Experimentos Julgamento Insensibilidade ao tamanho da amostra Tversky and Kahneman (1974): Imagine uma caixa cheia de bolas, das quais 2/3 são de uma cor, e 1/3 de outra. Um sujeito puxou 5 bolas da caixa, e achou 4 vermelhas e 1 branca. Outro sujeito puxou 20 bolas e achou 12 vermelhas e 8 brancas. Qual dos dois deveria se sentir mais confiante que a caixa tem 2/3 de bolas vermelhas e 1/3 de bolas brancas, e não o contrário? Que chance cada indivíduo deveria levar em conta? © POSbase 2003 Insensibilidade ao tamanho da amostra As probabilidades corretas são 8 para 1 na amostra 4:1, e 16 para 1 para a amostra 12:8. A maioria das pessoas reporta que há mais chance na amostra 4:1. Eles acreditam intuitivamente que a proporção maior expressa maior probabilidade, negligenciando o tamanho da amostra. Em outras pakavras: uma proporção de 4:1 é mais representativa de alta probabilidade que 12:8. © POSbase 2003 Insensibilidade ao tamanho da amostra Another problem of the same kind is reported in Kahneman & Tversky (1972). Outros erros de julgamentos provocados pela heurística de representatividade:: Insensitivity to prior probability of outcomes (Kahneman & Tversky, 1973) Misconceptions of chance (Kahneman & Tversky, 1972) Misconscptions of regression (Kahneman & Tversky, 1973) Falácia da conjunção (Tversky & Kahneman, 1983) © POSbase 2003 Falácia da conjunção O cenário é o seguinte: (Tversky & Kahneman, 1983) Linda tem 31 anos, é solteira, articulada e inteligente. Na universidade estudou filosofia. Como estudante, estava profundamente preocupada com questões de discriminação e justiça social, e também participou de manifestações contra armas nucleares. Agora ordene as 8 afirmativas que seguem da mais para a menos provável. Para a mais provável de todos atribua 1, para o mais provável dos restantes atribua 2, e assim por diante, e para a afirmativa menos provável atribua 8. Falácia da conjunção Linda é professora em uma escola primária. Linda trabalha numa livraria e faz aulas de ioga. Linda é ativa no movimento feminista. Linda é uma assistente social em psiquiatria. Linda é integrante da Liga das Mulheres Votantes. Linda é caixa de banco. Linda é vendedora de seguros. Linda é caixa de banco e é ativa no movimento feminista. (1 = mais provável; 8 = menos provável) Falácia da conjunção Linda é caixa de banco Linda é caixa de banco e é ativa no movimento feminista Linda é ativa no movimento feminista Como se pode ver, a probabilidade conjunta de que linda é caixa de banco E ativa no movimento feminista é necessariamente menor ou igual à probabilidade de Linda ser caixa de Banco. Violando a regra da conjunção, 85% dos participantes no estudo de Tversky and Kahneman‘s ordenaram „Linda é caixa de banco e é ativa no movimento feminista“ como mais provável que „Linda é caixa de banco“. Falácia da conjunção Os autores explicaram que esta violação da regra em termos da heurística de representatividade. Explicações alternativas: Equívocos lingüísticos (Morrier & Borgida, 1984); Interpretações freqüentistas (Fiedler, 1988); Aplicação da regra de probabilidade errada (Wolford et al., 1990); Modelos mentais (Johnson-Laird et al., 1999). Julgamentos intuitivos Bowers et al. (1990): O que é intuição? Oxford English Dictionary: „A apreensão imediata de um objeto pela mente sem a intervenção de nenhum processo de raciocínio.“ © POSbase 2003 Julgamentos intuitivos Esta apreensão imediata vem de uma organização nãoconsciente de conteúdos que resulta em compreensão consciente. As pessoas experimentam essa compreensão freqüentemente como um insight repentino (Metcalfe & Wiebe, 1987). Em contraste com o uso comum, a psicologia científica não assume que decisões intuitivas são necessariamente acuradas. © POSbase 2003 Julgamentos intuitivos Bowers et al. (1990) mostraram aos participantes pares de imagens. Ambas continham os mesmos fragmentos, mas os fragmentos de uma das imagens mostravam um objeto real, enquanto os da outra não o faziam. © POSbase 2003 Julgamentos intuitivos Serão mostrados 3 pares de figuras por 10 segundos cada. A tarefa é descobrir qual objeto uma das figuras está mostrando. Se não for possível achar que objeto é mostrado, adivinha-se qual das figuras mostra um objeto real. © POSbase 2003 Julgamentos intuitivos © POSbase 2003 Julgamentos intuitivos © POSbase 2003 Julgamentos intuitivos © POSbase 2003 Julgamentos intuitivos Os participantes reconheceram o objeto real em aproximadamente um terço das figuras. Esses pares foram excluídos das análises. Dos demais pares de figuras não-reconhecidas, os chutes dos participantes sobre qual figura era um objeto real estavam corretos em aproximadamente 60%. © POSbase 2003 Julgamentos intuitivos Os autores concluíram que as pessoas tinham conhecimento intuitivo para reeolver esta tarefa. Tal conhecimento estava disponível já em um estágio inicial do processo de julgamento, antes que eles tivessem como reconhecer as figuras. A solução completa „emerge“ instantaneamente. © POSbase 2003 Efeito da falsa fama Jacoby et al. (1989): Como as pessoas se tornam famosas? A pesquisa sobre mecanismos de memória implícita (Claparède, 1911) sugere que a mera exposição a nomes de pessoas pode torná-las famosas. Esses nomes ficam familiares, e se não conseguimos atribuir esta familiaridade a o fato de ter lido o nome de uma pessoa desconhecida, podemos atribuir fama por familiaridade. © POSbase 2003 Efeito da falsa fama O experimento: Numa fase de exposição, somente nomes nãofamosos eram apresentados, tais como: Sebastian Weisdorf Valerie Marsh Adrian Marr Estes nomes eram apresentados uma ou quatro vezes. © POSbase 2003 Efeito da falsa fama Durante o teste, mostrava-se aos participantes nomes famosos e não-famosos. Os nomes não-famosos eram apresentados nunca (nomes novos), uma vez ou quatro vezes; os nomes famosos eram sempre novos (no experimento). Os participantes tinham que julgar se um nome era famoso ou não. • Um grupo fazia o teste imediatamente após a exposição • Outro grupo fazia o teste um dia depois da exposição Os participantes eram informados de que alguns nomes apresentados durante a exposição não eram famosos. © POSbase 2003 Efeito da falsa fama Se os julgamentos de fama são devidos a má-atribuição de familiaridade, os seguintes achados são esperados: • Se o teste é imediato à exposição, os participantes lembrarão os nomes apresentados relativamente bem. Portanto, eles julgam novos nomes como mais famosos do que velhos nomes que eles sabem que não sdão famosos. • Se o teste ocorre um dia após a exposição, os participantes lembrarão pouco dos nomes apresentados, mas os nomes parecerão familiares em comparação com nomes novos; mais ainda, nomes apresentados uma vez serão menos lembrados que nomes apresentados quatro vezes. Portanto, eles julgam nomes apresentados uma vez como sendo mais famosos do que nomes nunca apresentados ou apresentados quatro vezes. © POSbase 2003 Efeito da falsa fama 0,7 0,6 0,5 Famous New 1x Not famous 4x 0,4 } 0,3 0,2 0,1 0 Immediately One day © POSbase 2003 Efeito da falsa fama Conclusão: Se os participantes não podiam conscientemente lembrar o nome de uma pessoa, eles atribuíam a familiaridade devida à exposição aos nomes à fama avaliada. Este era o caso quando os nomes eram apresentados uma vez e o teste acontecia após um intervalo. © POSbase 2003 Falsa verdade Brown and Nix (1996): A pesquisa tem indicado que a exposição repetida a afirmações aumenta a atribuição de veracidade, tanto de afirmativas verdadeiras quanto falsas (Hasher et al., 1977). Brown e Nix (1996) procuraram por um efeito de exposição repetida quando os participantes recebem feedback sobre qual afirmativa está certa e qual está errada. Mais, eles testaram os participantes em 2 tempos diferentes: No período mais longo, as pessoas poderiam ainda sentir que uma afirmativa era familiar, sem saber qual era verdadeira e qual era falsa. © POSbase 2003 Falsa verdade Os autores apresentaram 60 afirmativas: metade verdadeiras e metade falsas. Após a exposição, deu-se aos participantes feedback sobre a veracidade de cada afirmativa. O teste aconteceu após uma semana para metade dos participantes e após um mês para os outros. Os participantes tinham que avaliar a veracidade das afirmativas numa escala de 1 (definitivamente falsa) a 6 (definitivamente verdadeira). © POSbase 2003 Falsa verdade Truth Judgments: Difference to Baseline 1 0,75 0,5 0,25 True False 0 -0,25 -0,5 One Week One Month Delay © POSbase 2003 Falsa verdade Após uma semana de intervalo, os participantes conseguiam distinguir entre afirmativas falsas e verdadeiras. Após um mês, contudo, o impacto do feedback havia desaparecido, mas as afirmações antigas pareciam familiares, não importando se eram corretas ou não, e foram avaliadas como sendo mais verdadeiras que afirmações novas. Outras pesquisas demonstraram que a fluência de processamento, ou seja, a facilidade com que as afirmações podem ser processadas, influencia julgamentos de verdade: maior facilidade provoca preferência e afeto positivo (Begg et al., 1992; Reber & Schwarz, 1999). © POSbase 2003 Falsa verdade The false truth-effect is related to other phenomena, such as: Illusions of familiarity (Jacoby & Whitehouse, 1989; Whittlesea, 1993) Judgments of time (Witherspoon & Allan, 1985) Affective preference (Kunst-Wilson & Zajonc, 1980) False fame (Jacoby et al., 1989) Performance judgments (Kelley & Jacoby, 1996) Metacognitive judgments (Begg et al., 1989) Unintended plagiarism (Brown & Murphy, 1989; Marsh et al., 1997) © POSbase 2003 Disponibilidade Tversky and Kahneman (1973): Leia cuidadosamente os seguintes nomes: A lista mais nomes deGeorge homens ou de mulheres? John continha Lennon, Regula Meredith, Bush, Woody Allen, Lara Holmes, Steven Spielberg, Anne Chirac, Helen Myers, Decidiu? Então veja: Louis Armstrong, Elvis Presley, Elisabeth Dole, Lea Wright, Lory Hansen, Vivien Cosby, Leigh Ann Donovan , Kathy Havia 9 homens e 10 mulheres. Lee, David Beckham, Charlie Chaplin, Tony Blair © POSbase 2003 Disponibilidade Os autores apresentaram uma lista gravada com 39 nomes. Condição 1: 19 nomes de homens famosos e 20 de mulheres menos famosas Condição 2: 19 nomes de mulheres famosas e 20 de homens menos famosos Duas variáveis dependentes: Evocação livre dos nomes Estimativa de se havia mais nomes de homens ou mulheres © POSbase 2003 Disponibilidade Resultados: Dos 86 participantes na condição de evocação, 57 lembraram mais nomes famosos que menos-famosos, e apenas 13 lembraram menos nomes famosos do que menos-famosos. Entre os 99 participantes que compararam a freqüência de homens e mulheres nas listas, 80 acreditaram erroneamente que a classe consistindo de nomes mais famosos era mais freqüente. Ambas as diferenças foram significativas © POSbase 2003 Disponibilidade Os autores concluiram que as pessoas usam a heurística de disponibilidade: Nomes famosos vinham à mente com mais facilidade; assim, os participantes superestimaram a classe consistindo em nomes mais famosos. A heurística de disponibilidade é uma daquelas propostaspelos autores, junto com a heurística de representatividade e a heurística de ancoragem e ajustamento. © POSbase 2003 Disponibilidade Em outro experimento clássico que testa a heurística de disponibilidade, Tversky and Kahneman (1973) pediram aos participantes que julgassem freqüência de letras: Você receberá diversas letras do alfabeto, e será pedido que julgue se essas letras aparecem mais freqüentemente na primeira ou na terceira posição, e que estime a proporção da freqüência com que aparecem nessas duas posições (Tversky & Kahneman, 1973, p. 211f). Apresentou-se as letras K, L, N, R, e V, todas elas ocorrendomais freqüentemente na terceira que na primeira posição em palavras da língua inglesa. © POSbase 2003 Disponibilidade Duas variáveis dependentes: Decisão se uma certa letra é mais provável de aparecer na primeira ou na terceira posição. Estimativa da proporção desses 2 valores, ou seja, R’s na 1ª posição dividido por R’s na 3ª posição. Resultados: 105 dos 152 participantes julgaram a primeira posição como mais provável para a maioria das letras. Cada uma das 5 letras foi julgada como mais freqüente na 1ª do que na 3ª posição, com uma proporção média de cerca de 2:1, apesar do fato de que todas letras eram mais freqüentes na 3ª posição. © POSbase 2003 Disponibilidade Como é mais fácil evocar letras na 1ª posição do que na 3ª, os autores procuram explicar a preferência pela primeira posição através da heurística de disponibilidade. É mais fácil lembrar palavras que começam com uma letra do que palavras com tal letra na 3ª posição. Detalhe importante: disponibilidade é facilidade de evocação, mas não deve ser confundida com quantidade de evocação (Schwarz et al.,1991). © POSbase 2003 Disponibilidade Outras aplicações da heurística de disponibilidade na literatura: Estimativas de freqüência de eventos letais (Lichtenstein et al., 1978) Estimativas da distância temporal entre eventos (Brown et al., 1985) Geração espontânea de números (Kubovy, 1977) Formação de estereótipos (Rothbart et al., 1978) Peso da evidência (Reyes et al., 1980) Tipificação sexual (Bem, 1981) Otimismo não-realista (Weinstein, 1980) © POSbase 2003