que eles façam.
1.
Antigo Testamento
2. 46 / Gênesis / Malaquias
3. Novo Testamento / 27
4. Mateus / Marcos / Lucas / João
8.
20
Momento de Oração: orientar a escrita da oração da apostila.
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética –Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo I
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
“Encontramos Jesus na Sagrada Escritura
viver em comunhão com a Igreja fundada e
lida na Igreja. A Sagrada Escritura, „Palavra de
animada por Ele, a imitar Maria e os santos que o
Deus e inspiração do Espírito Santo‟, é, com a
seguiram mais de perto e a transformar o mundo
Tradição, fonte de vida para de sua ação
no Amor por Ele anunciado.
evangelizadora.
Desconhecer
a
Escritura
é
desconhecer Jesus Cristo e renunciar a anunciálo” (DA247).
A mensagem central de toda a Sagrada
Escritura é Jesus! Elas apontam para Ele no
Antigo Testamento e o revelam plenamente no
Novo. Ele é a “Palavra feita Carne” (cf. CIC 129).
Assim, na certeza da garantia do Espírito
Santo, “a igreja recebe e venera como inspirados
os 46 livros do Antigo e os 27 livros do Novo
Testamento. Os 4 evangelhos ocupam um lugar
central, já que Cristo Jesus é o centro deles"
(CIC 138-139).
Para ser verdadeiramente discípulo de
Cristo, o cristão deve cultivar intimidade com os
textos sagrados. Deve conhecer a Bíblia em suas
divisões, saber manuseá-la. Saber interpretar
seus textos de acordo com o Magistério da
Igreja. Deve também saber que é à luz de Jesus
e da experiência que temos com Ele a partir dos
evangelhos que devemos interpretar todas as
"As coisas reveladas por Deus, contidas e
manifestadas na Sagrada Escritura, foram
escritas por inspiração do Espírito Santo.
Com efeito, a santa mãe Igreja, segundo a
fé apostólica, considera como santos e
canônicos os livros inteiros do Antigo e do
Novo Testamento com todas as suas partes,
porque, escritos por inspiração do Espírito
Santo (cf. Jo 20, 31; 2Tm 3, 16; 2Pd 1, 1921, 3,15-16), têm Deus por autor. E como
tudo quanto afirmam os autores inspirados
ou hagiógrafos deve ser tido como afirmado
pelo Espírito Santo, por isso mesmo se deve
acreditar
que
os
livros
da
Sagrada
Escritura ensinam com certeza, fielmente e
sem erro a verdade que Deus, para nossa
salvação, quis que fosse consignada nas
Sagradas Letras (DV 11).
páginas sagradas. Nesse sentido, as notas de
rodapé e as introduções presentes nas diversas
versões católicas da Sagrada Escritura ajudam a
entender o que os autores sagrados queriam
Fonte: Crescer em Comunhão, Livro do Catequista,
Vol.I, Ed. Vozes, 2008 – p.15-16.
dizer quando escreveram os livros da Bíblia.
Conhecendo Jesus através da Sagrada
Escritura, os catequizandos poderão aprofundarse nele e em sua vida, estando aptos a amar o Pai
como Ele amou, a acolher o seu Espírito Santo, a
21
6º ENCONTRO: O AMOR DE DEUS E O PECADO
1. Objetivos:
 Reconhecer o amor e a bondade de Deus que nos cria para uma vida digna.
 Reconhecer que é na vivência do amor que está a maior felicidade e a
condição para um mundo mais justo e fraterno
 Apresentar a noção de pecado como escolha que coloca obstáculos à
felicidade que Deus deseja para todos.

Conteúdo do Encontro:
O amor de Deus é livre e gratuito. A iniciativa é sempre de Deus. Ele nos
amou e deseja nossa felicidade e salvação. Quando recusamos o amor de Deus
pelo pecado afastamo-nos Dele por nossa vontade; mas o pecado só nos derruba se deixarmos, pois Deus é
maior. Ter consciência do pecado é fundamental para vencê-lo.
3. Desenvolvimento do tema:
Começar o Encontro lendo o início da apostila, onde está escrito sobre o Amor até o 6º parágrafo
(Mas desde o começo do mundo .................de Deus). Em seguida fazer a seguinte dinâmica:
Dinâmica do Amor de Deus e do Pecado:

1º passo – escolher uma criança que queira ser “Deus” .

2º passo – a catequista será ela mesma.

3º passo – abraçar Deus e dizer que o ama muito (colocar para os catequizandos como nos
sentimos junto de Deus, que Ele nos protege e nos ajuda).

4º passo – dizer que quando fazemos alguma coisa que não é “amor”, nos afastamos de Deus
(pedir alguns exemplos e para cada exemplo colocar uma criança no meio, entre você e Deus e
assim por diante). Usar muitas crianças, para eles entenderem que, quanto mais deixamos de
amar, mais nos afastamos de Deus.

5º passo – mas também nós nos arrependemos de não ter vivido o “amor” e pedimos perdão.
Pedir exemplos e ir tirando as crianças (por exemplo, pedimos perdão para a mamãe e o papai
quando desobedecemos).

6º passo – ir fazendo isso até chegar perto da criança que é “Deus”.
Comentar – O que entenderam e sentiram ao fazer a dinâmica.
Continuar lendo a apostila até o final.
4. Leitura utilizada: da própria apostila.
5.
Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem etc.
6.
Material utilizado: Apostila e catequizandos.
7.
Atividades: Orientar as atividades.
8.
Momento de Oração: Orientar a escrita da oração da apostila.
22
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética –Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo I
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
A noção de pecado só existe para quem
Dimensão social do pecado:
tem fé.
É
"Pecado" é uma palavra que, para muitas
pessoas perdeu o sentido. Há quem diga que
tudo é certo e que não existe pecado.
Isso causa a falta de responsabilidade
perante Deus, por parte do cristão, e perda
de responsabilidade moral, por parte daqueles
que não se consideram cristãos.
bom
lembrar
que
os
pecados
individuais acabam sendo pecado social, se
toda a sociedade cai nos mesmos erros.
A dimensão social do pecado era pouco
valorizada e talvez desconhecida pela maioria
dos cristãos:
pecado
social
é ofensa
à
comunidade, ao Cristo presente na pessoa dos
irmãos.
Quando
alguém
fazia
"pecado"
Em nossa época é necessário e urgente
procurava logo um padre para não perder o
que a pessoa defina a sua posição: ter ou não
direito ao céu, nem a salvação de sua alma. A
ter fé. O "catolicismo de fachada", felizmente
religião era vista mais como "um freio" aos
passou. Se temos fé, nossa vida deve ser
maus costumes individuais, do que motivação
coerente com nossas convicções.
para a construção de um povo justo e
No cristianismo, a iniciativa parte de
Deus que vai em busca do homem para dar um
novo caminho a história humana. Nele a
presença e a ação de Deus é que determinam e
orientam a vida do homem.
Muitos
dizem:
fraterno.
Algo mudou no jeito de vivermos a vida,
de
olharmos
os
acontecimentos,
de
exercermos as nossas responsabilidades e de
convivermos com os outros.
De fato, Deus não é mais visto como um
"Pecado?!
Ora
essa!
legislador que, de fora e de cima, impõe
Felizmente já caiu da moda ... " Ou: "A religião
ordens aos homens. A fé não é só a aceitação
só serviu para reprimir o direito que a gente
de certas verdades e do conjunto de praticas
tinha de ser livre e feliz". Muitos se queixam:
externas de devoção. A fé se pratica.
"Não sei mais o que é pecado".
Hoje:
Num catecismo antigo, era fácil definir
o
pecado:
"Pecado
é
uma
desobediência
voluntária à Lei de Deus e da Igreja. E se
divide em grave e leve ... "
 Há uma mudança de nossa visão e de nossas
atitudes que nos leva a questionar o senti do
de pecado.
 Há um crescimento na consciência que o
Em certa época, a cultura em que se
homem tem de si mesmo, em vista da
vivia transpirava uma moral de tipo legalista.
construção
Bastava o "cumprimento do dever". Esse dever
fraterna.
era, às vezes, cumprido de modo externo e
 Considerar
de
o
uma
sociedade
pecado
como
justa
e
simples
formal, sem muita ressonância com a vida
"desobediência à Lei de Deus" mostra só o
íntima
aspecto legal do pecado.
da
pessoa.
Era
uma
dimensão
individualista de pecado.
O
 O pecado não se manifesta, apenas, em afetos
pecado era considerado somente
e atos isolados, contrários à Criação, mas
como uma falta pessoal cometida por alguém
também na opção que contraria o Projeto de
contra a Lei de Deus.
Deus a respeito de um povo.
 O pecado está na base do comportamento de
nossa vida cristã. Em vez de pensarmos num
código de "pode ou não pode", pensemos no
23
apelo de Deus para uma vida pessoal e
Deus depositou em nossas vidas, fazendo mau
socialmente cristã responsável. Uma fé que
uso delas (cf Lc 15,11-22).
assuma os valores morais, evangélicos.
Pecado é:
 Recusa
Concluindo:
Pecar é desprezar o amor de Deus. O amor
do apelo que e feito por Deus ao
homem;
nos torna· também mais responsáveis e livres, e
nos compromete no esforço de ajudar os outros
 Fuga do compromisso de vida crista, também
no social;
para se libertarem de tudo que os ameaça e·
oprime.
 Dizer não ao chamado de Deus que nos chama
Somos
todos
pecadores,
por
isso,
à liberdade e ao amor, na condição de filhos e
necessitamos do perdão e. da misericórdia de
irmãos uns dos outros.
Deus, cuja bondade nos restitui a auto-confiança
Pecado e muito mais que:
e nos estimula para orientarmos a vida a partir
 Simples remorso ou sentimento de culpa;
das exigências do amor de Deus e do amor aos
 Deficiência
irmãos.
moral
inata
ou
imaturidade
pessoal;
 Simples infração de uma lei.
Porque pecado e:
 Traição contra nos mesmos e contra os
outros.
"Voltar à comunhão com Deus, depois de
a ter perdido pelo pecado, é um movimento
nascido
da
graça
do
mesmo
Deus
misericordioso e cheio de amor pelos homens"
(CIC 1489).
 Alienação aos apelos de Deus que e nosso
Criador e Pai.
 Gesto de virar as costas à Casa Paterna que
abandonamos para esbanjar, as riquezas que
24
Fonte: Fé, Vida e Comunidade, Livro do
Catequista, Paulus, 2003 - p 28 a 30
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética –Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo I
7º ENCONTRO: A SALVAÇÃO EM JESUS CRISTO E A CONVERSÃO
1.
Objetivos:
 Reconhecer a dimensão libertadora do sofrimento de Jesus e do nosso.
 Reconhecer a alegria da vida nova que começa quando se escolhe viver os ensinamentos de Jesus.
2. Conteúdo do Encontro:
 Jesus é o Filho de Deus que veio ao mundo
para nos salvar.
 Em Cristo se realiza a promessa do Pai em
nos adotar como filhos.
 Jesus por sua Paixão, Morte e Ressurreição
venceu o mal, o pecado e a morte.
 Em Jesus somos também vencedores.
 O caminho para aderir ao Senhor Vivo e Ressuscitado é a conversão verdadeira, real e renovada
todos os dias; mostrar os meios de conversão.
9.
Desenvolvimento do tema:
Iniciar o encontro rezando por cada um.
a) Dinâmica dos corações:
Apresentar 3 corações e ir explicando cada um (ver Aprofundamento para o Catequista):
1.
coração amarelo – significa o Amor de Deus e faz o homem sentir-se amado, aceito,
compreendido).
2.
coração vermelho – é o coração do sangue de Jesus – significa a salvação / busca do bem.
3.
coração verde – é o coração da esperança, da conversão (que significa troca de direção,
mudança de caminho (do meu jeito para o jeito de Deus).
Trazer folhas destas cores e cada um irá desenhar o seu coração e escrever dentro para que ele
serve. Colar na apostila.
Ler com eles o texto da apostila e comentar cada parágrafo. Perguntar e deixar que cada um
responda: Quem sabe o que significa a palavra CONVERSÃO? Você tem ouvido muita coisa a respeito
de Jesus. Agora, pense e responda:
 Quem é Jesus para você?
 Salvar é livrar alguém de um grande perigo, geralmente com risco da própria vida. Mostrar
algumas figuras e pedir que expliquem que tipo de salvação lembra cada figura (médico,
enfermeiro, bombeiro e o próprio Jesus).
 Como podemos ser salvos em Jesus?
4. Leitura utilizada: da própria apostila.
5. Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem etc.
6. Material utilizado: Apostila, figuras da via sacra, figuras de revista, corações coloridos.
7. Atividades:
1.
Explicar e esperar que eles façam (livre).
2. Explicar e esperar que eles façam. (violência/mentira/brigas/gente abandonada/medo)
3. Explicar e esperar que eles façam. (Jesus/Jesus/Mestre, Senhor, Cristo e Filho de Deus).
8. Momento de Oração – orientar a escrita da oração da apostila.
25
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
O significado das cores:

transforma em atitudes ou nunca existiu. Quem
A cor Amarela
O amarelo representa o amor de Deus Pai.
tem fé em Jesus irá amar como Ele amou.
Deus é luz (1Jo 4,8) e o sol tem essa cor. Como o
 A cor branca
O Espírito Santo se manifestou sob a forma
sol aquece, nasce e dá vida para todos, assim é o
de uma pomba no Batismo de Jesus, e a bandeira
amor de Deus Pai.
da paz é de cor branca. Como a paz é fruto do
A cor preta
O preto representa a escuridão, ausência
Espírito Santo (GI 5,22), usamos a cor branca
de luz, trevas, pecado. Quando fechamos os olhos
é a cor que vemos e isso lembra o pecado que nos
 A cor azul
Tivemos três motivos para escolher a cor azul
impede de ver as maravilhas criadas por Deus; é
no tema "Comunidade". Primeiro, o azul é a cor do
como andar de olhos fechados, o que nos faz cair,
céu. Segundo, viver em comunidade é praticar aqui
nos machucar e, ainda, machucar as outras
na terra, o Reino de Deus citado na oração do Pai
pessoas. É por isso que essa cor não está no terço
Nosso: "venha a nós o Vosso Reino". E por ultimo,
missionário.
"católico" quer dizer totalidade, e azul é a cor do
(Obs.: Se houver questionamento quanto à cor
infinito. Outro motivo de usarmos a cor azul: é a
preta estar sugerindo algo contra a raça negra é
cor do manto de Maria, Mãe da Igreja.

para simbolizar o Espírito Santo.
sinal de que há preconceito e devemos trabalhar
para vencê-lo. Quer coisa mais preconceituosa do
Como usar o Querigma das Cores
que inventar que as trevas são cinza ou marrom?).

A cor Vermelha
O vermelho é a cor do sangue de Jesus.
Primeiro, temos de apresentar o Querigma
das Cores para a criança. A partir do momento em
que as crianças associarem as cores aos temas do
Para nos salvar, Jesus, primeiramente, tornou-se
querigma, tudo irá girar em torno dessas cores.
homem. Assim, nada mais nos separa do amor de

Deus, porque em Jesus, homem e Deus são uma só
criatura.
Jesus
morreu
na
cruz.
No
Antigo
Testamento, o homem que queria se libertar do
pecado sacrificava um cordeiro a Deus. Jesus,
então, fez isso por todos nós. Jesus é o Cordeiro
de Deus que tira o pecado do mundo. Jesus
ressuscitou, venceu a morte e nos deu a vida. Ele
é vida nova! Estamos livres para perdoar e amar.
Jesus está à direita do Pai. Isso mesmo,
Ele está sentado no trono.
Jesus é a cabeça da Igreja e nós somos
Seu corpo. Se a cabeça está no trono, nós também
podemos reinar sobre todo mal com Jesus.
Temos o poder de ser filhos de Deus.
 A cor verde
O verde da esperança, nós usamos para falar
do tema "Fé e Conversão", porque a fé é o
fundamento da esperança (Hb 11,1). A fé ou se
26


Para falar do tema "Amor de Deus", o
evangelizador pode usar roupas amarelas,
brinquedos amarelos, cartazes de folhas
amarelas etc. Um bom recurso e adaptar ou
inventar histórias, utilizando as cores do
querigma. Por exemplo: "Chapeuzinho
Vermelho vai cantando pela estrada (cor
amarela), encontra o lobo (cor preta), fala
de Jesus para ele (cor vermelha), converteo (cor verde). Então, cheios de alegria (cor
branca), vão festejar com a vovó (cor azul
da comunidade)".
Ao ler passagens bíblicas, a criança irá
destacar qual tema percebeu no texto.
Exemplo: ler sobre a anunciação do anjo (Lc
1,26-38). As crianças mostram a cor
amarela quando percebem, na história, o
amor de Deus (por ter enviado o anjo), a cor
vermelha para comentar a salvação (a
chegada de Jesus), a cor verde ao partilhar
a fé de Maria (dizer Sim) e assim por
diante.
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética –Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo I



Brinquedos e jogos levarão a cor dos temas
propostos.
Levar a criança a perceber o querigma na
liturgia: a oração de louvor a Deus Pai
(amarelo), o arrependimento (preto), o
anúncio da Palavra (vermelho), o Creio
(verde), o ofertório (verde), a consagração
(vermelho e branco) e a comunhão (azul).
O Querigma das Cores é uma forma simples
de levar a criança a ver que Jesus também
nos forma, como evangelizadores. Usando
criatividade, a ele podemos somar novas
iniciativas e experiências, para conversão
de muitas crianças e a maior glória de Deus.
Pecado: Viver longe de Deus
"Deus é bom, e o homem, criado para a
comunhão, é bom também (Gn 1,31). Donde, então,
tanta violência, ódio, exploração e escravidão que
vemos ao nosso redor"? (CR 182).
nossos primeiros pais não quiseram ouvir a voz de
Deus
que
soava
em
seus
corações.
Auto-
proclamaram se donos de sua vida, conhecedores,
auto-suficientes do que era o bem e o mal para si
mesmos (cf. Gn 3,4). Por isso, Deus não tinha mais
vez no coração humano. Homem e mulher quiseram
ser deuses para si mesmos. Assim, fechados em
seu orgulho, os seres humanos caíram sempre mais
e mais em seus erros. Imperfeitos e inacabados,
não podiam mais crescer. Perderam a sua razão de
ser, desumanizaram-se, perderam a raiz de sua
felicidade, pois escolheram estar longe de Deus (é
esse o significado da "expulsão do paraíso" (cf. Gn
3, 23-24). Perderam a harmonia da perfeita
comunhão com Deus, como o próprio Deus havia
planejado ao criar o mundo e o ser humano.
Estar longe de Deus é estar longe do
amor. Esta tem sido uma escolha das pessoas em
Deus fez o ser humano livre. Este se
muitos momentos de suas vidas. Ao romper com
quisesse crescer e tornar-se cada vez melhor,
Deus, a pessoa rompe consigo mesma, usa o
mais humano, mais realizado como pessoa, deveria
próximo explorando-o e prejudicando-o, deixa de
escolher viver em comunhão com Deus e amando
ser cuidadora da natureza criada e passa a
seus semelhantes, parceiros no cuidado da obra
explorá-la por ganância. O pecado em nossa vida,
da criação. No entanto, nossa fé ensina que no
portanto, fere a razão mesma da existência
início nossos primeiros pais optaram por fechar-se
humana: o amor. Assim, o ser humano dilacera sua
em si mesmos, ou seja, escolheram abandonar a
identidade e perde a capacidade de desenvolver-
Deus, que é amor perfeito, e afastaram-se da
se como pessoa, pois o pecado nos faz menos
comunhão com Ele. A este primeiro afastamento
gente, menos humanos porque gera a morte do
chamamos "pecado original".
irmão, a morte da vida interior, a morte da
O pecado de nossos primeiros pais não foi
natureza criada, a morte da humanidade, fomos
o simples fato de roubar um "fruto proibido", foi
criados para ser relacionais: com Deus, os irmãos,
muito mais do que isso. No paraíso, que não pode
o mundo e nós mesmos. O pecado fere essa
ser entendido como um "lugar", mas um "estado de
relação. Por si só nos desumaniza.
ser", a comunhão com Deus era perfeita. Pois
Deus criou o ser humano para o amor, a comunhão:
com Deus, com os outros, com o mundo. Por isso, o
ser humano poderia ter crescido em Deus,
tornando-se cada vez melhor no amor. Porém,
Fonte:
Querigma das Cores, Hyde Flávia, Ed. Canção Nova, São
Paulo, 2005 – p. 7-9
Crescer em Comunhão, Livro do Catequista, Vol III, Ed.
Vozes, 2008 – p. 63.
27
8º ENCONTRO: O ESPÍRITO SANTO E A VIDA NA IGREJA
1. Objetivos:
 Descobrir o amor do Pai, do Filho e do
Espírito Santo agindo na vida de cada um.
 Reconhecer que o Espírito Santo é Deus
dentro de cada um, agindo em suas vidas e
colocando no seguimento a Jesus Cristo.
2. Conteúdo do Encontro:
 Jesus que nos salvar cumprindo a promessa do Pai: dar o Espírito Santo. É necessário, portanto,
que cada um peça para a graça da presença do Espírito Santo em sua vida.
 O Espírito Santo nos faz reconhecer que somos pecadores e nos leva a Jesus para recebermos o
perdão.
 Vivendo na comunidade Igreja cada um de nós experimenta a vida no Espírito, sente-se ajudado na
sua busca de santidade.
3. Desenvolvimento do tema:

Iniciar o encontro rezando a oração do Espírito Santo.

Ler com os catequizandos Romanos 5,5.

Este é um mistério profundo, grande e bonito. O Espírito Santo é o amor do Pai e do Filho Jesus
Cristo.

O Espírito Santo é Deus; é uma pessoa da Trindade.

O Espírito Santo apareceu aos apóstolos, no Cenáculo, ouviu-se um grande barulho de vento...

A gente fala de vento, porque é Ele que nos sopra as boas idéias para fazer o bem: o Espírito Santo
nos recorda as palavras de Jesus e nos torna capazes de amar.

Quando queremos saber alguma coisa, perguntamos a quem sabe mais do que nós ou procuramos nos
livros. Para entendermos o que Jesus nos disse e ensinou, precisamos do Espírito Santo que nos
ilumina.

Conversar com os catequizandos, com alegria, lembrando de Jesus vivo, presente no meio de nós.
Jesus ressuscitou e foi para o céu. Onde ele está agora?

Ler At 1, 4-14 e comentar que o evangelista Lucas nos livro dos Atos dos Apóstolos nos conta como
Jesus nos deixa o Espírito Santo e nos dá uma missão.
4.
Leitura utilizada: Rm 5,5 / At 1, 4-14.
5.
Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem etc.
6.
Material utilizado: Apostila, bíblia .
7.
Atividades: orientar as atividades
8.
Momento de Oração: orientar a escrita da oração da apostila.
28
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética –Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo I
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
Muitas pessoas não compreendem muito
Judas. Eles tinham consciência de que o povo era
bem quando falamos de Deus Pai, criador do
o novo Israel de Deus, mas desfalcado do número
mundo e dos homens; e quando falamos de Deus
doze (as doze tribos de Israel). Em vista disso
Filho, Jesus Cristo, que tomou a nossa condição
elegeram Matias, fiel testemunha de Jesus. O
humana e viveu entre nós. Mas, quando falamos
Espírito
do Espírito Santo, é para muitos, um mistério
perseguidor fanático da Igreja, fora do grupo
muito difícil de entender.
dos Doze e de toda a instituição.
Santo
também
escolheu
Paulo,
o
O Espírito Santo não é uma misteriosa
O próprio Pedro, no seu discurso de Pentecostes,
corrente energética; é Deus que mantém a sua
reconhecia que estava realizando o que fora predito pelo
presença no mundo e encaminha os homens.
profeta Joel: que o Espírito de Deus se comunicaria tanto
Quando o Espírito Santo toma posse de
as crianças como aos jovens e adultos.
alguém, multiplica os seus dons. Ele faz com que
Na História da Igreja vemos muitas
as pessoas descubram grandes coisas, faz com
pessoas humildes que foram mais inspiradas do
que elas desempenhem uma missão, mesmo que
que pessoas de alto nível. O Espírito Santo as
esta ultrapasse as possibilidades humanas.
inspirou com novas orientações e novos rumos,
A História do Povo de Deus é iluminada pelo
Espírito Santo que escolheu, dinamizou homens e
que ainda a Igreja oficial não tinha conseguido e,
só posteriormente, os aprovou.
mulheres de todas as idades e de todas as condições.
E preciso estar atento a sua ação. O homem
é livre e pode fazer-lhe resistência. No mar, o vento
O Espírito Santo esta fora do nosso
alcance. Ninguém o pode trancar. Ele é como um
vento. É o que Jesus dizia a Nicodemos:
não fica diminuído para soprar nas velas de um barco.
"Tu ouves o vento, mas não sabes de onde
é preciso dirigir o barco e orientar as velas para
vem, nem para onde vai. Assim acontece também
captar toda a força do vento.
aquele que nasce do Espírito" (Jo 3, 8).
Deus não deve ser procurado fora do mundo.
O Espírito, assim como o vento, não sopra
O seu poder age no meio dos homens. Muitas vezes,
unicamente na Igreja de Cristo, mas também nos
os discípulos de Jesus experimentaram a força que
corações de todas as pessoas de boa vontade que
agia através deles. Por exemplo: quando por motivos
procuram
de sua fé, eles são levados aos tribunais, como
reconhecer a ação do Espírito nas diversas
aconteceu com os apóstolos depois de Pentecostes,
iniciativas dessas pessoas.
as respostas que eles deram deixaram os juízes
admirados e confusos.
É
o
fortes
Espírito
e
Santo
que
sugere
os
desfazem
as
já
o
Os
cristãos
devem
O Espírito Santo não teme as transformações
predissera:
caminhos. Isto só é terrível para aqueles que esperam
que o futuro se assemelhe ao passado.
armadilhas
preparadas pelos inimigos de Jesus.
Jesus
verdade.
e está continuamente pronto a instaurar novos
argumentos e faz lançar por terra as acusações
mais
a
O Espírito Santo está bem presente no
meio da sua Igreja: hoje como ontem.
"Diante
dos
Hoje o Espírito Santo reaparece com
tribunais, não vos perturbeis porque o Espírito
força.
Santo falara por vós" (Mc 13,11).
discernimento para conhecer a sua ação (1Cor
O Espírito Santo é soberanamente livre;
ele age freqüentemente de forma inédita e
inesperada como fez no início da Igreja. A
primeira
iniciativa
dos
apóstolos
foi
a
de
O
apóstolo
Paulo
aconselha
o
12,10; 1Ts 5,19-21).
Fonte: Fé, Vida e Comunidade, Paulus, 2003 - p. 265267
completar o seu número, depois do abandono de
29
9º ENCONTRO: DEUS CRIOU E NÓS CUIDAMOS
1. Objetivos:
 Possibilitar aos catequizandos reconhecerem que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança e
concedeu-lhe o dom da liberdade, que pode destruir a nossa felicidade se não forem cultivadas
corretamente.
 Perceber que Deus criou tudo e conta conosco para cuidar da sua Criação.
 Mostrar aos catequizandos a diferença entre as palavras criar, criador e inventor, levando-os a
concluir que Deus é Pai, é Todo Poderoso e é Criador.
2. Conteúdo do Encontro:
 Contar a história da Criação no Gênesis ou encená-la.
 Mostrar a mensagem da história: Deus fez tudo e viu que era bom, mas nós, por vezes, esquecemos
D‟Ele.
 Reconhecer, na beleza e no mistério das coisas criadas, que Deus manifesta seu amor pelo homem.
 Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança. Deu-nos inteligência, capacidade para
aprender e criar.
 Mostrar que os dons de cada um são importantes e que devem ser usados na construção de um
mundo melhor.
 Desenvolver as qualidades pessoais e o compromisso com Deus de colaborar com Ele.
 Mostrar a importância de preservar a natureza.
3. Desenvolvimento do tema:
1ª Parte
 Trazer várias figuras e distribuir entre os catequizandos.
 Em uma cartolina dividir: de um lado O QUE DEUS CRIOU e do outro O QUE O HOMEM CRIOU.
 Ir lendo com eles o texto da apostila e pedir que pintem os desenhos da criação.
 Trazer revistas para que eles colem coisas que Deus criou num cartaz.
2ª Parte
Dinâmica: Somos criação de Deus
 Participantes: Indefinido.
Tempo Estimado: 30 minutos.
 Material: Caneta e papel para todos os participantes
 Objetivo: Nesta dinâmica, queremos mostrar que Deus nos criou e que Ele deve ser a principal
influência em nossa vida.
 Descrição: Sentados em círculo, cada um recebe uma folha e uma caneta; escreve o nome e faz um
desenho que represente a si mesmo (pode ser um boneco de "palitinhos" ou com detalhes),
deixar uns 2 a 3 minutos.
 Observar o desenho: ele está pronto, mais ou menos, o que você gostaria de fazer?
 Agora cada um passa o desenho para o colega do lado direito, pedir que ele acrescente uma coisa ao
desenho, passar novamente para a direita, repetir o processo umas duas ou três vezes.
Devolver o desenho ao dono.
 Observar o que foi acrescentado. Conversar sobre Deus ter nos criado (e repetir essa pergunta: o
desenho está pronto, mais ou menos, o que você gostaria de fazer?). O que Deus quer de nós?
Quais os dons que Deus deu a cada um? Como uso estas dons?
4. Leitura utilizada: da própria apostila / Gn 1, 1-9 ; 2, 4b-15 / Gn 1, 26-31; 2, 15-24
30
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Pastoral Catequética –Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo I
5. Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem etc.
6. Material utilizado: figuras, cartaz, revistas, canetas e papel (ver dinâmica)
7. Atividades: orientar as atividades.
8.
Momento de Oração: orientar a escrita da oração da apostila.
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
Deus em sua grandeza, não
somente dá às suas criaturas o
existir, mas também a dignidade
de agirem elas mesmas, de serem
causas
e
princípios
umas
das
outras e de assim cooperarem no
cumprimento de seu desígnio, ou
seja, Deus permitiu que os seres
humanos participassem livremente
de sua providência, confiando-lhes
a responsabilidade de submeter a
"terra"
e
administrá-la",
de
dando
"governá-la,
origem
qualidade de vida, pois o sonho
Deus, que está por trás da história
do
da evolução do mundo, desde o big-
crescimento
ilimitado
produziu o subdesenvolvimento
bang até hoje, destinou a criação
ao homem chamando-o a uma
de mais de 2/3 da humanidade.
relação pessoal com Ele. Assim, a
Os
criação tem sua origem na bondade
atingidos
divina e participa desta bondade:
sistemas
e
desintegração
"E Deus viu que isto era bom...
vitais
foram
ocorreu
do
a
equilíbrio
ambiental.
muito bom" (Gn 1,4.10.12.18.21.31).
Hoje, quase todas as
A criação e querida por Deus como
um dom dirigido ao homem, como
sociedades estão enfermas por
herança que lhe e destinada e
produzirem má qualidade de
confiada (cf. CIC 299).
vida para todos. Somos uma
a
espécie que se mostrou capaz
seres inteligentes e livres para completar a obra
de oprimir e massacrar seus próprios irmãos de
da criação, aperfeiçoar sua harmonia para o bem
forma cruel e sem piedade por meio das guerras,
deles e de seus próximos (cf. CIC 307).
campos de concentração, e outros, além de
Porém, o que os seres humanos tem feito?
degenerar e destruir a base de recursos naturais
O não entendimento do significado de
não renováveis.
dominar, que significa "ajudar a cuidar", somado
Felizmente
está
ocorrendo
uma
com o desejo de ter esse domínio, nos levou a
sensibilização para com o planeta como um todo,
sermos dominados e sujeitos a viver em uma
surgindo daí novos valores, novos sonhos, novos
terra degradada. Precisamos compreender que
comportamentos, assumidos por um número cada
Deus é o único e verdadeiro dono e que deu a
vez mais crescente de pessoas e comunidades.
terra de herança a todos os filhos, homens e
Porém torna-se necessário:
mulheres, como administradores e não senhores.
O sonho de melhorar a condição humana piorou a
 Produzir o suficiente para si e para os
seres dos ecossistemas onde ele se situa;
"Cremos que Deus criou o mundo segundo a sua sabedoria.
o mundo não e o produto de uma necessidade qualquer, de um
destino cego ou do acaso. Cremos que o mundo procede da vontade
livre de Deus que quis fazer as criaturas participar do seu ser, da
 Tomar da natureza somente o
necessário para a sobrevivência dos
seres humanos e o que ela pode repor;
 Preservar para as sociedades
sua sabedoria e da sua bondade: 'Pois tu criaste todas as coisas;
futuras os recursos naturais de que
por tua vontade elas não existiam e foram criadas' (Ap 4,11).
precisarão.
'Quão numerosas são as tuas obras, Senhor, e todos fizeste com
sabedoria!' (Sl 104,24). 'O Senhor e bom para todos, compassivo
com todas as suas obras'" (Sl 145,9) .
Fonte: Crescer em Comunhão, Livro do
Catequista, Vol II, Ed.Vozes, 2008, p. 28.
31
10º ENCONTRO: A DESOBEDIÊNCIA DE NOSSOS PRIMEIROS PAIS

Objetivos:
 Mostrar aos catequizandos que através da desobediência, o
homem rompeu a amizade com Deus, mas mesmo assim Deus
está presente em cada ser humano.
2. Conteúdo do Encontro:
 Através da leitura de Gênesis mostrar aos catequizandos como
Adão e Eva romperam a amizade com Deus e se afastaram Dele.
9.
Desenvolvimento do tema:
 Contar a história de Adão e Eva – relembrar o encontro
anterior.
 Conversar com os catequizandos fazendo perguntas sobre Adão e Eva.
 Ler Gn 3 .O homem era feliz, mas não quis obedecer a Deus.
 Deus nos convida a sermos irmãos. O pecado é recusar o convite de Deus. O pecado nos impede de
sermos amigos e irmãos uns dos outros.
10.
Leitura utilizada: Gn 2-15-25 e 3
11.
Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem etc.
12.
Material utilizado: Apostila, Bíblia
13.
Atividades: orientar as atividades
14.
Momento de Oração:fazer uma oração espontânea
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
Desobediência de Adão e do homem e suas
corrupção".
conseqüências
conseqüência explicitamente anunciada para o
§399
conseqüências
–
A
Escritura
dramáticas
mostra
desta
Finalmente,
vai
realizar-se
as
caso de desobediência: o homem "voltará ao pó do
primeira
qual é formado" A morte entra na história da
desobediência. Adão e Eva perdem de imediato a
humanidade.
graça da santidade original. Têm medo deste
(Artigos relacionados: 1607, 2514, 602, 1008)
Deus, do qual fizeram uma falsa imagem, a de um
Deus enciumado de suas prerrogativas.
graças
à
justiça
original,
§401 – A partir do primeiro pecado, uma
verdadeira "invasão" do pecado inunda o mundo: o
§400 – A harmonia na qual estavam,
estabelecida
a
está
fratricídio cometido por Caim contra Abel; a
corrupção universal em decorrência do pecado; na
destruída; o domínio das faculdades espirituais da
história
alma sobre o corpo é rompido; a união entre o
freqüentemente
e,
homem e a mulher é submetida a tensões; suas
infidelidade
Deus
relações serão marcadas pela cupidez e pela
transgressão da Lei de Moisés; e mesmo após a
dominação (cf. Gn 3, 16). A harmonia com a
Redenção de Cristo, entre os cristãos, o pecado
criação está rompida: a criação visível tornou-se
se manifesta de muitas maneiras. A Escritura e a
para o homem estranha e hostil. Por causa do
Tradição da Igreja não cessam de recordar a
homem, a criação está submetida "à servidão da
32
de
Israel,
ao
o
pecado
sobretudo
da
se
manifesta
como
Aliança
e
uma
como
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética –Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo I
presença e a universalidade do pecado na história
do homem:
Desobediência de Adão reparada por Cristo
§411
–
A
tradição
cristã
vê
nesta
O que nos é manifestado pela Revelação
passagem um anúncio do "novo Adão", que, por sua
divina concorda com a própria experiência. Pois o
"obediência até a morte de Cruz" (Fl 2,8), repara
homem, olhando para seu coração, descobre-se
com superabundância a desobediência de Adão. De
também inclinado
e mergulhado em
resto, numerosos Padres e Doutores da Igreja
múltiplos males que não podem provir de seu
vêem na mulher anunciada no "proto-evangelho" a
Criador, que é bom. Recusando-se muitas vezes a
mãe de Cristo, Maria, como "nova Eva". Foi ela
reconhecer Deus como seu princípio, o homem
que, primeiro e de uma forma única, se beneficiou
destruiu a devida ordem em relação ao fim último
da vitória sobre o pecado conquistada por Cristo:
e, ao mesmo tempo, toda a sua harmonia consigo
ela foi preservada de toda mancha do pecado
mesmo, com os outros homens e com as coisas
original e durante toda a vida terrestre, por uma
criadas.
graça especial de Deus, não cometeu nenhuma
Conseqüências
do
ao mal
pecado
de
Adão
para
a
humanidade
espécie de pecado.
§532 – A submissão de Jesus a sua Mãe e
§402 – Todos os homens estão implicados
a seu pai legal cumpre com perfeição o quarto
no pecado de Adão. São Paulo o afirma: "Pela
mandamento. Ela é a imagem temporal de sua
desobediência
se
obediência filial a seu Pai celeste. A submissão
tornaram pecadores" (Rm 5,19). "Como por meio
diária de Jesus a José e a Maria anunciava e
de um só homem o pecado entrou no mundo e, pelo
antecipava a submissão da Quinta-feira Santa:
pecado, a morte, assim a morte passou para todos
"Não a minha vontade..." (Lc 22,42). A obediência
os homens, porque todos pecaram..." (Rm 5,12). A
de Cristo no cotidiano da vida inaugurava já a obra
universalidade do pecado e da morte o Apóstolo
de restabelecimento daquilo a desobediência de
opõe a universalidade da salvação em Cristo:
Adão havia destruído.
de
um
só
homem,
todos
"Assim como da falta de um só resultou a
§614 – Este sacrifício de Cristo é único.
condenação de todos os homens, do mesmo modo,
Ele realiza e supera todos os sacrifícios. Ele é
da obra de justiça de um só (a de Cristo), resultou
primeiro um dom do próprio Deus Pai: é o Pai que
para todos os homens justificação que traz a
entrega seu Filho para reconciliar-nos consigo. É
vida" (Rm 5,18).
ao mesmo tempo oferenda do Filho de Deus feito
§1733 – Nas paixões, como movimentos da
homem, o qual, livremente e por amor, oferece sua
sensibilidade, não há bem ou mal moral. Mas,
vida a seu Pai pelo Espírito Santo, para reparar
enquanto dependem da razão e da vontade, há
nossa desobediência.
nelas bem ou mal moral.
§2515
–
No
§615 – Como pela desobediência de um só
sentido
etimológico,
a
homem todos se tornaram pecadores, assim, pela
"concupiscência" pode designar qualquer forma
obediência de um só, todos se tornarão justos"
veemente de desejo humano. A teologia cristã lhe
(Rm 5,19). Por sua obediência até a morte, Jesus
deu o sentido particular de moção do apetite
realizou a substituição do Servo Sofredor que
sensível que se opõe aos ditames da razão humana.
"oferece sua vida em sacrifício expiatório",
O Apóstolo Paulo a identifica com a revolta que a
"quando carregava o pecado das multidões", "que
carne provoca contra o "espírito". Provém da
ele justifica levando sobre si o pecado de muitos".
desobediência do primeiro pecado. Transtorna as
Jesus prestou reparação por nossas faltas e
faculdades morais do homem e, sem se pecado em
satisfez o Pai por nossos pecados.
si mesma, inclina-o a cometê-lo.
33
Desobediência moral
pecado, daí em diante, ser uma desobediência a
§1733 – Nas paixões, como movimentos da
Deus e uma falta de confiança em sua bondade.
sensibilidade, não há bem ou mal moral. Mas,
§1850 – O pecado é ofensa a Deus:
enquanto dependem da razão e da vontade, há
"Pequei contra ti, contra ti somente; pratiquei o
nelas bem ou mau moral.
que é mau aos teus olhos" (Sl 51,6). O pecado
§1862 Comete-se um pecado venial quando
ergue-se contra o amor de Deus por nós e desvia
não se observa, em matéria leve, a medida
dele os nossos corações. Como o primeiro pecado,
prescrita pela lei moral, ou então quando se
é uma desobediência, uma revolta contra Deus,
desobedece à lei moral em matéria grave, mas sem
por
pleno conhecimento ou sem pleno consentimento.
conhecendo e determinando o bem e o mal (Gn
§2515
–
No
sentido
etimológico,
a
vontade
de
tornar-se
"como
deuses",
3,5). O pecado é, portanto, "amor de si mesmo até
"concupiscência" pode designar qualquer forma
o
desprezo
de
Deus".
Por
essa
exaltação
veemente de desejo humano. A teologia cristã lhe
orgulhosa de si, o pecado é diametralmente
deu o sentido particular de moção do apetite
contrário à obediência de Jesus, que realiza a
sensível que se opõe aos ditames da razão humana.
salvação.
O Apóstolo Paulo a identifica com a revolta que a
§1871 – O pecado é "uma palavra, um ato
carne provoca contra o "espírito". Provém da
ou um desejo contrário à lei eterna". É uma ofensa
desobediência do primeiro pecado. Transtorna as
a
faculdades morais do homem e, sem se pecado em
desobediência contrária à obediência de Cristo.
Deus.
Insurge-se
contra
si mesma, inclina-o a cometê-lo.
Pecado desobediência a Deus
§397
Fonte: Catecismo da Igreja Católica
– O homem, tentado pelo Diabo,
deixou morrer em seu coração a confiança em seu
Criador
e,
abusando
de
sua
liberdade,
desobedeceu ao mandamento de Deus. Foi nisto
que consistiu o primeiro pecado do homem. Todo
34
Deus
numa
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética –Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo I
11º ENCONTRO: HISTÓRIA DA SALVAÇÃO: NOÉ E A ALIANÇA COM DEUS
1. Objetivo:
 Perceber que Deus é fiel e paciente conosco e por isso fez a
Primeira Aliança com o povo através de Noé.
2. Conteúdo do Encontro:
 Contar a história de Noé, homem justo e temente a Deus. (em
anexo)
 Deus realizou a Primeira Aliança com o povo escolhido.
 Explicar o sentido do Arco Íris.
3.
Desenvolvimento do tema:
Depois de contar a história, pedir que olhem o desenho da
apostila, observando:
 Quantos casais de animais há no desenho?
 Quais deles são animais selvagens?
 Quais deles são animais domésticos?
 Por que o barco está em lugar seco?
 Por que a nuvem é escura?
 Se você fosse acrescentar algum casal ao desenho, qual você escolheria?
Sugestão: Bingo de Noé
Material: um quadrado de uma folha sulfite para cada criança.
Pedir que dobrem até formar 16 quadrados. Colocar em um saquinho nomes de 16 animais. Ir
sorteando os nomes e cada um escolhe um quadrado e escreve o nome do bicho sorteado, até completar
todos os quadrados.
Ir cantando os nomes dos animais e cada um vai marcando um X no nome sorteado. O jogo termina
quando alguém fizer o bingo (vertical, horizontal, transversal).
4.
Leitura utilizada: da própria apostila / Gn 6, 9-11
5.
Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem
6.
Material utilizado: Apostila, Bíblia, quadrado de papel sulfite
7.
Atividades: orientar a execução das atividades.
8.
Momento de Oração – rezar todos juntos
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
O JUSTO SALVA A VIDA
sua família, porque Noé era bom e justo. Noé
Quando Deus criou todas as coisas, tudo
obedecia à vontade de Deus e não praticava
era muito bom. As coisas todas estavam dirigidas
violências. Ao contrário, cuidava bem de tudo o
para a vida.
que Deus tinha criado.
Porém,
com
o
passar
do
tempo,
a
Eis a história de Noé. Noé era um homem
humanidade foi perdendo a bondade e começou a
justo, íntegro entre seus contemporâneos, e
praticar muitas violências, prejudicando a si
andava com Deus. Noé gerou três filhos: Sem,
mesma e as outras coisas criadas.
Cam e Jafé. A terra se corrompera diante de
Deus ficou muito triste com isso. E decidiu
Deus e estava cheia de violência. Deus viu a terra
começar tudo de novo. Para isso, escolheu Noé e
35
corrompida, porque todo homem da terra tinha se
terra. Noé estendeu a mão, pegou-a e a fez
corrompido em seu comportamento.
entrar junto dele na arca. Esperou mais sete dias,
Então Deus disse a Noé: "Para mim,
e soltou de novo a pomba fora da arca. Ao
chegou o fim de todos os homens, porque a terra
entardecer, a pomba voltou para Noé, trazendo no
está cheia de violência por causa deles. Vou
bico um ramo novo de oliveira. Desse modo, Noé
destruí-los junto com a terra. Faça para você uma
ficou sabendo que as águas tinham escoado da
arca
superfície da terra. Noé esperou mais sete dias; e
de
madeira
resinosa;
divida
em
compartimentos e calafete com piche, por dentro
soltou novamente a pomba, que não voltou mais.
e por fora. A arca deverá ter as seguintes
dimensões:
cento
e
cinqüenta
metros
Foi no ano seiscentos e um da vida de Noé,
de
no primeiro dia do primeiro mês, que as águas
comprimento, vinte e cinco de largura e quinze de
secaram sobre a terra. Noé abriu então a
altura. No alto da arca, faça uma clarabóia de
clarabóia da arca, olhou e viu que a superfície do
meio metro, como arremate. Faça a entrada da
solo estava seca.
arca pelo lado; e faça a arca em três andares
superpostos.
Deus disse: "Este é o sinal da aliança que
coloco entre mim e vocês e todos os seres vivos
“Eu vou mandar o dilúvio sobre a terra,
para exterminar todo ser vivo que respira debaixo
que estão com vocês, para todas as gerações
futuras:
do céu: tudo o que há na terra vai perecer. Mas
“Colocarei o meu arco nas nuvens, e ele se
com você eu vou estabelecer a minha aliança, e
tornará um sinal da minha aliança com a terra.
você entrara na arca com sua mulher, seus filhos e
Quando eu reunir as nuvens sobre a terra e o
as mulheres de seus filhos. Tome um casal de cada
arco-íris aparecer nas nuvens, eu me lembrarei da
ser vivo, isto é, macho e fêmea, e coloque-os na
minha aliança com vocês e com todos os seres
arca, para que conservem a vida juntamente com
vivos. E o dilúvio não voltará a destruir os seres
você. De cada espécie de aves, de cada espécie de
vivos."
animais, de cada espécie de todos os répteis da
Deus então prometeu a Noé que nunca
terra, tome com você um casal, para os conservar
mais
haveria
um
dilúvio
como
aquele.
Para
vivos. Quanto a você, ajunte e armazene todo tipo
confirmar a sua promessa, Deus colocou o arco-
de alimento; isso vai servir de alimento para você
íris no céu. Esse arco-íris costuma aparecer
e para eles.” E Noé fez tudo como Deus havia
quando a chuva termina. Isso é para as pessoas
mandado.
lembrarem que Deus é fiel à sua promessa. Ele é o
Depois de sete dias, veio o dilúvio sobre a
Deus da vida. Ele não quer que a vida seja
terra. Noé tinha seiscentos anos quando se
destruída pela violência. Ao contrário, salva a
arrebentaram as fontes do oceano e se abriram as
pessoa justa que nele confia e obedece a sua
comportas do céu. Era exatamente o décimo
vontade.
sétimo dia do segundo mês. E a chuva caiu sobre a
terra durante quarenta dias e quarenta noites.
Por outro lado, Deus espera que as
pessoas não pratiquem a violência, pois isso leva as
No fim de quarenta dias, Noé abriu a
pessoas a se destruírem e a destruir a criação.
clarabóia que tinha feito na arca, e soltou o corvo,
Noé é um modelo de pessoa para todos
que ia e vinha, esperando que as águas secassem
nós. A Bíblia diz que ele era justo e íntegro. Ser
sobre a terra. Então Noé soltou a pomba que
justa significa obedecer à vontade de Deus e não
estava com ele, para ver se as águas tinham
praticar o mal, principalmente a violência, que faz
secado
não
mal à própria pessoa que a pratica e a todos os
encontrando lugar para pousar, voltou para Noé na
outros que são atingidos por ela. Também a
arca, porque havia água sobre toda a superfície da
natureza pode ser prejudicada pela violência.
36
sobre
a terra.
Ora, a pomba,
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética –Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo I
Ser íntegro significa ser inteiro, de modo
Deus quer que todas as pessoas sejam
que não se deixe de fazer o bem que se deve
como Noé, para que a vida seja conservada e
fazer, nem se pratique o mal que se deve evitar.
sempre leve a mais vida.
Fonte: Deus dá vida e liberdade, Paulus, 1992 - p.
22- 25
37
12º ENCONTRO: HISTÓRIA DA SALVAÇÃO: ABRAÃO A JOSÉ
1. Objetivos:
 Mostrar aos catequizandos que através de Abraão
Deus faz uma segunda aliança com o homem.
 Reconhecer na figura de Abraão o exemplo do homem
de fé que segue o chamado de Deus, e faz da sua
vida, uma resposta a este chamado.
 Perceber que a partir do perdão e da mudança de
vida o povo de Deus cresce, vence o mal e se torna
sinal da presença de Deus no mundo.
 Reconhecer na história de Abraão o convite que Deus
JOSÉ
nos faz para assumir a vocação de fazermos parte do povo de Deus
2.
Conteúdo do Encontro:
 Através de a leitura bíblica contar a história de Abraão e como Deus nos ama tanto, mesmo o povo
sendo infiel, faz uma segunda aliança através de Abraão.
 Continuar a leitura bíblica para contar a história de José e como, através do perdão, ele salvou seu
povo.
3.
Desenvolvimento do tema:
Depois de contar a história de Abraão a José, pedir que leiam cada um na sua bíblia esta história.
Sugestão: Preparar no chão, no meio da sala, uma estrada feita em cartolina ou em papel jornal
para ilustrar o caminho de Abraão e sua família. Coloque uma bíblia e um cartaz com a genealogia de
Abraão até os doze filhos de Jacó.
Iniciar o assunto, perguntando se alguém do grupo já mudou de casa, de cidade, de escola, de
professores. Como foi essa experiência? Deixar que falem livremente.
A partir das respostas que derem sobre as mudanças na vida, conte a história de Abraão, como um
homem que saiu de sua terra e que por sua confiança em Deus, recebeu uma promessa e bênção de Deus.
Questionar:
 Por que Abraão saiu da terra onde morava?
 Qual foi a promessa que Deus fez a Abraão?
Comente a história de Abraão e do início do Povo de Israel, procurando ligar com a vida: também
somos chamados por Deus, para isso é preciso perceber sua voz nos fatos da vida e segui-la.
Organize a árvore genealógica dos patriarcas: Abraão e Sara geraram Isaac, este com Rebeca
gerou Esaú e Jacó que teve 12 filhos, para que os catequizandos possam compreender a família numerosa
prometida por a Abraão. Antes, porém, pode-se trabalhar a genealogia da família dos catequizandos.
4.
Leitura utilizada: da própria apostila, Gn 12,1-9; 17,1-8; 45, 1-20
5.
Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem
6.
Material utilizado: Apostila, Bíblia
7. Atividades: orientar a execução das atividades
8. Momento de Oração: Fazer orações espontâneas lembrando de pessoas conhecidas, parentes, amigos
que precisaram deixar o lugar onde viviam para poder ter uma vida melhor. Encerrar com a oração do
Pai Nosso.
38
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética –Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo I
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
Uma
pessoa
precisa
fazer
muitas
Todos
mudanças ao longo da sua vida, pois estamos em
os
temas
do
Antigo
constante movimento. As crianças mudam de
Testamento devem ser lidos a partir de
escola, os jovens mudam de vida quando chegam à
Jesus e da Nova e Eterna Aliança. Assim,
maioridade, os adultos mudam de emprego, de
estaremos
casa e até de cidade. Existem pessoas que são
cristocêntrica
obrigadas a deixar a sua terra para ir em busca
centro), como nos pedem os documentos
de condições melhores de vida.
da Igreja. E é deste modo que devemos
fazendo
(que
a
tem
catequese
Cristo
no
Por volta do ano de 1850 a.C., um homem
entender a vida de Abraão, este grande
chamado Abraão deixou a sua terra em Ur, na
patriarca. Sua historia pode ser uma
Caldéia e foi para uma terra distante. Não foi
grande luz para todos nos.
uma mudança qualquer. Este homem recebeu um
chamado de Deus para deixar o lugar onde
morava com sua família, pois havia um plano para
Ele. Com Abraão começa a história do Povo de
Israel.
Deus não escolheu Abraão por causa dos
seus méritos. Chamou um homem comum, que vivia
uma vida comum como os outros homens de sua
época. No cotidiano da vida a ação de Deus
acontece, mas conta com a colaboração humana.
Vejamos alguns fatos da vida de Abraão O grande patriarca do Povo da Bíblia (cf. Gn 12,18):
 Deus convidou Abraão a deixar a sua terra e
ir para um lugar desconhecido, pedindo que
deixasse tudo: sua casa, sua segurança, sua
estabilidade. A partir dai, o futuro seria
incerto,
pois
iria
para
uma
terra
desconhecida e enfrentaria desafios novos.
Poderia negar o pedido de Deus, mas movido
pela confiança, aceita deixar o seu passado
para se aventurar diante do chamado de
Deus.
 Deus promete formar dele um grande povo.
Pediu tudo a Abraão, mas também lhe
concedeu uma grande graça, deixando lhe
uma promessa: "Farei de ti uma grande nação
e te abençoarei: engrandecerei o teu nome,
de modo que ele se tome uma benção!" (Gn
12,2). Apesar de sua esposa ser uma mulher
estéril, Abraão acredita na Palavra de Deus.
 Jesus é da descendência abençoada de
Abraão.
Os
descendentes
de
Abraão
formaram o Povo de Israel. Deste povo saiu
Jesus de Nazaré. Quase vinte séculos antes
do nascimento de Jesus, Deus já estava
preparando os caminhos para vir habitar no
meio de seu povo. Deste modo, Jesus é a
bênção da promessa feita a Abraão.
Assim como ele, nossa vida também
encontra o seu sentido na relação com Deus e na
vocação que decorre deste diálogo. Também nós
somos chamados a ter a coragem da mudança e
da obediência a Palavra de Deus. Certamente
também a nós esta reservada uma bênção. Acima
de tudo, já somos herdeiros da bênção de
Abraão, pois estamos unidos à sua descendência
por Jesus Cristo: somos irmãos de Jesus,
participantes de seu povo, configurados a Ele
pelo Batismo.
Fonte:
Crescer
em
Comunhão,
Livro
do
Catequista, Vol. II, Ed.Vozes, 2008 – p.
57-58
39
A HISTÓRIA DE JOSÉ
José reconheceu seus irmãos e não pôde
José tinha dezessete anos e pastoreava o
rebanho com seus irmãos.
mais se conter na presença de sua corte, e
ordenou:
Ajudava os filhos de Bala e Zelfa, mulheres
"Saiam todos!" E não havia mais ninguém,
de seu pai. Certo dia, falou a seu pai da má fama
quando José se deu a conhecer a seus irmãos:
que eles tinham. José era o preferido de Israel,
começou a chorar tão alto que todos os egípcios
porque era o filho de sua velhice e, por isso,
ouviram, e a notícia chegou à casa do Faraó.
mandou fazer para ele uma túnica de mangas
José disse aos irmãos: "Eu sou José! Meu pai
longas. Seus irmãos perceberam que o pai o
ainda está vivo?" Seus irmãos, espantados, ficaram
preferia aos outros filhos. Por isso, ficaram com
sem resposta. Então José disse aos irmãos:
raiva, e não falavam amigavelmente com ele.
Os irmãos de José foram apascentar o
rebanho de seu pai em Siquém.
"Cheguem mais perto de mim!" Eles se
aproximaram. José continuou:
"Eu sou José, o irmão de vocês, aquele que
Israel disse a José: "Seus irmãos devem
vocês venderam para o Egito. Mas agora, não
estar com os rebanhos em Siquém. Venha cá! Vou
fiquem tristes nem se aflijam porque me venderam
mandar você ate onde eles estão." José respondeu:
para este país, pois foi para lhes preservar a vida
"Aqui estou." o pai lhe disse: "Então vá ver
que Deus me enviou na frente de vocês. De fato, há
como estão seus irmãos e o rebanho, e traga-me
dois anos que a fome se instalou no país e ainda
noticias." o pai o mandou do vale de Hebron, e José
havendo - cinco anos sem semeadura e sem
chegou a Siquém.
colheita. Deus me enviou na frente de vocês, para
Os irmãos o viram de longe e, antes que se
que possam sobreviver neste país, salvando a vida
aproximasse, começaram a planejar a morte dele.
para uma libertação maravilhosa. Portanto, não
Disseram entre si: "Ai vem o sonhador! Vamos
foram vocês que me mandaram para cá. Foi Deus.
matá-lo e jogá-lo num poço."
Ele me tornou ministro do Faraó, administrador de
Quando
passaram
alguns
mercadores
todo o palácio e governador de todo o Egito. Subam
madianitas, os irmãos retiraram José do poço, e
depressa à casa do meu pai e digam a ele: 'Assim
depois venderam José aos ismaelitas por vinte
fala seu filho José: Deus me tornou senhor de todo
moedas de prata, e estes o levaram para o Egito.
o Egito. Desça sem de mora para junto de mim; o
José interpretou um sonho do Faraó e o
senhor habitará na terra de Gessen, e ficara
Faraó disse a José: "Veja! Eu coloco você à frente
comigo: o senhor, seus filhos, netos, ovelhas, bois e
de todo o país."
tudo o que lhe pertence. Aí eu o sustentarei, a fim
Então o Faraó tirou da mão o anel de selo e o
de que não falte mais nada ao senhor, à sua família
colocou na mão de José; vestiu -o com roupas de linho
e à tudo o que possui, pois a fome ainda vai durar
fino e lhe colocou no pescoço um colar de ouro.
cinco anos'."
De todos os países ia muita gente ao Egito
Jacó enviou Judá na frente, para que ele se
para comprar mantimentos de José, porque a fome
encontrasse com José e preparasse um lugar em
se agravou por toda a terra. Jacó soube que havia
Gessen. Quando eles estavam chegando a Gessen,
mantimentos no Egito, e disse a seus filhos: "Vocês,
José preparou o seu carro e foi ao encontro do seu
o que estão esperando? Eu soube que no Egito há
pai Israel em Gessen. Ao vê-lo, o abraçou e, ao
mantimentos para vender. Vão ate lá e comprem
beijá-lo, chorou. Israel disse a José: “Agora posso
mantimentos para nós, a fim de continuarmos vivos
morrer, depois que vi você vivo em pessoa”.
e não morrermos."
Fonte: Deus dá a vida e liberdade, Paulus, 1993,
p. 38-39.
40
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética –Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo I
13º ENCONTRO: HISTÓRIA DA SALVAÇÃO: MOISÉS
1. . Objetivos:
 Apresentar a caminhada do povo hebreu rumo à Terra Prometida, como uma ação de Deus que quer
o seu povo livre.
 Orientar os catequizandos a agirem de modo semelhante a Moisés, procurando confiar em Deus,
vivendo no dia a dia o amor a Ele e ao próximo.
 Perceber que Deus escolhe pessoas, como fez com Moisés, para ajudá-lo a mostrar o caminho de
libertação e salvação que o povo deve seguir para relacionar-se com Ele e com os homens.
2. Conteúdo do Encontro:
 Contar a história de Moisés e mostrar aos catequizandos que o povo de Deus o acompanhava, assim
como nos acompanha hoje.
 Falar das pragas do Egito, da poderosa providência de Deus na saída do povo hebreu do Egito.
 Comentar sobre Moisés apresentando os mandamentos escritos nas tábuas da Lei.
 Mostrar a desobediência do povo e o amor de Deus para com eles.
3. Desenvolvimento do tema:
 Use a linha do tempo para localizar a história de Moisés.
 Prepare um caminho com paradas para ilustrar a caminhada do Povo de Deus. Em cada parada
coloque um cartaz ou algum símbolo (cesto, sandálias, cajado, Tábuas da Lei...) que ilustre um
momento da vida de Moisés e seu caminho com o povo: Moisés salvo das águas, sua revolta contra o
egípcio, a sarça ardente, seus diálogos com o faraó, as pragas, a saída do Egito, a passagem pelo
Mar Vermelho, a Aliança no Sinai, a chegada à Terra Prometida.
 Depois de contar a história de Moisés, pedir que leiam, cada um na sua bíblia esta história.
 Passar o filme – A história de Moisés (45 minutos) e entregar a Arca da Aliança com os 10
Mandamentos.
 Conversar com os catequizandos sobre a Aliança que Deus fez conosco através dos Dez
Mandamentos, que é um documento que Deus pediu que fosse colocado em uma arca.
 Fazer a caixinha, arca (modelo na próxima página). Colocar dentro dos Dez Mandamentos e um
bilhetinho para cada um.
4.
Leitura utilizada: da própria apostila / Ex 3, 1-15 e Ex 12, 35-42; 19, 1-6
5.
Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem
6.
Material utilizado: Apostila, Bíblia, cartazes, símbolos, confecção da arca da aliança. (modelo p.
37)
7.
Atividades:
Explicar e esperar que eles façam.
1.
3-5-1-2-4
5. pressas, Páscoa, passagem, importantes, comemoração, libertação
8. Momento de oração: Cada um fará em silêncio uma oração pedindo a Deus por sua família. Fazer
oração espontânea apresentando a Deus todas as famílias da comunidade e suas preocupações.
41

1) Recortar nas linhas sólidas e
dobre nas linhas tracejadas.
2) Montar a arca e colocar
dentro dela: as tábuas da lei e
o compromisso do
catequizando.
Eu sou o Senhor, teu
Deus:
I. Não terás outros
VI. Não cometerás
deuses, nem farás
dirás falso
imagens deles para as
adorar. II. Não
pronunciarás em vão o
nome do Senhor, teu
Deus. III. Lembra-te
de santificar o dia do
sábado. IV. Honra teu
pai e tua mãe para
viveres muito tempo
sobre a terra. V. Não
42
matarás.
adultério.VII. Não
furtarás. VIII. Não
testemunho contra o
teu próximo. IX. Não
cobiçarás a mulher do
teu próximo. X. Não
cobiçarás a casa do
teu próximo, nem o
seu campo, nem o seu
servo ou serva, nem o
seu boi ou jumento,
nem coisa alguma que
lhe pertença.
“Deus fez uma Aliança conosco através
da Arca. Agora nós vamos, em resposta
ao Senhor, nos comprometer a vive
esta Aliança”
Eu
_____________________________
me comprometo a viver a santidade
através dos Dez Mandamentos.
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Pastoral Catequética –Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo I
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
Muito tempo depois, surgiu um novo Faraó
Moisés foi uma dessas pessoas chamadas
no Egito. Ele não tinha conhecido nem José nem a
por Deus para ser mediador da libertação do Povo
família de Jacó, também chamado de Israel.
de
Mas
os
israelitas
continuavam
a
se
Israel,
após
ter
feito
uma
profunda
experiência com Deus na sarça ardente (Ex 3,1-15).
multiplicar. Por isso os egípcios redobraram ainda
Moisés tinha saído do Egito. Ele pastoreava
mais os trabalhos forçados. Aí veio a escravidão:
o rebanho do seu sogro Jetro. Quando chegou ao
o povo só trabalhava. Tinha de fazer tijolos,
monte chamado Horeb ou Sinai, ele viu uma coisa
grandes construções, trabalho no campo, e pagar
estranha: havia um pequeno arbusto que ardia em
tributo de tudo. Os israelitas não tinham mais
fogo, mas não se queimava. Moisés ficou curioso.
descanso. Perderam completamente a liberdade, e
Chegou perto e, do meio do arbusto em fogo, Deus
sua vida ficou reduzida a trabalhar para os outros
o chamou: "Moisés, Moisés!" Moisés respondeu:
sem poder ter nada para si.
"Aqui estou!" Deus disse: "Não se aproxime. Este
O rei continuou a perseguição: para evitar
chão e sagrado. Fique descalço."
que o povo aumentasse, mandou matar todo
Moisés cobriu o rosto. Então Deus disse:
menino que nascesse. O povo de Israel se viu em
"Eu vi a miséria do meu povo que está no Egito.
grande aperto.
Ouvi o clamor dele e sei o quanto está sofrendo.
Certo homem israelita casou e, tempo
Por isso vou libertá-lo do poder dos egípcios e
depois, sua mulher teve um filho. Com pena, a mãe
fazê-lo subir para uma terra fértil e espaçosa,
escondeu o menino durante algum tempo. Quando
terra onde corre leite e mel. As queixas dos filhos
não pôde mais esconder, pegou o menino, colocou-o
de Israel chegaram até mim. Por isso, vá. Eu estou
dentro de uma cesta, e depois a deixou boiando no
mandando você até o Faraó para tirar do Egito o
rio Nilo. A irmã do menino ficou olhando de longe.
meu povo, os filhos de Israel."
A cesta foi descendo e chegou perto da filha do
Moisés e Aarão se apresentaram diante do
Faraó, que tinha ido tomar banho no rio. Ela viu a
Faraó e disseram: "Assim diz Javé, o Deus de
cesta e mandou pegá-la. Quando viu o bebê
Israel: Deixe meu povo partir para que celebre
chorando, ficou com muita pena. Percebeu logo
uma festa para mim no deserto." o Faraó
que era um menino dos israelitas.
respondeu: "Quem é Javé, para que eu tenha de
Nessa hora, a irmã do menino perguntou a
obedecer a ele e deixar Israel partir? Não
filha do Faraó: "A senhora quer que eu vá chamar
reconheço Javé, nem deixarei Israel partir." Eles
uma mulher israelita para criar o menino?" A filha
disseram: "O Deus dos hebreus veio ao nosso
do Faraó aceitou. Então a menina chamou a mãe da
encontro. Deixe-nos fazer uma viagem de três
criança. A filha do Faraó mandou que a mulher
dias pelo deserto para oferecermos sacrifícios a
criasse o menino para ela até ele crescer. Quando
Javé nosso Deus; caso contrário, ele nos ferirá
ele cresceu, a mulher entregou o menino à filha do
com peste ou espada." Então o rei do Egito lhes
Faraó. Esta o adotou e lhe deu o nome de Moisés,
disse: "Moisés e Aarão, por que vocês subvertem
que significa "tirado das águas".
o povo que trabalha? Voltem já para o trabalho!" E
Tempo depois, o rei do Egito morreu. Os
israelitas,
porém,
sofriam
com
o
peso
da
escravidão. Clamavam e reclamavam. E o clamor
deles chegou ate Deus. E Deus ouviu as queixas
deles.
o Faraó acrescentou: "Eles já são mais numerosos
que os nativos do país, e vocês ainda querem que
eles deixem de trabalhar?"
Então
Moisés
voltou-se
para
Javé
e
perguntou: "Senhor, por que maltratas este povo?
Deus sempre suscitou pessoas para estarem
à frente de seu povo.
Por que me enviaste? Desde que me apresentei ao
Faraó para falar em teu nome, o povo é
43
maltratado, e tu não libertaste o teu povo." Javé
Javé disse a Moisés: "o Faraó não fará caso
respondeu a Moisés: "Agora você verá o que vou
de vocês. Assim os meus prodígios se multiplicarão
fazer ao Faraó. É pela força que ele os deixará
no Egito." Moisés e Aarão fizeram todos esses
partir, e até os expulsará do país."
prodígios diante do Faraó. Javé, porém, endureceu
Javé disse a Moisés: "Veja! Eu faço você
como um deus para o Faraó, e seu irmão Aarão
o coração do Faraó. E este não deixou que os
filhos de Israel partissem do seu país.
será seu profeta. Você falará tudo o que eu
Este povo, "Povo de Deus", marchou para a
mandar, e seu irmão Aarão falara ao Faraó, para
Terra Prometida. Atravessou o Mar Vermelho e
que este deixe os filhos de Israel partir de sua
andou pelo deserto. Muitas vezes, este povo
terra. Eu, porem, vou endurecer o coração do
duvidou da ação de Deus, temendo morrer de
Faraó, e multiplicarei sinais e prodígios no país do
fome e de sede pelo caminho. Moisés foi um
Egito. O Faraó não vai ouvir vocês; e então eu
intercessor que sempre pediu para que não
colocarei a minha mão em cima do Egito e tirarei
faltasse o auxilio divino (cf. Ex 14,9-14; 15,22-16,8).
do Egito os meus exércitos, o meu povo, os filhos
No Monte Sinai, aconteceu um fato muito
de Israel, fazendo solene justiça. Desse modo, os
importante. Moisés recebeu as Tábuas da Aliança,
egípcios saberão que eu sou Javé, quando eu
ou seja, os Dez Mandamentos. Deus renovou o
estender a minha mão em cima do Egito e fizer os
acordo com seu povo: "Eu serei vosso Deus e vos
filhos de Israel sair do meio deles." Moisés e
sereis o meu povo!" Guiados pela aliança e pela lei,
Aarão fizeram exatamente o que Javé tinha
o Povo de Israel entrou na Terra Prometida, não
ordenado.
sem muitas lutas e até infidelidades. Moisés
Javé disse a Moisés: "Farei vir mais uma
morreu antes de entrar na terra de Canaã.
praga contra o Faraó e contra o Egito. Só então
A vida de Moisés nos ensina algumas lições:
ele os deixará partir daqui; melhor ainda, ele os

expulsará daqui. Portanto, diga a cada homem que
alheio aos sofrimentos de seu povo;
peça objetos de prata e ouro ao seu vizinho, e

toda mulher a sua vizinha." E Javé fez com que o
mediadoras para conduzir o seu povo;
povo ganhasse a simpatia dos egípcios. Moisés era

também muito estimado no Egito pelos ministros
abandona aqueles que Ele ama.
do Faraó e pelo povo.
Javé é um Deus libertador que não fica
Deus
precisa
de
pessoas
que
sejam
Nem sempre o povo é fiel, mas Deus nunca
Se Moisés foi o libertador do povo e
Moisés disse: "Assim diz Javé: à meia-noite,
mediador de uma aliança, Jesus foi muito mais,
eu passarei pelo meio do Egito, e todos os
pois trouxe a libertação para toda a humanidade.
primogênitos
o
Deu-nos algo muito maior que a lei: fez uma
primogênito do Faraó, herdeiro do seu trono, até
aliança selada no seu sangue, o "sangue da Nova e
o primogênito da escrava que trabalha no moinho,
Eterna Aliança". Se no Antigo Testamento, os
e todos os primogênitos do gado. Então na terra
judeus celebravam a Páscoa para fazer memória
do Egito haverá grande clamor, como nunca houve
da libertação da escravidão do Egito, nós cristãos
antes e nunca mais haverá. Mas entre os filhos de
celebramos a Páscoa como memorial da morte e
Israel, desde os homens até os animais, não se
ressurreição de Jesus, salvação e vida para todos!
do
Egito
morrerão,
desde
ouvirá nem o latido de um cão, para que vocês
(Êxodo 5,1-5.22-6,1; 7,1-6; 11,1-10)
saibam que Javé distingue entre o Egito e Israel.
Fonte:
Então todos os ministros do Faraó virão a mim e,
Deus dá a vida e liberdade, Paulus, 1993 – pg. 48-49 e
prostrados diante de mim, dirão: 'Saiam, você e o
povo que o acompanha'. Então eu sairei." E,
ardendo em ira, Moisés saiu do palácio do Faraó.
44
56-57
Crescer em Comunhão, Livro do Catequista, vol. II,
Ed.Vozes, 2008, p. 65-66
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética –Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo I
14º ENCONTRO: HISTÓRIA DA SALVAÇÃO: JUÍZES E REIS
1. Objetivos:
1.
Mostrar aos catequizandos que Deus respeita a liberdade dos homens
e conta com homens líderes para refazer a Aliança com seu povo.
2.
Valorizar as pequenas ações que vão sendo parte da construção de
algo maior.
3.
Compreender que se pode servir as pessoas e a comunidade se agirem
com fé, coragem e confiarem plenamente em Deus.
4.
Compreender que a Lei de Deus forma comunidade de fé e por meio de
Jesus Cristo e do serviço ao próximo, é possível construir uma
verdadeira vida comunitária feliz.
2. Conteúdo do Encontro:
 Mencionar as principais tarefas dos juízes e reis junto ao povo de Deus.
 Identificar os últimos juízes e os primeiros reis que dirigiram o povo de Deus.
 Apresentar a imagem de Davi como aquele que, embora pequeno, com a graça de Deus se torna
grande. A grandeza de Davi está em servir o povo de Deus.
3.
Desenvolvimento do tema:
Depois de contar a história de Davi, pedir que leiam, cada um na sua bíblia esta história.
Dinâmica: Suco sem açúcar
 Preparar uma jarra de limonada sem açúcar.
 Pedir para que cada um prove um pouco do suco.
 Perguntar o que está faltando no suco.
 Comentar: assim como o suco sem açúcar fica azedo, assim também a vida comunitária sem amor,
ou seja, a caridade fica sem prazer, às vezes até insuportável.
 Em seguida, coloque o açúcar e bebam a limonada.
 Conversar sobre o que significa a vontade de Deus para a vida comunitária, ajudando-os a
compreender um pouco desta fase do povo da bíblia, com as qualidades e dificuldades possíveis de
serem identificadas.
 Comentar que o povo da bíblia estava a esperar alguém que lhe ensinasse o caminho para se formar
uma autêntica comunidade na qual Deus seja o Senhor.
 Contar a história de Samuel e de Davi mostrando que o através deles o povo sente perto que Deus
está com eles e os protege.
4.
Leitura utilizada: da própria apostila 1Sm 17, 12-58
5.
Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem
6.
Material utilizado: Apostila, Bíblia
7.
Atividades:
1.
Explicar e esperar que eles façam.
2. Explicar e esperar que eles façam.
8.
Momento de Oração: Escrever uma oração espontânea pedindo a Deus que também através de
você as pessoas reconheçam a presença de Deus – Cada um reze a sua oração em silêncio e conclua com o
Pai Nosso.
45
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
SAMUEL O MENINO QUE OUVIU A VOZ DE DEUS.
A Bíblia narra a história de Samuel
apresentando-o, inicialmente, como um menino
muito querido por Deus. E não só. Pois também
Samuel amava muito a Deus. Por isso, desde
pequeno, ele aprendeu a ouvi-lo e a transmitir suas
mensagens às pessoas. Neste artigo vamos
conhecer melhor a história de Samuel. Ela está no
livro da Bíblia que tem o seu próprio nome:
Primeiro Livro de Samuel (ISm). Comece a leitura
no primeiro capítulo, versículo 19 em diante.
Os pais de Samuel chamavam-se El-cana e
Ana. Eles se amavam muito e queriam um filho,
mas Ana não podia ter nené. Por isso,ela rezou,
com toda a confiança, pedindo a Deus que lhe
desse tal filho.
Passado não muito tempo, Ana ficou grávida
e deu à luz um menino. Ela o chamou com o nome
de Samuel, que significa "pedido ao Senhor". Seus
pais ficaram contentes e agradeceram muito a
Deus. Sua mãe cuidava dele com todo amor e
carinho. E lhe ensinava muitas coisas. Certamente
foi dela que Samuel aprendeu a rezar e a ter Deus
como um amigo. Sua mãe havia feito uma
promessa: de oferecer este seu filho a Deus para
que ele se tornasse um sacerdote.
Assim, Samuel dedicaria toda sua vida ao
Senhor para servir ao seu povo. Sem dúvida, este
gesto de Ana era muito bonito. Mas você já
pensou onde é que Samuel aprenderia a ser
sacerdote? Pois, naquele tempo, não havia
seminários, como existem hoje, onde se preparam
os futuros.
Contudo, seus pais sabiam o que precisavam
fazer. Por isso mesmo, quando Samuel era ainda
criança, eles o levaram para morar no templo,
numa cidade chamada Silo, na antiga Palestina.
Seria aí, junto com o sacerdote Eli, que o pequeno
Samuel começaria a preparar o seu futuro, como
sacerdote. (Leia em 1Sm 1,24-28 como foi a
chegada de Samuel no templo.)
Samuel acostumou-se logo e gostou muito
de viver em Silo. Todos os anos, seus pais iam
visitá-lo. Eles estavam felizes, e Eli os abençoava.
Assim, Samuel foi crescendo. E com muita alegria
46
e dedicação ele servia ao Senhor, na presença de
Eli.
Além de Samuel, Eli era ajudado nas
tarefas do templo pêlos seus dois filhos: Hofni e
Finéias. Estes, ao contrário de Samuel, não se
preocupavam com as coisas de Deus, nem com os
deveres dos sacerdotes em relação ao povo. Eli, já
bastante velho e enfraquecido, sofria muito com
isso. Aconselhava-os sempre, mas em nada
conseguiu modificar o comportamento dos filhos.
Samuel, no entanto, continuava sempre dedicado,
e Eli confiava muito nele.
Deus chama Samuel e lhe fala
Assim, a vida de Samuel prosseguia seu
ritmo normal. Nela não havia coisas ou visões
extraordinárias. Certa noite, porém, algo
diferente aconteceu... Eli estava em seu
quarto.Também Samuel já estava quase dormindo,
quando ouviu uma voz que o chamava: "Samuel,
Samuel". Ele pensou que fosse Eli e foi
imediatamente procurá-lo e disse: "O senhor me
chamou?". Eli respondeu: "Não, volte para a cama
e durma". Samuel obedeceu, mas quando estava
novamente quase pegando no sono, ouviu de novo:
"Samuel, Samuel". Outra vez pulou da cama e
correu para Eli: "O senhor me chamou, aqui
estou". De novo Eli o mandou de volta para a cama,
pois não o havia chamado.
Uma terceira vez, Samuel ouviu o chamado e
correu para o quarto de Eli. Então o sacerdote
entendeu que era Deus que queria falar a Samuel
e disse-lhe que fosse dormir e se voltasse a ouvir
a voz dissesse assim: "Fala, Senhor, que estou
escutando". Samuel fez direitinho como Eli havia
ensinado. Então Deus lhe revelou uma terrível
mensagem. Nela Deus comunicava a Eli uma
decisão muito importante: ele ia tirar de seus dois
filhos o direito de serem sacerdotes. Tudo isso
porque eles estavam desrespeitando Deus e o
povo.
Samuel compreendeu bem o recado de Deus.
E ficou pensativo: "Como vou dizê-lo a Eli? Ele
ficará muito triste. Mas Deus tem toda a razão e
eu não posso desobedecê-lo". Assim, no dia
seguinte. Samuel contou a Eli tudo o quê o Senhor
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lhe falara. E o sacerdote aceitou as
determinações de Deus, através das palavras de
Samuel.
Pouco depois, também o povo ficou sabendo
de tudo. e Samuel se tomou um profeta no meio
deles. Todos tinham grande respeito por ele e
diziam: "E um profeta, pois Deus falou com ele, e
ele nos comunica as coisas de Deus".
Esse povo é o mesmo que saiu do Egito com
Moisés - como vimos na edição de maio último.
Eles viviam em constantes lutas com os povos das
cidades vizinhas. Os inimigos queriam tirar deles a
terra (que Deus mesmo lhes prometera). Por isso,
Deus sempre tomava a defesa do seu povo. E com
sua ajuda, os inimigos eram facilmente vencidos.
Certa vez, porém, Deus permitiu que o povo
fosse derrotado duramente. Em duas batalhas
morreram mais de 5 mil homens, inclusive os
filhos de Eli. Desgostoso com este fato, o velho
sacerdote também faleceu. Depois da morte de
Eli, Samuel, embora bastante jovem, começou a
orientar o povo sobre o que fazer para vencer os
inimigos. Pois como poderiam viver, se suas terras
continuassem sendo invadidas e roubadas?
Para sair dessa dificuldade, os líderes do
povo se reuniram. E enquanto rezavam, pedindo
que Deus os livrasse dos inimigos, tiveram também
uma idéia brilhante: nomear Samuel como um juiz
(chefe) para orientar o povo. Aceitando essa
tarefa, Samuel repetiu sua promessa de servir ao
Senhor com fidelidade. E com sábias palavras, ele
lembrava ao povo seus deveres.
Para que Deus os ajudasse eles deveriam
abandonar todos os falsos deuses dos povos
estrangeiros, e servir e adorar somente ao único e
verdadeiro Deus.
Quando os inimigos souberam dessas
decisões, eles ficaram furiosos e atacaram
novamente o povo. No início, as pessoas tiveram
medo, pois as duas últimas derrotas foram feias.
Samuel, porém, tranqüilizou-as e as encorajou a
prosseguir firmes na luta, buscando a ajuda do
Senhor. Para isso, Samuel também rezou. Sua
oração foi atendida, e os inimigos, vencidos. (Veja
como se desenvolveu esta batalha, lendo 1Sm 7, 712). Assim, o povo pôde dominar toda a região.
Reconquistar suas terras e cidades. E, enquanto
Samuel esteve com eles, ninguém mais os
incomodou.
Então, gostou da história de Samuel? Você
percebeu como ele era atencioso com Deus e com
o povo? Como ele tudo fazia para ajudar as
pessoas nas suas necessidades? O que você achou
desse jeito de Samuel servir ao povo? Que
ensinamento ele nos deixa?
Fonte: Revista Família Cristã
DAVI VENCE O GIGANTE GOLIAS
Estourou a guerra contra os filisteus e
todos os irmãos de Davi tiveram de pegar em
armas. Um dia, o pai de Davi mandou-o ao
acampamento para obter notícias. Enquanto ele
estava lá, saiu um gigante do campo dos filisteus,
que tinha seis côvados e um palmo de altura.
Usava
capacete
de
metal,
couraças
e
tornozeleiras de bronze. A haste de sua lança era
como o órgão de um tear. Dirigindo-se ao exército
de Israel, Golias dizia: "Escolhei entre vós um
homem que ouse lutar comigo. Se ele me matar,
seremos vossos escravos; mas se eu o matar,
sereis nossos escravos". E ninguém ousava lutar
com
ele.
Então Davi apresentou-se e disse: "Irei combater
com ele". Tomou o cajado e escolheu na torrente
cinco pedras bem lisas, metendo-as numa sacola;
depois com a funda na mão, avançou contra o
filisteu. O gigante, vendo Davi tão pequeno,
gritou-lhe: "Serei eu algum cão para vires contra
mim armado com um pau?. Davi respondeu: "Tu
vens contra mim com espada, lança e escudo e eu
avanço em nome do Senhor. Hoje o Senhor vai
entregar-te nas minhas mãos e toda a terra
saberá que há um Deus em Israel". Então Davi
tirou uma pedra da sacola e arremessou-a com a
funda. A pedra foi cravar-se na fronte do filisteu
e o gigante caiu por terra. Davi correu e, tirandolhe a espada, cortou-lhe a cabeça. Os filisteus
fugiram aterrorizados e os israelitas matou-os em
grande quantidade.
Magnanimidade de Davi
47
Depois de ter matado o filisteu, Davi voltou
com Saul. Por toda a parte as mulheres saíam ao
seu encontro, cantando: "Saul matou mil e Davi
matou dez mil". Essa preferência irritava o rei.
Um dia, enquanto Davi tocava harpa na sua
presença, Saul atirou por duas vezes a lança
contra ele, para o matar, mas Davi esquivou-se ao
golpe. Desde então Saul teve medo de Davi porque
via que o Senhor estava com ele. Tendo Davi
alcançado nova vitória na guerra contra os
filisteus, aumentou a inveja de Saul. Davi pôs-se,
então, em fuga e, com alguns de seus
companheiros mais fiéis, refugiou-se no deserto.
Saul perseguiu-o com 3 mil homens. Um dia,
Davi entrou sem ruído na tenda de Saul enquanto
este dormia. Abisai aconselhava-o a matar o rei
naquela oportunidade, mas Davi recusou-se
dizendo: "Quem poderá levantar a mão contra o
ungido do Senhor sem cometer crime?".
Contentou-se em levar a lança e a taça do rei. Em
seguida, de uma colina vizinha, gritou a Abner,
general de Saul: "Abner, por que não guardaste o
teu rei e senhor? Vê agora onde está a lança e a
taça do rei!". Saul reconheceu a voz de Davi e
ficou muito arrependido. Algum tempo depois,
Saul travou batalha com os filisteus nos montes
de Gelboé. O seu exército foi derrotado e Saul
ficou gravemente ferido. Então disse ao
escudeiro: "Desembainha a espada e mata-me!".
Como o escudeiro hesitasse, Saul deixou-se cair
sobre a própria espada e morreu.
Davi é Proclamado Rei
Então Davi consultou o Senhor, que lhe
disse: "Sobe a Hebron". Os homens de Judá o
acolheram bem e deram-lhe a unção real.
Entretanto, Abner, general de Saul, elevou ao
trono Isboset, filho de Saul. Só ao fim de sete
anos e seis meses depois da morte de Abner e de
Isboset os anciãos das tribos de Israel foram
procurar Davi em Hebron e o reconheceram como
rei. Logo que subiu ao trono, Davi pôs-se à frente
de seus guerreiros e marchou sobre Jerusalém
que estava então em poder dos jebuseus.
Conquistou a fortaleza de Sião, estabeleceu nela a
sua residência e chamou-lhe cidade de Davi.
[Hábil e valente guerreiro, Davi venceu
diversas guerras. Bateu os filisteus, submeteu os
moabitas, os sírios, os idumeus e os amonitas. O
seu reino estendia-se do Eufrates até o Egito.]
[Chegando ao término de sua vida, Davi mandou
dar a unção real a seu filho Salomão. Morreu com
70 anos de idade, depois de ter reinado 40 anos
em Israel (aprox. 1015 d.C.).]
JUÍZES
E possível existir uma comunidade de fé
vontade de Deus para a vida comunitária do ser
através da vivência da Lei de Deus, de sua vontade,
humano. No entanto, ela pode ser compreendida com
pois os mandamentos, dados a Moisés no Sinai e
muito mais riqueza quando a contextualizamos no
plenamente revelados em Jesus Cristo, como a Lei
todo
do Amor se constituem em um caminho para se viver
também, uma relação com o Antigo Testamento em
bem em comunidade. Para que isso aconteça e
que
necessário observar os três primeiros mandamentos
Canaã. Pois, ao ser conduzidos por Josué, substituto
da Sagrada Escritura e estabelecemos,
o povo precisou organizar-se ao entrar em
que definem como deve ser o relacionamento do
povo com Deus e os outros sete que mostram como
há de ser uma nova maneira de viver em relação a si
mesmo, com os outros, com a sociedade e com o
universo criado. Assim, não há dúvida de que o
Decálogo forma um todo em que os mandamentos se
Para ajudá-lo a obter mais informações
sobre este período sugere-se realizar a
leitura da introdução ao livro de Juízes, na
Bíblia.
esclarecem mutuamente - " o Decálogo unifica a vida
teologal e a vida social do homem" (Catecismo da
Igreja Católica 2069).
Como modelo de comunidade ideal, perseguimos
sempre a proposta de Cristo. Ela é a explicitação da
48
de Moisés, os israelitas entraram em Canaã, mas não
encontraram a terra desocupada. Nela habitavam
outros povos. Assim, sua ocupação se deu lenta e
progressivamente (Jz 2,23). Após conquistarem a
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terra Josué a distribuiu entre as 12 tribos, que
correspondiam aos doze filhos de Jacó. Cada uma
delas tinha um chefe, chamado de "ancião". As leis
das tribos eram baseadas nos Dez Mandamentos e a
presença de Deus era representada pela Arca da
Aliança.
comunitária,
O povo no tempo dos Juízes estava organizado
segundo o Projeto de Deus, buscava a fraternidade
e a paz e não havia espaço para divisões entre as
tribos. Mas, as guerras com outros povos existiam,
independentemente da vontade do povo e por isso
Para nos ajudar a entender a experiência de
vida
REIS
formada
com
base
nos
mandamentos, podemos tomar como referência o
tempo em que o povo da Bíblia sentiu a necessidade
de se organizar socialmente, agora numa terra fixa,
em grupos, sob a liderança de pessoas mais
capacitadas, chamadas de Juízes. Esse tempo foi o
momento em que o povo da Bíblia a partir do que
tinham aprendido da herança do Sinai, da Lei de
Deus procurou viver um ideal de igualdade e
solidariedade que durou duzentos anos.
O tempo dos juízes foi uma iniciativa que
facilmente aquele povo não soube manter-se fiel à
Lei de Deus, fazendo alianças com outros povos e
cedendo a tentações de promessas de riquezas e
facilidades inconseqüentes. O que fica de lição para
o
cuidado de grandes lideres, como Sansão, Débora e
Gedeão, par exemplo, faltou ao povo uma liderança
que lhes garantisse a unidade. Foi a partir desta
experiência, e depois também no período dos reis,
que o povo passou a desejar uma nação sólida, na
qual houvesse um salvador, uma pessoa que lhes
desse a razão para viver unidos e fiéis a Deus.
Para nós, cristãos, Jesus Cristo foi o Salvador,
o Messias esperado. Ele apresenta o modelo de vida
onde todos se colocam a serviço uns dos outros,
acompanhados pela Lei do Amor que ilumina uma
comunidade.
Diante desses acontecimentos se reconhece
que Deus está sempre presente: conduziu o povo e
continua a nos conduzir hoje. Desde o tempo de
Moisés, com a Aliança, passando pelos Juízes, Ele já
preparava a humanidade para receber a plenitude da
vida em todos os sentidos, pessoal e comunitário,
com a vinda de seu Filho, Jesus Cristo.
segundo a promessa feita a Abraão.
Diante dessa realidade o povo não mais estava
querendo juízes e sim um rei. Samuel, o último juiz,
tentou convencer o povo do perigo da monarquia,
falando-lhes da situação que haviam vivido no Egito,
dos direitos dos reis sobre os súditos (1Sm 8,4-22)
e, ainda, lembrou-lhes que somente Deus é rei. No
entanto, o povo não quis ouvir Samuel e ele, por
insistência do povo escolheu Saul para governá-los
(1Sm 10,17-27). Assim, no período de 1000 a 587
merece respeito, mas que acabou porque muito
nós é que foi um tempo em que, mesmo sob
não havia a prosperidade de um povo grande e forte,
a.C., o povo viveu a experiência da monarquia.
Saul não atendeu às ordens de Deus e algum
tempo depois, no seu lugar, Samuel ungiu para rei,
Davi. Apesar de suas fraquezas (2Sm 11), Davi foi
um líder especial, libertou Israel dos filisteus,
reunindo ao seu redor todas as tribos, fazendo-se
seu comandante e rei.
Davi conquistou Jerusalém, fez dela capital,
transformando-a no centro político-religioso do país.
Dotado de um profundo espírito religioso ele
desejou construir um templo digno do Senhor em
Jerusalém. Mas, Deus através do profeta Natã,
disse-lhe que não era ele quem construiria uma casa
para o Senhor, mas o Senhor é quem construiria uma
casa para Ele: "A tua casa e a tua realeza
subsistirão para sempre diante de mim, e
o seu
trono se estabelecerá para sempre" (2Sm 7,16).
Essa
promessa
messiânica
feita
a
Davi
continuou a alimentar a esperança no reino eterno
da casa de Davi. Isso podemos identificar, séculos
depois, no canto de Zacarias (Lc 1,68-69) e na
Anunciação à Maria (Lc 1, 32-33). Assim, podemos
compreender
que
a
idéia
central
do
Antigo
Testamento consiste na esperança da vinda do
Messias-Rei, da Dinastia de Davi, concretizada em
Jesus de Nazaré.
49
A monarquia, de um modo geral, aparece
descrita
como
político-religioso.
Salomão, filho de Davi. Com sua morte, o Reino de
envolvida em corrupção, exploração do povo, abusos
Israel foi dividido em Reino do Norte ou de Israel e
de poder e abandono de Deus. O próprio povo,
Reino do Sul ou de Judá.
desorientado,
um
cai
desastre
Um terceiro rei, reconhecido como sábio, foi
na
idolatria
compromisso com a Aliança.
Anotações
50
e
esquece
o
Fonte: Crescer em Comunhão, Livro do Catequista,
Vol. II, Ed.Vozes, 2008 – p. 93-94 e 98-99.
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15º ENCONTRO: HISTÓRIA DA SALVAÇÃO: PROFETAS
1. Objetivos:
 Mostrar aos catequizandos que profeta é todo aquele que fala em nome de Deus, estimula e motiva
o povo a refletir e agir.
 Entender que o Projeto de Deus precisa de homens e mulheres que denunciem os erros e anunciem
a chegada do Reino.
 Entender que a verdadeira vocação do profeta é despertar a justiça e a esperança no meio do
povo, ainda nos dias de hoje.
2. Conteúdo do Encontro:
 Através da leitura bíblica apresentar o profeta como uma pessoa do povo, que participa bem de
perto dos dramas de sua gente, acompanha o sentido da história, consegue captar, nas entrelinhas
dos acontecimentos, o projeto que Deus tem para os homens e o decifra à luz da Palavra.
 Na bíblia, vários profetas têm seu livro, que narram sua missão.
 Relatar a missão do profeta Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel.
3.
Desenvolvimento do tema:
 Ler o texto da Apostila e falar sobre os profetas – Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel.
 Trazer algumas figuras de pessoas famosas que dedicam ou dedicaram suas vidas para fazer o bem
às outras pessoas como é o caso de Ir. Dulce, Dom Oscar Romero, Chico Mendes, R. Doroti, Dom
Câmara e outros.
 Conversar com os catequizandos sobre a vida destas pessoas: quem são, o que fizeram, onde
moravam, quais trabalhos realizavam.
 Dizer que essas pessoas são especiais porque realizaram, em nosso tempo, o papel dos profetas de
ontem: anunciar a vontade de Deus e denunciar as injustiças cometidas com as pessoas.
 Convidá-los a conhecer o maior profeta bíblico, Isaías, que, embora fosse considerado de classe
alta, ficou do lado dos pobres e deu esperanças ao povo anunciando a vinda do Messias.
4.
Leitura utilizada: Is 6, 1-8
5.
Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem
6.
Material utilizado: Apostila, Bíblia
7.
Atividades: orientar as atividades
8.
Momento de Oração: Ler juntos Jr 31, 31-34 e refletir por alguns momentos. Rezar pelos que
estão necessitados de ajuda.
51
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
Em
oposição
à
monarquia
nasce
o

quando surgiam dificuldades, apareciam
profetismo. O profeta é um crítico do rei, uma
Juízes, ajudando o povo a sair da opressão
pessoa de profunda experiência de Deus e,
dos inimigos;
também,
de
uma
profunda
experiência
da

com a entrada dos filisteus, que criaram
realidade do povo. O profeta sofria com a
lutas, o povo se sente ameaçado e tem
injustiça, à qual os pobres eram acometidos. Por
necessidade de unir forças para uma
esses motivos os profetas ajudavam o povo a
melhor organização social e política.
conscientizarem-se da sua situação de opressão e
O povo não aceitava a realeza: só aceitava
falavam duramente contra os poderosos. Eram
Deus como Rei. Era teocrata. Mas, apesar da
eles que pediam ao povo que voltassem para Deus,
resistência do povo e por necessidade de defesa e
que fossem fiéis à Aliança lembrando-lhes que o
também seguindo o exemplo de outros povos,
caminho era seguir a Lei de Deus. Os profetas
Israel se organiza em Monarquia.
previam, também, dias melhores para todos se a
injustiça fosse abolida.
Três reis reinarão sucessivamente: Saul,
Davi e Salomão. É chamado o período do Reino
Por causa de suas manifestações contra os
Unido
que
durou
de
70
a
100
anos,
poderosos, os profetas foram perseguidos. Porém,
aproximadamente. Foi um tempo de triunfo e
nada os fazia calarem-se, desistindo de sua
aparentemente, de paz.
missão.
Mas no final do reinado de Salomão, a
A vida e o ensinamento dos profetas se
situação se torna insustentável: o povo se vê
tomaram Palavra de Deus para os povos de ontem
obrigado a pagar altos impostos para que Salomão
e de hoje. O próprio Jesus se inspirou muito nos
possa manter o luxo do palácio. o povo sofria e
profetas, sobretudo em Isaías para assumir sua
relembrava a experiência do deserto.
missão.
Com a morte de Salomão o povo do Norte
 O Êxodo foi a experiência fundamental desse
povo: a libertação da escravidão.
toma consciência, reage e se torna independente.
Aí acontece o Cisma, a divisão do Reino:
 A experiência do deserto deu a certeza de
que Deus está presente na história. Um Deus
que caminha com aqueles que desejam a sua
própria libertação.
 Reino Norte: Israel, capital em Samaria,
governada por Jeroboão.
 Reino
Judá,
capital
em
Jerusalém,
governada por Roboão.
 Chegada a Terra de Canã = Terra Prometida: ocupação da nova terra;
O Templo construído por Salomão ficava
em Jerusalém. E Jeroboão, rei na Samaria, teve

o povo torna-se uma nação;
medo que o povo fosse a Jerusalém para adorar no

os diversos clãs formam tribos;
Templo. Para impedir a ida do povo do Norte até

até o fim do século IX a.C., o povo mantém
lá, ele levanta dois altares nas cidades de Dan e
uma
Betel.
organização
social,
baseada
nas
tribos, independentes umas das outras,

Apesar da divisão do Reino, a situação não
mas unidas na mesma fé em Javé;
melhorou. O povo sofreu três calamidades:
ao chegar à Terra Prometida, encontraram
 Guerra: saques e destruições;
outros povos, e o relacionamento com
 Injustiça social: exploração dos fracos;
esses povos influiu nos costumes, nas
 Idolatria: os reis arrastavam o povo ao
tradições e na religião dos israelitas;
52
Sul:
abandono da fé no Deus único.
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A divisão do reino e a constante luta entre
eles e também com outros povos, levam os dois
reinos à destruição.
Em 722 a.C., o Reino do Norte é invadido
pelos Assírios, e em 587 a.C. o Reino do Sul é
levado, como cativo, para a Babilônia.
Mesmo assim, o povo
não
perdeu a
esperança, porque era um povo depositário da
Aliança: os escolhidos do Senhor. Esse povo tinha
sido chamado a ser testemunha de unidade.
Diante de toda essa situação, surgem os Profetas.
Profeta é um homem chamado por Deus,
para:
 transmitir ao povo a sua mensagem,
 e falar em nome do Senhor.
è alguém do povo; alguém que participa
bem de perto dos dramas de seus patrícios,
sobretudo
dos
mais
fracos,
oprimidos
e
marginalizados.
Profeta não significa aquele que anuncia os
acontecimentos futuros, como adivinho. Ele não é
uma espécie de "mágico" que prevê o futuro. O
Profeta lê o presente. Ele possui o sentido da
história.
 Consegue captar, nas entrelinhas dos
acontecimentos, o Projeto que Deus tem para
os homens.
 Ele decifra à luz da Palavra de Deus, os fatos
do presente, e está sempre aberto ao futuro,
à esperança.
 Indica a vontade de Deus.
Profeta:
 é alguém engajado, atento, presente, fiel;
 é alguém sem compromisso com o êxito, com o
sucesso e com o poder constituído;
 é alguém que vê por detrás das aparências dos
acontecimentos.
Sua missão:
 é falar no tempo e fora do tempo (1Sm 7-15;
2Sm 12);
 é educar para a consciência crítica (Jr 6, 11;
Ez 3,14);
 é ajudar os outros a perceberem a realidade
além das aparências (Mt 7,1-23);
 é despertar para uma vida na verdade (Jr 31,
31-34; Ez 36,16-38);
 é re-examinar a prioridade dos valores.
O profeta tem coragem de:
 denunciar mesmo com ameaças, as injustiças;
 chamar o povo infiel à conversão;
 estimular o povo de Deus e seus dirigentes
para a fidelidade ao compromisso com o Deus
de seus pais, o Deus da Aliança, o Deus da
Libertação;
 levar o povo e seus dirigentes a tomar
consciência da situação histórica.
Os Profetas não são doutrinadores, mas
conscientizadores;
 contestar a "ordem" contraria ao Plano de
Deus; por isso, eles eram considerados
elementos perigosos;
 recordar os acontecimentos da história do
povo para criticar e mudar a situação injusta
do presente;
 iluminar os caminhos do futuro do povo;
 exigir, em nome de Deus, mudanças na
conduta pessoal, nas instituições religiosas e
políticas do povo;
 criticar a opressão dos pobres;
 defender os sem-vez e os sem-voz;
 lutar contra o luxo resultante da exploração
dos fracos;
 mostrar que não se pode encontrar Deus
escravizando e explorando o irmão; que não
adianta o culto sem justiça e amor ao próximo;
 acusar e combater os privilégios;
 construir a fraternidade.
O Profeta é uma figura conhecida em
todas as grandes religiões.
O AT valoriza tanto os Profetas que seus
escritos formam uma das partes da Bíblia.
A época dos Profetas começa no tempo
dos Reis.
No AT o termo "Profeta" (em hebraico =
NABI) quer dizer: “falar com força”, “falar com
entusiasmo”.
Podemos ler na Bíblia os livros proféticos:
Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel, Oséias, Amós,
Abdias,
Jonas,
Miquéias,
Naum,
Habacuc,
Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. Mas vale
lembrar que havia, também, profetisas: Miriam
(Ex 15,20), Débora (Jz 4,4), a esposa de Isaías
(Is 8,3) ...
Isaías é considerado o maior dos profetas
de Israel. Sua vocação
profética surgiu quando
53
tinha aproximadamente 20 anos de idade, a partir
O Profeta é um homem contemplativo. Ele
de uma visão que teve (cf. Is 6). Esta visão
aprendeu a rezar. E reza para ouvir a Deus, para
provocou em Isaías a consciência da santidade de
aprender a perceber a linguagem de Deus na vida
Deus, do pecado do povo e da necessidade de
dos homens.
conversão. Isaías foi casado, mas não sabemos o
Ser chamado, ser enviado, viver a vocação
nome da esposa que apenas é chamada de
profética, é viver na escuta, e agüentar os
profetisa.
questionamentos da Palavra de Deus.
Podemos considerar Isaías como o profeta
O Profeta é pobre: tem consciência dos
da justiça, pois combateu a idolatria e as
seus próprios Iimites, mas a força de Deus o
injustiças sociais com grande vigor. Pelo seu jeito
encoraja.
de falar, pela beleza de seus textos, sabemos que
era um homem instruído. Ele participou da política
em uma época muito agitada e difícil. Muitas
vezes procurou Acaz, rei de Judá, para aconselhálo.
Isaías anunciava um terrível julgamento
sobre Israel afirmando que as nações pagãs
seriam executoras do castigo e depois também
seriam castigadas. Quanto a Israel, alertou que
alguns seriam salvos. Ele chamou o povo ao
arrependimento e à fé.
É importante dizer que Isaías, em todas
as suas profecias, deixava transparecer sempre a
mais firme esperança em um rei glorioso que havia
de vir e restaurar a ordem no mundo. Assim, ele
anunciava a esperança no Messias prometido: "Um
menino nos nasceu, um filho nos foi dado: sobre
seu ombro está o manto real e ele se chama
Conselheiro Maravilhoso, Deus Forte, Pai para
sempre, Príncipe da Paz" (Is 9,5).
O próprio Jesus quando anunciou seu
programa de ação usou as palavras de Isaías (Lc
4,17-19).
NÚCLEO FUNDAMENTAL DO PROFETISMO
O núcleo fundamental do profetismo é a
CONSEQUÊNCIA
DA
MISSÃO
DOS
PROFETAS
São
perseguidos,
porque
são
sempre
incômodos.
Aparecem
sempre
conflitos
entre
os
profetas e os que estão no "poder" religioso ou
político. Por isso são perseguidos e, às vezes,
pagam com a vida a fidelidade à Palavra de Javé.
Sob
o
Rei
Acab
(1Rs
18,4-13),
provavelmente sob Manasses (2Rs 21, 16), sob o
Rei Joaquim (Jr 26,20-23) e também no tempo de
Neemias (Ne 9,26), exterminaram os Profetas.
Jesus chegou a dizer: Jerusalém que matas os
profetas ... (Mt 23,37).
A missão do Servo de Javé termina no
silêncio do cordeiro que se imola (Is 53, 7). Deus
não deixa os profetas esperarem o sucesso de sua
missão (Is 6,9-13; Jr 1,19; 7,27; Ez 3, 6-9).
FALSOS PROFETAS
 São aqueles que falam em seu próprio nome,
sem terem sido enviados (Jr 14, 14,14s; 23,16;
27,15).
 São aqueles que seguem a própria vontade (Ez
13,3).
Encontramos, na Bíblia 18 Livros Proféticos.
oração que alimenta e revigora a Missão à qual o
Profeta é chamado. O
Profeta tem vida de
intimidade com a Palavra de Deus. Ele conhece a
Deus na experiência da vida e mantém diálogo
constante com Ele.
A vocação de Jeremias, por exemplo, nos
apresenta um homem que tem intimidade com
Deus (Jr 1,4-10).
54
Fonte:
Fé, Vida e Comunidade, Livro do Catequista,
Paulus, 2003 – p. 138-142.
Crescer em Comunhão, Livro do Catequista, Vol.
II, Ed.Vozes, 2008 – p. 101 e 104
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética –Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo I
16º ENCONTRO: MARIA E A ANUNCIAÇÃO DO ANJO
1. Objetivos:
 Possibilitar aos catequizandos descobrirem que Maria foi escolhida por Deus para ser a Mãe de
Jesus.
 Reconhecer que Deus escolheu Maria para ser também a nossa mãe.
 Reconhecer Maria como fiel colaboradora e seguidora de Jesus, fazendo com que a igreja se sinta
uma família.
 Reconhecer que o SIM dado por Maria deve ser o sim de todos nós.
2. Conteúdo do Encontro:
 Utilizando a bíblia contar a história de Maria e como recebeu a notícia de que seria a mãe do
Salvador.
 A visita a Isabel é uma lição de caridade.
 Através do Magnificat, Maria mostra que conhece toda a história da Salvação, está aberta para
Deus e para os homens, é fiel aos profetas, conhece a realidade, angústia e esperança do seu povo,
tem o coração voltado para Deus e os pés no chão.
3.
Desenvolvimento do tema:
Contar a história utilizando a bíblia e o texto em anexo.
 Colocar em destaque uma imagem de Nossa Senhora.
 Em volta da imagem, distribua gravuras de várias pessoas: crianças, adolescentes, jovens e idosos
em diferentes situações profissionais, sociais, econômicas....Mulheres, homens que representam a
sociedade atual.
 Comentar: Se somos filhos de Maria, como devem ser a nossa vida de irmãos?
 Conversar: quantas vezes sentimos dificuldade em obedecer, porque nem sempre entendemos que o
que as pessoas nos pedem é para o nosso bem e principalmente porque nos amam.
4.
Leitura utilizada: da própria apostila / Lc 1, 26-56
5.
Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem
6.
Material utilizado: Apostila, Bíblia
7.
Atividades: orientar a execução das atividades
Lucas 1, 48: Porque ele olhou para a humildade de sua serva. Todas as gerações, de agora em diante,
me chamarão feliz.
5 – Procure no segundo texto e copie as expressões que correspondem a
Fruto do vosso ventre:
Seu filho Jesus
Rogai por nós:
Peça proteção para nós
Amém!:
Este é o nosso desejo
O Senhor é convosco:
Deus está com você
8.
Momento de Oração: Ler 2, 1-12 e refletir sobre a presença de Maria em nossa vida, nos
momentos em que estamos em dificuldades. Relembrar em silêncio as graças que recebemos por sua
intercessão. Rezar pedindo proteção a todos os que sofrem.
55
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
Dizer sim a Deus no nosso dia-a-dia nem
Maria compreende o que se realizara por
sempre é fácil, não e mesmo? Mas, existe uma
intermédio dela; mas, sua atitude disponível e
pessoa que não exitou em fazer a vontade de
responsável a leva a perguntar como isso se dará.
Deus: Maria.
O
Na anunciação ela de fato entregou-se e
manifestou a obediência da fé a Deus por meio do
seu mensageiro, o Anjo Gabriel.
E no Evangelho de Lucas 1,26-28, escrito
entre os anos 75 a 90, que encontramos o
chamado de Maria com a visita do Anjo Gabriel,
enviado por Deus: "Ave, ó cheia de graça!"
A palavra graça é acompanhada por uma
frase singular: "0 Senhor está contigo". Isto
significa que Maria terá apoio incondicional para
realizar o que Deus espera dela.
anjo lhe responde que sua maternidade
acontecerá por obra do Espírito Santo. Tomando
consciência de que para Deus nada é impossível,
abriu seu coração, e de seus lábios brotou a
resposta definitiva: "Faça-se em mim segundo a
tua palavra". Essa atitude de Maria é o ápice de
sua vocação, manifestada na vontade de cumprir
prontamente o que o Senhor anunciou.
A partir desse momento, o Salvador tão
esperado esta entre nós, homem como nós, nosso
irmão. Maria, a primeira a crer em Jesus como
Filho de Deus e Salvador do mundo, por sua
vontade e entrega confiante, alegre, total e
Com essas palavras, Maria "perturbou-se"
irrestrita à vontade de Deus, torna-se mãe de
diante do inesperado de sua vocação. Mas,
Cristo. Concebe-o em seu coração antes de
generosa e reflexiva, soube dialogar com o
concebê-lo em seu ventre. Ela é o modelo dos que
mensageiro, procurando entender por que ela
ouvem e praticam a Palavra de Deus, como dirá
seria a favorecida de Deus. Gabriel a anima,
mais tarde o próprio Jesus: "Minha mãe e meus
pedindo que não temesse, pois Deus a havia
irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e
escolhido, não como um privilégio, mas como
a põem em prática" (Lc 8,21).
agraciada com a maternidade messiânica: "Eis que
conceberás e darás a luz um filho ... "
"A máxima realização da existência cristã como um viver trinitário de 'filhos no Filho' nos e dada
na Virgem Maria que, através de sua fé (cf. Lc 1,45) e obediência à vontade de Deus (cf. Lc 1,38), assim
como por sua constante meditação da Palavra e das ações de Jesus (cf. Lc 2,19.51), é a discípu1a mais
perfeita do Senhor. Interlocutora do Pai em seu projeto de enviar seu Verbo ao mundo para a salvação
humana. Com sua fé Maria chega a ser o primeiro membro da comunidade dos crentes em Cristo, e também
se faz colaboradora no renascimento espiritual dos discípulos. Sua figura de mulher livre e forte emerge
do Evangelho conscientemente orientada para o verdadeiro seguimento de Cristo. Ela viveu completamente
toda a peregrinação da fé como mãe de Cristo e depois dos discípulos, sem estar livre da incompreensão e
da busca constante do projeto do Pai. Alcançou, dessa forma, o fato de estar ao pé da cruz em comunhão
profunda, para entrar plenamente no mistério da Aliança" (DA 266).
Fonte: Crescer em Comunhão, Livro do Catequista, Vol. I, Ed. Vozes, 2008 – p. 24-25.
56
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética –Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo I
17º ENCONTRO: NASCIMENTO DE JESUS, APRESENTAÇÃO AO TEMPLO E AOS DOZE ANOS
1. Objetivos:
 Mostrar aos catequizandos o nascimento de Jesus como a chegada da Salvação prometida por
Deus.
 Relacionar a chegada do Salvador e a sua participação na história do povo como um tempo novo que
começa para toda a humanidade.
 Compreender que Jesus convida cada uma a crescer como cristão em estatura, sabedoria e graça.
2. Conteúdo do Encontro:
 Trabalhar questões como: Por que Jesus nasceu pobre, em um lugar simples e humilde? A visita dos Reis
Magos. O que sabem sobre Jesus? Como é o seu amor por Jesus? Porque Jesus ama as crianças?
 Demonstrar aos catequizandos que apesar das mensagens que Deus enviou pelos Profetas e da
preparação do povo de Israel ao longo da história, nem todos souberam reconhecer o Salvador, na
pessoa de Jesus.
 Recordar o bom exemplo da família de Nazaré em viver os valores humanos e cumprir a Lei de Deus.
 Apresentar a figura de Simeão como imagem do homem que reconhece em Jesus o Salvador.
 Mostrar que Jesus brincava, ajudava nas coisas de sua família e de sua comunidade e preocupava-se muito
com as coisas de Deus. Anualmente seus pais, parentes e amigos caminhavam em caravanas para celebrar
a Festa da Páscoa em Jerusalém. Jesus ficou em Jerusalém, sendo encontrado depois por seus pais no
Templo. A resposta de Jesus foi esta – „Devo cuidar das coisas de meu Pai‟.
 Maria era sua catequista e levava Jesus a crescer em estatura, em sabedoria e em graça, vivência
que os catequizandos devem passar.
3.
Desenvolvimento do tema:
Depois que contar a história pedir que abram a bíblia para lerem à história.
 Colocar no centro da sala um presépio, uma vela, roupas de bebê, figuras de gestantes e de
crianças recém nascidas.
 Conversar com os catequizandos sobre a gestação e os cuidados que ela exige. Pedir que contem a
história do nascimento deles.
 Convidar os catequizandos a ficarem ao redor dos símbolos e objetos que se encontram no centro
da sala.
 Explorar o texto bíblico ressaltando as alegrias e dificuldades enfrentadas por Maria e José no
nascimento do menino Jesus e pelas crianças que, com Jesus, nascem sem conforto.
 Dentre os símbolos, destacar o presépio e em especial a imagem do Menino Jesus.
 Conversar sobre as diversas fases do crescimento em todos os sentidos: tamanho, sabedoria e
graça, isto é, crescimento físico, intelectual e espiritual.
 Ressaltar os valores: Jesus freqüentava o Templo com seus pais, sendo sempre submisso e
obedientes a eles. Contar a passagem de Jesus aos doze anos.
4.
Leitura utilizada: da própria apostila / do texto em anexo / Lc 2, 1-21 / Lc 2, 13-15.41-52
5.
Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem, presépio, roupas de bebê, figuras
6.
Material utilizado: Apostila, Bíblia
7.
Atividades: orientar a execução das atividades
8. Momento de Oração: Ler e refletir Lc 2, 51-52. Lembrar que Jesus está no meio de nós, por isso
somos todos irmãos. Fazer os pedidos espontaneamente e todos agradecem “Obrigado, Jesus!”
57
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
NASCIMENTO:
Pentecostes, celebrada cinqüenta dias depois da
Sabemos através do Evangelista São Lucas
Páscoa; e a Festa das Tendas, celebrada no
que, por ocasião do recenseamento da população
outono, após as colheitas. A maioria das pessoas
ordenado pelas autoridades, Maria se dirigiu com
procurava estar presente à festa da Páscoa,
José a Belém, e, não tendo encontrado um lugar
mesmo quando perdia as outras.
em nenhuma hospedaria, deu a luz seu Filho num
A idade dos 12 anos, mencionada na Bíblia
estábulo. Assim o nascimento de Jesus deu-se em
sobre a ida de Jesus ao Templo de Jerusalém,
condições de extrema pobreza.
tem um significado especial: é a passagem da
A primeira visita que o recém-nascido
infância e da adolescência para a juventude. A
recebeu foi dos pastores que durante a noite,
partir dessa data os meninos judeus
enquanto cuidavam do rebanho, ouviram a voz dos
obrigados a observar a Lei como qualquer homem.
anjos que anunciavam o nascimento de Jesus e
José
e
Maria
provavelmente
eram
iam
a
foram adorá-lo. Ainda, recebeu a visita dos magos
Jerusalém todos os anos para participarem da
guiados por uma estrela que também vieram
Festa da Páscoa, pois esta era celebrada por
visitá-lo e deram-lhe presentes, como nos conta o
ordem de Moisés a fim de comemorar o fato
Evangelho de Mateus.
histórico da salvação dos primogênitos judeus, no
A este acontecimento os evangelistas
Egito. Para isso repetiam a mesma ceia do
deram uma grande relevância procurando explicar
cordeiro, no primeiro dia da semana, já que a
por que Jesus nasceu:
festa durava oito dias.
 Salvar-nos, reconciliando-nos o Deus: “O Pai
Terminada
a
a
festa,
Nazaré,
José
pensando
e
Maria
que
Jesus
enviou seu Filho como o Salvador do mundo"
retornaram
(1Jo 4,10). Este apareceu para tirar os
estivesse com alguns parentes, pois viajavam em
pecados (1Jo 3,5) (CIC 457) .
pequenos grupos por causa da segurança. No final
 Conhecermos o amor de Deus: “Nisto
do primeiro dia sentiram a falta de Jesus, não o
manifestou-se o amor de Deus por nós: Deus
encontrando em nenhum dos grupos. Retornaram a
enviou seu único Filho (1Jo 4,9). Pois Deus
Jerusalém
amou tanto o mundo que deu seu Filho único a
encontraram-no sentado diante dos mestres. Ele
fim de que todo que crer nele não pereça, mas
não só ouvia atentamente o que diziam como
tenha a vida eterna” (Jo 3, 16) (CIC 458) .
também fazia-lhes perguntas inteligentes. Maria e
 Tomar-se verdadeiramente um de nós,
José ficaram aliviados. Porém Maria disse-lhe que
e
após
de
Deus assumiu a natureza humana para realizar
preocupação. Jesus então respondeu: "Não sabíeis
nela a nossa salvação” (cf. CIC 461) .
que devo ocupar-me das coisas de meu Pai?” (Lc 2,
 Tornar-nos participantes da natureza divina
tinha
busca
seu
e Mt 11, 29).
lhes
dias
menos no pecado: “Na Encarnação o Filho de
 Ser nosso modelo de santidade (cf. CIC 459
desaparecimento
três
causado
49); e o evangelista acrescenta que José e Maria
não entenderam as suas palavras. Jesus voltou a
Nazaré, onde viveu como filho obediente.
(cf 2Pd 1, 3-4).
DOZE ANOS
Havia três festas anuais prescritas pela
religião judaica, em que todos os homens deveriam
tomar parte dela: a Festa da Páscoa, que era
celebrada no início da primavera; a Festa de
58
Fonte: Crescer em Comunhão, Livro do Catequista,
Vol. I, Ed. Vozes, 2008 – p. 27 e 31.
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética –Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo I
18º ENCONTRO: BATISMO DE JESUS
1. Objetivos:
 Mostrar aos catequizandos que o Batismo nos leva a
um compromisso de vida: esforçar nos para viver
como filhos de Deus e irmãos uns dos outros.
 Relacionar a missão de Jesus com a missão das
igrejas cristãs de hoje.
 Compreender que o Batismo de Jesus marca o início
de sua vida pública assim como o nosso Batismo
inicia-nos na vida cristã.
2. Conteúdo do Encontro:
 Ressaltar a importância do Batismo na vida de todo cristão, mostrando o contexto do Batismo de
Jesus e como ele acontece atualmente.
 Apresentar a pessoa de João Batista, primo de Jesus, que veio antes dele para ajudar o povo a se
preparar para recebê-Lo.
 Após o Batismo Jesus inicia a sua missão que é anunciar que Deus Pai ama todas as pessoas e as
coisas criadas.
3.
Desenvolvimento do tema:
Depois que contar a história do Batismo de Jesus, pedir que abram a bíblia para lerem a história.
 Apresentar fotos de pessoas sendo batizadas, imagens do Batismo de Jesus, uma vela, uma bacia
com água e uma toalha branca.
 Perguntar quem já participou da celebração de um batizado.
 Recordar o que ocorre em um batizado: como agem as pessoas, quais são os símbolos e o significado
de cada um, o que o padre diz, o que os pais e padrinhos respondem, qual o compromisso e quem
assume.
 Conversar sobre: o Batismo oferecido por João Batista, o pedido de Jesus para ser batizado e a
atitude de João Batista, os sinais do batismo de Jesus, o que representa o Batismo de Jesus, o
sentido do Batismo de Jesus e o nosso Batismo.
4.
Leitura utilizada: da própria apostila / Lc 3, 21-23; 4, 1-13 / Mc 1, 9-11
5.
Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem
6.
Material utilizado: Apostila, Bíblia, cartazes
7.
Atividades: orientar a execução das atividades
8.
Momento de oração: Cada um deve rezar em silêncio a oração que escreveu e todos encerram com
as orações Ave-Maria, Pai Nosso e Glória.
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
A vida pública de Jesus tem início com o
arrependimento para remissão dos pecados" (Lc
seu batismo por João no rio Jordão. João Batista,
3,3). Por isso era procurado por muitas pessoas de
o precursor de Jesus, proclamava "um batismo de
59
diferentes grupos e classes sociais que vinham
e uma voz do céu disse: "Tu és o meu Filho amado,
fazer-se batizar por ele.
de ti eu me agrado" (Mc 1, 11). Assim, o Pai e o
O seu batismo visava preparar as pessoas
para a chegada daquele que vem mostrar a
Espírito Santo dão testemunho da divindade de
Jesus e de sua missão salvífica.
proximidade do Reino (cf. Mt 1,15), por isso dizia:
O batismo de Jesus marca o inicio de sua
"depois de mim virá alguém mais forte do que eu.
vida publica. Ele deixa Nazaré e se coloca a
Eu não sou digno de me abaixar para desamarrar
serviço do povo em favor da vida. Ele mesmo
suas sandálias" (Mc 1,17).
falou:
Quando Jesus vai ao Jordão e pede a João
"Eu vim para que todos tenham vida e a
para ser batizado por ele, este o questiona. Jesus
tenham em abundância" (Jo 10,10). Para nós o
insiste na necessidade de ser batizado por João.
batismo marcou uma nova vida. Ser batizado é
Com sua atitude demonstra que Ele, mesmo sem
assumir a mesma missão de Jesus. Nós, cristãos,
ser pecador, se solidariza com a condição dos
somos chamados a lutar pela vida, onde ela é
pecadores.
ameaçada.
Durante o batismo de Jesus duas provas
divinas acontecem: os céus se abriram e o Espírito
de Deus desceu como pomba e pousou sobre Jesus
60
Fonte: Crescer em Comunhão, Livro do Catequista,
Vol. I, Ed.Vozes, 2008 – p. 34.
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética –Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo I
19º ENCONTRO: A COMUNIDADE QUE ACOLHE PELO BATISMO
1. Objetivos:
 Mostrar que pelo Batismo, passamos a fazer parte da
comunidade dos cristãos, “da família de Deus” e assim como
Jesus cada um de nós tem uma missão.
2. Conteúdo do Encontro:
 O Batismo é a comemoração de um novo aniversário, pois,
passamos a fazer parte da família de Deus.
 Olhar no comprovante do Batismo a data e a Igreja em que foi
batizado (se houver algum catequizando no grupo que não foi
batizado, seja incentivada sua participação, deixando-o falar
sobre sua expectativa para receber este sacramento).
 Falar sobre os símbolos do Batismo e se possível levá-los para
o encontro.
 Através do Batismo iniciamos uma nova vida na comunidade dos cristãos e temos uma missão.
3.
Desenvolvimento do tema:
Conversar com os catequizandos sobre os seus batizados, como foi o dia, os padrinhos, a Igreja etc.
Pedir que gravem esta data.
4. Leitura utilizada: da própria apostila, do texto do Aprofundamento, Mt 3, 13-17
5. Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem
6. Material utilizado: Apostila, Bíblia, ficha dos catequizandos para mostrar a cópia da certidão de
Batismo
7. Atividades: orientar a execução das atividades.
8.
Momento de Oração: Cada um leia a oração que preparou. Encerrar com a oração do Pai Nosso.
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
SIGNIFICADO DOS SÍMBOLOS DO BATISMO
NOME (APRESENTAÇÃO DA CRIANÇA)
direito à sepultura, ficava pregado na cruz até
O nome da criança é muito importante. Ele
que o corpo fosse sendo consumido pelo tempo e
representa que é o único para Deus e para a
comido pelos animais e aves. Era um jeito bárbaro
humanidade. Valorizar o nome de alguém é
de amedrontar as pessoas que transgrediam as
reconhecer a sua dignidade. No evangelho Jesus
leis.
nos diz que o pastor chama cada uma das ovelhas
O Filho de Deus participou da pior
pelo nome e caminha na frente delas. Deus é
condenação. Foi acusado de subversivo. Se opôs a
assim: Ele chama cada um por seu nome e guia o
normas e leis que impunham um fardo pesado
seu caminho.
incapaz de ser carregado pelos pobres.
O SINAL DA CRUZ
Foi condenado à morte e morte de cruz. Mas nela
É o sinal do Cristo salvador, sinal da vida
não permaneceu, pois ressuscitou. A partir desse
que vence a morte. A cruz, na época de Jesus, era
momento a cruz não é mais sinal de morte e
um instrumento de condenação. Os que não
condenação, mas sinal de vida, de libertação,
cumpriam as leis, que cometiam algum crime eram
salvação e vitória. Por isso a criança é marcada
crucificados. Quem era pregado na cruz não tinha
61
com o sinal da cruz, o sinal da vitória da vida
faz germinar a semente, é fonte de vida. Sem
sobre a morte.
água tudo morre.
INVOCAÇÃO DOS SANTOS
Na Bíblia encontramos diversas citações
A Igreja terrestre une-se a Igreja
onde Deus salva o povo por meio da água.
Celeste para receber esta nova vida e interceder
Moisés, quando criança, foi salvo das águas
a nós junto ao Pai, apresentando os méritos que
do Rio Nilo. O povo Hebreu ficou livre da
alcançaram na terra pelo único mediador de Deus
escravidão do Egito ao atravessar as águas do
e dos homens, Jesus Cristo.
Mar Vermelho. O próprio Jesus foi batizado nas
UNÇÃO COM ÓLEO
águas do Rio Jordão.
Na celebração do batismo a criança é
ungida duas vezes: no peito e na cabeça.
O batismo é um mergulho na vida divina.
Aquele que preside a celebração derrama a água
Quando a criança é ungida no peito
na cabeça da pessoa (criança ou adulto) dizendo:
lembramos que o Cristo deve penetrar na vida da
Eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do
criança como o óleo penetra no seu peito. Depois,
espírito Santo. Somos batizados em nome da
no final da celebração a criança é ungida de novo,
Santíssima
mas na cabeça. Com esta unção lembramos que o
fazemos o sinal da cruz lembramos o nosso
batizado participa da mesma missão de Jesus:
batismo.
Sacerdote,
VESTE BRANCA
profeta
e
rei.
Como
sacerdote
trindade.
Por
isso,
sempre
que
oferece sua vida,se doa, como profeta se torna
O batismo é um novo nascimento. Aquele
porta vos de Deus anunciando sua palavra e como
que foi batizado desveste-se do homem velho e
rei serve como Jesus serviu, lavando os pés dos
reveste-se do ressuscitado. A veste branca
discípulos.
simboliza que o batizado se revestiu de Cristo (Gl
Na Bíblia as pessoas eram ungidas para
3,27); ressuscitou com Cristo. De todo batizado a
cumprir uma grande missão. No Batismo a unção
Igreja pede que mantenha essas vestes brancas
vai lembrar que aquele que está sendo batizado
(a vida de Cristo) “imaculadas até a vida eterna”.
deve ser um cristão lutador, que vai combater as
LUZ (VELA)
forças do mal. O cristão, aquele que foi batizado
Quando nos falta a luz a escuridão nos faz
não pode ser omisso, ficar em cima do muro. Ele
tropeçar, cair. No rito da celebração a vela que é
foi ungido para a missão, para ser participante da
entregue aos pais e padrinho é acesa no círio
Igreja de Cristo.
pascal. O círio pascal foi aceso no Sábado Santo
O óleo é abençoado na Missa dos Santos
quando celebramos a ressurreição de Jesus, a
óleos na quarta-feira da Semana Santa.
vida que vence a morte, a luz que vence as trevas.
PROFISSÃO DE FÉ
Do
O batismo não é um ato social, mas deve brotar da
recebemos a luz que nunca deve se apagar. Eis as
fé dos pais e padrinhos. Por isso durante a
palavras do Padre ao entregar a vela acesa: “A
celebração
vocês pais e padrinhos, é confiada a missão de
do
batismo
somos
chamados
a
Cristo-luz,
iluminadas por Cristo, vivam sempre como filhos
professar a fé que queremos para nossos filhos e
da luz e, perseverando na fé, possam sair ao
afilhados
encontro do Senhor, com todos os santos quando
ÁGUA
ele voltar”.
chamados
estas
que
a
somos
que
é
de
pecado
para
vencedor
ampliar
o
luz
Cristo
renunciar tudo o que não presta, o pecado. Depois
renunciar
essa
do
crianças
A água é outro elemento que a natureza
Portanto, somos filhos da luz e não
nos oferece e que usamos no batismo. A água é o
caminhamos por entre as trevas. Fomos iluminados
elemento purificador, que lava, limpa e renova. Ela
e teremos também que iluminar a vida dos outros;
62
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética –Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo I
“Vós sois a luz do mundo.. brilhe vossa luz diante
PAI-NOSSO
dos homens, para que vejam vossas boas obras e
Atendendo ao pedido de seus discípulos
glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus” (Mt
(“Senhor, ensina-nos a orar”) Jesus lhes confia a
5,14-16)
oração cristã fundamental do “Pai-Nosso” A
ÉFETA
Oração
Dominical
é
o
resumo
de
todo
o
Palavra Grega que significa abra-te , para
Evangelho”, a mais perfeita das orações. Está no
ela ouvir a palavra de Deus e anunciá-la (O sopro)
centro das Escrituras.Porque vem do Senhor
- Jesus disse de novo para eles: A paz esteja com
Jesus, Mestre e Modelo de nossa oração.
vocês.
CONSAGRAÇÃO Á NOSSA SENHORA
Tendo
falado
isso:
soprou sobre os
apóstolos, dizendo: Recebam o Espírito Santo.
Neste dia em que estas crianças entram
Quando chegou o dia de Pentecostes, o sopro de
na Igreja pelo Santo Batismo , vamos confiá-las a
um forte vendaval
especial proteção de Maria , mãe de Deus e dos
Espírito.
precedeu a chegada do
Discípulos de Jesus.
63
20º ENCONTRO SANTÍSSIMA TRINDADE
1. Objetivos:

Levar os catequizandos a refletirem sobre este grande mistério da nossa fé permitindo-lhes maior
compreensão acerca do mistério do Deus Vivo.

2.
Reconhecer na vida a presença do Espírito Santo, que anima e conduz as comunidades.
Conteúdo do Encontro:

Mostrar que Deus se revela como Pai, Filho e Espírito Santo.

A Trindade é comunidade de amor. O Pai nos criou e nos deu a vida porque nos ama. O Filho, gerado
Pai, Jesus Cristo, aquele que nasceu de Maria, em Belém, nos ensinou o amor do Pai. Morreu e
ressuscitou. Quando Jesus foi para o céu, mandou o Espírito Santo, que nos ilumina e nos dá forças
para caminharmos no bem, em direção a Deus Pai.
3.

São três pessoas em um só Deus. Mas não são três deuses, mas três pessoas Divinas num só Deus.

Pode ser contada a história de Santo Agostinho na beira da praia.

Ensinar que quando fazemos o sinal da cruz lembramos as Três Pessoas.

Somos batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Desenvolvimento do Encontro:
 Apresentar três velas: uma representa o Pai que nos criou e nos deu a vida porque nos ama; outra
representa o Filho Jesus Cristo que nos ensinou o amor do Pai, morreu e ressuscitou e outra
representa o Espírito Santo, que nos ilumina e nos dá forças para caminharmos no bem, em direção
a Deus Pai.
 Juntando as três velas, elas formam uma só chama, assim as Três Pessoas da Santíssima Trindade
formam um só Deus.
 São Três Pessoas em um só Deus. Há três pessoas diferentes: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
 Cremos em um só Deus e no Mistério da Santíssima Trindade.
4.
Leitura utilizada: da própria apostila / bíblia
5.
Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem, três velas
6.
Material utilizado: Apostila, Bíblia.
7.
Atividades: orientar a execução das atividades.
8.
Momento de Oração: Fazer a oração conforme a apostila. Encerrar com a oração do Credo.
64
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética –Apostila do Catequista – Etapa I – Módulo I
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
No
evangelho
de
Marcos,
como
no
O que é verdadeiramente original, é a
evangelho de Lucas, a missão confiada por Jesus
palavra com que termina o evangelho de Mateus
Ressuscitado tem um alcance universal: "Ide por
(28,20). "Eu estou convosco, diz Jesus, todos os
todo o Mundo e proclamai a Boa Nova a toda a
dias, até o fim dos tempos".
criatura" (Mc 16, 15-16).
Mateus relata estas palavras de Jesus no
Jesus declara que a sua presença é
permanente.
seu último encontro com os discípulos reunidos:
"Ide! Fazei que todas as nações se tornem
discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho
e do Espírito Santo e ensinando-as a observar
tudo o que eu vos ensinei. E eu estarei convosco
Mateus desde o princípio de seu evangelho
vem dizendo que Jesus é o "Emanuel" quer dizer
"Deus conosco" (1,23). Presença de Deus Pai, Deus
Filho e de Deus Espírito Santo.
todos os dias até o fim dos tempos" (Mt 28, 1920).
"A Trindade é una, quer dizer: há um só
Deus. Não professamos três deuses, mas um só
Esta fórmula do Batismo supõe a reflexão
da Igreja sobre o que disse Jesus do Pai e do
Espírito Santo, sobre a revelação que Ele fez
progressivamente sobre Deus, que é Trindade. Foi
com o decorrer dos tempos que o Batismo, em
nome de Jesus, se tornou Batismo em nome da
Trindade.
Na época em que o texto do Evangelho de
Mateus foi redigido, era uso litúrgico batizar em
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Deus em três pessoas: a Trindade. As pessoas
divinas não dividem entre si a única divindade, mas
cada uma delas é Deus por inteiro: o Pai é aquilo
que é o Filho, o Filho é aquilo que é o Pai, o
Espírito Santo é aquilo que são o Pai e o Filho, isto
é, um só Deus quanto à natureza. Cada uma das
três
pessoas
é
esta
realidade,
isto
é,
a
substância, a essência ou a natureza divina" (CIC
253).
Fonte:
Fé,
Vida
e
Comunidade,
Livro
do
Catequista, Paulus, 2003 – p. 274-275.
65
1º TEMA EXTRA: QUARESMA E CAMPANHA DA FRATERNIDADE
1. Objetivos:
 Refletir o que é quaresma e como o cristão vive este
período.
 Refletir sobre o tema e lema da Campanha da Fraternidade
2012.
 Refletir sobre a realidade da saúde no Brasil em vista de
uma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e
comunitário das pessoas na atenção aos enfermos e
mobilizar por melhoria no sistema público de saúde.
(Objetivo Geral de CF-2012).
2. Conteúdo do Encontro:
 Criar um quadro com os 40 dias da quaresma, incluindo o dia
da Páscoa.
 Distribuir pedaços de folhas coloridas (15 cm X 10 cm) para
os catequizandos, que deverão dobrar ao meio.
 Colar os pedados dos papéis em um papel cartão, colocando
os quarenta dias da quaresma.
3. Desenvolvimento do Tema:
 Criar um quadro com os 40 dias da quaresma, incluindo a Semana Santa e o Domingo de Páscoa.
 Distribuir pedaços de folhas coloridas (15 cm X 10 cm) para os catequizandos, que deverão dobrar
ao meio.
 Colar os pedados dos papéis em um papel cartão, colocando os quarenta dias da quaresma.
 Ler com os catequizandos o texto da apostila, explicando passo a passo sobre a Quaresma.
 Combinar em cada encontro as ações da semana. Usar o dado do amor para escolher as boas
atitudes a serem vividas em cada semana.
 Fazer em conjunto com a classe o registro da semana – escrever em cada quadrinho uma atitude,
uma boa ação que deverá ser feita naquele dia, durante a quaresma.
 Para explicar sobre a fraternidade, a dignidade da pessoa humana e a cidadania, contar a história –
A pomba e a formiga.
Às margens de um riacho cristalino, uma pomba bebia água, quando viu uma formiga no meio da
correnteza. Em vão a formiga se esforçava par alcançar a margem. Então, a pomba jogou na água um
raminho de mato, e a formiga conseguiu agarrar e se salvar.
Nesse mesmo tempo, passava um caçador que, ao ver a pomba, pensou em abatê-la. Ficou
imaginando o belo prato de pomba assada. Quando se preparava para atirar, sentiu uma picada no
calcanhar. O caçador abaixou-se para ver o que o tinha picado. Era a formiga, a mesma que tinha acabado
de ser salva pela pomba! Bem depressa, a pomba aproveitou para fugir da mira do caçador. Quando este
olhou de novo para o rio, seu almoço tinha desaparecido.
Comentar a história:
 Quando é que eu ajo do mesmo jeito que a formiga?
 Quando é que sou pomba?
 Quando sou caçador?
 Quem foi solidário e fraterno?
66
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulos I
A cada ano a Campanha da Fraternidade faz importantes reflexões sobre alguma problemática que
aflige nossa sociedade.
Neste ano a CF nos convida a pensar na SAÚDE PÚBLICA. (mostrar o cartaz)
 Tema: Fraternidade e Saúde Pública
 Lema: “Que a saúde se difunda sobre a Terra”.
 A Campanha da Fraternidade de 2012 mobiliza os catequizandos a contemplarem a vida como um
dom de Deus e para a compreensão de que o cuidado com a saúde depende de uma alimentação
saudável, da prática de esportes, das ações de prevenção, do cuidado com o corpo, a mente e o
espírito.
4. Leitura utilizada: da própria apostila, da bíblia – Lc 10, 29-37
5. Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem cartaz da Campanha da Fraternidade.
6. Material utilizado: Apostila, bíblia, cartaz da CF-12, cartolina e folhas cortadas
7. Atividades: orientar as atividades
8. Momento de Oração: Rezar a oração da Campanha da Fraternidade (na apostila).
QUARESMA
SEG
TER
QUA
QUI
SEX
SAB
DOM
22/02
23/02
24/02
25/02
26/02
27/02
28/02
29/02
01/03
02/03
03/03
04/03
05/03
06/03
07/03
08/03
09/03
10/03
11/03
12/03
13/03
14/03
15/03
16/03
17/03
18/03
19/03
20/03
21/03
22/03
23/03
24/03
25/03
26/03
27/03
28/03
29/03
30/03
31/03
01/04
02/04
03/04
04/04
05/04
06/04
07/04
08/04
19/03
Boas
atitudes da
semana
67
2º TEMA EXTRA: QUARESMA E CAMPANHA DA FRATERNIDADE
1. . Objetivos:
 Refletir sobre a realidade da saúde no Brasil em vista de uma vida
saudável, suscitando o espírito fraterno e comunitário das pessoas na
atenção aos enfermos e mobilizar por melhoria no sistema público de
saúde.
(Objetivo Geral de CF-2012).
2. Conteúdo do Encontro:
 Lembrar o que é Quaresma e como se vive este tempo.
 Tema e lema da Campanha da Fraternidade 2012 e como vivenciar a
Campanha na família e na vida.
3. Desenvolvimento do Tema:
 Fazer em conjunto com a classe o registro da semana – escrever em
cada quadrinho uma atitude, uma boa ação que deverá ser feita
naquele dia, durante a quaresma.
 Utilizar uma das dinâmicas propostas no Apêndice no final da Apostila de acordo com a idade de
seus catequizandos.
 Contar a história – A águia e a galinha.
Era uma vez um camponês que pegou um filhote de águia e o colocou no galinheiro junto com as
galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas, embora a águia fosse o rei/rainha de todos os
pássaros. Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista e,
enquanto passeavam ele viu á águia e disse:

Esse pássaro aí não é galinha, mas uma águia.

De fato – disse o camponês. É águia, mas eu criei como galinha.

Não – retrucou o naturalista. Ela é, e sempre será uma águia. Pois tem coração de águia. Esse
coração a fará um dia voar às alturas.
Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e, desafiando-a,
disse:

Já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não a terra, então abra suas
asas e voe! A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor.
Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas. O camponês comentou:
 Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!
 Não – tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia.
E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente.
Por mais uma vez ele experimento e a águia voltou para junto das galinhas.
No dia seguinte, o naturalista pegou a águia e a levou para o alto de uma montanha. O sol nascente
dourava os picos das montanhas. O naturalista ergueu a águia para o alto, na direção do sol e
ordenou-lhe:
 Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não a terra, abra suas asas e voe!
A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida, mas o naturalista segurou-a
firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e
da vastidão do horizonte. Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou e ergueu-se,
68
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulos I
soberana, sobre si mesma. E começou a voar, voar para o alto, a voar cada vez mais para o alto.
Voou... voou... até confundir-se com o azul do firmamento... (Leonardo Boff)
Comentar a história:

Como será que Deus nos criou?

Somos águias ou galinhas?

Ou será que somos as duas juntas?

É possível viver a condição “galinha”, satisfatoriamente nos dias de hoje?

Como a condição “águia” pode ajudar para termos mais qualidade de vida?

Pense:
 Características que predominam em cada condição:
1.
Galinha: alimentação, moradia, ir à escola, praticar esportes, hábitos de higiene, trabalho,
cuidado com o meio ambiente (mostrar figuras para ilustrar)
2. Águia: capacidade de amar, a busca por Deus, amor ao próximo, superar dificuldades, coragem
para arriscar, persistência, sinceridade, realizar a vocação, buscar a felicidade.
3. Reflexão: Observando a águia e a galinha, o que concluímos? Agimos, somos apenas como uma
delas? Ou as duas condições são essenciais para a realização humana?
4. Concluir: cada pessoa tem dentro de si uma águia. Busca as alturas, o sol; foi feita para grandes
ideais e os grandes sentimentos. Muitas vezes, porém, fica presa a coisas como uma galinha
ciscando no galinheiro. Não nascemos só para cuidar de comida, roupa... As duas condições são
essenciais para a realização humana. Criados à imagem e semelhança de Deus, temos que buscar
sempre a perfeição, a nossa conversão, mas sempre sabedores de nossa pequenez.
A cada ano a Campanha da Fraternidade faz importantes reflexões sobre alguma problemática que
aflige nossa sociedade.
Neste ano a CF nos convida a pensar na SAÚDE PÚBLICA. (mostrar o cartaz)
 Tema: Fraternidade e a Saúde Pública
 Lema: “Que a saúde se difunda sobre a Terra”.
 Ler Lc 10, 29-37 – A parábola do Bom Samaritano
 Comentar que o cartaz atualiza este encontro do Bom Samaritano com o doente que necessita
de cuidado. A mão do profissional da saúde, segurando as mãos da pessoa doente, afasta a
cultura da morte e visibiliza a acolhida entre irmãos (o próximo). A cruz recorda a salvação que
Jesus Cristo nos conquistou. A alegria do encontro recorda aos profissionais da saúde que
foram escolhidos para atualizarem a atitude do Bom Samaritano em relação aos enfermos, para
possibilitar atendimento digno, para que a saúde se difunda sobre a Terra.
 Todos os seres humanos são irmãos porque são filhos de Deus. Ser irmão é ser fraterno. Como
irmãos, precisam se ajudar uns aos outros. Isso é fraternidade.
 A Campanha da Fraternidade é um tempo para crescer na fé e sermos solidários com os irmãos.
Este ano a Campanha deseja sensibilizar a todos a dura realidade de irmãos e irmãs que não
têm acesso à assistência de Saúde Pública condizente com suas necessidades e dignidade. É
uma realidade que clama por ações transformadoras. A conversão pede que as estruturas de
morte sejam transformadas.
 A Igreja, nessa quaresma, à luz da Palavra de Deus, deseja iluminar a dura realidade da Saúde
Pública e levar os discípulos-missionários a serem consolo na doença, na dor, no sofrimento e na
morte. E, ao mesmo tempo, exigir que os pobres tenham um atendimento digno em relação à
saúde.
69
 O samaritano faz o papel de Jesus, movido pela compaixão diante de um acontecimento da vida,
do dia a dia. O desafio para fazer o bem surge quando menos se espera. Jesus pede que
olhemos para a realidade, para a vida. Com sua graça, vamos converter nossa vida procurando
“Ter em nós os mesmos sentimentos que animavam Jesus”. (Fl 2,5).
 É hora de assumir compromisso, ver o que o texto nos leva a viver. O Evangelho de Lucas nos
mostra que nem todos que conhecem a Bíblia são os que a praticam, são os melhores exemplos.
 Que compromisso vou assumir, qual gesto concreto essa parábola despertou em mim? Como vou
ser “o próximo” de pessoas que precisam de ajuda?
4. Leitura utilizada: da própria apostila, da bíblia – Lc 10, 29-37
5. Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem, cartaz da Campanha da Fraternidade, figura de uma águia
e de uma galinha.
6. Material utilizado: Apostila, bíblia, cartaz da CF-2012, cartolina e folhas cortadas
7. Atividades: orientar as atividades da apostila
8. Momento de Oração: Rezar a oração da Campanha da Fraternidade (na apostila).
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
Introdução
A Campanha da Fraternidade de 2012
mobiliza os catequizandos a contemplarem a vida
como um dom de Deus e para a compreensão de
que o cuidado com a saúde depende de uma
alimentação saudável, da prática de esportes, das
ações de prevenção, do cuidado com o corpo, a
mente e o espírito.
A Igreja propõe como tema da Campanha
deste ano: A Fraternidade e a Saúde Pública,
como lema: Que a Saúde se difunda sobre a
terra (Eclo. 38,8). Deseja assim sensibilizar a
todos sobre a dura realidade de irmãos e irmãs
que não têm acesso à assistência de saúde pública
condizente com suas necessidades e dignidade. É
uma
realidade
que
clama
por
ações
transformadoras. A conversão pede que as
estruturas de morte sejam transformadas.
A Igreja, nessa Quaresma, à luz da
Palavra de Deus, deseja iluminar a dura realidade
da saúde pública e levar os discípulos missionários
a serem consolo na doença, na dor, no sofrimento,
na morte. Levá-los, ao mesmo tempo, a exigir que
os pobres tenham um atendimento digno em
relação à saúde.
O Sistema Único de Saúde – SUS ,
inspirado em belos princípios como o da
universalidade, cuja proposta é atender a todos,
indiscriminadamente, deveria ser modelo para o
70
mundo. No entanto, ele ainda não conseguiu ser
implantado em sua totalidade e ainda não atende a
contento, sobretudo os mais necessitados desses
serviços.
Entendendo ser um anseio da população,
especialmente da mais carente, um atendimento
de saúde digno e de qualidade, a Campanha da
Fraternidade 2012 aborda o tema da saúde,
conforme os objetivos a seguir propostos.
Objetivo Geral:
Refletir a realidade da saúde no Brasil, em
vista de uma vida saudável, mobilizando o espírito
fraterno e comunitário das pessoas, na atenção
aos enfermos e na busca por melhoria no sistema
público de saúde.
Objetivos Específicos:
1. Disseminar o conceito de bem viver e
sensibilizar para a prática de hábitos de vida
saudável, em detrimento dos que comprometem a
boa saúde;
2. Sensibilizar as pessoas para o serviço aos
enfermos, o suprimento de suas necessidades e
integração na comunidade. Organizar este serviço
nas comunidades que ainda não despertaram para
esta exigência evangélica;
3. Alertar para a importância da organização
da Pastoral da Saúde nas comunidades: criar onde
não existe, fortalecer onde está incipiente e
dinamizá-la onde ela já existe.
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulos I
4. Difundir dados sobre a realidade da saúde
no Brasil e seus desafios, bem como sua estreita
relação com os aspectos socioculturais de nossa
sociedade;
5. Despertar, nas comunidades, a discussão
sobre a realidade da saúde pública, levá-las ao
acompanhamento da prática da cidadania no trato
da causa pública e à exigência de qualificação dos
gestores da área da saúde;
6. Estimular e fortalecer a mobilização
popular em defesa do SUS e de seu justo
financiamento, orientando a comunidade sobre
seus direitos e deveres em relação ao sistema de
saúde como a participação nos espaços de
controle, fiscalização e deliberação das políticas
públicas de saúde.
Saúde e Doença - dois lados da mesma
realidade
A vida, a saúde e a doença são realidades
profundas, envoltas em mistérios. Diante delas, as
ciências não se encontram em condições de
oferecer uma palavra definitiva, mesmo com todo
a aparato tecnológico hoje disponível. Assim, as
enfermidades, o sofrimento e a morte
apresentam-se como realidades duras de serem
enfrentadas e contrariam os anseios de vida e
bem-estar do ser humano.
Nas línguas antigas é comum a utilização
de um mesmo termo para expressar os
significados de saúde e de salvação. Na língua
grega, soter e aquele que cura e ao mesmo tempo
é salvador. Em latim, ocorre a mesmo com salus.
Verifica-se o mesmo em outras línguas.
Certamente, a convergência destes significados
para um único termo é reflexo da dura
experiência existencial diante destes fenômenos
e a percepção de que o doente necessita ser
curado ou salvo da moléstia pela ação de outrem.
Saúde e salvação para a Igreja
A experiência da doença mostra que o ser
humano é uma profunda unidade pneumossomática.
Não é possível separar corpo e alma. Ao paralisar
o corpo, a doença impede o espírito de voar. Mas
se, de um lado, a experiência é de profunda
unidade, de outro, é de profunda ruptura. Com a
doença passamos a perceber o corpo como um
'outro', independente, rebelde e opressor.
Ninguém escolhe ficar doente. A doença
se impõe. Alem de não respeitar nossa liberdade,
ela também tolhe nosso direito de ir e vir. A
doença é, por isso, um forte convite à
reconciliação e à harmonização com nosso próprio
ser.
A doença é também um apelo à
fraternidade e à igualdade, pois não discrimina
ninguém. Atinge a todos: ricos, pobres, crianças,
jovens, idosos. Com a doença, escancara-se diante
de todos nossa profunda igualdade. Diante de tal
realidade, a atitude mais lógica é a da
fraternidade e da solidariedade.
A vida saudável requer harmonia entre
corpo e espírito, entre pessoa e ambiente, entre
personalidade e responsabilidade. Nesse sentido,
o Guia para a Pastoral da Saúde, entendendo que a
saúde é uma condição essencial para o
desenvolvimento pessoal e comunitário, apresenta
algumas exigências para sua melhoria:
a) articular o tema saúde com a alimentação; a
educação; o trabalho; a remuneração; a
promoção da mulher, da criança, da ecologia,
do meio ambiente etc.;
b) a preocupação com as ações de promoção da
saúde e defesa da vida, que respondem a
necessidades imediatas das pessoas, das
coletividades e das relações interpessoais. No
entanto, que estas ações contribuam para a
construção de políticas públicas e de projetos
de desenvolvimento nacional, local e paroquial,
calcada em valores como: a igualdade, a
solidariedade, a justiça, a democracia, a
qualidade de vida e a participação cidadã.
Contribuições recentes da Igreja para a Saúde
no Brasil
Em mais uma manifestação da preocupação
da Igreja com a realidade social da população, em
1981, a Campanha da Fraternidade: “Saúde e
Fraternidade” apresentou o lema: “Saúde para
todos”. A Campanha contribuiu para a reflexão
nacional do conceito ampliado de saúde. Na época
o Papa João Paulo II escreveu, em sua mensagem
para a Campanha, que a “boa saúde não é apenas
ausência de doenças: é vida plenamente vivida em
todas as suas dimensões pessoais e sociais. Como
o contrário , a falta de saúde, não é só a presença
da dor ou o mal físico. Há tantos nossos irmãos
enfermos por causa inevitáveis ou evitáveis, a
sofrer, paralisados, à beira do caminho, à espera
da misericórdia do próximo, sem a qual jamais
poderão superar o estados de semimortos”.
71
A discussão sobre a saúde foi retomada na
CF de 1984, como tema Fraternidade e Vida e o
lema “Para que todos tenham vida”, partindo da
citação bíblica: “pois eu estava com fome e me
deste de comer,... doente, e cuidaste de mim” (Mt
25, 35-36). Esta Campanha buscou ser um sinal de
esperança para as comunidades cristãs e para
todo o povo brasileiro, a fim de que, em um
panorama de sombras e de atentados à vida,
sentissem a luz de Cristo, que vence o egoísmo, o
pecado e a morte, reforçando os princípios
norteadores da valorização da vida, do início até o
seu fim.
Tais
iniciativas
constituem
marcos
importantes da ação da Igreja, tanto no campo da
saúde como no da saúde pública, em nosso país.
Por ser amplo o leque destas atividades, com
satisfação
identificam-se
ações
pastorais,
próprias do múnus eclesial, que resultam em
contribuição da Igreja para o cumprimento das
“Metas do Milênio” com as quais o governo
brasileiro comprometeu-se perante a comunidade
internacional, mobilizando diretamente seus
vários setores:
“Metas do Milênio” propostas pela ONU
(Organização das Nações Unidas) com objetivos a
serem alcançados até 2015:








Reduzir pela metade o número de pessoas que
vivem na miséria e passam fome;
Educação básica de qualidade para todos;
Igualdade entre os sexos e mais autonomia
para as mulheres;
Redução da mortalidade infantil;
Melhoria da saúde materna;
Combate a epidemias e doenças;
Garantia da sustentabilidade ambiental;
Estabelecer parcerias mundiais para o
desenvolvimento.
Doença e saúde no Antigo Testamento
A bíblia hebraica, já nas primeiras páginas,
apresenta a origem do mal e do sofrimento, mas
descartando
qualquer
possibilidade
de
participação divina. No decorrer da caminhada do
povo hebreu, outros conceitos e outras
justificativas foram sendo desenvolvidas a
respeito da doença e do sofrimento, que passaram
a ser vistos como conseqüência do pecado e da
desobediência. Assim a preservação da saúde mais
72
do que a cura da doença, era obtida pela
observância da Lei de Deus.
Porém, quem não a observa terá a
maldição, a infelicidade, as doenças e a opressão
(cf Dt 28, 15ss). A doença é vista como castigo de
Deus ao pecado do ser humano, por isso, somente
eliminando a causa da doença, ou seja, o pecado,
pode-se obter novamente de Deus a saúde.
Houve, um tempo, que entre os judeus
piedosos, o fato de recorrer a médicos era visto
como falta de fé no Deus vivo e verdadeiro, pois a
doença era compreendida como forma de punição
por parte de Deus.
O livro do Eclesiástico considera a doença
como o pior de todos os males (cf 30, 17), um mal
que faz perder o sono (cf 31, 2). O povo judeu
entendia que a falta de saúde estava intimamente
ligada com a culpa, o pecado. A cura para as
doenças deveria ser obtida, em primeiro lugar,
pela oração (cf 2Sm 12, 15-23).
Saúde e doença no Novo Testamento
O capítulo nono do Evangelho de São João
relata o encontro de Jesus com um cego de
nascença (cf Jo 9, 1-41). De acordo com o relato,
são os discípulos que, em primeiro lugar, percebem
a presença do cego e propõem uma questão a
Jesus.
A dúvida dos discípulos é de ordem
teológica: “Quem pecou para ele nascer cego?”
Teria o homem pecado ou teriam sido seus pais (cf
Jo 9, 2) .
A resposta de Jesus é clara: “nem ele,
nem seus pais pecaram, mas é uma ocasião para se
manifestarem nele as obras de Deus” (cf Jo 9, 3).
Cristo interrompe a tradição de vincular doença e
pecado e oferece aos discípulos, aos fariseus, aos
judeus e familiares do cego e ao próprio cego uma
catequese sobre sua missão. Jesus apresenta-se
como “luz do mundo” e luz que se manifesta pelas
obras que realiza. Essa experiência permite que o
próprio cego se transforme em discípulo.
O anúncio da missão de Jesus na sinagoga
de Nazaré inclui “a recuperação da vista aos
cegos” (cf Lc 4, 18). No entanto em toda ação de
Jesus, percebemos inúmeros gestos de quem está
preocupado em recuperar a saúde. Não apenas no
aspecto biológico, mas promover o ser humano
para ter uma vida digna, saudável e reintegrada à
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulos I
sociedade, porque a doença significava a exclusão
social. Diz o evangelho: “Jesus percorria toda a
Galiléia, ensinando nas sinagogas deles, anunciando
a Boa Nova do Reino e curando toda espécie de
doença e enfermidade do povo” (Mt 4, 23).
Com sua ação evangelizadora, Jesus não
apenas cura os doentes, mas resgata o ser humano
para o meio da sociedade, dando-lhe dignidade e
apresenta uma nova forma de relacionar-se com
as pessoas necessitadas. O Novo Testamento é
repleto de relatos de Jesus curando os doentes,
os quais testemunham que a ação salvífica de
Jesus também acontecia em suas intervenções no
cuidado e atenção com os que sofrem.
A parábola do Bom Samaritano nos lembra
a condição da fragilidade humana a que todos
estamos condicionados desde a criação. Mas
indica que os seguidores de Jesus devem
descobrir a importância do cuidado. A fragilidade
somente se cura mediante a proximidade daquele
que se dispõe a cuidar do debilitado. Cuida-se da
própria vulnerabilidade quando se consente a
proximidade do outro.
O samaritano é aquele que em face da
necessidade do outro a assimila e se deixa
transformar por ela. Não só porque cuida do
ferido e lhe dá abrigo, mas porque o faz em
prejuízo dos seus próprios planos iniciais.
Esta atitude é revelada nos sete verbos
desta parábola e indica um modo de ser diante do
outro, que pode iluminar o engajamento da Igreja
e dos cristãos no campo da saúde pública:
a) VER – a primeira atitude do samaritano
que descia pelo caminho foi enxergar a realidade.
Não ignorou a presença de alguém caído, de
alguém que teve seus direitos violentados e que se
encontro à margem da estrada.
b) COMPARECER-SE – a percepção da
presença do caído conduziu o samaritano à atitude
de compaixão. Ele deixou-se afetar pela presença
do violentado que jazia quase morto. A compaixão
desencadeou as demais atitudes tomadas pelo
Samaritano.
c) APROXIMAR-SE – ao contrário dos que
antecederam, o viajante estrangeiro aproximou-se
do caído, foi ao seu encontro, não passou adiante.
No homem assaltado, ferido, necessitado,
reconheceu seu próximo, apesar de muitas
diferenças entre ambos.
d) CURAR – a presença do outro exige
cuidado. A aproximação, a compaixão não são
simplesmente sentimentos benevolentes voltados
ao outro. Elas se tornam obra, se transformam em
ação que lança mão dos elementos que tem
disponíveis para salvar o outro.
e) COLOCAR NO PRÓPRIO ANIMAL –
colocou a serviço do outro os próprios bens. Não
temeu disponibilizar ao desconhecido ferido tudo
o que dispunha: seu meio de transporte, o que
trazia para seu próprio cuidado e seu dinheiro.
f) LEVAR À HOSPEDARIA – mudou seu
itinerário e acabou mobilizando e envolvendo
outras pessoas. Nem sempre conseguimos
responder a todas as demandas, mas podemos
mobilizar outras forças para atender e cuidar de
quem sofre.
g) CUIDAR – esse é o sétimo verbo e
expressa o conjunto da intervenção do
samaritano. Trata-se de um cuidado coletivo, que
envolveu
outros
personagens,
recursos
financeiros, estruturas que o viajante, não
dispunha e o compromisso de retornar. A razão do
retorno é que agora ela incluía outra pessoa, um
compromisso que não estava planejado no início da
viagem, mas não pode mais ser ignorado, cuidar
passa a ser uma missão.
A figura do bom samaritano assume a condição
de modelo para a ação evangelizadora da Igreja
no campo da saúde e no campo da defesa das
políticas públicas.
Unção dos Enfermos, sacramento da cura
O sacramento da unção dos enfermos é
compreendido no âmbito da missão salvífica da
Igreja, ou seja, no contexto do ministério de cura
que toda Igreja exerce junto aos enfermos. A
unção não é um sacramento pontual e isolado, que
se celebra de forma quase mágica, numa UTI, a
um moribundo totalmente inconsciente. Pelo
contrário, é um sacramento eclesial que, além de
comprometer toda a Igreja, é também o ápice de
um processo em favor e a serviço dos irmãos
enfermos de uma comunidade. Faz parte do
ministério de cura que atualiza e significa a
presença do Reino no hoje das pessoas.
Por ser um serviço de toda a Igreja,
compromete todos na comunidade: o próprio
doente em atitude plenamente ativa de
identificação com Jesus Cristo, de aceitação da
73
própria debilidade e de contribuição para o bem
do povo de Deus e a salvação de todo o mundo; de
todos os crentes em atitude de amor e presença
junto aos pobres e doentes; dos religiosos,
fazendo presente no mundo a pessoa de Cristo
que se preocupa e cura os doentes; dos
presbíteros cujo ministério exige deles, não só a
visita, a atenção e a animação dos doentes, mas
também a visibilidade da presença viva do Senhor
que unge, cura e salva; dos bispos que precisam,
num trabalho de coordenação pastoral e
evangelizadora, mostrar que os doentes não são
seres passivos, mas comprometidos com o Corpo
de Cristo.
É pena que, na mentalidade comum dos
fiéis e até mesmo dos agentes de pastoral, o
sacramento da unção dos enfermos ainda não
tenha se desconectado suficientemente de sua
relação com a morte. Este passo, no entanto,
precisa ser dado. Todos precisam ter muito claro
que o sacramento da unção dos enfermos já não é
mais nem sacramento que consagra a morte nem
preparação imediata para a eternidade. Pelo
contrário, é o sacramento que consagra uma
situação de vida, ou seja, uma situação de doença,
confiando ao doente a missão de completar, no
próprio corpo, o que falta à paixão de Cristo.
A Pastoral da Saúde
A Pastoral da Saúde que representa a atividade
desempenhada pela Igreja no Setor da Saúde, é
expressão de sua missão e manifesta a ternura de
Deus para com a humanidade que sofre. A Igreja,
ao meditar a parábola do bom samaritano (cf Lc
10, 25-37), entende que não é licito delegar o
alivio do sofrimento apenas à medicina, mas é
necessário ampliar o significado desta atividade
humana.
No Brasil esta Pastoral conta com 80 mil
agentes voluntários. Seu objetivo é promover,
educar, prevenir, cuidar, recuperar, defender e
celebrar a vida ou promover ações em prol da vida
saudável e plena de todo o povo de Deus, tornando
presente no mundo de hoje, a ação libertadora de
Cristo na área da saúde. Sua atuação é em âmbito
nacional e de referência internacional.
74
Como as famílias podem colaborar para a saúde
se difundir
A família ocupa o lugar primário na
humanização da pessoa e da sociedade. Por isso é
chamada a ser uma comunidade de saúde, a educar
para viver bem, a promover o bem estar de seus
membros e do ambiente que a cerca. É importante
recuperar a família como colaboradora essencial
no cuidado e no acompanhamento de seus
membros.
Vários
dos
condicionantes
e
determinantes da saúde dependem da adesão das
famílias e da educação prática das crianças.
Seguem algumas propostas de ação concreta para
esta esfera:
a) Incentivar o cuidado pleno aos extremos da
vida (criança e idosos), buscando atendimento
digno, humano e com qualidade nos serviços de
saúde, nos três níveis de governo;
b) Garantir que a prevenção avance para além da
informação. É necessário visar não só ao bem
estar individual, mas também ao familiar e ao
de todos, através de ações educativas
abrangentes;
c) Buscar a sensibilização e a mobilização de
familiares e amigos quanto à ações básicas de
prevenção e promoção da saúde,como manter o
cartão de vacinas atualizado;
d) Estimular a doção e a manutenção de padrões e
estilos de vida saudáveis e a abolição de
hábitos inadequados de vida. Até reeducação
alimentar e incentivo à atividade física regular;
e) Estimular o uso dos serviços de saúde, de
forma consciente, organizada e cuidadosa,
visando à otimização de recursos públicos;
f) Estimular a disseminação do conceito de que a
prevenção ao uso de drogas é de
responsabilidade de todos, ou seja, pais,
professores,
empresários,
líderes
comunitários, sindicatos, igrejas e autoridades.
g) Incentivar e difundir programas de coleta
seletiva e de reciclagem, no suporte a projetos
de pesquisa na área ambiental e no estímulo de
práticas sustentáveis, divulgadas em empresas,
escolas e comunidades.
Fonte: Texto Base da Campanha da Fraternidade
2012, CNBB, Brasília – DF.
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulos I
3º TEMA EXTRA: SEMANA SANTA E PÁSCOA
1.
Objetivos:
 Favorecer ao catequizando a percepção de que o sofrimento de
Jesus por amor a nós foi para nos levar a vivo com Ele a sua
ressurreição.
 Reconhecer a alegria da vida nova que Jesus veio nos propor e
valorizar os símbolos dessa proposta.
2.
Conteúdo do Encontro:
 Explicar cada dia da Semana Santa (do Domingo de Ramos até o
Domingo de Páscoa)
 Retomar o compromisso da quaresma.
3.
Desenvolvimento do Tema:
 Utilizar cartazes para explicar cada dia da Semana Santa e ler com os catequizandos o texto da
apostila.
 Fazer a Via Sacra (sugestão em anexo).
 Incentivar os catequizandos para que participem dos dias da Semana Santa na paróquia.
DOMINGO DE RAMOS: Jesus entra em Jerusalém e é aclamado com ramos de Palmeira e cantos
de Hosana.
QUINTA-FEIRA SANTA: Jesus reúne os apóstolos e institui a Eucaristia na sua última ceia.
SEXTA-FEIRA SANTA: Jesus é condenado e carrega a sua Cruz até o Monte Calvário, onde
entrega a Sua vida num sacrifício de Amor por toda a humanidade.
SÁBADO SANTO: Tempo de silêncio, recolhimento e espera pela Ressurreição de Jesus.
DOMINGO: “Aleluia! JESUS RESSUSCITOU”, ESTÁ VIVO NO MEIO DE NÓS!” - traz vida
renovada, cheia do Espírito Santo para todos nós!. É DOMINGO DE PÁSCOA!
4.
Leitura utilizada: indicadas na apostila
5.
Ambientação: toalha, flores, bíblia, cartaz da Semana Santa
6.
Material utilizado: Apostila, bíblia e cartazes para a Via Sacra.
7.
Atividades: orientar as atividades
8.
Momento de Oração – fazer a Via Sacra (página seguinte)
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
Ler e refletir sobre as leituras utilizadas para o encontro
 Citações bíblicas:




Domingo de Ramos: Mt 21, 1-11; Mc 11, 1-10; Jo 12, 12-16; Lc 19, 18-40.
Ceia do Senhor: Jo 13, 1-15.
Paixão e Morte: Jo 18, 1 a 19, 42.
Ressurreição: Mt 28, 1-10; Mc 16, 1-18; Lc 24, 1-12.
75
4º TEMA EXTRA: O SANTO PADROEIRO
1. Objetivo:
 Fazer com que os catequizandos conheçam o santo padroeiro e conscientizá-los sobre o chamado
de Deus para uma vida santa. Fazer com que conheçam a sua Paróquia
2. Conteúdo:
 Nós também podemos e devemos ser santos
 História do Santo Padroeiro e história da Paróquia
3. Desenvolvimento do tema:
 Todos nós somos chamados à santidade (Mt 5,48 e I Ts 4,3)
 Perguntar se sabem o que é ser santo.
 Explicar que a partir do nosso Batismo todos somos chamados ser santos.
 Para sermos santos é preciso descobrir qual a vontade de Deus para nossa vida, e isso se
descobre através da oração e da leitura da Palavra de Deus.
 O que podemos fazer para melhorar as nossas atitudes no dia a dia... (deixar que falem)
 Perguntar se conhecem algum santo e sua história ou se têm algum santo de devoção deixar que
falem).
 Falar dos santos dos nossos dias – pessoas santas como Madre Teresa de Calcutá e seu
trabalho, Papa João Paulo II e seu exemplo de amor perdão e santidade de vida.
 Falar dos Santos recém canonizados:

Frei Galvão o primeiro Santo brasileiro, canonizado pelo Papa Bento XVI, em 11 de maio de
2007;
 Falar das crianças que foram canonizadas – Santo Domingos Sávio, Santa Maria Goretti.
 Falar do Padroeiro – ler as leituras indicadas pela paróquia
 Contar a história do Santo a partir da leitura bíblica.
 Falar sobre a Paróquia – completar as atividades
4. Leitura utilizada: Usar as citações usadas pela paróquia nas celebrações do Santo Padroeiro
5. Ambientação: toalha, flores, bíblia, cartaz da Semana Santa
6. Material utilizado: Apostila, bíblia Orações e santinhos do Santo Padroeiro
7. Atividades: orientar as atividades
8. Momento de Oração – Levar as crianças até a imagem do Santo Padroeiro e rezar a oração (no verso
do santinho)
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
Pesquisar a história do Santo Padroeiro de sua Paróquia, suas qualidades e virtudes, como foi sua
vida, onde nasceu e porque se tornou santo.
Pesquisar histórias de santos canonizados recentemente ou a vida de pessoas que estão processo
de canonização na Diocese ou na nossa região, como: Frei Galvão, Madre Tereza do Jesus Eucarístico,
Franz de Castro Holzwarth.
76
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Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulos I
CONGREGAÇÃO PARA AS CAUSAS DOS SANTOS
REFLEXÃO DO CARDEAL JOSÉ SARAIVA MARTINS
O SIGNIFICADO DOS SANTOS HOJE NUM MUNDO EM MUDANÇA
1. "Para fazer de um homem um santo, só é
Jubileu do Ano 2000, fala-se com um profundo
necessária a Graça. Quem duvida disto não sabe o
realce do tema da santidade. No "grande exército
que é um santo, nem o que é um homem",
de santos e de mártires", que inclui "Sumos
observava Pascal com o seu esmero característico
Pontífices,
nos Pensamentos. Recorro a esta observação para
humildes figuras de leigos e de religiosos, de um
indicar as duas perspectivas destas reflexões:
extremo ao outro do globo observou o Papa João
no
santo
convergem
bem
conhecidos
da
história,
ou
a celebração de Deus
Paulo II, no n. 7 da Carta a santidade pareceu
(nomeadamente, da sua Graça) e a celebração do
mais do que nunca a dimensão que melhor exprime
homem, nas suas potencialidades, nos seus limites,
o mistério da Igreja. Mensagem eloqüente, que
nas suas aspirações e nas suas realizações.
não tem necessidade de palavras, ela representa
São conhecidas as inúmeras objeções que
ao vivo o rosto de Cristo".
hoje se levantam contra o conceito de "santidade"
Para compreender a Igreja, é necessário
e de "santo". Não poucas críticas são dirigidas à
conhecer os santos, que são o seu sinal e o seu
prática tradicional e ininterrupta da Igreja, de
fruto
reconhecer e proclamar "santos" alguns dos seus
contemplar o rosto de Cristo nas mutáveis e
filhos mais exemplares. Na grande relevância,
diversas situações do mundo contemporâneo, é
também numérica, dada pelo Papa João Paulo II às
preciso olhar para os santos que "representam
beatificações e canonizações durante o seu
profundamente o rosto de Cristo" ( Ibidem), como
Pontificado, houve quem insinuasse a existência
nos recorda o Papa. A Igreja deve proclamar
de
santos e há de fazê-lo em nome daquele anúncio
uma
estratégia
expansionista
da
Igreja
católica.
e
eloquente.
Para
tão
diversificados
por
categorias,
precisamente em instrumento de santidade no
mundo.
nacionalidades e culturas, seria apenas uma
operação
amadurecido
da santidade que a enche e a transforma
Para outros, a proposta de novos beatos e
santos,
mais
de
marketing
da
santidade,
"Deus manifesta de forma viva aos homens
com
a sua presença e o seu rosto na vida daqueles que,
finalidades de liderança do Papado na sociedade
embora possuindo uma natureza igual à nossa, se
civil contemporânea. Por fim, há quem veja nas
transformam mais perfeitamente na imagem de
canonizações e no culto dos santos um resíduo
Cristo (cf. 2 Cor 3, 18). Neles é Deus quem nos
anacrônico de triunfalismo religioso, alheio e até
fala e nos mostra um sinal do seu reino (...) para o
contrário ao espírito e à orientação do Concílio
qual somos fortemente atraídos, ao vermos tão
Vaticano II, que realçou com muita força a
grande nuvem de testemunhas que nos envolve (cf.
vocação à santidade de todos os cristãos.
Hb 12, 1) e tais provas da verdade do Evangelho"
apenas
(Lumen gentium, 50). Neste trecho da Lumen
sociológica do nosso tema corre o risco de ser não
gentium encontramos a profunda razão do culto
só
aos beatos e santos.
Evidentemente,
redutiva,
mas
uma
também
leitura
desviante
da
compreensão deste fenômeno, tão característico
da Igreja católica.
2. Na Carta Apostólica Novo millennio
3. A Igreja realiza a missão que lhe foi
confiada pelo Mestre divino, de ser instrumento
de
santidade
através
dos
caminhos
da
ineunte, a Carta que o Papa João Paulo II
evangelização, dos sacramentos e da prática da
entregou à Igreja no encerramento do Grande
caridade.
Esta
missão
recebe
uma
notável
77
contribuição
de
conteúdos
e
de
estímulos
Aquele internacionalismo do catolicismo, que
espirituais, também da proclamação dos beatos e
não é procurado com vista ao poder, mas ao
santos, porque eles mostram que a santidade é
serviço e à salvação, é confirmado pelos santos e
acessível às multidões, que a santidade pode ser
pelas santas que pertencem aos mais diversos
imitada. Com a sua existência pessoal e histórica,
contextos de referência histórica, mas viveram a
eles fazem experimentar que o Evangelho e a vida
mesma fé. Este internacionalismo confirma que a
nova em Cristo não são uma utopia ou um mero
santidade não tem limites e que não morreu na
sistema de valores, mas "fermento" e "sal",
Igreja mas, pelo contrário, continua a ser de
capazes de fazer viver a fé cristã dentro e fora
profunda atualidade. O mundo muda, mas os
das várias culturas, regiões geográficas e épocas
santos, embora também mudem com o mundo que
históricas.
se transforma, representam sempre o mesmo
"O futuro dos homens observava o saudoso
rosto vivo de Cristo. Não existe nisto, porventura,
Cardeal Giuseppe Siri nunca é claro, porque todos
um indício inconfundível da vitalidade peculiar,
os seus pecados corroem todos os caminhos da
meta-cultural
história e levam a uma dialética cheia de causas e
católicos, "sobrenatural" é a palavra justa do
de efeitos, de erros e de vinganças, de explosões
anúncio e da Graça cristã?
e
meta-histórica
para
nós,
e de interrupções. A certeza de que os santos
5. Neste contexto de pensamentos, é
continuarão a acompanhar os homens é uma das
interessante fazer uma observação sobre o modo
poucas garantias do futuro" (Il primato della
como a Igreja católica reconhece e proclama os
verità, pág. 154.).
beatos e os santos. Refiro-me em particular ao
4. O fenômeno dos santos e da santidade
trabalho da Congregação para as Causas dos
cristã cria um sentido de admiração que nunca
Santos, chamada a estudar e reconhecer a
esmoreceu na vida da Igreja e que não pode
santidade
deixar de surpreender até um observador laico
procedimento minucioso e sábio, consolidado,
atento, sobretudo hoje, num mundo que muda
renovado e renovável no tempo.
e
os
santos
através
de
um
contínua e rapidamente, num mundo fragmentado
Os santos e a santidade são reconhecidos
sob o ponto de vista cultural, tanto a nível de
com um movimento que parte de baixo para cima.
valores como de costumes. É da admiração que
Ainda hoje, é o próprio povo cristão que,
deriva a pergunta: o que é que faz com que a fé
reconhecendo por intuição da fé a "fama de
encarne em todas as latitudes, nos diversos
santidade", indica ao seu Bispo titular da primeira
contextos históricos, entre as mais variadas
fase do processo de canonização os candidatos à
categorias e estados de vida? Como é possível
canonização
que, sem dinamismos de poder, impositivos ou
competente da Santa Sé. Nem a Congregação para
persuasivos que sejam, e sem dinamismos de
as Causas dos Santos, nem o Papa, "inventam" ou
uniformidade,
tão
"fabricam" os santos. Como todos os cristãos
diferentes entre si e em tal harmonia com Cristo
sabem, isto é obra do Espírito Santo. Que este
e com a sua Igreja? O que é que leva à livre
mesmo Espírito como diz o Evangelho "sopra onde
assunção do núcleo germinativo cristão, que
quer",
depois desenvolve tanta diversidade e beleza na
habituados desde há séculos, e hoje muito mais,
unidade da santidade? Como é diferente a
uma vez que a Igreja está espalhada em todas as
globalização, de que hoje se fala com tanta
partes do mundo e em todas as camadas sociais.
existam
tantos
santos,
é
e,
uma
em
seguida,
constatação
à
a
Congregação
que
estamos
frequência, da catolicidade ou universalidade da
Assim, deve reconhecer-se que o Papa João
fé cristã e da Igreja, que essa fé vive, conserva e
Paulo II fez da proclamação de novos beatos e
difunde!
santos uma autêntica e constante forma de
78
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulos I
evangelização
e
de
magistério.
Ele
quis
fé, esperança e caridade em homens e mulheres
acompanhar a pregação das verdades e dos
de tantas línguas e raças, que seguiram Cristo nas
valores evangélicos com a apresentação de santos
várias formas da vocação cristã" (n. 37).
que viveram aquelas verdades e aqueles valores de
Além disso, na Carta Apostólica Novo
modo exemplar. Durante o seu Pontificado, e,
millennio ineunte, o Papa observa: "Os caminhos
portanto, desde 1978 até hoje, João Paulo II
da santidade são variados e apropriados à vocação
beatificou 1.299 pessoas, 1.029 das quais são
de
mártires, e canonizou 464 beatos, 401 dos quais
concedido, nestes anos, beatificar e canonizar
encontraram a morte no martírio. Os leigos
muitos cristãos, entre os quais numerosos leigos
elevados às honras dos altares são também muito
que se santificaram nas condições ordinárias da
mais do que geralmente se pensa: com efeito,
vida" (n. 31).
trata-se de 268 beatos e de 246 santos, 514 no
total.
cada
um.
Sem
Agradeço
dúvida,
ao
tantas
Senhor
ter-me
beatificações
e
canonizações são também um sinal da capacidade
Para alguns, eles são muitos; para outros,
poucos.
de inculturação da vida da fé cristã e da Igreja.
6. Por fim, gostaria de me debruçar sobre a
No que diz respeito ao número de santos, o
contribuição cultural oferecida pelos santos, pelo
Papa João Paulo II não ignora o parecer de quem
seu culto e pelo ardente e sério trabalho de
considera que eles são demasiados. Pelo contrário,
estudo que precede e que se segue à sua
fala disto explicitamente. Eis a resposta do Papa a
canonização.
este propósito: "Às vezes diz-se que hoje há
O Concílio Vaticano II pediu que uma "cuidadosa
demasiadas beatificações. Mas isto, além de
investigação
refletir a realidade, que por graça de Deus é
acompanhasse a proposta do culto dos santos (cf.
aquela que é, corresponde também ao desejo
Sacrosanctum concilium, 23). Esta indicação já
expresso pelo Concílio. O Evangelho espalhou-se
encontrou a Congregação para as Causas dos
de tal maneira no mundo e a sua mensagem
Santos
mergulhou as suas raízes de modo tão profundo,
experimentada.
histórica,
preparada
teológica
e,
hoje,
e
pastoral"
plenamente
que o elevado número de beatificações reflete
O cuidado pela verdade histórica esteve
precisamente de modo vivo a ação do Espírito
sempre presente no trabalho da Congregação para
Santo e a vitalidade que dele brota no campo mais
as Causas dos Santos. Já num "Decreto" de Pio X,
essencial para a Igreja, o da santidade. Com
de 26 de Agosto de 1913, mais tarde inserido no
efeito, foi o Concílio que realçou de forma
Código de Direito Canónico de 1917, pedia a
particular
a
reunião e o estudo de todos os documentos
(Discurso
de
vocação
universal
abertura
do
à
santidade"
Consistório,
em
históricos relativos às causas. Mas a novidade
preparação para o Grande Jubileu do Ano 2000,
fundamental foi apresentada pelo Motu Proprio
13 de Junho de 1994).
"Já há algum tempo", de 6 de Fevereiro de 1930,
Na
Carta
Apostólica
Tertio
millennio
com que o Papa Pio XI instituiu na Congregação
adveniente, o Papa João Paulo II escreveu:
dos Ritos a "Secção histórica", com a tarefa de
"Nestes
as
oferecer a contribuição eficaz para a abordagem
canonizações e as beatificações. Elas manifestam
das causas "históricas", ou seja, das que não
a vivacidade das Igrejas locais, muito mais
contavam
numerosas hoje do que nos primeiros séculos e no
relativas às mesmas causas. O serviço prestado
primeiro milênio. A maior homenagem que todas as
pela "Secção histórica", em seguida denominada
Igrejas prestarão a Cristo no limiar do terceiro
como "Departamento histórico-hagiográfico", foi
milênio,
presença
alargado a todas as causas, mesmo às mais
onipotente do Redentor, mediante os frutos de
"recentes", aumentando a sensibilidade histórico-
anos,
será
foram-se
a
multiplicando
demonstração
da
com
testemunhas
contemporâneas
79
crítica a todos os níveis, e em todas as fases do
gratidão e num renovado propósito de imitação"
processo.
(Novo millennio ineunte, 7).
Finalmente,
a
Constituição
Apostólica
Os santos são como faróis; eles indicaram
Divinus perfectionis magister, de 25 de Janeiro
aos homens as possibilidades de que o ser humano
de 1983, seguida das Normae servandae, do dia 7
dispõe. Por isso, são interessantes também do
de Fevereiro de 1983, sancionou definitivamente
ponto de vista cultural, independentemente da
a contribuição determinante do método e da
abordagem cultural, religiosa e de estudo com que
qualidade histórica na abordagem das causas dos
nos aproximemos deles. Um grande filósofo
santos.
francês do século XX, Henry Bergson, observou
A verdade histórica, tão diligentemente
que "as maiores personagens da história não são
procurada por motivos teológicos e pastorais, traz
os conquistadores, mas os santos". E Jean
muitos benefícios também à apresentação cultural
Delumeau, um historiador do catolicismo de
dos santos. Os novos beatos e santos "saíram da
Quinhentos,
sacristia" para serem estudados e apresentados
grandes impulsos da história do cristianismo
também
historicamente
foram caracterizados por um retorno às fontes,
significativas, no contexto da vida da sua Igreja,
isto é, à santidade do Evangelho, suscitada pelos
da sua sociedade e do seu tempo. Assim, não
santos e pelos movimentos de santidade na Igreja.
como
personagens
interessam mais unicamente à Igreja e aos fiéis,
Nos
convidava
últimos
a
anos,
verificar
o
como
Cardeal
os
Joseph
mas a todos aqueles que se ocupam da história, da
Ratzinger afirmou justamente que "não são as
cultura, da vida civil, da política, da pedagogia,
maiorias ocasionais que se formam aqui ou ali na
etc.
destes
Igreja, que decidem o seu e o nosso caminho. Eles,
extraordinários homens de Deus continua de
os santos, são a verdadeira e determinante
maneira diversa, mas em todo o caso eficaz para o
maioria, segundo a qual nos orientamos. É a ela que
bem de toda a sociedade.
aspiramos! Eles traduzem o divino no humano, o
Desta
maneira,
a
missão
A este propósito, é significativo o fato de
eterno no tempo".
que o Arquivo da Congregação para as Causas dos
Santos já
não
por
não só não permanecem marginalizados histórica
"pessoas interessadas pelo trabalho eclesiástico",
ou culturalmente, mas parece que devo concluir
mas também por estudiosos leigos que recorrem
estão
ao mesmo para a relação das suas teses de
interessantes e credíveis.
licenciatura,
pedagogia,
encontram
é
para
de
freqüentado
estudos
sociologia,
um
material
somente
8. Num mundo que se transforma, os santos
históricos,
a
tornar-se
sujeitos
ainda
mais
de
Numa época de crise das utopias coletivas,
porque
ali
num período de desconfiança e de incredulidade
abundante
e
em relação ao que é teórico e ideológico, está a
etc.,
historicamente credível.
nascer uma nova atenção para com os santos,
7. Portanto, com o seu valor particular, a
figuras singulares em que se encontra não uma
santidade diz respeito também à cultura. Os
nova teoria e nem sequer simplesmente uma moral,
santos permitiram que se criassem novos modelos
mas um desígnio de vida a narrar, a descobrir
culturais, novas respostas aos problemas e aos
através do estudo, a amar com devoção e a
grandes
realizar mediante a imitação.
desafios
dos
povos
e
novos
desenvolvimentos de humanidade no caminho da
Só podemos alegrar-nos com este despertar
história. A herança dos santos "é uma herança que
de atenção para com os santos, porque eles são de
não se deve perder insistiu muitas vezes o Santo
todos, constituem um patrimônio da humanidade
Padre mas fazer frutificar num perene dever de
que progride para além de si mesma, num
desenvolvimento que, enquanto honra o homem,
80
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulos I
também dá glória a Deus, porque "o homem vivo é
santidade (...) a Igreja é "a casa da santidade" e a
a glória de Deus" (Santo Ireneu de Lião).
caridade de Cristo, derramada pelo Espírito
Quero ler tudo o que consideramos até aqui,
à
luz
de
uma
mensagem,
verdadeiramente
Santo, constitui a sua alma" (Acta Apostolicae
Sedis, vol. XCIV, 3 de Maio de 2002, n. 5).
fascinante, do Santo Padre João Paulo II que, em
Por conseguinte, na Igreja tudo, e cada uma
minha opinião, pode dar, a quem refletir sobre
das vocações em particular, está ao serviço da
este tema, pelo menos uma idéia da visão do Sumo
santidade! E é indubitavelmente neste sentido
Pontífice sobre a santidade, inseparavelmente
que, quando olhamos para a Igreja, jamais
vinculada à dignidade batismal de cada cristão e,
devemos esquecer de ver nela o rosto da "mãe dos
por conseguinte, explicar melhor também o papel
santos", que gera santidade com fecundidade e
das beatificações e canonizações no caminho
generosidade superabundantes.
pastoral da Igreja, nestes vinte e cinco anos de
Pontificado de Karol Wojtyla. A mensagem é a que
Fonte:
foi enviada para o dia mundial de oração pelas
http://www.vatican.va/roman_curia/congregation
vocações de 2002: "A primeira tarefa da Igreja
s/csaints/documents/rc_con_csaints_doc_20030
é acompanhar os cristãos pelos caminhos da
315_martins-saints_po.html
Precisamos de Santos
Precisamos de Santos sem véu ou batina.
Precisamos de Santos de calças jeans e tênis.
Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos.
Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se "lascam" na faculdade.
Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade,
ou que consagrem sua castidade.
Precisamos de Santos modernos, santos do século XXI, com uma espiritualidade inserida em nosso tempo.
Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças sociais.
Precisamos de Santos que vivam no mundo, se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no
mundo.
Precisamos de Santos que bebam coca-cola e comam hot-dog, que usem jeans, que sejam internautas, que
escutem disc man.
Precisamos de Santos que amem apaixonadamente a Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar um
refri ou comer uma pizza no fim-de-semana com os amigos.
Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança, de esporte.
Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros.
Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que
não sejam mundanos".
(João Paulo II)
81
5º TEMA EXTRA: MAIO, MÊS DE MARIA E DIA DAS MÃES
1. Objetivo:
 Mostrar que através do “sim” de Maria concretiza-se o plano da
Salvação na pessoa do seu Filho Jesus Cristo.
 Resgatar a importância do dia das mães, sem o seu caráter comercial.
 Valorizar a mãe e todos que cuidam de nós todos os dias.
2. Conteúdo do Encontro:
 Maria é aquela que acreditou que Deus é o todo poderoso e que a
escolheu para ser a Mãe de Jesus.
 Os católicos veneram Maria porque é Mãe de Jesus, da Igreja e
nossa. Essa devoção consiste em imitá-la nesse grande amor a Deus e
aos mais necessitados.
 Falar que ela intercede por nós junto a Deus.
3. Desenvolvimento do Encontro:
 Maria era uma moça como as outras; pertencia a uma família simples
da cidade de Nazaré, na Palestina. Seus pais eram Joaquim e Ana.
 Maria era bondosa, humilde, trabalhadora e cheia de coragem. Sua preocupação era ajudar os
outros, ser amiga de todas as pessoas.
 Ela procurava viver a Aliança, por isso observava os 10 Mandamentos.
 Maria, foi totalmente aberta à Palavra de Deus. Disse “sim”. Por isso, Deus nasceu no seu coração,
Deus morou nela e a fez mãe de seu Filho único – Jesus.
 Maria é a Nossa Senhora que nós invocamos com diversos títulos e neste mês de maio, mês
dedicado à ela, comemoramos o dia de Nossa Senhora de Fátima e Nossa Senhora Auxiliadora.
 Explicar que todos os nomes de Nossa Senhora são nomes que o povo dá, conforme a situação da
vida. Só existe uma Nossa Senhora, aquela que Deus escolheu para ser a Mãe de Jesus.
 É importante valorizar a mãe e no seu dia fazer uma linda homenagem para ela.
4. Leitura utilizada: Lc 1, 26-38; Jo 2, 1-12; Jo 19, 25-27; At 1, 14
5. Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem de Nossa Senhora, figuras de mãe
6. Material utilizado: Apostila, Bíblia
7. Atividades: orientar a execução das atividades.
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
O Evangelho fala pouco de Maria, mas nos
mostra que:
a pobreza, o sofrimento, o exílio.
 Maria é a Mãe de Jesus, o Filho de Deus, mas
não toma o seu lugar.
atitude de discípula de Cristo.
mostra
a
emancipação
fidelidade ao Plano de Deus. Esta é a primeira e
da
mulher. Como mulher, ela desenvolve um papel
importante na obra da Salvação.
82
grandes coisas.
Maria se doou a Deus e ao povo e teve
 A devoção a Maria deve levar a Cristo.
nos
O Deus de Maria não é um deus pequeno,
mas é o Deus dos pequenos. É o Deus que nela faz
 Mostra como Maria viveu e agiu. Teve perfeita
Maria
Maria é a mulher forte. Conheceu de perto
fundamental exigência da catequese.
Maria é:
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulos I
 Co-Mediadora - só Cristo é Mediador (1Tm
2,5).
como o egoísmo, a exploração do homem, as
estruturas que impedem uma participação
 Cheia de graça.
fraterna na construção da sociedade para
 Imaculada Conceição.
(A Igreja declarou
dogma de fé em 1854).
desfrutar dos bens que Deus criou para todos
(P. 267).
 Assunta. Foi assumida ao céu onde está de
corpo e alma. (A Igreja declarou dogma de fé
em 1950)
 O povo brasileiro tem profunda devoção a
Maria sob o título de N. Sra. Aparecida; e em
O Documento de Puebla ressalta:
 Mulher
DEVOÇÃO A MARIA
de
luta:
não
se
acomoda;
outros lugares, em outras cidades, Maria
abre
caminhos.
recebe outros nomes.
 Mas, antes de ser Maria de Nazaré, N. Sra.
 Única criatura que ao mesmo tempo é: Filha Esposa e Mãe de Deus.
de Fátima, Nossa Senhora do Rosário, etc., ela
é "aquela que acreditou" que "Deus é o Todo
 No dizer do Concílio Vaticano II - "Maria é a
imagem perfeita da Igreja".
Poderoso".
 A verdadeira devoção a Maria consiste em
 Ela é a primeira leiga associada à obra
imitá-la nesse grande amor à Deus e aos mais
redentora do Cristo. É o modelo indispensável
necessitados,
para seguir a Cristo.
promessas, novenas, etc.
 Exemplo
de
vocação
porque
viveu,
com
fidelidade, a sua vocação.
 Maria é para a América Latina, uma esperança
e
não
apenas
em
fazer
 Rezemos a Ave Maria, pedindo a Ela que nos
mostre o Plano de Deus e interceda por nós
"agora e na hora de nossa morte. Amem".
de libertação. Fazendo-se escrava do Senhor
promove a libertação da mulher. Se é escrava
Fonte:
do Senhor, não é escrava de mais ninguém,
Catequista, Paulus, 2003 – p. 157-158.
Fé,
Vida
e
Comunidade,
Livro
do
podendo lutar contra as demais escravidões,
Informação complementar sobre o Dia das Mães:
O primeiro dia das mães foi festejado em Boston, em 1873. Em 1907, a norte americana Anna
Jarvis resolveu homenagear sua mãe, que havia morrido alguns anos antes. Só depois de três anos é que a
comemoração idealizada por Anna Jarvis foi oficializada no estado da Virgínia Ocidental, onde ela morava.
Em 1915, o presidente dos Estados Unidos decidiu oficializar a data.
No Brasil, a primeira comemoração ocorreu no dia 12 de maio de 1918. Mas foi só em 1932 que
Getúlio Vargas, então presidente, assinou uma lei oficializando o Dia das Mães.
No começo, as homenagens às mães eram feitas com festas, poesias, declamações, cantos e flores.
Hoje em dia, as propagandas incentivam a compra de presentes.
83
6º TEMA EXTRA: CORPUS CHRISTI
1.Objetivo:

Possibilitar aos catequizandos um maior conhecimento, acerca da Festa de Corpus
Christi, em função do seu significado e o seu papel como devoção especial à Cristo
Eucarístico.
2. Conteúdo do Encontro:

Explicar porque existe a Festa de Corpus Christi. Falar sobre os milagres
eucarísticos e mostrar como Deus vai permitindo que coisas extraordinárias
aconteçam para nos ajudar a crer mais ainda no Sacramento da Eucaristia.
3. Desenvolvimento do tema:
 Nos próximos dias, celebramos a solenidade do Corpo e Sangue de Cristo (Corpus Christi) no mundo
todo. Corpus Christi significa Corpo de Cristo.
 A festa teve origem no ano de 1264 e foi instituída pelo então Papa Urbano IV em 1264.
É
celebrada na quinta-feira, após a festa da Santíssima Trindade porque seguindo a passagem
bíblica, onde Cristo instituiu o Sacramento da Eucaristia, celebra-se também em uma quinta-feira.
 Em 1317, o Papa João XXII determinou a procissão em vias públicas. A festa de Corpus Christi
passou a ter dois grandes momentos: a celebração da Santa Missa e a Procissão sobre os tapetes.
Como filhos da Igreja, levamos Cristo, presente na figura do pão, pelas ruas da nossa cidade.
 A Igreja dedica duas grandes festas ao sacramento da Eucaristia: Quinta-feira Santa e Corpus
Christi.
 Ler Jo 6, 51-59 - Jesus afirma que seu corpo é verdadeira comida e seu sangue verdadeira bebida.
 A Eucaristia não é uma representação de Cristo, mas o próprio Cristo que se faz presente. É neste
momento que a fé se manifesta, isto é crer naquilo que está escondido. Jesus disse: “Bem
aventurados o que crêem sem ter visto”.
 Porém, para os mais descrentes, ainda temos os maravilhosos milagres eucarísticos reconhecidos
pela Igreja Católica. Comentar sobre o milagre de Lanciano e contar outros milagres aconteceram
(conforme texto anexo – não é preciso citar todos – escolher alguns e citar local e ano em que
aconteceram).
 Ler com eles o texto da apostila e comentar cada parágrafo.
 Convidar os catequizandos participar da confecção dos tapetes, esta é uma forma de mostrarmos
que somos uma comunidade composta de irmãos que possuem dons diferentes.
4. Leitura utilizada: Jo 6, 51-59 e Lc 22, 7-20 e da própria apostila.
5. Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem etc.
6. Material utilizado: Apostila – fichas - Com certeza e Fala sério
7. Atividades: orientar a execução das atividades
8. Momento de Oração –
84
rezar juntos a oração da apostila.
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulos I
DINÂMICA
Fala sério / Com certeza.
OBJETIVO: Perguntas referentes aos temas Corpus Christi e Eucaristia.
Obs.: Adaptar as perguntas de acordo com o Módulo – e com a quantidade de catequizandos
DESENVOLVIMENTO:
Fazer pequenos cartões com as respostas FALA SÉRIO e COM CERTEZA, conforme o
número de catequizandos. Entregar a cada um, um par de respostas. Fazer as perguntas abaixo, os catequizandos
deverão mostrar o cartaz com a resposta que considerar correta: FALA SÉRIO (quando a afirmação estiver errada)
ou COM CERTEZA (quando a afirmação estiver correta). A cada afirmação o catequista deve aproveitar para dar a
explicação a respeito do assunto.
1.
Corpus Christi significa o Corpo de Cristo. – Com certeza –
2.
Corpus Christi é celebrado no domingo após o Natal. – Fala sério – primeira quinta-feira após o domingo da
Santíssima Trindade
3.
Quando comungamos passamos a ser sacrários vivos porque Cristo carregamos Cristo vivo em nós. – Com
certeza – Ao comungarmos Cristo passa a viver em nós.
4.
A Eucaristia foi instituída, isto é, celebrada pela primeira vez, na Sexta-feira Santa. – Fala sério - Quintafeira Santa, dia da Santa Ceia
5.
Cada vez que a comunidade realiza o gesto do pão e do vinho, ela faz Jesus presente, vivo e verdadeiro
entre nós. – Com certeza – Jesus vivo se faz presente na comunhão.
6.
A Igreja dedica duas grandes festas ao sacramento da Eucaristia: Natal e Corpus Christi. – Fala sério –
Quinta-feira Santa e Corpus Christi;
7.
Participar da confecção dos tapetes é uma forma de mostrarmos que somos uma comunidade composta de
irmãos que possuem dons iguais. – Fala sério - cada um de nós possui dons distintos, diferentes.
8.
Na Procissão sobre os tapetes, como filhos da Igreja, levamos Cristo, presente na figura do pão, pelas
ruas da nossa cidade. – Com certeza - Na Eucaristia Jesus está vivo no meio de nós.
9.
Jesus disse: “É preciso ver para crer” – Fala sério - Jesus disse: “Bem aventurados os que crerem ser ter
visto”.
10. A festa de Corpus Christi tem dois grandes momentos: a celebração da Santa Missa e a entrega das
ofertas. – Fala Sério, o segundo momento é a Procissão sobre os tapetes
11. Na festa do Corpo de Cristo, como filhos da Igreja, levamos Maria, presente na figura do pão, pelas ruas
da nossa cidade. – Fala sério, levamos o próprio Cristo
12. Nos gesto memorial (porque recorda a vida de Jesus) do pão e do vinho, somos convidados a amar até as
últimas conseqüências, como JESUS nos amou, aceitando perder tudo e se entregando totalmente por causa
do Amor. – Com certeza - devemos imitar Jesus.
13.
Para comungar é preciso se preparar com piedade e devoção e se estiver em pecado procurar se
confessar. – Com certeza – o encontro com Jesus na Eucaristia é um momento muito especial, por isso devemos
nos preparar bem e estar puros de coração.
14.
Deus permite que aconteçam fatos extraordinários como o milagre de Lanciano para nos mostrar o seu
poder – Fala sério – Deus permite que aconteçam milagres para nos ajudar a crer mais no Sacramento da
Eucaristia e para nos ajudar a avançar em nossa peregrinação de fé.
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
A revista “Jesus” das Edições Paulinas de
milagres, metade dos quais ocorridos na
Roma, publicou uma matéria do escritor Antonio
Itália. São muitíssimos os milagres eucarísticos no
Gentili, em abril de 1983, pp. 64-67, onde
mundo todo. Por exemplo, Marthe Robin, uma
apresenta uma resenha de milagres eucarísticos.
francesa, milagre eucarístico vivo, alimentou-se
Há tempos, foi traçado um “Mapa Eucarístico”,
durante mais de quarenta anos só de Eucaristia.
que registra o local e a data de mais de 130
85
Teresa Newmann, na Alemanha, durante mais de
36 anos alimentou-se só de Eucaristia.
1 - Lanciano - Itália – no ano 700
Em Lanciano – séc. VIII. Um monge da
ordem de São Basílio estava celebrando na Igreja
dos santos Degonciano e Domiciano. Terminada a
Consagração, que ele realizara, a hóstia
transformou-se em carne e o vinho em sangue
depositado dentro do cálice. O exame das
relíquias,
segundo
critérios
rigorosamente
científicos, foi efetuado em 1970-71 e outra vez
em 1981 pelo Professor Odoardo Linoli,
catedrático de Anatomia e Histologia Patológica e
Química e Microscopia Clínica, Coadjuvado pelo
Professor Ruggero Bertelli, da Universidade de
Siena. Resultados:
1) A hóstia é realmente constituída por
fibras musculares estriadas, pertencentes ao
miocárdio.
2) Quanto ao sangue, trata-se de genuíno
sangue humano. Mais: o grupo sangüíneo „A‟ que
pertencem os vestígios de sangue, o sangue
contido na carne e o sangue do cálice revelam
tratar-se sempre do mesmo sangue grupo „AB‟
(sangue comum aos Judeus). Este é também o
grupo que o professor Pierluigi Baima Bollone, da
universidade de Turim, identificou no Santo
Sudário.
3) Apesar da sua antiguidade, a carne e o
sangue se apresentam com uma estrutura de base
intacta e sem sinais de alterações substanciais;
este fenômeno se dá sem que tenham sido
utilizadas substâncias ou outros fatores aptos a
conservar a matéria humana, mas, ao contrário,
apesar da ação dos mais variados agentes físicos,
atmosféricos, ambientais e biológicos.
2 - Orvieto - Bolsena - Itália – 1263
Inicio da Festa de Corpus Christi
3 - Ferrara - 28/03/1171
Aconteceu este milagre na Basílica de Santa
Maria in Vado, no século XII. Propagava-se com
perigo a heresia de Berengário de Tours (†1088),
que negava a Presença real de Cristo na
Eucaristia. Aos 28 de março de 1171, o Pe. Pedro
de Verona, com três sacerdotes celebravam a
Missa de Páscoa; no momento de partir o pão
consagrado, a Hóstia se transformou em carne, da
qual saiu um fluxo de sangue que atingiu a parte
86
superior do altar, cujas marcas são visíveis ainda
hoje. Há documentos que narram o fato: um
“Breve‟ do Cardeal Migliatori (1404). - Bula de
Eugênio IV (1442), cujo original foi encontrado em
Roma em 1975. Mas, a descoberta mais
importante deu-se em Londres, em 1981, foi
encontrado um documento de 1197 narrando o
fato.
4 - Offida - Itália – 1273
Ricciarella Stasio - devota imprudente,
realizava práticas supersticiosas com a Eucaristia;
em uma dessas profanações, a Hóstia se
transformou em carne e sangue. Foram entregues
ao Pe. Giacomo Diattollevi, e são conservadas até
hoje. Há muitos testemunhos históricos sobre
este fato.
5 - Sena – Cássia - Itália – 1330
Hoje este milagre é celebrado em Cássia,
terra de Santa Rita de Cássia. Em 1330, um
sacerdote foi levar o viático a um enfermo e
colocou indevidamente, de maneira apressada e
irreverente, uma Hóstia dentro do seu Breviário
para levá-la ao doente grave. No momento da
Comunhão, abriu o livro e viu que a Hóstia se
liquefez e, quase reduzida a sangue, molhou as
páginas do Livro. Então o sacerdote negligente
apressou-se a entregar o livro e a Hóstia a um
frade agostiniano de Sena, o qual levou para
Perúgia a página manchada de sangue e para
Cássia a outra página onde a Hóstia ficou presa. A
primeira página perdeu-se em 1866, mas a relíquia
chamada de “Corpus Domini” é atualmente
venerada na basílica de Santa Rita.
6 - Turim - Itália – 1453
Na Alta Itália ocorria uma guerra furiosa
pelo ducado de Milão. Os Piemonteses saquearam
a cidade; ao chegarem a Igreja, forçaram o
Tabernáculo. Tiraram o ostensório de prata, no
qual se guardava o corpo de Cristo ocultando-no
dentro de uma carruagem juntamente com os
outros objetos roubados, e dirigiram-se para
Turim. Crônicas antigas relatam que, na altura da
Igreja de São Silvestre, o cavalo parou
bruscamente a carruagem – o que ocasionou a
queda, por terra, do ostensório – o ostensório se
levantou nos ares “com grande esplendor e com
raios que pareciam os do sol”. Os espectadores
chamaram o Bispo da cidade, Ludovico Romagnano,
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulos I
que foi prontamente ao local do prodígio. Quando
chegou, “O ostensório caiu por terra, ficando o
corpo de Cristo nos ares a emitir raios
refulgentes”. O Bispo, diante dos fatos, pediu que
lhe levassem um cálice. Dentro do cálice, desceu a
hóstia, que foi levada para a catedral com grande
solenidade. Era o dia 9 de junho de 1453. Existem
testemunhos contemporâneos do acontecimento
(Atti Capitolari de 1454 a 1456). A Igreja de
“Corpus Domini” (1609), que até hoje atesta o
prodígio.
7 - Sena - Itália – 1730
Na Basílica de São Francisco, em Sena,
pátria de Santa Catarina de Sena, durante a noite
de 14 para 15 de março de 1730, foram jogadas no
chão 223 hóstias consagradas, por ladrões que
roubaram o cibório de prata onde elas estavam.
Dois dias depois, as Hóstias foram achadas em
caixa de esmolas misturadas com dinheiro. Elas
foram limpas e guardadas na Basílica de São
Francisco; ninguém as consumiu; e logo o milagre
aconteceu visto que com o passar do tempo as
Hóstias não se estragaram, o que é um grande
milagre. A partir de 1914 foram feitos exames
químicos que comprovaram pão em perfeito estado
de conservação.
8 - Milagre Eucarístico de Santarém – Portugal
(1247)
Aconteceu no dia 16 de fevereiro de 1247,
em Santarém, 65 km ao norte de Lisboa. O
milagre se deu com uma dona de casa, Euvira,
casada com Pero Moniz, a qual sofrendo com a
infidelidade do marido, decidiu consultar uma
bruxa judia que morava perto da igreja da Graça.
Esta bruxa prometeu-lhe resolver o problema se
como
pagamento
recebesse
uma
Hóstia
Consagrada. Para obter a Hóstia, a mulher fingiuse de doente e enganou o padre da igreja de S.
Estevão, que lhe deu a sagrada Comunhão num dia
de semana. Assim que ela recebeu a Hóstia, sem o
padre notar, colocou-a nas dobras do seu véu. De
imediato a Hóstia começou a sangrar. Assustada,
a mulher correu para casa na Rua das Esteiras,
perto da Igreja e escondeu o véu e a Hóstia numa
arca de cedro onde guardava os linhos lavados. À
noite o casal foi acordado com uma visão
espetacular de Anjos em adoração à sagrada
Hóstia
sangrando.
Várias
investigações
eclesiásticas foram feitas durante 750 anos. As
realizadas em 1340 e 1612 provaram a sua
autenticidade. Em 5 de abril de 1997, por decreto
de D. Antonio Francisco Marques, Bispo de
Santarém, a Igreja de S. Estevão, onde está a
relíquia, foi elevada a Santuário Eucarístico do
Santíssimo Sangue.
9 – Faverney, na França, em 1600
O Milagre Eucarístico que aconteceu em
Faverney, na França consistiu numa notável
demonstração sobrenatural de superação da lei da
gravidade. Faverney está localizado a 20
quilômetros de Vesoul, distante 68,7 quilômetros
de Besançon. Um dos noviços chamado Hudelot,
notou que o Ostensório que se encontrava junto
Santíssimo Sacramento sobre o Altar, elevou-se e
ficou suspenso no ar e que as chamas se
inclinavam e não tocavam nele. Os Frades
Capuchinhos de Vesoul também apressaram-se
para observar e testemunhar o fenômeno. Embora
os monges com a ajuda do povo, conseguiram
apagar o incêndio que queria consumir toda a
Igreja, o Milagre não cessou, o Ostensório com
JESUS Sacramentado continuou flutuando no
espaço.
10 - Em Stich, Alemanha, 1970
Na região Bávara da Alemanha, junto à
fronteira suíça, em 9 de junho de 1970, enquanto
um padre visitante da Suíça estava celebrando
uma Missa numa capela, uma série incomum de
eventos aconteceu. Depois da Consagração, o
celebrante notou que uma pequena mancha
avermelhada começou a aparecer no corporal, no
lugar onde o cálice tinha estado descansando.
Desejando saber se o cálice tinha começado a
vazar, o padre correu a mão dele debaixo do
cálice, mas achou-o completamente seco. A esta
altura, a mancha crescera, atingindo o tamanho de
uma moeda de dez centavos. Depois de completar
a Missa, o padre inspecionou todo o altar, mas não
conseguiu encontrar qualquer coisa que pudesse
ser remotamente a fonte da mancha avermelhada.
Ele trancou o corporal que apresentava a mancha
num local seguro, até que pudesse discutir o
assunto com o pároco.
Fonte: Prof. Felipe Aquino - www.cleofas.com.br
87
7º TEMA EXTRA:VOCAÇÃO – DIA DOS PAIS
1. Objetivos:
 Distinguir o significado de Vocação e
Profissão.
 Conscientizar os catequizandos a respeito
da responsabilidade, de cada um, para com
as vocações, bem como da importância de
descobrirmos e vivermos nossa vocação.
 Resgatar a importância do papel do pai em
nossas vidas.
 Conversar com os catequizandos sobre a
importância de amar e valorizar o pai ou o
responsável em todos os dias do ano, não
somente nesta data.
2.
Conteúdos do Encontro:
 Trabalhar o tema Vocação através da história – A vocação de Pierre.
 Esclarecer que presentes não demonstram o tamanho do nosso amor, quanto amamos os nossos pais
ou quanto somos amados por eles. Podemos mostrar nosso carinho e amor compartilhando nossos
momentos.
3.
Desenvolvimento do tema: História – A vocação de Pierre (em anexo)
 Trazer para o encontro da catequese um cartaz com a palavra VOCAÇÃO.
 Segue-se um período de discussão aberta a todo o grupo, onde todos são convidados a expressar as
suas idéias relativamente ao que lhes sugere a palavra “VOCAÇÃO”:
 “Quando ouvem a palavra “Vocação” o que é que vos vem à cabeça?”
 Ir colaborando com os catequizandos para dar o verdadeiro sentido da palavra vocação. É preciso
distinguir bem vocação de profissão, pois não são exatamente a mesma coisa. Colocar para os
catequizandos o quadro abaixo para observarem a distinção entre uma e outra:
88
Profissão
Vocação
1 . aptidão ou escolha pessoal para exercer um
trabalho
2. preocupação principal: o "ter", o sustento
da vida
3. pode ser trocada
1. chamado de Deus para uma missão, que se
origina na pessoa como reação-aspiração do
ser
2. preocupação exclusiva: "o ser" , o amor e o
serviço
3. é para sempre
4. é exercida em determinadas horas
4. é vivida 24 horas por dia
5. tem remuneração
5. não tem remuneração ou salário
6. tem aposentadoria
6. não tem aposentadoria
7. quando não é exercida, falta o necessário
para viver.
8. na profissão eu faço
7. vive da providência divina
8. na vocação eu vivo
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulos I
A profissão dignifica a pessoa quando é exercida com amor, espírito de serviço e
responsabilidade. A vocação vivida na fidelidade e na alegria confere ao exercício da profissão uma
beleza particular, é o caminho de santidade.
4.
Leitura utilizada: da própria apostila / Lc 5, 10-11
5.
Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem etc.
6.
Material utilizado: Apostila, Bíblia, figura de um pássaro, cartaz
7.
Atividades: orientar a execução das atividades.
8.
Momento de Oração – fazer um momento de oração pelas vocações, principalmente pelo dia dos pais.
A VOCAÇÃO DE PIERRE
Pierre é um pássaro.
Ele vive na “Floresta das Vocações”.
Nesta floresta, cada pássaro, inseto ou animal tem uma vocação específica.
E desde muito cedo eles descobrem qual é a sua vocação específica.
Porém Pierre, já é um pássaro jovem, e segundo ele, ainda não conseguiu descobrir qual é a sua
vocação específica.

Vovô Pardal, tenho observado os meus amigos, e percebi que cada um deles já descobriu qual é a
sua vocação! Veja o Canário Zé, o mês que vem ele vai se casar com a andorinha Teté! E o João-de-Barro, é
um arquiteto perfeito, veja só as lindas casas que ele projeta e constrói! E eu? Qual é a minha vocação?

Querido netinho Pierre. . . Infelizmente eu não posso lhe dizer qual é a sua vocação! Cabe a você
descobrir sozinho! A única coisa que posso fazer por você é apontar caminhos! Mas tenha certeza de uma
coisa Pierre: a sua vocação se encontra no seu coração.
Após conversar com seu avô, Pierre saiu um pouco feliz, pois seu avô lhe havia dito que ele também
possuía uma vocação!
Mas também saiu com mais dúvidas ainda: se todos tinham uma vocação, qual era a sua???
Todas as manhãs Pierre gostava de cantarolar em uma pitangueira que ficava em frente a um
antigo asilo, próximo da “Floresta das Vocações”.
E para os velhinhos daquele asilo o canto de Pierre simbolizava vida, esperança, amor. . .
Mas um dia Pierre cansou de cantarolar. . .
Os velhinhos daquele asilo começaram a se entristecer e conseqüentemente ficaram doentes.

Pierre, meu neto querido, porque você não está cantando mais?

Sabe o que é vovô? Eu desanimei. . . Para que cantar se eu não sei qual é a minha vocação?

Você se lembra do dia em que eu lhe disse que eu poderia apontar caminhos para que você pudesse
por si mesmo descobrir qual era a sua vocação?

Sim, me lembro! - Pois bem, este momento chegou!
O avô de Pierre o conduziu até a pitangueira que ficava em frente ao asilo, onde todas as manhãs
Pierre cantarolava.

Olhe para estes velhinhos Pierre! Como você os vê?

Eles estão muito tristes vovô!

Além de estarem tristes, eles também estão doentes!

Mas porque vovô?
89

Por um simples motivo meu neto querido! Você era o motivo da alegria destas pessoas! Quando você
cantava estes velhinhos tinham vida, esperança. . . Você era sinal de que Deus não os havia abandonado!
Eles acreditavam na vida, porque você era sinal de vida para eles. . .

Puxa vovô! Então está é a minha vocação!!! Levar vida, alegria e esperança para as outras pessoas!!!
A partir daquele dia Pierre se tornou o pássaro mais feliz da “Floresta das Vocações”.

Vovô, muito obrigado por me indicar o caminho!

Cada um de nós Pierre, já nasce com uma vocação gravada em nosso coração!
Mas temos a
liberdade de dizer: sim ou não a ela! Mas para que possamos dizer sim ou não é necessário passarmos por
várias etapas de amadurecimento: medo, questionamentos, desafios, visão da realidade... E hoje você só é
feliz porque pode dizer um sim maduro a sua vocação!
Dia dos Pais
O dia dos pais começou a ser comemorado nos Estados Unidos em 1910, pelos habitantes da cidade
de Spokane, em Washington. A sra. Brice Dood, que vivia nessa cidade, achava que deveria haver um dia
especialmente dedicado aos pais. Resolveu falar sobre isso com o sacerdote da igreja de sua cidade.
Este e outros sacerdotes, juntamente com uma associação cristã, divulgaram a idéia, que acabou se
espalhando por todo o país.
Em 1924, o presidente americano pediu aos habitantes dos Estados Unidos que homenageassem os
pais num dia especial. Foi escolhido, então, o terceiro domingo de junho como o dia dos pais.
No Brasil, esse dia é comemorado no segundo domingo do mês de agosto.
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
"A VOCAÇÃO DE SAMUEL" 1 Sm 3, 1-10
Introdução
Senhor
chamou
de
novo:
"Samuel,
Samuel!"
Estamos no Mês das Vocações. Hoje, vamos
Samuel levantou-se, foi ter com Eli e disse: "Tu
refletir sobre o chamado de Deus em nossa
me chamaste; aqui estou!" Eli respondeu:
vida.No lº livro de Samuel encontramos uma
narração bonita de um jovem, Samuel, que sentiu o
chamado de Deus e soube responder. Samuel era
um grande profeta no tempo dos reis Saul e Daví.
(Leia na Bíblia o primeiro capítulo do 1º livro de
Samuel)
"Não te chamei, meu filho. Volta a dormir!"
O Senhor chamou pela terceira vez: "Samuel!
Samuel!" Ele levantou-se, foi para junto de Eli e
disse:
"Tu
me
chamaste;
aqui
estou!".
Eli
compreendeu, então, que era o Senhor que estava
chamando o menino e disse a Samuel: "Volta a
1º passo: Vamos ler, com muita atenção,
deitar-te e, se alguém te chamar, responderás:
uma parte do texto do cap. 3: O jovem Samuel
"Fala, Senhor, que teu servo escuta!" E Samuel
servia ao Senhor sob as ordens (do sacerdote) Eli.
voltou a seu lugar para dormir. O Senhor veio,
Certo dia, Eli estava dormindo no seu quarto.
pôs-se junto dele e chamou-o como das outras
Samuel estava dormindo no santuário do Senhor,
vezes: "Samuel! Samuel!" E ele respondeu: "Fala,
onde se encontrava a arca de Deus. Então, o
que teu servo escuta!". (Querendo saber a missão
Senhor chamou: "Samuel, Samuel!" "Aqui estou!",
que Deus deu a Samuel, pode seguir a leitura na
respondeu, e correu para junto de Eli. "Tu me
Bíblia)
chamaste; aqui estou!". Eli respondeu: "Eu não te
chamei. Volta a dormir!" E Samuel foi deitar-se. O
90
2º passo A resposta de Samuel ao chamado
de Deus foi pronta e decidida. O chamado de Deus
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulos I
se dá também em nossa vida, não uma só vez, mas
muitas
vezes.
Primeiro,
à
resposta ao chamado de Deus. Moisés lutou com
tal, temos uma missão:
Deus, não querendo aceitar a missão. Igualmente o
construir um mundo justo e fraterno, onde haja
profeta Jeremias. Podemos conferir isto na Bíblia.
lugar para todos serem felizes. O segundo
(Ex 3, 1-14; 4, 10-16; Jer 1, 4-10) Deus chama
chamado
Fomos
pessoas de todo tipo, de idades diferentes,
chamados a seguir Jesus Cristo no seu modo de
casadas ou solteiras, homens e mulheres. Não
viver e doar-se, e para levar sua mensagem ao
podemos pensar que o chamado é só para um
mundo. Depois, vem o chamado para diversas
determinado estado de vida. Deus chama na vida
missões. Pode ser o chamado para um estado de
de cada um e em diversas situações, quando menos
vida: casamento, ser padre, vida consagrada... Mas
o esperamos. Coloque-se diante de Deus, em
o chamado de Deus vem, muitas vezes, para
silêncio. Reflita: como respondo aos apelos de
determinadas funções e serviços: dentro da
Deus na minha vida?
família, da comunidade, do trabalho... Vamos
chamando? Como? Fale com Deus sobre seus
refletir:
medos,
existência e, como
se
deu
Quando
no
fomos
nosso
tomei
chamados
3º passo Nem sempre é fácil dar uma
Batismo.
consciência
de
um
seu
Onde Deus está
comodismo,
sua
falta
me
de
chamado de Deus? Como reagi? É sempre fácil dar
generosidade... (Se a reflexão for em grupo,
uma resposta? (Quando a reflexão for feita em
pode-se terminar com um canto: "Eis-me aqui,
grupo, pode haver um momento de partilha)
Senhor" ou "Senhor, se tu me chamas...")
Inês Broshuis – Catequeta
Fonte: Jornal Missão Jovem, agosto de 2004
91
8º TEMA EXTRA: SETEMBRO – MÊS DA BÍBLIA
1. Objetivo:
 Estimular o conhecimento da proposta de amor de Deus através da
aproximação e da leitura da Bíblia.
2. Conteúdo do Encontro:
 Respeito à Palavra de Deus.
 Como foi escrita a Bíblia, onde foi escrita, quem escreveu, em que língua
foi escrita, para que foi escrita.
 De modo ilustrativo, mostrar o Antigo e o Novo Testamento, quantos
livros tem cada parte, noções iniciais a respeito dos capítulos e versículos, mostrando que ela deve
nos acompanhar por toda a vida.
3. Desenvolvimento do Encontro:
 A bíblia é a Palavra de Deus, porque através dela, Deus fala às pessoas.
 A palavra “bíblia” vem da língua dos gregos e quer dizer: “coleção de livros”, “biblioteca”.
 A bíblia é o livro mais conhecido do mundo inteiro, já está traduzida em todas as línguas oficiais e
em inúmeras línguas e dialetos mais falados.
 A bíblia ajuda o povo a viver conforme o desejo de Deus. É através da bíblia que Deus anima e
orienta o seu povo para continuar a lutar e a viver, sem nunca desanimar.
 Conversar sobre o que os catequizandos já sabem sobre a bíblia e comentar.
 Organizar uma pequena Celebração da Palavra de Deus
 Trazer uma bíblia grande, fazer a entrada com ela, colocar em lugar de destaque.
 Cantar um canto sobre a bíblia e ler um texto bíblico e, em seguida pedir que cada catequizando
beije a bíblia em sinal de respeito.
4. Leitura utilizada: da própria apostila e da Bíblia
5. Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem etc.
6. Material utilizado: Apostila, Bíblia
7. Atividades: orientar a execução das atividades.
8. Momento de Oração: Escolher um Salmo para fazer o encerramento do encontro, rezá-lo juntos em
forma de oração.
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
1.
O QUE É A BÍBLIA?
Bíblia
Os cristãos colocaram os fundamentos de
sua fé na revelação de Deus ao antigo Povo
hebraico. Esta revelação teve a sua plenitude em
Jesus Cristo.
Esta
grande
experiência
histórico-
religiosa se encontra no Livro da Bíblia. Mas, a
Bíblia e mais do que um L1vro: e uma coleção de
Livros.
é
uma
palavra
grega,
é
um
substantivo plural que quer dizer: Livros. Ela
contém 73 livros sendo que: 46 livros são do
Antigo
Testamento
e
27
livros
do
Novo
que
Deus
Testamento.
2.
PARTES DA BIBLIA
a) ANTIGO TESTAMENTO (AT)
Fala da História do
Povo
escolheu para fazer com Ele uma Aliança, antes do
nascimento de Jesus. É composto por 46 livros.
92
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulos I
O AT mostra como surgiu esse povo, como
3.
QUANDO FOI ESCRITA A BÍBLIA?
viveu na escravidão no Egito, como possuiu uma
terra, como foi governado, quais as relações que
teve com os outros povos e nações, como
organizou as suas leis e como viveu a sua religião.
Apresenta seus costumes, sua cultura, seus
conflitos, derrotas e esperanças.
O AT mostra, também, como esse povo se
comportou em relação à Aliança com Javé, o seu
Deus, e qual foi o Projeto que Deus quis realizar
no meio da humanidade, através desse povo.
Israel foi um povo escolhido, porque foi
escolhido para realizar o Projeto de Deus.
O AT é para os cristãos como um
documento de fé para conhecer melhor a Deus e
tudo aquilo que Ele falou e fez pela humanidade. o
AT é um documento antigo - uma Antiga Aliança.
Foi escrito depois da Ressurreição de
Jesus.
Para compreender o NT e necessário
saber se Israel foi fiel ou não ao Projeto de Deus
e como Deus agiu no meio dele. O NT apresenta a
Encarnação de Jesus na terra concreta do povo
de Israel. Jesus assumiu sua história, suas
sua
cultura
e
sua
religião
e
o
compromisso de realizar o Projeto do Pai
O NT apresenta, também, a experiência e
a reflexão religiosa de Jesus e dos primeiros
cristãos.
Com a vinda de Jesus realiza-se um
Testamento Novo, uma Nova Aliança, um encontro
definitivo com Deus. Por isso, tudo o que Jesus
disse e fez e tudo o que foi proclamado sobre
Jesus pelos seus apóstolos e discípulos, constitui
o documento de nossa fé - o Novo Testamento.
Estas partes da Bíblia têm o nome de
TESTAMENTO (palavra latina: "Testamentum")
que
significa
"documento
importante",
como
aquele documento (testamento) que alguns pais
fazem para os seus filhos.
O Testamento na Bíblia, relembra a
ALIANÇA feita entre Deus e o povo, começada
com Moisés no Sinai, confirmada e aprofundada ao
longo de toda a história deste povo.
outro. Alguns fatos foram escritos 100 anos
depois que as coisas aconteceram, outros 200
anos, e outros até mais de 500 anos. A Bíblia levou
11 séculos (1100 anos) para ser escrita.
É bom lembrar que a Palavra de Deus foi,
em primeiro lugar, vivida pelo Povo de Deus.
Durante muitos anos foi falada e recordada
muitas vezes no meio do Povo, em rodas de
conversa, no meio das famílias, e só depois foi
escrita.
O povo se esforçava para colocar Deus na
vida, organizando a vida pessoal e social de acordo
com a justiça.
Os livros da Bíblia não foram escritos na
ordem em que estão. Por ex: o Gênesis que conta a
b) NOVO TESTAMENTO (NT)
tradições,
A Bíblia não foi escrita de um dia para
criação, é o 1º livro da Bíblia, mas o 1º livro a ser
escrito foi o Livro dos Juízes que apareceu pelo
ano 1000 a.C. quando Salomão era rei. Depois do
Exílio surge o Pentateuco (os cinco primeiros
livros da Bíblia).
Os livros do NT foram escritos depois da
morte de Jesus. O Apocalipse foi o último, pelo
ano 100 depois de Cristo. Para o povo não havia
diferença
do
"dizer"
e
do
"escrever".
O
importante era transmitir aos outros uma nova
consciência comunitária, nascida no povo a partir
da experiência com Deus. Contavam os fatos mais
importantes do passado.
Como nós hoje decoramos a letra dos
cânticos, assim eles decoravam e transmitiam as
histórias as leis, as profecias, os salmos, os
provérbios e tantas coisas que, depois, foram
escritas na Bíblia.
A maior preocupação do povo era "contar"
sua experiência para não esquecer os fatos de sua
história. A memória mantinha-se viva e, para que
ela não se apagasse, registraram por escrito.
A Bíblia saiu da memória do povo. Nasceu
da preocupação de não esquecer o passado. A
Bíblia começou a ser escrita em torno do ano 1250
a.C., e o ponto final foi colocado 100 anos depois
do nascimento de Jesus.
93
Quando os livros da Bíblia foram escritos,
Eles escreveram por inspiração de Deus.
não eram divididos em capítulos e versículos como
Isto não quer dizer que Deus foi ditando, lá do
estão divididos hoje. A divisão em capítulos
céu e eles foram escrevendo.
aconteceu pelo ano 1214, feita pelo inglês Estevão
"Para escrever os livros sagrados, Deus
Langton, arcebispo de Cantuária, e a divisão em
escolheu e serviu-se de homens, na posse das suas
versículos foi feita em 1527, pelo dominicano
faculdades e capacidades, para que, agindo Ele
Pagnini.
neles
A Bíblia foi impressa pela primeira vez, em
latim, no ano 1450 depois de Cristo.
parte
dela
foi
escrita
na
e onde nasceu a Igreja.
Algumas partes do AT foram escritas na
Babilônia, onde o povo viveu no cativeiro, 600 anos
a.C. Outras partes foram escritas no Egito para
onde o povo emigrou depois do cativeiro.
O NT foi escrito na Síria, na Ásia Menor,
Grécia
e
na
Itália,
onde
havia
muitas
comunidades, fundadas pelo Apóstolo Paulo.
Nesses
povos
havia
diferença
de
costumes, de cultura, de religião, de situação
econômica, social e política. Tudo isto deixou
marcas na Bíblia e teve influência na maneira da
Bíblia nos apresentar a mensagem de Deus.
5.
Não foi uma única pessoa que escreveu a
Bíblia. Foram diversos autores.
Deus se serviu de diversos tipos de
para
escrever
a
Bíblia:
homens
e
mulheres, jovens e velhos, mães de família, reis,
doutores
e
pastores,
operários
de
várias
profissões. Gente instruída que sabia ler e
escrever e gente simples que só sabia contar
histórias. Gente viajada e gente que nunca saiu de
casa; sacerdotes e profetas. Gente de todas as
classes, todos convertidos e unidos na mesma
preocupação de construir um povo irmão, onde
reinasse a fé, a justiça, a fraternidade, a
fidelidade a Deus, e onde não houvesse opressor,
nem oprimido.
Povo de Deus.
Mas nem todos os acontecimentos foram
escritos; apenas foram escritos os fatos mais
importantes da grande História do Povo de Deus.
O modo de falar da Bíblia é o mesmo modo
de falar da época em que cada Livro foi escrito.
Isto é importante conhecer e considerar para que
não fiquemos presos aos símbolos e aos sinais que
são usados na Bíblia.
"Para descobrir a intenção dos autores
sagrados, é preciso ter em conta as condições do
seu tempo e da sua cultura, os gêneros literários
em uso naquela época, os modos de sentir e
narrar, correntes naquela época. Porque a verdade
é proposta e expressa de modos diversos, quando
se
trata
de
gêneros
históricos,
proféticos,
Às vezes, não é fácil compreender o que
está escrito porque a linguagem é diferente da
nossa. Muitas vezes não entendemos palavras
usadas por nossos avós 50 anos atrás. Então, o
que dizer das palavras que foram escritas há mais
de 2.000 anos?
A fé do antigo povo e dos cristãos
reconhece que a Bíblia foi escrita por homens que
sentiram a inspiração de Deus e colocaram a seu
serviço a inteligência e o conhecimento que tinham
da vida e da história do povo, a sensibilidade
humana, sua fantasia e reflexão. Eram homens que
receberam a inspiração de Deus. "Toda Escritura
é divinamente inspirada". (2Tm 3,16-17).
Por essa razão pode-se dizer que a Bíblia é
obra de Deus, e o Livro de Deus, mas é também
Livro da Fé e da Vida de um Povo.
94
como
poéticos ou outros" (DV 12,2) - (CIC 110).
QUEM ESCREVEU A BÍBLIA?
pessoas
escrevessem,
Eles escreveram os acontecimentos do
Palestina, onde o Povo vivia, por onde Jesus andou
na
deles,
Ele próprio quisesse" (DV11) - (CIC 106)
A Bíblia foi escrita em lugares diferentes.
maior
através
verdadeiros autores, tudo aquilo e só aquilo que
4. ONDE FOI ESCRITA A BÍBLIA?
A
e
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulos I
A Bíblia é a Palavra de Deus em forma
humana (1 T8 2, 13).
Para os cristãos, a Bíblia é o livro mais
importante dentre as milhões de livros já escritos
até hoje.
6. EM QUE LÍNGUA FOI ESCRITA A BÍBLIA
A
diferentes:
Bíblia
foi
escrita
hebraico,
em
aramaico
e
3
línguas
grego.
O
hebraico foi sempre a língua sagrada. Todo menino
israelita devia estudá-la.
7. PARA QUÊ FOI ESCRITA A BÍBLIA?
A Bíblia foi escrita para manter o povo na
caminhada. Três coisas animam o povo a caminhar:
a) contar o passado;
b) anunciar o futuro;
c) mostrar o presente.
a) Contar o passado
Nos não nos esquecemos do passado da
nossa vida.
Ficamos corajosos quando sentimos que
A língua familiar dos hebreus era o
fomos ajudados a vencer na vida. Assim também o
aramaico, a língua que falava Abraão. Esta língua
povo de Deus (o povo da Bíblia), olhando as coisas
foi falada por eles até a entrada na Terra de
que Deus tinha feito para ele no passado, se
Canaã. Em Canaã a povo teve que aprender o
animava a caminhar para frente.
hebraico.
Os livros que falam do passado do povo de
Quando a Palestina foi invadida pelos
gregos, pelo ano 333 a.C., o povo foi obrigado a
falar a língua grega.
Israel chamam-se:
 Pentateuco: (Lei ou Tora). São assim chamados os
cinco primeiros livros da Bíblia: Gênesis (Origem
Traduções - A Bíblia foi traduzida para
da vida e da história do povo no Egito), Êxodo
ser compreendida. Como o hebraico era muito
(saída do Egito), Levítico (formação de um povo
difícil e não era a língua falada pelo povo,
santo e instruções para o culto), Números (a
surgiram as traduções gregas.
caminho da Terra Prometida) e Deuteronômio
A
mais
famosa
tradução
foi
a
dos
"Setenta" feita por, 70 sábios, pelo ano 250 a.C,
em Alexandria.
Quando foi feita, foram acrescentados 7
livros que não constavam da Bíblia hebraica.
Há uma diferença entre a Bíblia dos
católicos e a Bíblia dos protestantes.
As protestantes ficaram com a Bíblia
hebraica, com 7 livros menos: Tobias, Judite,
Baruc, Eclesiástico, Sabedoria, 1 e 2 Macabeus,
parte do livro de Daniel e Ester.
Os católicos seguiram o exemplo dos
apóstolos, ficando com a tradução grega dos
Setenta.
(segunda lei - projeto de uma nova sociedade).
 Livros Históricos: Josué - Juízes - Rute - Samuel
(1 e 2) - Reis (1 e 2) - Crônicas (1 e 2) - Esdras Neemias - Tobias - Judite - Ester - Macabeus (1
e 2). São 16 os livros históricos.
b) Anunciar o futuro
Ficamos animados quando olhamos para as
possibilidades que temos no futuro. Nascem em
nós a esperança, a força e a coragem.
Assim o Povo de Deus (o povo da Bíblia) se
animava a caminhar para frente, quando eram
colocadas, pelos profetas, as promessas feitas
por Deus para o futuro.
Os livros que falam do futuro do povo de
Tradução para o Latim: São Jerônimo
Israel se chamam Livros Proféticos: Isaías -
traduziu a Bíblia para o latim, no século IV d.C., e
Jeremias - Lamentações - Baruc - Ezequiel -
esta tradução se chama "Vulgata" ou popular.
Daniel - Oséias - Joel - Amós - Abdias - Jonas -
Hoje a Bíblia esta traduzida nas principais
Miquéias - Naum - Habacuc - Sofonias – Ageu -
línguas de todos os povos e as traduções
Zacarias - Malaquias. São 18, os livros Proféticos.
populares crescem dia-a-dia.
c) Mostrar o presente
Ficamos felizes quando sentimos que Deus
caminha conosco, na nossa vida presente e com
nossos problemas.
95
Assim aconteceu com o Povo da Bíblia
"Tendo Deus falado outrora muitas vezes
quando começou a caminhar com Deus. Olhava não
e de muitas maneiras pelos Profetas, agora falou-
só o passado, nem só o futuro, mas também o
nos nestes últimos tempos pelo Filho, a quem
presente, buscando soluções para seus problemas.
constituiu
Tudo
Sapienciais:
isto
Jó
está
-
escrito
Salmos
-
nos
Livros
Provérbios
herdeiro
de
tudo
e
por
quem
igualmente criou o mundo" (Hb 1, 1-2).
-
Cristo é a luz que ilumina o passado, o
Eclesiastes - Cântico dos Cânticos - Sabedoria -
presente e o futuro. Fazendo referência a Ele,
Eclesiástico. São 7, os livros Sapienciais.
podemos entender a mensagem da Bíblia hoje.
"Com efeito, tudo o que foi escrito,
anteriormente, foi escrito para nossa instrução, a
Fonte:
fim de que, pela constância e consolação que
Catequista, Paulus, 2003 – p. 34 a 39.
provêm das Escrituras, possuamos a esperança"
(Rm 15,4).
96
Fé,
Vida
e
Comunidade,
Livro
do
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulos I
9º TEMA EXTRA: MISSÕES
1. Objetivos:
 Levar os catequizandos a refletirem sobre as missões e sua
importância na vida cristã e da Igreja.
 Identificar nossa presença no mundo, na comunidade como
missionário.
 Identificar a vocação do cristão no mundo de hoje, atuante e
transformador à da Palavra de Deus .
2. Conteúdo do Encontro:
 Iniciar a reflexão com o texto da apostila.
 Comentar sobre a importância do sal na nossa vida: dar sabor e mesmo conservar alguns alimentos
(carne seca e salgada).
 Solicitar aos catequizandos que pensem e dêem exemplos de situações onde somos “sal” e “luz”
para o mundo.
3. Desenvolvimento do Tema:
 É desejo de Deus que todos se salvem, por isso Jesus antes de subir ao céu, deus a seguinte ordem
aos discípulos: “Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura”. (Mc 16, 15)
 É desejo do Senhor que todos conheçam e pratiquem o Evangelho.
 Todos os cristãos são chamados a anunciar, pela vida e pela Palavra, o Evangelho, mas há pessoas
que até deixam sua pátria e partem para longe para levar a Boa Nova da Salvação trazida por
Jesus. Estas pessoas são os missionários.
 Todos nós somos convidados a ser missionários, pois podemos falar de Jesus, imitá-Lo, fazê-Lo
conhecido e amado.
 Podemos ser missionários em nossa própria família, na escola. Se cada um de vocês viver realmente
o que aprende na catequese, estará sendo um missionário.
 Santa Teresinha foi religiosa de clausura. Rezou e se sacrificou tanto pelos missionários que é
considerada Padroeira dos Missionários. São Francisco Xavier também é o patrono dos
missionários.
 O que você pode fazer para ser missionário?
4. Leitura utilizada: da própria apostila
5. Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem etc.
6. Material utilizado: Apostila, Bíblia.
7. Atividades: orientar a execução das atividades.
8. Momento de Oração: fazer um momento de oração pelos missionários.
97
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
Outubro, mês missionário
Padre Wagner Augusto Portugal
O
mundo
não
conhece
a
Deus.
As
O
Santo
Padre
Bento
XVI
em
sua
civilizações se desenvolvem, a tecnologia avança, o
mensagem para o dia das missões de 2010 nos
homem conquista grandes descobertas - mas o
exorta: “Queridos irmãos e irmãs, que o Dia
mundo ainda não conhece Deus.
Mundial das Missões seja ocasião útil para
Há aqueles que não o conhecem porque
compreender sempre melhor que o testemunho do
sempre viveram em um ambiente de crendices,
amor, alma da Missão, diz respeito a todos. De
superstições, idolatrias e buscas de filosofias que
fato, servir o Evangelho não deve ser considerado
não são cristãs como o espiritismo que nega a
uma aventura solitária, mas um compromisso
ressurreição de Cristo e, por isso, incompatível
compartilhado de todas as comunidades. Ao lado
com a fé cristã católica, sendo até antagônica.
dos que estão na linha de frente nas fronteiras da
Estes precisam que um missionário lhes mostre,
evangelização – e refiro-me aqui com gratidão aos
com palavras, meditações e ações, a existência de
missionários e missionárias -, muitos outros,
um Deus uno e trino – Pai, Filho e Espírito Santo –
crianças, jovens e adultos, com sua oração e
que nos ama e que quer ser amado por nós,
cooperação, contribuem, de várias formas, para a
principalmente
difusão do Reino de Deus na terra. Desejo que
através
do
amor
aos
nossos
semelhantes.
esta co-participação, graças à colaboração de
Há aqueles que já foram informados sobre
todos, aumente sempre”.
esse Pai amantíssimo, mas a ganância, a violência,
Por isso, como nos convoca o Santo Padre,
o egoísmo não lhes deixam conhecer realmente o
não sejamos individualistas e vivendo uma fé
projeto de felicidade que Deus tem para nós. É
intimistas, mas na missão de juntos construirmos
preciso que alguém lhes abra os olhos e os faça
a
enxergar e viver as maravilhas do céu, cujo
missionários de Jesus Cristo, colocando a mão no
caminho não é o mais fácil, mas, certamente, é o
arado e nos apresentando ao nosso Pároco, para
mais seguro.
que possamos como missionários levar o amor de
Igreja
nos
coloquemos
como
discípulos-
Infelizmente, há também aqueles que
Deus e a caridade àqueles que ainda não vivem
conhecem a ternura e o amor de Deus, mas, por
uma fé que nos coloca nos espírito de redes de
isso mesmo, se acham tão melhores do que os
comunidade, na partilha e na caridade.
outros,
que
altivez,
Por isso é preciso que nós, que somos
esquecendo que a humildade, a simplicidade nos
cristãos conscientes, tomemos o mês de outubro
conservam mais perto do Pai e que o orgulho nos
como ocasião de reflexão e de ponto de partida
afasta d'Ele.
para um trabalho que, embora seja árduo, é
Para
se
assentam
todos
esses,
em
urge
sua
que
surjam
missionários dispostos a mostrar ao mundo o Deus
verdadeiro, que é amoroso, simples: que aplaude a
humildade
e
o
serviço
espontâneo
e
desinteressado.
O mês de outubro é considerado no seio
da Igreja Católica como o mês das missões para
lembrar-nos de nos tornar missionários, levando a
Palavra de Deus a todos que, de uma maneira ou
de outra, não a conhecem realmente.
98
compensador e nos ajudará a construir um mundo
melhor, que cada vez mais de pareça com o Céu.
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulos I
10º TEMA EXTRA:DÍZIMO
1. Objetivos:
 Levar os catequizandos a refletirem que a igreja necessita de
recursos para realizar sua missão.
 Assumir a responsabilidade de assumir as necessidades da igreja e
colaborar com a sua missão.
2. Conteúdo do Encontro:
 A igreja necessita de recursos para realizar a sua missão. Por isso,
exorta seus fiéis para que assumam sua responsabilidade nesta
tarefa, pois “igreja somos todos nós, e suas necessidades são nossas”.
 Somos convidados a colaborar com a missão da igreja, lembrando que, tudo é de Deus, tudo
pertence a Ele e nada mais somos que administradores fiéis.
 Deus é amor partilhado, Deus reparte conosco a vida através da criação, da natureza, tudo Ele nos
dá e por disso dizemos que “Dízimo é Partilha”.
3. Desenvolvimento do Tema:
 Contar a história – Dízimo é Partilha (em anexo)
 Comentar sobre a história, explicando sobre o Dízimo Mirim e o quanto a partilha de cada
catequizando ajuda a igreja na sua missão.
 Explicar:
1. Dimensão Religiosa - Uma parte do dízimo que contribui para manutenção da Igreja.
2. Dimensão Missionária - uma parte do dízimo que contribui para formação de novos Padres.
3. Dimensão Social – uma parte do dízimo que contribui para ajudar as pessoas que precisam.
O que você pode fazer para ser dizimista mirim ? Como você pode partilhar?
4. Leitura utilizada: da própria apostila
5. Ambientação: toalha, flores, bíblia, imagem etc.
6. Material utilizado: Apostila, Bíblia,
7. Atividades: orientar a execução das atividades.
8. Momento de Oração: Rezar juntos a oração do dizimista.
HISTÓRIA – DÍZIMO É PARTILHA
Um dia a Luciana encontrou com a Fernanda.

Oi Fernanda, onde você vai?

Vou até a igreja devolver o meu dízimo.

Você paga dízimo?

Claro que sim, eu sou dizimista mirim. Nós, jovens e crianças também podemos e devemos pagar o
dízimo. Deus nos dá tudo o que temos. Pagando o dízimo estamos devolvendo a Deus uma parte que
recebemos. Dízimo não é esmola ou doação do resto que nos sobra: DÍZIMO É PARTILHA!

Mas Fernanda, eu não trabalho, como vou ser dizimista?

Você não recebe mesada dos seus pais?

É às vezes eu ganho um dinheirinho do meu pai, da minha madrinha.

Então, você pode doar um pouco do que você ganha.

Mas se a gente dá para Deus, o que Ele faz com o dinheiro?
99

O Dízimo é entregue à igreja e é todo usado para as coisas de Deus.

Como assim?

Olha só o Dízimo tem 3 finalidades. A primeira é RELIGIOSA – tem muitas coisas que precisam ser
comprada: livros, velas, hóstias, som, objetos litúrgicos, as toalhas.... Além do mais a igreja tem
muitas despesas: funcionários, materiais para as catequistas darem os encontros de catequese etc.
Também tem que pagar as contas do telefone, da luz, da água, material de limpeza, etc.

Nossa parece a minha casa.

E é a sua casa, a casa de todos nós, por isso cada um tem que ajudar com a sua parte.

O Dízimo também tem outra finalidade que é MISSIONÁRIA – ajuda os missionários, ajuda a
formar novos padres.

E a outra finalidade?

A outra é SOCIAL – uma parte do dízimo é usada para ajudar quem necessita. Ela tem uma Obra
Social.

Nossa é muito importante contribuir com a igreja.

Isso mesmo – DÍZIMO É PARTILHA.

Entendeu Lu, essas são as coisas de Deus que eu falei. Viu porque a Igreja precisa de
DIZIMISTAS???

É..., eu não sabia que ser dizimista era tão importante!!!!!

É importante para a IGREJA , mas é mais importante ainda para Deus .
APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA
DÍZIMO É EXPRESSÃO FORTE DE COMUNIDADE
Sem comunidade não é dízimo.
Só
é
dízimo
o
que
passam ao largo da pastoral quando são utilizados
entregamos
na
como meios para suprir necessidades financeiras.
comunidade.
A
"Dízimo é partilha."
comunidade
retira
o
aspecto
O dízimo faz parte de uma realidade
meramente jurídico do dízimo para imprimir-lhe o
muito maior que se chama "PARTIILHA". Dízimo
sentido cristão e pastoral.
e oferta, entre tantas outras, são formas de
Através da comunidade passa a ser
realizar a partilha.
legítima a preocupação de buscar os meios
Para podermos entender o que é a
materiais para a manutenção dos serviços de que
partilha,
a comunidade cristã necessita.
mistério de Deus, porque Deus é PARTILHA.
Temos que ter em mente que nem tudo o
que
fazemos
para
resolver
os
Quando
precisamos
dizemos
que
mergulhar
Deus
é
no
próprio
Amor,
nós
problemas
afirmamos que Deus é Amor partilhado entre
financeiros da comunidade é pastoral. Só é
três pessoas, reafirmando nossa fé no mistério
pastoral quando há identificação com toda a ação
inefável da Santíssima Trindade. Sendo partilha
da Igreja como comunidade de salvação. Por
por natureza, Deus reparte conosco a vida,
exemplo: Uma venda recorde de bebidas para
através da criação, a sua intimidade, através da
angariar fundos para suprir as necessidades de
Revelação, e partilha conosco o que Ele tem de
uma pastoral – os fins não justificam os meios.
mais precioso que é seu próprio Filho. A
Por isso que rifas, bingos e outros expedientes
Encarnação e a Redenção são mistérios da
partilha de Deus com a humanidade.
100
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulos I
Jesus Cristo partilha sua vida conosco e,
vivermos a partilha hoje. Deus não nos pede para
na hora de sua morte, nos dá a própria Mãe para
vendermos todos os bens, mas a devolução de
ser Mãe de todos nós. No Sacramento da
uma pequena parte dos bens que Ele próprio
Eucaristia Ele partilha conosco, nos sinais do pão
coloca em nossas mãos, em forma de dízimo e de
e do vinho, o seu corpo que é "doado" e o seu
oferta, para as necessidades dos irmãos e para
sangue "derramado" para a salvação de todos. Por
dar à Igreja condições de realizar a sua missão
isso a Eucaristia é o Sacramento da Partilha
na dimensão religiosa, social e missionária.
total, sem restrições.
Já no Domingo de Páscoa, e de forma
Fonte: Dízimo Ministério da Partilha, Antoninho
plena no dia de Pentecostes, o Espírito Santo é
Tatto, O Recado, p.11 a 13.
efundido sobre a Igreja, sendo partilhados seus
Os dez Mandamentos do Dízimo
dons entre todos os crentes.
Para continuar a sua missão no mundo, até
01 - Sou dizimista porque amo a Deus e amo o
o fim dos tempos, Jesus Cristo deixa-nos a sua
meu próximo.
Igreja que se caracteriza como uma comunidade
Partilho com alegria, conforme manda meu
de partilha.
coração, seguindo as palavras de São Paulo: “Cada
Lucas, no livro dos Atos dos Apóstolos,
2,42-47
nos
mostra
as
características
da
um dê conforme decidir em seu coração, sem
pena ou constrangimento, porque Deus ama quem
comunidade cristã, idealizada por Jesus Cristo. É
dá com alegria.” (2 Coríntios 9, 7).
uma comunidade que é fiel à palavra de Deus
02 - Sou dizimista porque reconheço que tudo
transmitida pelos Apóstolos, é assídua na oração
recebo de Deus.
comum,
"O Senhor é meu pastor nada me faltará" (Salmo
na
celebração
da
Eucaristia
e
na
"partilha dos bens"; "todos os que criam estavam
23,1).
unidos, e tinham tudo em comum. Vendiam as suas
"Vejamos: em que você é mais do que os outros?
propriedades e distribuíam o preço por todos,
O que é que você possui que não tenha recebido?"
segundo as necessidades que cada um tinha "
(1 Coríntios 4,7).
(Atos, 2,45). É bem verdade que esta descrição,
03 - Sou dizimista porque minha gratidão a
inspirada pelo Espírito Santo, é limitada a uma
Deus me leva a devolver um pouco do muito
única comunidade que vivia o entusiasmo do
que recebo.
primeiro amor logo no início do cristianismo, como
Sobre fé e gratidão encontramos no Evangelho
é verdade que esta realidade não deve ter
segundo Lucas, quando Cristo encontrou os dez
durado muito tempo, mas é o ideal proposto para
leprosos: "Não foram dez os curados? Onde
toda a comunidade que queira ser verdadeira
estão os outros nove?” Só um voltou para dar
comunidade de Jesus Cristo. Para ser Igreja de
glória a Deus? (Lucas 17, 11-19).
Jesus, a comunidade deve ser fiel à Palavra de
04 - Sou dizimista porque aceito como palavra
Deus, transmitida pelos seus legítimos Pastores,
de Deus o que leio na Bíblia, e sei que o
deve ser comunidade de oração, deve ter como
dízimo é fonte de bênçãos.
centro de sua vida a Eucaristia, deve praticar a
Trazei o dízimo integral ao Templo para que haja
partilha dos bens. A partilha torna-se, assim,
alimento em minha casa. Façam essa experiência
uma dimensão da Igreja de Jesus Cristo. Como
comigo – diz Javé dos Exércitos. Vocês hão de
não pode haver Igreja verdadeira sem fidelidade
ver, então, se não abro as comportas do céu, se
aos Pastores, ou sem oração, também não pode
não derramo sobre vocês minhas bênçãos de
haver Igreja sem partilha vivida entre cristãos.
fartura” (Malaquias 3, 10).
Dízimo e Oferta são gestos concretos de
partilha,
é a forma mais simples para nós
Erguendo os olhos, Jesus viu pessoas ricas que
depositavam ofertas no Tesouro do Templo.
101
Então disse: “Eu garanto a vocês: essa viúva
09 - Sou dizimista porque gosto de viver em
pobre depositou mais do que todos. Pois todos os
liberdade e alegria, celebrando desde já a
outros depositaram o que estava sobrando para
vida plena.
eles. Mas a viúva, na sua pobreza, depositou tudo
"Vou preparar-vos um lugar" (João 14, 1-5).
o que possuía para viver” (Lucas 21, 1-4).
"Vinde, benditos de meu Pai..." (Mateus 25, 34).
05 - Sou dizimista porque creio, e confio, em
10 - Sou dizimista porque quero ver minha
Deus Pai; minha contribuição é prova de fé e
comunidade
de confiança.
testemunhar o Evangelho no mundo inteiro.
“Portanto, não fiquem preocupados, dizendo: O
"Ide por toda a terra, pregai a Boa Nova. Batizai
que vamos comer? O que vamos beber? O que
em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo"
vamos vestir? Os pagãos é que ficam procurando
(Mateus 28, 19-20; Marcos 16, 15).
essas coisas. O Pai de vocês, que está no céu,
Dez boas razões para ser Dizimista
sabe que vocês precisam de tudo isso. Pelo
contrário, em primeiro lugar busquem o Reino de
1.
crescer
e
minha
Igreja
O dízimo é uma profunda relação entre você e
Deus.
Deus e a sua justiça, e Deus dará a vocês, em
2. A oferta do dízimo é o reconhecimento dos dons
acréscimo, todas essas coisas” (Mateus 6, 31-
gratuitos recebidos de Deus Pai, retribuindo, de
33).
forma justa, parte do que d‟Ele você recebeu.
06 - Sou dizimista porque o partilhar mata o
meu egoísmo.
colheita
ajuda a
manter
a comunidade
religiosa, patrimônio de todos .
A parábola do homem rico cuja terra deu uma
grande
3. Seu dízimo
e
este
resolveu
construir
celeiros maiores para guardar todo o trigo junto
com seus bens: Mas Deus lhe disse: “Insensato!
Nesta mesma noite você vai ter que devolver a
4. O dízimo mantém, também, os que vivem para o
Evangelho.
5. O dízimo que você oferece vai se transformar em
Evangelho, em remédio, em pão, em missão.
6. Sua
alegria
será,
extremamente,
grande,
sua vida. E as coisas que você preparou, para
quando você verificar, daqui a algum tempo, o
quem vão ficar?” Assim acontece com quem
que, com o seu dízimo, se tornou possível.
ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico
7. Em vez de obrigação, você vai se sentir grato e
para Deus” (Lucas 12, 16-21).
agradecido a Deus por lhe dar condições de
07 - Sou dizimista porque creio na vida cristã
participar da vida paroquial com seu dízimo.
em comunidade.
"Onde dois ou mais se juntarem em meu nome, eu
estarei no meio deles" (Mateus 18, 20)."Vocês
são todos irmãos".
08 - Sou dizimista porque Deus, o único pai
rico, não quer ninguém passando necessidade.
8. A prática do dízimo integra, cada vez mais, a
pessoa à comunidade.
9. A sua oferta permanente tornará vitoriosa a
Pastoral do Dízimo.
10. Com a oferta do dízimo, você será participante
ativo na construção do Reino de Deus.
“Tudo o que fizestes a um dos meus irmãos mais
pequenos, a mim o fizestes" (Mateus 25, 40).
102
Fonte: http://www.paroquiasantoafonso.org.br
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulos I
BIBLIGRAFIA
1.
Bíblia Sagrada - Ave Maria, Editora Ave Maria.
2.
Catecismo da Igreja Católica, Editora Vozes e Loyola.
3.
Diretório Nacional da Catequese – 84, DOCUMENTOS DA CNBB, Editora Paulinas.
4.
Projeto Alicerce – Conteúdo Programático, Pastoral Catequética e Pastoral da Crisma, Diocese São
José dos Campos.
5.
Fé, Vida e Comunidade, Livro do Catequista, Ed. Paulus, 2003.
6.
Crescer em Comunhão, Livro do Catequista, Vol. I, II, III e IV, Editora Vozes, 2008.
7.
Educação para a Comunidade de Fé – Livro do catequista I, II e III e Catequizando I, II e III,
Maria do Carmo Saraiva, Editora Paulinas.
8.
Caminhando na Construção do Reino – Livro do Catequista e Catequizando 1, Catequese de Primeira
Eucaristia – Edição revisada e ampliada, Equipe Regional de Catequese – Votuporanga – SP,
Editora Salesiana
9.
Sementes de Vida – Primeira Eucaristia - Livro do catequista e catequizando – 1ª fase, Pastoral
Catequética de Ponta Grossa – PR, Editora Ave Maria.
10.
Caminhando com Jesus – Catequese – 1º e 2º ano. Gabriel Benedito Issaac Chalita, Editora
Santuário.
11.
Venham Cear Comigo – Coleção Deus conosco – Livro do catequista e catequizando, Editora Vozes.
12.
A Caminho da Eucaristia 1ª e 2ª Etapa, Maria de Lurdes Mezzalira Pincinato, Editora Vozes.
13.
Correndo ao Encontro de Jesus – 1ª e 2ª ano. Comissão Arquidiocesana de Iniciação Eucarística –
Arquidiocese Niterói, Editora Vozes.
14.
De mãos dadas, 4ª série, Ed.Sipione.
15.
Alegria de Viver, 2ª série, Ed. Moderna.
16.
Deus dá Vida e Liberdade, 1ª série, Paulus.
17.
Texto Base da Campanha da Fraternidade 2012, Edições CNBB, 2011
103
DINÂMICAS PARA SEREM USADAS NOS ENCONTROS DA
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2012:
PARA FALAR DE SAÚDE
 Apresentar duas rosas (ou outra flor) aos catequizandos, uma murcha, despetalando e outra bonita,
cheia de vida, saudável.
 Estas duas flores, nos mostram a doença e a saúde. Para vocês o que é saúde? ( as respostas vão girar
em torno de: não ter doença, dor, estar forte etc).
 Completar o conceito de saúde que vai além da ausência de doenças:

“Saúde é um processo harmonioso de bem estar físico, psíquico, social e espiritual, e não apenas a
ausência de doença, processo que capacita o ser humano a cumprir a missão que Deus lhe destinou,
de acordo com a etapa e a condição de vida em que se encontre.”.

“A vida saudável requer harmonia entre corpo e espírito, entre pessoa e ambiente, entre
personalidade e responsabilidade”.
 Se fôssemos escolher uma destas flores para oferecer a alguém, qual seria? A bonita, claro! Não
oferecemos aquilo que julgamos que não agrada. Não nos doamos, se não gostamos de nós mesmos.
 Deus criou o homem e a mulher à sua imagem, deu-nos dignidade de filhos, de pessoa humana com
capacidade de amar. É ponto de partida para amar, descobrir o próprio valor, viver a dignidade e
proclamá-la a toda pessoa. Esta é a força capaz de estabelecer relacionamentos fraternos, solidários,
que a CF nos propõe. Ela quer suscitar o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção aos
enfermos e mobilizar por melhorias no sistema público de saúde.
ORAÇÃO DOS BONS PROPÓSITOS
 Distribuir aos catequizandos, saches de açúcar (ou providenciar um açucareiro com uma colherinha).
 Dispor de um recipiente com água, outro com gelo, suco em pó ou um copo de concentrado.
 Em clima de celebração e oração, lembrar aos catequizandos que podemos fazer um mundo melhor:
“remediar”, com bons propósitos, as situações de sofrimento, dor, doença, mal estar. Para isso peçamos
a Jesus que nos ajude a modificar nosso comportamento e nossas ações em prol da nossa saúde.
 À medida que cada um for fazendo seu “propósito”, pedir que coloque seu “ingrediente” na jarra que
está sobre a mesa. Os propósitos devem se manifestados em voz alta, como orações. Por exemplo:
 “Jesus dê-me forças para controlar a vontade de comer doces, chocolates, refrigerantes em
excesso.”
 “Jesus ajude-me a dominar a preguiça e fazer mais exercícios físicos.”
 “Jesus fortaleça-me para não cair na tentação de colocar em risco minha saúde, colocando-me em
situações de risco: drogas, álcool, brincar com fogo, objetos cortantes, etc.”
 Criar mais situações como: expor-se ao frio sem agasalho; não escovar os dentes; ver TV em excesso;
usar em demasia a internet, o telefone celular; jogar demais videogame; dormir muito tarde, etc.
 Depois que todos colocarem na jarra suas “orações”, acrescentar a água, mexer o suco e distribuir um
copo para cada um.
104
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulos I
DINÂMICA: “SEGURA...NÃO DEIXA CAIR!”
 Formar um círculo com os catequizandos: distribuir para cada um uma papeleta em que esteja escrito
um dos “males” (doenças), relacionados abaixo. Pedir para não contarem uns aos outros o que está
escrito no papel. A papeleta „gripe‟ deve ser repetida cinco ou mais vezes, dependendo do número de
participantes (colocá-la para um terço das pessoas).
 Os participantes engancham os braços uns nos outros, formando uma espécie de corrente, evitando
que alguém caia.
 No meio do círculo fica o “doutor”, a pessoa que vai conduzir a brincadeira. O “médico” lê um dos
diagnósticos (sugestões abaixo). A pessoa que estiver com a “doença” correspondente amolece o corpo
para cair, como se fosse um desmaio. As duas pessoas que estão ao seu lado, a seguram para não deixála cair. Se a pessoa cair, ela morre...
 Depois de ser amparada, a pessoa „doente‟ volta o corpo ao normal. Assim o médico vai lendo os
diagnósticos até chegar a doenças de maior incidência, por exemplo, a gripe ou a dengue. Como há
várias pessoas com esta “doença”, muita gente vai “cair” ao mesmo tempo e o círculo vai se
desmantelar. Torna-se difícil segurar, portanto é preciso envolver mais pessoas, organizar toda a
sociedade. Ao final, estabelecer uma ligação entre o que ocorreu no círculo com o que está
acontecendo com a saúde pública.
 Após a execução da dinâmica, deixar que os participantes falem sobre o que sentiram.
 Como se sentiram ao serem taxados de “doentes”? Como viram a doença que cada um recebeu?
 Comentar da importância de ter alguém que segure e dê apoio num momento em que tudo parece que
vai desmoronar, cair.
 Como foi estar atento ao outro, cuidar do problema do outro?
 Como é a dificuldade de apoiar, quando há grande o número de doentes? Salientar a importância da
prevenção, de não deixar a doença se espalhar, dos cuidados com o corpo e o ambiente.
 Concluir falando da importância da presença, da solidariedade, da compaixão junto àqueles que sofrem.
DOENÇAS:
Gripe, doenças do pulmão, dengue, hipertensão, diabetes, problemas renais, anemia, obesidade,
colesterol alto, dependência química (drogas), alergia, dores de ouvido e cabeça, gengivite, cáries e placas
nos dentes.
(Podem ser acrescentadas outras doenças com os respectivos diagnósticos).
DIAGNÓSTICOS:
 Exposição ao ar frio (mudanças climáticas) e contato com pessoas doentes, não lavar as mãos.
(gripe)
 Poluição do ar contato com fumantes ou fumar. (doenças do pulmão)
 Falta de cuidado com os quintais e os vãos de plantas, deixando água parada. Falta de higiene.
(dengue)
 A pessoa não cuida da alimentação, ingere alimentos gordurosos e não saudáveis, não pratica
exercícios físicos. (hipertensão)
 Há pessoas diabéticas em sua família, mas a pessoa nunca fez exames preventivos. Não se alimenta
com alimentos saudáveis. Consome doces em excesso. (diabetes)
 A pessoa não toma água várias vezes ao dia. Não cuida da alimentação. Ingere muito sal. (problemas
renais)
105
 Faltam em sua alimentação frutas, verduras e outros alimentos saudáveis. (anemia)
 Consome alimentos muito calóricos, tipo salgadinhos (chips), refrigerante. Não faz exercícios
físicos. (obesidade)
 Não se alimenta corretamente, abusa de alimentos gordurosos e de doces. (colesterol alto)
 A pessoa deixou-se levar por falsos amigos e acabou experimentando drogas. (dependência química)
 A pessoa se expõe ao ar poluído. Freqüenta ambientes poluídos, sujos, com muita poeira. Consome
alimentos contaminados. Não cuida devidamente da higiene pessoa. (alergia)
 A pessoa ouve música em volume demasiadamente alto, freqüenta ambientes com poluição sonora.
(dores de ouvido e de cabeça)
 A pessoa não escova os dentes. Consome doces exageradamente, sem fazer a adequada higiene
bucal. (gengivite, placas bacterianas, cárie)
UM OLHAR SOBRE A REALIDADE
MATERIAL: uma folha de cartolina, desenho do contorno de uma grande mão, pintado de marrom,
que servirá para ser a raiz e o tronco da árvore / fita crepe ou cola / várias tesouras / folhas em branco
para todos / lápis de cor verde e amarelo (para pintar folhas).
Distribuir, para cada um, uma folha de papel em branco e lápis de cor.
Pedir para desenhar o contorno de uma das mãos com os dedos ligeiramente abertos, pintar de verde
e recortar.
Pedir que coloquem, num canto, o próprio nome e que, no meio da mão desenhada, escrevam: SAÚDE.
Após a confecção das mãos, o catequista apresentará ao grupo o desenho do contorno da grande mão
(como se fosse a raiz de uma árvore) e pergunta:
De quem pode ser essa mão? (deixar a pergunta no ar).
Quando estudamos os povos, desde as mais antigas civilizações, encontramos sempre o assunto
saúde e doença, misturado com religião. Deuses, demônios, maus espíritos, magia... (TB, 09) aparecem com
explicação para a dor, a morte, os sofrimentos de modo geral. Por exemplo, no caso dos indígenas
brasileiros, quem era o “médico” da tribo? O pajé.
E nós? O que pensamos sobre a existência do mal, da doença? São castigo de Deus? Ele é o culpado?
(deixar que falem, discutam, sem responder diretamente às indagações).
Então, nossas mãos não podem fazer nada? O que será que depende de nós?
Em que os povos da Bíblia acreditavam? Vamos descobrir, pesquisando na Bíblia.: Dt 28, 1-2; Dt 28,
15-20; 2Cr 16, 7; 2Cr 16, 12-13.
Após a leitura, concluir com rápidas palavras. O livro do Deuteronômio apresenta saúde como bênção
e doença como maldição, devido ao pecado, ao afastamento de Deus. Nas Crônicas, todos eram
dependentes do Senhor. Procurar ajuda de um médio em lugar de Deus, era derrota na guerra e morte
certa. Como em Deuteronômio, a Bíblia aqui nos fala de castigo de Deus.
Vamos ler no livro de Eclesiástico, como instrui sobre saúde e doença – Eclo 38, 1-15 – Este texto
realça a importância da saúde, de se ter os meios para que a saúde se difunda sobre a terra, que é o nosso
lema nesta Campanha da Fraternidade. Mas logo a seguir, pede que se recorra ao Senhor e evite o pecado.
Vimos a força, o peso do pecado em todas essas leituras. Mas será que Jesus mostrou o outro lado da
moeda, o outro lado dessa mão? Como Ele viu a doença?
106
Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulos I
N cartolina com a mão marrom desenhada, formar uma árvore, tendo essa mão como raiz. (modelo
abaixo)
Cada catequizando coloca a mão que desenhou e recortou, formando as folhas da árvore, conforme
uma sequência pré- determinada.
Deus nos criou por amor para sermos felizes. Tudo que Ele fez mostra quem Ele é. Mas nossos
primeiros pais recusaram a amizade com o Pai Criador e, pela desobediência, o pecado entrou na vida das
pessoas. Com o pecado veio a dor, a morte. Deus, em sua infinita bondade, enviou seu Filho Jesus para
salvar a humanidade. Ao morrer na cruz, Ele funda a igreja para continuar a oferecer a salvação. A Igreja
somos nós, todos os batizados. Formamos o Corpo
de Cristo. Jesus não tem outras mãos, a não ser as
nossas, para construir o mundo como Deus quer. E
Deus não quer sofrimento. O que podemos levar aos
outros com nossas mãos? Como podemos agir em
prol da saúde?
Orientar os catequizandos para pensar num
gesto concreto: visitar um doente, consolar um
amigo que sofre, fazer doação de medicamentos,
alimentos, fraldas, ouvir um idoso em suas aflições,
rezar pelos que sofrem.
Ao som de uma música (da CF-2012 ou outra),
colar na cartolina as mãos que confeccionaram,
como se fossem folhas e galhos da árvore. Ao
terminar todos juntos dão as mãos e pedem: “QUE
A SAÚDE SE DIFUNDA SOBRE A TERRA!”
Modelo da árvore: podem ser escrito, na
“raiz-tronco”, os nomes dos santos que dedicaram
suas vidas ao atendimento e ao conforto dos
doentes: São Camilo, São João de Deus, Santa
Paulina, Beata Ir. Dulce, São Galvão (cf. TB, 221)
107
VI. Não cometerás
adultério.VII. Não
furtarás. VIII. Não
dirás falso
testemunho contra o
teu próximo. IX. Não
cobiçarás a mulher do
teu próximo. X. Não
cobiçarás a casa do
teu próximo, nem o
seu campo, nem o seu
servo ou serva, nem o
seu boi ou jumento,
imagens deles para as
adorar. II. Não
pronunciarás em vão o
nome do Senhor, teu
Deus. III. Lembra-te
de santificar o dia do
sábado. IV. Honra teu
pai e tua mãe para
viveres muito tempo
sobre a terra. V. Não
matarás.
nem coisa alguma que
lhe pertença.
deuses, nem farás
Eu sou o Senhor, teu
Deus:
I. Não terás outros
deuses, nem farás
imagens deles para as
adorar. II. Não
pronunciarás em vão o
nome do Senhor, teu
Deus. III. Lembra-te
de santificar o dia do
sábado. IV. Honra teu
pai e tua mãe para
viveres muito tempo
adultério.VII. Não
furtarás. VIII. Não
dirás falso
testemunho contra o
teu próximo. IX. Não
cobiçarás a mulher do
teu próximo. X. Não
cobiçarás a casa do
teu próximo, nem o
seu campo, nem o seu
servo ou serva, nem o
seu boi ou jumento,
nem coisa alguma que
lhe pertença.
sobre a terra. V. Não
matarás.
VI. Não cometerás
VI. Não cometerás
adultério.VII. Não
furtarás. VIII. Não
dirás falso
testemunho contra o
teu próximo. IX. Não
cobiçarás a mulher do
teu próximo. X. Não
cobiçarás a casa do
teu próximo, nem o
seu campo, nem o seu
servo ou serva, nem o
seu boi ou jumento,
Eu sou o Senhor, teu
Deus:
I. Não terás outros
deuses, nem farás
imagens deles para as
adorar. II. Não
pronunciarás em vão o
nome do Senhor, teu
Deus. III. Lembra-te
de santificar o dia do
sábado. IV. Honra teu
pai e tua mãe para
viveres muito tempo
sobre a terra. V. Não
matarás.
nem coisa alguma que
lhe pertença.
Eu sou o Senhor, teu
Deus:
I. Não terás outros
Eu sou o Senhor, teu
Deus:
I. Não terás outros
deuses, nem farás
imagens deles para as
adorar. II. Não
pronunciarás em vão o
nome do Senhor, teu
Deus. III. Lembra-te
de santificar o dia do
sábado. IV. Honra teu
pai e tua mãe para
viveres muito tempo
VI. Não cometerás
adultério.VII. Não
furtarás. VIII. Não
dirás falso
testemunho contra o
teu próximo. IX. Não
cobiçarás a mulher do
teu próximo. X. Não
cobiçarás a casa do
teu próximo, nem o
seu campo, nem o seu
servo ou serva, nem o
seu boi ou jumento,
nem coisa alguma que
lhe pertença.
sobre a terra. V. Não
matarás.
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Diocese de São José dos Campos
Pastoral Catequética – Apostila do Catequista – Etapa I – Módulos I
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Catequese-Infantil-M.. - Canção Nova