Concreto
auto-adensável:
Uma nova
tecnologia à
disposição da
construção civil
de Goiânia
oiânia.
Prof. Dr. André Luiz Bottolacci Geyer
creto auto-adensável. Os motivos da utilização de CAA
nesta obra foram a velocidade de execução, dispensa de
adensamento, o qual seria muito difícil para este volume
e a qualidade final do concreto.
As Figuras 1 e 2 mostram detalhes da ponte e do
interior do bloco de ancoragem da mesma.
Figura 1 - Vista lateral da Ponte Akashi-Kaikyo
Professor Doutor, Escola de Engenharia Civil da Universidade Federal de Goiás -UFG.
Eng. Rodrigo Resende de Sá
Aluno do Curso de Mestrado em Eng. Civil da Escola de Engenharia Civil da UFG.
Introdução
O processo de globalização tem permitido a engenheiros, calculistas e construtores em geral tomar conhecimento das novidades em tipos de concretos que estão
se propagando pelo mundo, como é o caso do concreto
auto-adensável.
Já usado no Brasil, mas ainda de forma restrita, o
concreto auto-adensável apresenta grande fluidez, tendo
como característica uma alta trabalhabilidade, ou seja, é
um concreto muito plástico.
O princípio fundamental para confecção de concretos fluidos e resistentes à segregação é o uso de aditivos
superplastificantes e/ou modificadores de viscosidade,
combinados com alto teor de finos, sejam eles cimento
Portland, adições minerais, fílers, e/ou areia fina.
O concreto auto-adensável, hoje utilizado, foi desenvolvido no Japão, por volta de 1983, sendo que sua
maior aplicação em obras civis ocorreu em 1997, naquele
país, com a concretagem das ancoragens de concreto da
ponte metálica de maior vão livre do mundo. A ponte
Akashi-Kaikyo, inaugurada em 1998, com 1991 metros
de vão livre, consumiu nas ancoragens 290.000 m3 de con-
Figura 2 - Detalhe do interior do bloco de ancoragem da ponte Akashi-Kaikyo
Pioneirismo em Goiânia
No Centro Oeste brasileiro, mais especificamente
em Goiás, em dezembro de 2004 foi realizada a primeira
grande concretagem com CAA em obra de edificação,
pela construtora Arcel Engenharia Ltda e fornecedora
de concreto Realmix Concreto Ltda (Figura 3).
As razões da pequena utilização desta tecnologia até
o momento, no Brasil, e, ainda, no mundo, estavam ligadas principalmente aos elevados custos dos aditivos utilizados, como superplastificantes e modificadores de
Av. W-6, Área 34, CEP 74.922-790 - Aparecida de Goiânia
Telefax: (62) 282-0400 - www.realmixconcreto.com.br - [email protected]
2
viscosidade, bem como a falta de conhecimento, no Brasil, de métodos de dosagem e produção do CAA.
Figura 3 - Vista geral da primeira obra em Goiânia executada com CAA
Com a significativa redução dos custos destes
insumos, bem como, com o avanço tecnológico ocorrido
nesta área no país, tem se tornado o CAA cada vez mais
uma excelente alternativa para a execução das estruturas
(GEYER & SENA, 2001 e TUTIKIAN, 2004).
Definição
O termo concreto auto-adensavel (CAA) identifica uma categoria de concreto que pode ser moldado em
fôrmas preenchendo cada espaço vazio através exclusivamente de seu peso próprio, não necessitando de qualquer
tecnologia de compactação ou vibração externa
(TUTIKIAN, 2004).
Descreve-se a auto-adensabilidade do concreto
fresco como a capacidade de preenchimento dos espaços
vazios e o envolvimento das barras de aço e outros obstáculos pelo material, exclusivamente através da ação da
força gravitacional, mantendo uma adequada
homogeneidade (BOSILJVKOV, 2003).
EFNARC (2002) diz que para um concreto ser considerado auto-adensavel, deve apresentar três propriedades fundamentais: fluidez, coesão ou habilidade passante
e resistência à segregação. Define-se fluidez como a capacidade do concreto auto-adensável de fluir dentro e através da fôrma preenchendo todos os espaços. Coesão ou
habilidade passante como a capacidade de escoamento
pela fôrma, passando por entre as armaduras sem obstrução do fluxo ou segregação. Resistência à segregação é a
propriedade que caracteriza a capacidade do concreto em
se manter coeso ou fluir dentro das fôrmas, passando ou
não através de obstáculos.
Dosagem e materiais utilizados em CAA
Assim como outros concretos especiais, como, por
exemplo, o Concreto de Alto Desempenho, o Concreto
Auto-adensável (CAA) é um material referenciado como
uma evolução tecnológica dos concretos tradicionais, fruto
da pesquisa aplicada e resultado da introdução conjunta,
no elenco das matérias primas básicas do concreto, de
adições minerais, adições de fílers e aditivos químicos. O
desenvolvimento destes materiais, principalmente com a
descoberta da extraordinária ação de dispersão dos
aditivos superplastificantes e a ação coesiva dos
modificadores de viscosidade tem impulsionado esta
tecnologia.
Os materiais utilizados para produção de CAA são,
em teoria, os mesmos utilizados para a produção de concretos convencionais, porém com maior adição de finos,
quer sejam adições minerais ou fílers e de aditivos
plastificantes e superplastificantes e por vezes, aditivos
modificadores de viscosidade.
O objetivo de qualquer método de dosagem é determinar a combinação adequada e econômica dos constituintes do concreto com vistas a produzir um concreto
que possa estar próximo daquele que consiga um equilíbrio entre as várias propriedades desejadas ao menor custo possível.
A adição de finos no CAA proporciona melhoria
em diversas propriedades, tanto no estado fresco como
no endurecido. Acredita-se que os finos atuam como pontos de nucleação, isto é, quebram a inércia do sistema
fazendo com que as partículas de cimento sofram reação
mais rápida com a água, ocasionando ganhos de resistências nas primeiras idades. Atuam ainda no aumento do
pacote de finos, fazendo com que haja um crescimento
na densidade da pasta, dificultando a penetração de agentes agressivos e melhorando a zona de transição
(BOSILJKOV, 2003).
Os aditivos superplastificantes permitem que se alcance alta fluidez nas misturas, já os aditivos modificadores
de viscosidade oferecem aumento na coesão, prevenindo-se com isto a exsudação e segregação no concreto.
Um dos fatores que vinha retardando a propagação do CAA em edificações no Brasil, era a falta de métodos de dosagem eficientes, que permitissem o uso
irrestrito da mistura com materiais locais, viáveis tanto
técnica como economicamente.
Este quadro, apoiado em pesquisas brasileiras, como
as realizadas por GEYER & SENNA (2001) e TUTIKIAN
(2004) e em experiências práticas realizadas nas cidades
de Porto Alegre e Goiânia vem mudando positivamente.
Adaptações de métodos de dosagens brasileiros para concretos convencionais (TUTIKIAN, 2004) já permitem que
se produza concretos auto-adensáveis de excelente qualidade e com custo próximos aos convencionais.
Na Figura 4, apresenta-se um estudo comparativo
realizado por TUTIKIAN ( 2004), onde observa-se a nova
realidade em que é possível executa-se CAA com valores
de materiais próximos aos de concretos convencionais.
Foram estudados, na cidade de Porto Alegre, 06 concretos CAA e um convencional de referência para fc28 40
MPa.
Av. W-6, Área 34, CEP 74.922-790 - Aparecida de Goiânia
Telefax: (62) 282-0400 - www.realmixconcreto.com.br - [email protected]
3
Figura 4 - Comparativo de custos de materiais para CAA em relação ao
convencional (ref) para fc28 40 MPa, na cidade de Porto Alegre (TUTIKIAN,
2004).
Vantagens
O concreto auto-adensável vem sendo caracterizado como uma grande revolução na tecnologia do concreto para a construção civil, possibilitando vários ganhos,
diretos e indiretos para o mercado da construção, dentre
os principais cita-se:
Figura 5 - Lançamento de CAA em estrutura densamente armada
(TUTIKIAN, 2004)
VANTAGENS
Redução do custo de aplicação por m³ de concreto;
Garantia de excelente acabamento em concreto aparente;
Permite bombeamento em grandes distâncias horizontais e
verticais com maior velocidade;
Otimização de mão-de-obra;
Maior rapidez de execução da obra;
Melhoria nas condições de segurança na obra;
Eliminação do ruído provocado pelo vibrador;
Significativa redução nas atividades de espalhamento
e de vibração;
Permite a concretagem sem adensamento em regiões com
grande densidade de armadura;
Aumento das possibilidades de trabalho com fôrmas de pequenas dimensões;
Redução do custo final da obra em comparação ao sistema
de concretagem convencional;
Acelera o lançamento do concreto na estrutura, permitindo
concretagens mais rápidas;
Redução da mão-de-obra no canteiro;
Melhoria do acabamento superficial;
Aumento da durabilidade devido à redução de defeitos de
concretagem;
A elevada resistência à segregação aliada à fluidez
apresentada pelo CAA permite ainda a eliminação de
defeitos macro, bolhas de ar e falhas de concretagens, que
são diretamente responsáveis pelas perdas no desempenho mecânico do concreto e na durabilidade da estrutura
(COPPOLA, 2000).
TUTIKIAN (2004), afirma que o CAA permite obter elevadas resistências à compressão a curto e longo prazo, baixa relação água/cimento, baixa permeabilidade e
alta durabilidade. Ou seja, CAA pode também ser executado com alta resistência, neste caso tem-se o Concreto
Auto Adensável de Alto Desempenho (CAAAD).
A Figura 5 apresenta o lançamento de CAA em estruturas de concreto com alta densidade de armadura.
Na Figura 6 apresenta-se o concreto fluindo com facilidade em uma laje concretada em Goiânia.
Figura 6 - Laje sendo concretada com CAA em Goiânia (Arcel Engenharia/
Realmix,2004)
Aplicações do concreto Auto-Adensável
O Concreto auto-adensavel é indicado para utilização em obras convencionais onde se quer maior velocidade de concretagem, redução de custos e melhor
qualidade do concreto. Também em casos específicos a
sua utilização é recomendada como, por exemplo:
• Lajes de pequena espessura ou lajes nervuradas;
• Fundações executadas por hélice contínua;
• Paredes, vigas, colunas;
• Parede diafragma;
• Estações de tratamento de água e esgoto;
• Reservatórios de águas e piscinas;
• Pisos, contrapisos, lajes, pilares, muros, painéis;
• Obras com acabamento em concreto aparente;
• Locais de difícil acesso;
• Peças pequenas, com muitos detalhes ou com formato não-convencional onde seja difícil a utilização
de vibradores;
• Fôrmas com grande concentração de ferragens.
Controle Tecnológico do CAA
No estado endurecido o controle tecnológico do
CAA segue os mesmos ensaios e procedimentos utilizados para o concreto convencional.
No caso do concreto no estado fresco, diferente-
Av. W-6, Área 34, CEP 74.922-790 - Aparecida de Goiânia
Telefax: (62) 282-0400 - www.realmixconcreto.com.br - [email protected]
4
mente do dos concretos convencionais, o controle não é
feito através do Slump Test. No CAA utiliza-se para controle do concreto fresco vários testes, estando entre os
mais recomendados o Slump Flow Test e o U- Box Test.
No caso Slump Flow Test utiliza-se os mesmos equipamentos do Slump Test, sendo que o que se mede é o
espalhamento do concreto e não a altura adensada ( Figura 7). Para que o concreto seja considerado satisfatório
do valor do espalhamento tem que estar entre 60 e 75
cm, nas duas direções.
Figura 7 - Passos do Slump Flow Test
O U-Box Test é mais apropriado para o uso em laboratório ou na central de concreto, sendo medido neste
ensaio a fluidez do material (Figura 8).
pois está se trabalhando com novos insumos (aditivos) e
níveis de aprimoramento técnico elevados. Deve-se, portanto, se buscar empresas fornecedoras de grande experiência, assim como exigir rigoroso controle tecnológico do
material.
Bibliografias
BOSILJKOV, V. B. SCC mixes with poorly graded aggregate and high
volume of limestone filler. Cemente and concrete Research, 2003.
COPPOLA, L. Self-compacting concrete. In Concrete technology,
2000.
ENARC. Specification and guidelines for self-compacting concrete.
2002.
GEYER, A . L. B. & SENA, A. Avaliação do comportamento mecânico do concreto auto-adensável em comparação com o concreto convencional. IBRACON, 2001.
TUTIKIAN, B. F. Método para dosagem de concretos de auto-desempenho. Dissertação de mestrado. UFRGS, 2004.
Pioneirismo na
utilização do
Concreto
Auto-adensável
em edifícios em
Goiânia:
Realmix e Arcel Engenharia
Figura 8 - U-Box Test.
Considerações
O CAA é uma tecnologia que veio para ficar no
mercado, pois uma vez compatibilizados aspectos de produção, dosagem e custos não existem razões para se continuar utilizado o concreto convencional.
A aplicação deste novo material, no entanto requer
ainda que se tenha rigoroso acompanhamento técnico,
Goiânia entra para o elenco de cidades que utilizam em obras de edificação a tecnologia do Concreto
Auto-adensável, como uma forma de melhorar a qualidade das estruturas de concreto, otimizar custos e aumentar a velocidade da execução das estruturas.
Em uma parceria entre a Realmix Concreto e a
Arcel Engenharia, com a acessória técnica do Laboratório de Materiais de Construção da Escola de Engenharia Civil da Universidade Federal de Goiás
desenvolveu-se, para os materiais e condições locais,
tecnologia de produção e execução de Concreto Autoadensável para edificações.
O pioneirismo na região está apoiado e pesquisas
tecnológicas realizadas com o objetivo de se permitir a
utilização deste concreto, que possui grande fluidez e coesão, com a utilização de matérias primas locais e com a
utilização de aditivos químicos de última geração.
Av. W-6, Área 34, CEP 74.922-790 - Aparecida de Goiânia
Telefax: (62) 282-0400 - www.realmixconcreto.com.br - [email protected]
5
O pioneirismo da aplicação em obra
O CAA (concreto auto-adensável) tem sido utilizado no exterior em crescente quantidade, no Brasil, cidades como Porto Alegre e São Paulo, a cerca de um ano
vêm se lançando mão desta tecnologia. Obras como a do
Museu Iberê Camargo, em Porto Alegre, que é considerada um dos ícones da Engenharia e Arquitetura contemporâneas brasileira tem utilizado o CAA.
Em Goiânia, embora pesquisas realizadas na UFG
desde 2001 ( GEYER & SENA, 2001) vinham demonstrando ser possível a sua aplicação, até dezembro de 2004
nenhuma grande obra havia sido realizada com esta
tecnologia.
A Arcel Engenharia Ltda tendo em vista a necessidade de implementação de novas tecnologias que conduzam a melhor qualidade, menor custo e maior velocidade
de execução dos seus empreendimentos decidiu passar a
utilizar o CAA em uma de suas obras.
O pioneirismo na região de Goiânia foi a
concretagem, em 23/12/2004, de laje no Ed. Camila, no
Residencial Sorelle. A Figura 1 mostra a vista geral do
edifício Camila.
na Figura 3 a dosagem dos aditivos e na Figura 4 os ensaios tecnológicos de concreto fresco (Flow Test).
Figura 2 - Aspecto do CAA a ser retirado para ensaio de concreto fresco
Figura 3 - Dosagem dos aditivos de última geração realizada por técnico da UFG
Figura 1 - Vista do Edifício Camila
Especificações e controle
Utilizando-se métodos de dosagens específicos a
Realmix com a consultoria da Escola de Engenharia Civil
da UFG, desenvolveu um traço de concreto fck 20 MPa,
especificamente para atender esta obra. Para tanto foi
especificada com característica do concreto fresco um Flow
Test entre 65 e 70 cm.
Foram utilizados materiais locais como areia natural, brita de gnais, Cimento CP II F – 32 da Cimento
Goiás, aditivos Superplastificantes e modificadores de viscosidade da MBT.
Na Figura 2 mostra-se o concreto chegando à obra,
Figura 4 - Ensaio de Flow Test
Lançamento do concreto
Após a dosagem dos aditivos, realizada na chegada
de cada Betoneira na obra o concreto foi liberado para
ser bombeado.
Na Figuras 5 a 7 apresentam-se detalhes da operações de lançamento e adensamento do concreto na laje
do edifício.
Av. W-6, Área 34, CEP 74.922-790 - Aparecida de Goiânia
Telefax: (62) 282-0400 - www.realmixconcreto.com.br - [email protected]
6
Dentre a principais vantagens, partindo-se do princípio que o custo do CAA é compatível com o concreto
convencional estão:
VANTAGENS REAIS OBTIDAS
PELA CONSTRUTORA
Redução em torno de 70% na mão-de-obra de lançamento e adensamento. Como pode ser observado nas figuras 5 e 7 o número de trabalhadores
é bastante otimizado.
Figura 5 - Lançamento do concreto na laje, sem a necessidade de qualquer
adensador com vibrador
Maior Velocidade na execução da estrutura, o que
em altas temperaturas permite uma menor exposição do concreto ao calor dentro dos caminhões
betoneira, bem como uma antecipação nas operações de cura
Maior Qualidade e facilidade no nivelamento da
laje, pois se obtém, com o CAA uma laje praticamente auto nivelada. Como pode ser observado
na Figura 8.
Eliminação de nichos e falhas de concretagem o
que leva a uma maior qualidade e durabilidade
da estrutura.
Figura 6 - Auto-compactação do concreto
Figura 7 - Pequeno número de trabalhadores envolvidos na operação de autoadensamento
Figura 8 - Aspecto do concreto após o lançamento, sem adensamento e
nivelamento
Av. W-6, Área 34, CEP 74.922-790 - Aparecida de Goiânia
Telefax: (62) 282-0400 - www.realmixconcreto.com.br - [email protected]
7
INFORMAÇÕES AO CLIENTE REALMIX
SOBRE SERVIÇOS DE CONCRETAGEM
Desde o momento que contrata os serviços da REALMIX o cliente precisa saber quais as
providências que devem ser tomadas.
1-ANTES DA ENTREGA
É preciso tomar algumas medidas preliminares, preparando-se para o recebimento do concreto:
ESCORAMENTO: deve impedir que sob a ação do
peso das fôrmas, ferragens, do concreto a ser aplicado e
das cargas acidentais, ocorram deformações prejudiciais
à forma de estrutura, ou esforços no concreto na fase de
encurecimento.
FÔRMAS: antes do lançamento do concreto devem
ser conferidas as medidas e a posição das fôrmas, para
garantir que a geometria da estrutura corresponda ao projeto.
O interior das fôrmas deve estar limpo e as juntas
vedadas, para evitar a fuga da pasta. Nas fôrmas de paredes, pilares ou vigas estreitas e altas, devem ser deixadas
aberturas próximo ao fundo, para limpeza. Quanto às formas absorventes,é preciso molha-las até a saturação.
Quando as superfícies das fôrmas precisarem de tratamento antiaderente para facilitar a desmoldagem, esse
tratamento deve ser feito antes da colocação da armadura. Os produtos empregados não devem deixar na superfície do concreto resíduos que sejam prejudiciais ou
possam dificultar a retomada da concretagem ou a aplicação de revestimentos.
efetuada pela obra exime a REALMIX de responsabilidade quanto às características do concreto para
tanto existe na Nota Fiscal a autorização para adição
de água.
3-TRANSPORTE
A partir da primeira adição de água, o tempo de transporte que decorre desde o início da mistura até a entrega
do concreto, deve ser:
A - Fixada de forma que o fim do adensamento não ocorra após o início de pega do concreto e das camadas
ou partes contíguas a essa remessa (evitando a formação de junta fria);
B - Inferior a 90 minutos e fixado de maneira que até o
fim da descarga seja de, no máximo, 150 minutos
4-LANÇAMENTO DO CONCRETO
O concreto deve ser lançado o mais próximo possível de sua posição final, evitando-se incrustações de argamassa nas paredes das fôrmas e nas armaduras.
Para os lançamentos que precisem ser feitos a seco,
em recintos sujeitos a penetração de água, devem ser tomadas todas as precauções para que não haja água no
local em que se lança o concreto ou possa o concreto
fresco vir a ser lavado.
ACESSO: prepare o acesso de tal forma que toda a
operação de concretagem possa ser realizada se, impedimentos e em um caminho firme, até o local de aplicação.
Quando a altura do lançamento for muito elevada
utilizam-se anteparos ou funil, para a desagregação do concreto.
É preciso facilitar o tráfego de caminhões, de tal forma que não haja impedimento na entrada de um e saída
de outro. O lugar de descarga deve esta localizado em ponto
fácil de ser alcançado sem manobras complicadas e que
possibilite a descarga no menor tempo possível.
Quando o lançamento for submerso, o concreto deve
ter no mínimo 350 Kg de cimento por metro cúbico, ter
consistência plástica e ser levado para dentro da água por
uma tubulação, mantendo-se a ponta do tubo imersa no
concreto já lançada. Após o lançamento, o concreto não
deve ser manuseado para não alterar sua forma definitiva.
2-RECEBIMENTO DO CONCRETO
NOTA FISCAL: em primeiro lugar, antes de iniciarse a descarga do concreto, confira atentamente a nota fiscal de simples remessa, verificando se:
A - A descrição do concreto é a solicitada pela a obra;
B - Os dados da obra estão corretos
C - Após a adição não ultrapasse o limite máximo especificado;
D - Que o tempo transcorrido entre a primeira adição de
água aos materiais e o início da descarga seja superior a 15 minutos. Qualquer outra adição de água
5-ADENSAMENTO
Durante o lançamento do concreto e imediatamente
após essa operação, o concreto deve ser vibrado ou socado contínua e energicamente, com equipamento adequado à trabalhabilidade do concreto. Em caso de utilização
de concreto Auto-adensável, o adensamento pode ser dispensado parcialmente.
O adensamento deve ser realizado de tal forma que
o concreto preencha todos os recantos da fôrma. Durante
Av. W-6, Área 34, CEP 74.922-790 - Aparecida de Goiânia
Telefax: (62) 282-0400 - www.realmixconcreto.com.br - [email protected]
8
o adensamento devem ser tomadas as precauções necessárias para que não se formem vazios a seu redor, o que
prejudicaria a aderência. No adensamento manual, as camadas de concreto não devem exceder 20 cm. Quando se
utilizarem vibradores de imersão, a espessura da camada
precisa ser, no máximo, aproximadamente igual a 3/4 do
comprimento da agulha.
6-JUNTAS DE CONCRETAGEM
Quando o lançamento do concreto for interrompido
e, assim, formar-se uma junta de concretagem, convém
tomar precauções para que, ao reiniciar o lançamento, haja
suficiente ligação de concreto endurecido com o do novo
trecho. Antes de reiniciar o lançamento, deve ser removida a nata e feita a limpeza da superfície da junta, com escova de aço e jato de água.
É preciso também tomar precauções para garantir a
resistência aos esforços que podem agir na superfície da
junta. Isso pode ser obtido deixando-se barras cravadas
ou redentes no concreto mais velho.
As juntas devem localizar-se onde for menor o esforço de cisalhamento, de preferência em posição normal
aos de compressão, salvo se for demonstrado que a junta
não diminuirá a resistência da peça. O concreto deve ser
perfeitamente adensado até a superfície da junta. Se for
necessário, usa-se uma fôrma para garantir o
adensamento. No caso de vigas ou lajes apoiadas em pilares ou paredes, o lançamento de ser interrompido no plano de ligação do pilar ou parede com a face inferior da laje
ou viga, ou no limite inferior de mísulas e capitéis. Essa
interrupção se faz necessária para evitar que o assentamento do concreto produza fissuras ou descontinuidade
na vizinhança daquele plano.
7-CURA E OUTROS CUIDADOS
Enquanto não atingir endurecimento satisfatório, o
concreto deve ser protegido contra agentes prejudiciais
mudanças bruscas de temperatura, secagem, vento, chuva forte, água torrencial, agentes químicos, bom com contra choques e vibrações de intensidade tal que possam
produzir fisuras no concreto ou prejudicar sua aderência à
armadura.
A proteção contra secagem prematura, pelo menos
durante os sete primeiros dias após o lançamento do concreto (aumentando esse mínimo quando a natureza do
concreto exigir), pode ser feita mantendo a superfície
umedecida ou protegendo-a com uma película impermeável. Em caso de utilização da cura com água, esta deverá
ser permanente, não devendo-se criar ciclos de molhagem
ou secagem, os quais podem comprometer a estrutura.
As superfícies devem ser mantidas permanentemente
úmidas.
controlado, sem dispensar as medidas de proteção contra secagem. (fonte: ABESC)
8-RETIRANDO FÔRMAS E ESCORAMENTOS
PRAZO: a retirada das fôrmas e do escoramento só
pode ser feita quando o concreto alcançar a resistência à
compressão e o módulo de elasticidade estabelecidos pelo
projetista estrutural.
Se as condições acima não tiverem sido indicadas
não devem ocorrer antes dos seguintes prazos:
· faces laterais: 3 dias;
· faces inferiores, mantendo pontaletes bem
encunhados e convenientemente espaçados: 14 dias;
· faces inferiores, sem pontaletes: 21 dias
PRECAUÇÕES: a retirada do escoramento e das fôrmas deve ser efetuada sem choques, obedecendo a um
programa elaborado de acordo com o tipo de estrutura.
9-OBRIGAÇÕES DO CLIENTE
- Programar as solicitações das prestações de serviços com 24 (vinte e quatro) horas de antecedência para o
concreto / argamassa convencional é 48 (quarenta e oito
horas) para o concreto e argamassa bambeável, indicando em cada solicitação o tipo / sua resistência (Mpa) e o
slump desejado.
- Tomar todas as providências necessárias para que
a descarga do concreto e argamassa seja feita no modo e
tempos devidos, de acordo com as normas técnicas vigentes.
- Fornecer a mão-de-obra necessária a concretagem
/ lançamento quando não bombeável e adensamento do
concreto.
- Fornece mão-de-obra necessária ao escoramento
da tubulação para bombeamento do concreto, bem como
a argamassa necessária à lubrificação da mesma antes de
cada concretagem.
- Responder pela resistência do concreto, no atraso
de aplicação, inclusive nos casos em que o concreto for
descarregado em recipientes intermediários como por
exemplo carrinhos, giricas, masseiras, etc.
- Responder por quaisquer danos ou acidentes intermediários causados com o equipamento da REALMIX,
em virtude de inadequação e/ou deficiências da vias e/ou
dos meios de acesso dos mesmos ao local da descarga
do concreto/argamassa na obra.
- Registrar a competente anotação de Responsabilidade técnica junto ao CREA-GO, nela incluindo os serviços prestados pela REALMIX. (Fonte: ABESC)
O endurecimento do concreto pode ser antecipado
por meio de tratamento térmico adequado e devidamente
Av. W-6, Área 34, CEP 74.922-790 - Aparecida de Goiânia
Telefax: (62) 282-0400 - www.realmixconcreto.com.br - [email protected]
Download

Concreto auto-adensável: Uma nova tecnologia