Espiritualidade do Catequista “O desejo de Deus está inscrito no coração do homem, já que o homem é criado por Deus e para Deus; e Deus não cessa de atrair o homem a si, e somente em Deus o homem há de encontrar a verdade e a felicidade que não cessa de procurar”. (Catecismo da Igreja Católica, 27) Alguns “lugares” são espaços favoráveis para que cresçamos nessa comunicação e tenhamos condições de amadurecer nesse relacionamento: a oração, Palavra de Deus, a Igreja, os sacramentos, etc. Esses citados e outros ainda podem ser também lugares de reabastecimento da fé, por isso devemos procurá-los como quem tem sede de existir melhor! A espiritualidade é a nossa maneira de acolher, de assimilar e de atualizar o dom de Deus, sua graça, no desenrolar concreto da nossa existência. É a nossa vida realizada no Espírito! A vida sacramental da Igreja é nossa “escola” cotidiana de aprendizado, crescimento e amadurecimento na vida espiritual. Devemos recordar a importância da Palavra de Deus como excelente meio para o cultivo de uma alta vida espiritual. Através do habitual contato com ela compreendemos nossa vida e podemos encontrar luzes para um caminhar seguro e menos acidental possível. É importante ressaltar que a vida de Oração precisa de compromisso e disciplina: tudo pode ser oração, todo tempo comunicação com o Criador, porém convém termos momentos específicos de uma mais intensa conversa. Aqui vale frisar a riqueza daqueles que param e diariamente fazem a leitura orante da Palavra, que tem seus hábitos devocionais (terço, por exemplo), leituras espirituais... O catequista coloca-se na escola do Mestre e faz com Ele uma experiência de vida e de fé. Alimenta-se das inspirações do Espírito Santo para transmitir a mensagem com coragem, entusiasmo e ardor. O catequista nutre-se: da Palavra, da Eucaristia, da vida de oração e da devoção mariana. Sua espiritualidade deve ser: bíblica, cristocêntrica, eclesial, mariana, litúrgica, encarnada na realidade. Atitudes: - Relacionamento pessoal e profundo com Deus-Pai; -Seguimento a Cristo nas atitudes e no interesse pelo Reino de Deus, fruto de uma adesão sincera; -Docilidade à ação do Espírito Santo; -Comunhão com a Igreja, comunidade que evangeliza, celebra e testemunha Jesus Cristo; -Amor filial a Maria, mãe e modelo do catequista; -Vivência do mistério cristão e da missão catequizadora dentro do grupo de catequistas; -Escuta com fé e fidelidade da Palavra de Deus, que se manifesta na Bíblia, na Igreja e nos acontecimentos; -Integração dos aspectos celebrativos da liturgia e da piedade popular; -Vida sacramental, de oração e contemplação encarnada na vida do povo; -Atitudes de serviço para com todos; -Espiritualidade do trabalho e da ação; -Amor aos empobrecidos e vivência da pobreza evangélica; -A alegria de ser evangelizador. (cf. Estudo da CNBB nº 59)