Revista VALTRA & VOCÊ Valtra do Brasil | Edição 12 | Ano 5 | Fevereiro 2015 Colheita com alta produtividade Valtra inova e lança a colheitadeira BC7800, nova classe VII da marca. Com sistemas exclusivos, apresenta maior capacidade produtiva por hectare Protagonista rural Produtividade em alta Irmãos Bardin: sucesso com a citricultura no interior de São Paulo José Ernesto Giacobbo tem resultados surpreendentes nas lavouras de milho e soja no Noroeste do Paraná www.valtra.com.br valtraglobal valtravideos PULVERIZADOR BS3020H SUA MÁQUINA. DE TRABALHO. Robustez e alta tecnologia cuidando da sua lavoura. CHASSI FLEX-FRAME Tração e durabilidade incomparáveis ECONOMIA Menor consumo de combustível da categoria TECNOLOGIA precisão e confiabilidade na aplicação de defensivos sumário // Expediente 4 | EDITORIAL Alberto Muxfeldt Neto fala das novidades da Valtra e da revista para este ano 5 |INTERATIVIDADE Fãs da Valtra mostram sua paixão pela marca 10 |FUTURO DO AGRONEGÓCIO Professor José Paulo Molin fala sobre o futuro da mecanização 06 PROTAGONISTA RURAL Irmãos Bardin produzem citros de qualidade no interior de São Paulo 16 |TECNOLOGIAS Solução completa para o produtor com o Fuse PSM 18 | PRODUTIVIDADE EM ALTA José Ernesto Giacobbo tem resultados surpreendentes em suas lavouras no Noroeste do Paraná 21 | NOSSA TERRA Tecnologias de integração lavourapecuária auxiliam produtores a recuperarem áreas degradadas 13 TECNOLOGIAS Nova colheitadeira BC7800: a melhor classe VII do mercado 24 |SOLUÇÕES GSI Acreaves utiliza equipamentos de confinamento da GSI 26 |GESTÃO NO CAMPO Saiba mais sobre o Consórcio Nacional Valtra, modalidade de negócio que facilita a compra de equipamentos novos 30 | VALTRA NA AMÉRICA Notícias de concessionárias Valtra na América do Sul e Central 28 CONSERVAÇÃO Ler o manual de instruções de máquinas e implementos é fundamental para o bom uso desses equipamentos 32 |ACONTECE Feiras, ações e eventos da marca e de sua rede de concessionárias no Brasil 34 |CONHECIMENTO Veja dicas de sites, documentário e livro Rua Capitão Francisco de Almeida, 695 Brás Cubas – CEP: 08740-300 Mogi das Cruzes – SP – Brasil www.valtra.com.br Vice-Presidente Sênior AGCO América do Sul e América do Norte: Robert Crain Vice-Presidente de Vendas AGCO América do Sul: Orlando Silva Vice-Presidente de Marketing, Pós Vendas, Gestão de Produtos e Desenvolvimento de Concessionária AGCO América do Sul: Bernhard Kiep Diretor de Marketing AGCO América do Sul: Alfredo Jobke Gerente de Marketing e Comunicação AGCO América do Sul: Cristiane Masina Atendimento ao Cliente: 0800 192 211 Serviço de atendimento ao leitor: [email protected] (11) 4795-2000 A revista Valtra & Você é uma publicação trimestral da Stampa para a Valtra do Brasil Ltda, impressa em papel Couché Brilho 230g/m² (capa) e Couché Fosco 90g/m² (miolo). Foto de capa: Nilson Konrad Esta revista é impressa em papel com a certificação FSC® (Forest Stewardship Council), que garante o manejo social, ambiental Selo FSC e economicamente 17x27mm responsável da matériaprima florestal. Coordenação Técnica: Kátia Silva e Nicole Flesch Colaboradores: Alberto Muxfeldt Neto, Alexandre Landgraf, Alexandre Mauch, Alexandre Vinicius de Assis, Bernhard Leisler Kiep, Douglas Vincensi, Fábio De Biase, Francisco Costa, Gilberto Dutra Nascimento Junior, João Fernando Dorneles Gautier, Junior Rodrigues, Lucas Bedin, Ludmila Costa, Luís Nogueira, Manoel Lino, Marcelo Bassi, Marcelo C. Gonçalez, Marisa Wendlant, Moisés Gaio, Olivia Moreira, Paulo Marcio Santos, Rafael Antonio Costa, Roberto Mauro Marques, Roberto Patrocinio, Rossano Paim, Vitor Kaminski, Winston Quintas (AGCO); Claudemir Aparecido Peroba, Giovani Maurício Garcia e Urandi Gomes (Coopercitrus); Hemerson Rodriguez e Ramón Romero (Autocarga Lara); Luis Fondeur (Motor Ibérico); Fernando Munhoz (Trac21); Genaro Junghanns (Rieder); Marcos Comper (Comper); José Roberto (Planalto Tratores); Eduardo Neto (Shark); José Roberto da Silva (Comercial Agrícola); Patrícia Huttl (Grupo Pampa); Dirceu A. Dresch Jr (Dresch Tratorvale); Erick F. dos Santos Salgado e Robson Moraes (CNV); Carla de Andrade (Acesso); Paulo Eduardo Santoyo (Acreaves) e Kristiene Taveira (Acreaves); Fernanda Agnes (Arteria Comunicação); e Karina Almeida (Avance Comunicação e Eventos) Av. Getúlio Vargas, 1151 conj. 1211 Fone: (51) 3023.4866 – 8184.8199 CEP 90150-005 – Porto Alegre/RS www.stampacom.com.br [email protected] Direção-Geral: Eliane Casassola Gerente de Redação: Regina Cirne Lima Guedes Reportagem: Alessandra Pinheiro, Bettina Schünke Güenter, Regina Cirne Lima Guedes, Renata Mastromauro e Susiâni Silva Revisão: Regina Cirne Lima Guedes Fotografias: Ivan Amorin, Nilson Konrad, Renan Costantin, banco de imagens da GSI e da Valtra Direção de Arte: Thiago Pinheiro Editoração: Mel Brendler Imagens: Matheus Cougo Designer Assistente: Gustavo Ferreira anúncios: Artéria Comunicação Impressão: Gráfica Pallotti Tiragem: 8.950 exemplares A redação reserva-se o direito de publicar ou não o material a ela enviado, bem como editá-lo para fins de publicação. Matérias assinadas não expressam necessariamente a opinião da redação ou da administração da Valtra. O conteúdo da Revista Valtra & Você pode ser reproduzido, desde que mencionados o autor e a fonte. EDITORIAL // Fevereiro de 2015 Eficiência, segurança, conforto e menor custo operacional N este ano, a Valtra completa 55 anos de atuação no Brasil. Evoluímos junto com a agricultura e a pecuária brasileiras. O país é hoje o maior exportador mundial de soja, açúcar, café, suco de laranja, carne bovina e frango, deixando para trás a posição de importador líquido de alimentos e os problemas de desabastecimento que marcaram os anos 1970. Essa importante mudança só foi possível graças ao desenvolvimento de uma tecnologia agrícola própria, adequada ao cultivo tropical. Vivemos em um cenário favorável. Dessa forma, a Valtra busca desenvolver máquinas eficientes e com menor custo operacional, além de primar pela segurança e o conforto do operador. Como grande destaque deste início de 2015, lançamos a colheitadeira BC7800, nova classe VII, que traz alta tecnologia embarcada. Essa máquina possui o TriZone, um novo sistema de processamento desenvolvido para enfrentar as condições mais difíceis de colheita, entregando mais rentabilidade e possibilitando jornadas mais longas de trabalho. Outra novidade é o esforço da AGCO em ajudar o empresário rural a otimizar, coordenar e conectar a produção, oferecendo produtos, serviços e suporte. Estas são as principais características do projeto Fuse PSM, que vocês conhecerão nesta edição da Valtra & Você. Também queremos nos aproximar ainda mais de você, nosso leitor, para que possamos produzir a revista cada vez mais com conteúdos que sejam do seu interesse. Participe com sugestões de matérias, comentários e fotos. Desejo uma excelente leitura e um ótimo ano! Com relação à revista, para acompanhar a evolução da nossa empresa, ela também apresenta novidades, como as novas seções Futuro do Agronegócio, com a opinião de especialistas do setor; Gestão no Campo, que traz reportagens que envolvem a boa administração do agronegócio; e Soluções GSI, mostrando tecnologias e clientes da empresa. Além da mudança da nomenclatura de algumas seções, evidenciando de que forma as tecnologias da Valtra auxiliam o produtor e o empresário rural. 4 Revista Valtra & Você Alberto Muxfeldt Neto Diretor de manufatura da AGCO – fábrica de Santa Rosa/RS (Colheitadeiras) INTERATIVIDADE // Leitor em destaque Com a palavra, o leitor Escreva para a nós e apresente a sua sugestão sobre assuntos que gostaria de ler nas páginas da revista, seja sobre máquinas, culturas, tecnologias, entre outros. Compartilhe as suas CORRESPONDÊNCIA: Valtra do Brasil DEPARTAMENTO de Marketing E COMUNICAÇÃo A/c Revista Valtra & Você Rua Capitão Francisco de Almeida, 695 CEP: 08740-300 – Brás Cubas – Mogi das Cruzes - SP ideias, as suas críticas e a sua opinião por meio dos seguintes endereços: E-MAIL: [email protected] ValtraGlobal Curta a página da ValtraGlobal no Facebook, fique por dentro das novidades da marca e mostre o seu amor pela Valtra. Os posts e comentários que tiverem mais destaque nós publicaremos neste espaço. Estes foram os escolhidos dos últimos meses. Conheça as páginas oficiais da Valtra: valtra.com.br ValtraGlobal @ValtraBrasil ValtraVideos Revista Valtra & Você 5 PROTAGONISTA RURAL // Irmãos Bardin Eduardo ajuda o tio Donizete na produção. Agrônomo, o jovem faz parte da segunda geração da família que se dedica ao negócio Laranjas de qualidade o ano inteiro O sucesso dos irmãos Bardin com a citricultura no interior de São Paulo C onhecimento, experiência, organização, dedicação e humildade. Quem conversa com os irmãos Adilson, Antônio, Donizete, Elcio e Paulo Bardin tem a certeza de que estas características são essenciais para o sucesso do negócio da família. Cada um responsável por uma área, eles formam a sociedade Irmãos Bardin, uma das maiores produtoras de citros do estado de São Paulo. Donizete, 56 anos, responsável pela produção, revela um dos grandes diferenciais para obter destaque no mercado: os períodos de plantio se estendem propositalmente alguns meses a mais do que a época programada nos 2 mil hectares de terra da família, distribuídos em sete fazendas. “É aí que se dá a diferença e você obtém o seu ganho. Tem que saber como produzir para conseguir os rendimentos”, afirma. Alessandra Pinheiro e Regina Cirne Lima Guedes // Fotos Renan Costantin Com mais de dez qualidades de citros e 1 milhão de pés, os Bardin fornecem laranjas o ano inteiro para clientes principalmente de São Paulo, do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais. “Nós nos preocupamos em ter laranjas em diversas regiões e com muitas variedades, para que tenhamos safra o ano inteiro. Nós emendamos safras com o objetivo de não ter entressafras. A ideia é produzir o ano inteiro sem parar”, diz Eduardo Bardin, 32 anos, filho de Adilson. O jovem, que é agrônomo e ajuda Donizete na produção, faz parte da segunda geração da família que se dedica ao negócio. Tem que saber como produzir para conseguir os rendimentos 6 Revista Valtra & Você Tio e sobrinho na fazenda Cercado Grande, em Estiva Gerbi (SP), que possui mais de 820 hectares de citros Com mais de dez qualidades de citros e 1 milhão de pés, os Bardin fornecem laranjas o ano inteiro para clientes principalmente de São Paulo, do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais. História A história da sociedade dos irmãos Bardin inicia em 1984, em Campinas (SP). A ideia surgiu da antiga profissão dos irmãos: comerciantes em feiras livres. Com a compra da primeira propriedade em Mococa (SP), eles plantaram apenas 48,4 hectares de laranjas. Com o bom desempenho na primeira colheita, o negócio começou a tomar forma. A fazenda Cercado Grande, no município de Estiva Gerbi (SP), foi o segundo investimento, com o plantio inicial de 218 hectares de citros. “Hoje possuímos uma área de mais de 820 hectares nesta fazenda”, ressalta com orgulho Donizete. Técnicas de qualidade A expectativa para a produção deste ano é de aproximadamente 1,5 milhão de caixas de laranja. Para dar conta desta demanda e garantir a qualidade dos produtos, a família emprega boas práticas nas suas fazendas. “Você tem que trabalhar com certa porcentagem de renovação dos pomares, de 5% a 10% por ano, para você não chegar lá na frente com todos velhos e ter de renovar tudo de uma vez. Aí você fica sem produção”, destaca Eduardo. Quanto à preparação do solo, os irmãos Bardin trabalham com toda a parte de fertilidade que é necessária para produzir uma fruta de qualidade e em boa quantidade. Entre outras, estas aplicações abrangem calagem, na qual se aplica calcário ao solo para eliminar a acidez, e as análises de solo e de folha. A expectativa para a produção deste ano é de aproximadamente 1,5 milhão de caixas de laranja. Revista Valtra & Você 7 PROTAGONISTA RURAL // Irmãos Bardin A família utiliza cerca de 40 tratores da Valtra para o auxílio na pulverização, no manejo da lavoura e na colheita, que é feita diariamente em todas as fazendas A irrigação por gotejamento foi uma maneira que os irmãos encontraram para alavancar o plantio de citros em regiões com baixos índices de chuvas. As propriedades possuem este sistema desde 1996, mas ele não está em todas as áreas. “Possuímos fazendas em regiões como a de Avaré (SP), que tem uma boa quantidade de chuva e não necessita desta prática. Já a propriedade em Mococa é 90% irrigada”, complementa o agrônomo. Confiança na Valtra Os Bardin são clientes da Valtra desde que iniciaram a sociedade. A família utiliza aproximadamente 40 tratores da marca para o auxílio na pulverização, no manejo da lavoura e na colheita, que é feita diariamente em todas as fazendas. Entre as mais usadas estão máquinas da linha BL, Série A e BM100. Atualmente, os irmãos adquiriram dois tratores A950 cabinados, pela eficiência e potência do motor. Eduardo revela que eles não costumam vender máquinas antigas. “Quando adquirimos novos tratores, vamos 8 Revista Valtra & Você colocando os mais antigos para fazer os serviços mais leves e os mais novos para fazer os serviços mais pesados.” De acordo com Donizete, contar com a Valtra, representada pela concessionária Coopercitrus de Mogi Mirim (SP), é sinônimo de parceria e qualidade. “O mais importante é a parceria. Nós sempre pensamos que a Valtra é um parceiro próximo, que dá uma assistência adequada. Porque hoje não adianta você ter uma boa máquina e não ter uma reposição de peças rápidas”, elogia. “A Coopercitrus é muito importante para nós. A equipe é prestativa e está sempre disposta a ajudar. Estamos com ela desde que a empresa se instalou em Mogi Mirim”, acrescenta Donizete. Infraestrutura de sucesso Além das sete fazendas, os irmãos possuem uma packing house (casa de embalagem) localizada em Paulínia (SP). Nesta estrutura, com aproximadamente 4 mil metros de extensão, estão concentrados 50 funcionários que trabalham das 7h às 17h, geralmente de segunda-feira a sábado, sob o comando de Paulo Bardin, 49 anos, o irmão mais Irmãos Adilson e Paulo na packing house em Paulínia (SP) novo. “A produção média diária é de 5 a 7 mil caixas. Estas comportam de 100 a 180 laranjas, dependendo do calibre. Se estiverem fora do padrão para o mercado, são destinadas à indústria”, comenta Paulo. A localização da packing house foi pensada estrategicamente para facilitar a logística. Nos reunimos todos os domingos para almoçar e jogar um futebol. Mas sempre estamos perto para tomarmos decisões e planejarmos nosso negócio Ela fica próxima da Ceasa de Campinas (SP), da capital São Paulo e de diversas rodovias. O escritório da empresa também se encontra no mesmo terreno. Adilson Bardin, 60 anos, o irmão mais velho, é responsável pelo administrativo. Ele relata que, para atender a demanda de alguns clientes, em especial do estado de São Paulo – seu mercado mais forte –, a sociedade possui uma frota com mais de 30 veículos, entre carros e caminhões. Além da casa de embalagem e do escritório, a área abriga as residências dos cinco irmãos. “Nos reunimos todos os domingos para almoçar e jogar um futebol. Mas sempre estamos perto para tomarmos decisões e planejarmos nosso negócio”, finaliza Donizete. Revista Valtra & Você 9 FUTURO DO AGRONEGÓCIO // Mecanização “Tudo será monitorado” Susiâni Silva Professor José Paulo Molin afirma que, no futuro, os produtores rurais não vão mais plantar instintivamente, tudo será monitorado. “Eles falarão de agricultura de precisão de uma forma natural, incorporada ao cotidiano.” Cenário comum nos países desenvolvidos, a mecanização agrícola avança rapidamente no Brasil com a viabilização de novas tecnologias para a atuação em diferentes atividades. Isso traz inúmeras facilidades e benefícios para os produtores rurais, como aumento da produtividade e diminuição de custos. A seguir, confira uma entrevista com o professor José Paulo Molin, da área de Mecânica e Máquinas Agrícolas do Departamento de Engenharia de Biossistemas da ESALQ – USP, sobre o futuro da mecanização. 10 Revista Valtra & Você Como o senhor vê a aplicação de novas tecnologias no campo? José Paulo Molin – A mecanização da lavoura trouxe inúmeras facilidades para os produtores rurais. A automação de máquinas, por exemplo, trouxe a diminuição de custos para o agricultor, aumento de produtividade e potencial para alavancar nossa indústria de máquinas e equipamentos justamente no setor econômico mais competitivo do país, o agronegócio. Diretamente ligado ao desenvolvimento das novas tecnologias, temos o aumento do rendimento operacional – mais área plantada em menos tempo. Os operadores das máquinas estão cada vez mais livres para gerenciar, pois não precisam mais dirigir. Atualmente, tanto os grandes agricultores quanto os pequenos têm acesso a muitos benefícios que tornam a agricultura mais rentável. Em que culturas a mecanização agrícola está mais presente? José Paulo Molin – No Brasil, a mecanização agrícola em grãos – incluo a soja que é a principal commodity no país – começa na primeira metade do século passado. A mecanização de outras culturas, como a colheita do algodão, é mais recente. Em seu início, o processo de mecanização trouxe grandes consequências, não apenas na economia, mas em toda a sociedade. Em algumas décadas, o país passou da tração animal para a máquina, da subsistência para a economia de escala no campo, do feudo para a agroindústria. Outro exemplo mais recente é a cana-de-açúcar, o que vem mudando o cenário do plantio desta cultura no país. Revista Valtra & Você 11 FUTURO DO AGRONEGÓCIO // Mecanização Qual é a sua opinião sobre o futuro da mecanização? José Paulo Molin – As máquinas serão cada vez maiores, mais eficientes e mais globalizadas. Logo teremos máquinas autônomas para suprir a falta de mão de obra qualificada. A automação pode e deve avançar pela agropecuária como forma de assegurar o aumento de produção e produtividade e ainda manter e estimular o crescimento das indústrias de máquinas e equipamentos agropecuários no país. Ainda assim, deve-se trabalhar a qualificação da mão de obra. Acontecerá algo muito semelhante ao que ocorreu com a colheita da cana. Vai ter gente trabalhando em outros ramos do negócio. Nesse momento os sistemas automatizados (pilotos automáticos) tomam a cena e adquirem grande importância no cenário nacional. Quais mudanças o senhor enxerga no perfil do produtor rural para o futuro? José Paulo Molin – Os produtores, de uma forma geral, estão cada vez mais mecanizados. A tecnologia chegou às pequenas e às grandes propriedades. E chegou para ficar. No futuro, o acesso será cada vez mais facilitado. As máquinas serão cada vez maiores e mais automatizadas, e as tomadas de decisão, mais estratégicas. Os agricultores terão mais acesso a dados que facilitarão o trabalho no campo. Não vão mais plantar instintivamente, como ainda acontece hoje no Brasil. Tudo será monitorado. As pessoas falarão de agricultura de precisão de uma forma natural, incorporada ao cotidiano. 12 Revista Valtra & Você O que a agricultura de precisão representa para o futuro da agricultura? José Paulo Molin – O principal objetivo da agricultura de precisão é maximizar a eficiência na utilização de insumos de forma sempre mais localizada, a partir do mapeamento e aplicação com o uso em máquinas agrícolas de recursos eletrônicos e de informática, como sensores, atuadores, computadores de bordo, controladores de pulverização e controladores de adubação. Como você analisa a questão da conectividade como um fator de evolução para a agricultura? José Paulo Molin – Não posso falar em um divisor de águas na questão do desenvolvimento de tecnologias no campo. Mas, sem dúvida, o GPS nas máquinas, em especial o piloto automático, foi fundamental para a evolução da agricultura. A conectividade vem na sequência e tem o objetivo de auxiliar a gestão com mais tecnologia de informação. A expectativa é de que todas as etapas dos processos agrícolas estejam cada vez mais interligadas, gerando condições para o produtor plantar e colher cada vez mais e melhor. TECNOLOGIAS // Colheitadeira BC7800 Colheitadeira BC7800: maior capacidade produtiva por hectare Valtra lança a melhor colheitadeira axial pertencente à classe VII do mercado Bettina Schünke Güenter Destinada aos empresários rurais mais exigentes de médias e grandes propriedades, a Valtra lança a colheitadeira BC7800, a melhor axial pertencente à classe VII do mercado. A máquina, que será apresentada no Show Rural Coopavel, de 2 a 6 de fevereiro, em Cascavel (PR), faz parte da família da Série 800 e exibe muitas novidades. Uma delas é o novo sistema de processamento TriZone, desenvolvido para enfrentar as condições mais difíceis de colheita. Composto por um completo sistema de trilha e separação, ele contém o maior rotor do mercado (0,80m X 3,56m), exclusivo sistema de côncavos com suspensão e um novo sistema de alimentação. O TriZone aumenta a capacidade da máquina, entrega mais rentabilidade e oferece uma qualidade superior de grãos. E tudo isso com economia de combustível, pois a BC7800 tem a melhor relação litros/toneladas colhidas da categoria. Revista Valtra & Você 13 TECNOLOGIAS // Colheitadeira BC7800 “São muitos os pontos de destaque dessa máquina. O sistema TriZone proporciona mais capacidade de trilha com maior qualidade de grãos. Além disso, possui um novo sistema de limpeza multiestágios, que, além de pressurizar as peneiras, conta com um duto especial direcionando o ar para uma pré-limpeza, entregando um grão muito mais limpo”, afirma Gilberto Dutra, coordenador de marketing do produto colheitadeiras. A máquina oferece a maior capacidade de processamento e rendimento operacional. Uma aliada no campo A nova colheitadeira é equipada com o exclusivo sistema de arrefecimento V-Flow, que distribui melhor o fluxo de ar sobre os radiadores e remove automaticamente as impurezas e os resíduos da colheita. Essa ação previne obstruções e mantém o funcionamento da colheitadeira com a máxima eficácia, sem paradas para limpeza diária. Gastando menos tempo nesta operação, a BC7800 oferece mais capacidade de colheita. O novo sistema de acionamento do rotor, com o motor seguindo o mesmo alinhamento e inclinação, é projetado para uma transferência direta e eficiente de potência entre os conjuntos. Além disso, o rotor recebe material em quase todos os seus 360 graus, reduzindo a obstrução encontrada em outros modelos e maximizando o fluxo de material a ser trilhado e separado. O destaque também fica com o motor AGCO Power de 9,8 litros e 7 cilindros instalado na BC7800. Mesmo quando demanda por potência máxima, que é de 450 cv, proporciona excelente desempenho com o mínimo de ruído e consumo. O motor possui um avançado sistema de injeção de combustível, controlado eletronicamente por software, que garante a potência necessária à máquina. E, para ter mais agilidade em campo, a nova colheitadeira é equipada com um sistema de descarga com a maior vazão do mundo: 150 litros por segundo. O seu tanque de grãos possui capacidade para 12.334 litros. Diferenciais da BC7800 • Motor AGCO Power de 9,8 litros e 7 cilindros • Exclusivo sistema de processamento TriZone, composto pelo maior rotor do mercado, exclusivo sistema de côncavos com suspensão e novo sistema de alimentação • Novo sistema de acionamento do rotor, no qual o motor e rotor seguem o mesmo alinhamento e inclinação • Sistema de limpeza de grãos com fluxo de ar de dupla saída • Novo sistema de descarga, com a maior vazão do mundo (150 lts/s) • Em sua versão 4X4, disponibiliza 24 velocidades de deslocamento • Exclusivo sistema de arrefecimento V-Flow com reversão inteligente, que elimina o sistema de tela rotativa e distribui melhor o fluxo de ar sobre os radiadores. Previne obstruções reduzindo as manutenções diárias A cada 15 minutos o sistema de arrefecimento V-Flow se reverte automaticamente e expele as impurezas evitando possíveis obstruções 14 Revista Valtra & Você Gilberto Dutra, coordenador de marketing do produto colheitadeiras São muitos os pontos de destaque dessa máquina. Um deles é o novo sistema de limpeza multiestágios, que, além de pressurizar as peneiras, conta com um duto especial direcionando o ar para uma pré-limpeza, entregando um grão muito mais limpo. Jornadas mais longas Possibilitando jornadas mais longas de trabalho, a BC7800 foi planejada para atender também as colheitas noturnas. As quatro luzes de alta intensidade no alto da cabine e as duas luzes de LED junto à plataforma do operador permitem continuar o trabalho quando o sol se põe. Além disso, para um trabalho confortável do operador, um banco ergonômico e com suspensão pneumática foi projetado, assim como um sistema de ar-condicionado digital, mantendo a temperatura desejada. Ainda na cabine – mais ampla e silenciosa –, todos os controles estão ao alcance do usuário, que tem maior visibilidade. “A nova BC7800 apresenta maior capacidade produtiva e maior rendimento por hectare que sua antecessora. E, mais, traz todas as novidades presentes na sua irmã maior, a BC8800, que a Valtra apresentou ao mercado em 2014. Assim, entramos em definitivo no mercado de colheitadeiras de alta performance e tecnologia com a nova classe VII, a melhor da categoria fabricada até hoje”, finaliza Gilberto. Benefícios • A melhor colheitadeira axial pertencente à classe VII • Oferece mais capacidade e mais produtividade por hectare • Enfrenta as condições mais difíceis de colheita • Proporciona mais capacidade de trilha com maior qualidade de grãos • Possibilita jornadas mais longas de trabalho, inclusive à noite • Tem a menor relação litros de diesel por tonelada colhida, gerando economia de combustível Ágil, a nova colheitadeira classe VII tem um sistema de descarga de 150 litros por segundo Revista Valtra & Você 15 TECNOLOGIAS // Fuse Precision Solutions & Management (Fuse PSM) Em busca de uma solução completa para o produtor rural Bettina Schünke Güenter Com o Fuse Precision Solutions & Management, concessionárias oferecerão serviços para o gerenciamento e aprimoramento da frota Valtra L ançada recentemente, a Fuse Technologies é uma estratégia global da AGCO, detentora da marca Valtra, que fornece ao homem do campo integração e conectividade com as suas máquinas. O projeto transformou as práticas atuais da lavoura, fornecendo soluções de ponta para a agricultura de precisão que levam à redução de custos de produção, maior eficiência e rentabilidade. Para reforçar ainda mais a promessa do Fuse de otimizar, coordenar e conectar as operações durante todo o ciclo de produção, a AGCO e as concessionárias Valtra passam a oferecer 16 Revista Valtra & Você pacotes de serviços e de suporte ao produtor. A proposta do Fuse Precision Solutions & Management (Fuse PSM) é focada no gerenciamento da frota e propõe-se a promover uma manutenção mais efetiva, a otimização do uso das máquinas e garantir a disponibilidade dos equipamentos no campo. “Queremos apoiar nosso cliente para usar sua frota da forma mais eficiente possível, usando o conhecimento da concessionária com o apoio da Valtra. Com isso, nosso cliente se torna mais eficiente, ganhando em rentabilidade”, explica Rafael Antonio Costa, gerente da área de Soluções em Tecnologia Avançada (ATS, na sigla em inglês) da AGCO América do Sul. Projeto O planejamento do projeto iniciou em 2014. Para este ano, concessionárias selecionadas irão iniciar os trabalhos oferecendo pacotes de serviços para grupos de clientes. O produtor poderá escolher entre diferentes níveis de suporte, desde o básico até o gerenciamento completo da frota, com relatórios, monitoramento e conselhos para melhorar o rendimento na próxima safra. A proposta será ofertada para toda a rede de concessionárias Valtra a partir de 2017. Evolução do negócio Os benefícios do Fuse PSM estão em todos os níveis de atendimento, desde a fábrica, passando pela concessionária, e principalmente para o cliente, que obterá um ótimo desempenho de suas máquinas durante toda a temporada, receberá assessoria técnica para que tenha menos tempo parado e conectará as operações em todas as fases de produção. “É uma estratégia que vem de encontro com os anseios dos agricultores e que fortalecerá os elos entre fábrica, revendas e produtores. Essas três partes estarão coordenadas proporcionando melhor nível operacional de seus colaboradores, maior disponibilidade da frota, redução de custos e aumentando a confiança na marca”, afirma Marcelo Bassi, gerente de marketing de produto para tratores, implementos e pulverizadores. O Fuse Precision Solutions & Management é uma evolução na forma como a Valtra e sua rede de concessionárias irão fazer negócio. “Queremos passar de fornecedores de máquinas agrícolas para fornecedores de uma solução completa, composta por máquinas, tecnologias, serviços e suporte. Passaremos a ser parceiros atuantes nos negócios de nossos clientes, garantindo a melhor performance e eficiência dos equipamentos no campo”, garante Bernhard Leisler Kiep, vice-presidente de marketing, pós-vendas, gestão de produtos e desenvolvimento de concessionárias da AGCO para a América do Sul. “Esse é um projeto que envolve uma mudança cultural na forma de trabalho de nossos concessionários, por isso requer um acompanhamento e apoio muito forte da AGCO”, acrescenta Rafael. Há mais de oito anos, a concessionária Comper Tratores, de São Paulo, vem investindo em serviços de pós-venda e de suporte técnico, por isso foi uma das revendas escolhidas para participar do projeto experimental do Fuse PSM. Oferecendo monitoramento online da frota, a Comper acompanha o rendimento das máquinas de seus clientes e orienta-os sobre a forma correta de utilizar os equipamentos. Sobre a expectativa para a estratégia Fuse PSM, Marcos Comper, diretor da empresa, comenta: “Oferecer serviços de qualidade é uma tendência irreversível, cada vez mais o agricultor vai ter necessidade de saber como está o uso de suas máquinas e fazer o acompanhamento. Para nós, concessionários, o Fuse PSM será uma excelente oportunidade de aumentar o relacionamento com o cliente”. Bernhard Leisler Kiep, vice-presidente de marketing, pós-vendas, gestão de produtos e desenvolvimento de concessionárias da AGCO para a América do Sul Queremos passar de fornecedores de máquinas agrícolas para fornecedores de uma solução completa composta por máquinas, tecnologias, serviços e suporte. Passaremos a ser parceiros atuantes nos negócios de nossos clientes, garantindo a melhor performance e eficiência dos equipamentos no campo Revista Valtra & Você 17 PRODUTIVIDADE EM ALTA // Noroeste do Paraná José Ernesto Giacobbo com o seu trator BT190 Resultados surpreendentes no Noroeste do Paraná Por Renata Mastromauro // Fotos Ivan Amorin Produtor rural José Ernesto Giacobbo, de Nova Londrina (PR), trabalha com um trator BT190 e uma plantadeira HiTech BP1307M em lavouras de soja e milho C ansado de depender da monotonia de culturas na região de Nova Londrina, no Noroeste do Paraná, o produtor rural José Ernesto Giacobbo resolveu inovar. Além da mandioca, principal produto da zona juntamente com a laranja, ele começou a investir em culturas muito populares no Brasil, mas que – simplesmente por tradição – não existiam por lá: soja e milho. “Quando disse que iria plantar soja aqui me chamaram de maluco. Há um preconceito muito forte em relação a essas culturas aqui na região, ninguém acreditava que daria certo”, diz José Ernesto. E a intuição do produtor – que, segundo ele mesmo, não costuma falhar – acertou. Atualmente, ele mantém 14 contratos de arrendamento que somam 380 hectares de terra, alguns lotes pequenos e outros maiores. Há cinco anos, José Ernesto produz soja e milho em uma área de 148 hectares, que vem dando resultados surpreendentes. Mesmo com a seca e o calor intenso do verão passado, ele colheu 43 sacas de soja por hectare, enquanto em outras regiões do Paraná a lavoura foi perdida. E logo na primeira safra de milho, alcançou a marca de 146 sacas de milho por hectare. 18 Revista Valtra & Você O pioneirismo de José Ernesto está no sangue. Sua mãe, Ondina Cureau, trocou o Rio Grande do Sul pela recém-fundada Nova Londrina em 1952, convidada para ser professora na cidade. Casou-se com o italiano Giovanni Giacobbo, que havia comprado terras de mata na cidade para transformar em lavouras de café, e tiveram cinco filhos, criados cultivando o amor pela terra. E a fidelidade à Valtra também é coisa de família: Giovanni comprou o primeiro trator da marca em 1975, um 65 ID, que arrancou da terra os primeiros pés de café da família, dizimados pela geada negra daquele ano. Após o episódio, conseguiram montar uma leiteria, que foi o único sustento da família por muito tempo e existe até hoje. A máquina me trouxe o benefício de poder experimentar tudo o que eu quero, na hora que eu quero, sem depender dos outros. Foi necessário muito esforço e dedicação para transformar o menino que tirava leite em um produtor rural arrojado e superligado em tecnologia. Recém-casado, ele começou a dar cursos no Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Paraná (Senar-PR) e, com as economias que lhe sobravam, pagava um consórcio de um trator Valtra 885. Em 1986, foi contemplado e, com o trator, começou a alugar o maquinário, fazendo parcerias com outros produtores que possuíam os implementos. A máquina foi sua companheira até 2000, quando trocou-a por um 1380, trator que lhe abriu os caminhos para, enfim, conseguir arrendar terras e fazer o que sempre quis: ter sua própria produção. E ele foi crescendo até que, no ano passado, comprou um trator BT190 com piloto automático, sendo outra vez pioneiro com uma tecnologia inédita na cidade. Acoplada a ele, uma plantadeira HiTech BP1307M. Mais rendimento “Depois da chuva, existe o momento certo para plantar, e é preciso ter uma boa máquina para agilizar o processo nesse momento único. Eu não posso passar um mês plantando, o ideal é uma semana. Com o novo maquinário, nós conseguimos plantar tudo em apenas cinco dias, o que melhora consideravelmente o rendimento”, afirma. E sua esposa, que é professora, começou a operar o BT190. “Com o piloto automático ela trabalhou dois dias inteiros na roça se divertindo”, relata José Ernesto. O piloto automático faz tudo sozinho, é só assistir à máquina trabalhar. Essa tecnologia, ainda vista por alguns como luxo, permite a ele dar conta de todo o trabalho com poucas máquinas e um pessoal reduzido. Junto com produtor rural trabalham o funcionário Luciano e o filho Bruno, que, aos 17 anos, cuidou sozinho de todo o plantio de soja, mesmo nunca tendo operado uma máquina. “É fácil de operar. Quando entrei pela primeira vez e vi esse monte de botão, achei que fosse difícil, mas é muito fácil. O piloto automático faz tudo sozinho, é só assistir à máquina trabalhar. Eu fico ouvindo música, mexendo no celular, dá até para dormir”, brinca o filho. Neste ano, Bruno irá ingressar na faculdade de agronomia e pretende continuar ajudando o pai quando necessário. “Eu não fui em busca só do benefício da máquina, mas principalmente do conforto. Arrumar gente para trabalhar está cada vez mais difícil, e essas máquinas modernas possibilitam qualquer pessoa que seja inteligente a operar. A tecnologia vem para somar”, ressalta José Ernesto. Ele conta, também, que o trator ajudou a resolver um problema de bursite no seu ombro, adquirido pela força que fazia para manobrar máquinas. “O piloto facilita muito a manobra da máquina. Nas linhas menores, fica muito mais fácil.” José Ernesto e o filho Bruno Revista Valtra & Você 19 PRODUTIVIDADE EM ALTA // Noroeste do Paraná José Roberto da Silva, mais conhecido como Beto, vendedor da concessionária Comercial Agrícola, de Paranavaí, diz que José Ernesto é formador de opinião. “As pessoas tinham dúvida em relação ao investimento que ele havia feito, mas hoje muitos reconhecem que foi uma grande inovação. Outros já estão plantando soja e milho por causa dele, e acredito que em breve mais produtores comprarão equipamentos com piloto automático aqui.” Quebra de paradigmas José Ernesto declara que depende do BT190 para tudo. “A máquina me trouxe o benefício de poder experimentar tudo o que eu quero, na hora que eu quero, sem depender dos outros.” Ele relata ainda que a maioria dos donos de propriedades rurais arrenda áreas para cana-de-açúcar, “porque é o caminho mais fácil”. “Já fui um grande prestador de serviço, hoje eu prefiro cuidar do que é meu. E me considero corajoso, porque quebrar paradigmas é difícil”, conclui. “Embaixador” da Valtra A 50 quilômetros de Nova Londrina, no município de Guairaçá (PR), outra família é fã da Valtra. Em 2003, quando Antônio Gomes Salles, o seu Toninho, comprou seu primeiro trator da marca, um 985, gostou tanto da máquina que virou praticamente um “embaixador” da Valtra na região. “Temos uma amizade muito grande com o pessoal da concessionária. Gosto muito dos tratores, então indico para todo o mundo”, diz seu Toninho. Seu Toninho e os filhos Edmar e Ronaldo “Ele ia comigo de porta em porta me apresentando aos produtores rurais. Quando comecei aqui na região, outras marcas dominavam o mercado de tratores, mas nós conseguimos reverter o cenário: hoje tem muito mais Valtra do que qualquer outra marca na região”, destaca José Roberto da Silva, mais conhecido como Beto, vendedor da concessionária Comercial Agrícola, de Paranavaí. “Todas as máquinas que vendi na região foi com a colaboração dele, eu não teria tido esse êxito se ele não estivesse ao meu lado. Todo o sucesso da marca Valtra nos municípios de Guairaçá e Mandiocaba, além do trabalho da concessionária Comercial Agrícola, eu devo a ele.” Há 22 anos a família chegou à região para arrendar terras. Hoje, seu Toninho e os filhos, Edmar e Ronaldo, cultivam 164 hectares de mandioca. Em 2012, o 985 da família foi trocado por um BM125i cabinado com ar-condicionado, que agregou mais conforto ao serviço. “Trabalho o dia inteiro e não me canso, parece que estou em um escritório. O serviço rende muito mais agora”, conta Edmar. E o comprador do 985 teve sorte. Antes de vendê-la, todo mês, Edmar polia a máquina e, uma vez por ano, desmontava tudo para limpar as peças. “O trator da Valtra dá muito pouca manutenção. Em nove anos, as únicas coisas que a gente trocou foram o terminal da direção e a bateria”, diz. “Eu até tentei comprar o 985 de volta, mas ele não quis vender de jeito nenhum.” 20 Revista Valtra & Você NOSSA TERRA // Pecuária Sinergia para produzir mais Pelo sistema de integração lavoura-pecuária, o produtor concilia a pecuária bovina e a produção de grãos na mesma área de terra C onforme dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Brasil conta com aproximadamente 100 milhões de hectares de terras destinadas a pastagens. Contudo, muitas dessas áreas se encontram em situação de degradação e, para recuperá-las, produtores estão lançando mão de tecnologias de integração lavoura-pecuária. O sistema é semelhante ao de rotação de culturas. Dessa forma, o agricultor concilia a pecuária bovina e a lavoura de grãos na mesma área de terra. A rotação de culturas é feita por técnicas de plantio direto, que reduzem o risco dos sistemas tradicionais de produção nas propriedades. Com o auxílio da mecanização no trato dos animais e também na produção agrícola, produtores tornam o agronegócio sustentável do ponto de vista econômico e ambiental. Segundo estudos da Embrapa, na utilização em pastos, as plantas forrageiras tropicais não competem com culturas como o milho, sorgo e arroz. No final de um ciclo, é possível colher os grãos e há uma grande evolução da qualidade do pasto. “Há uma sinergia, pois os pastos ficam cada vez melhores e há cada vez mais qualidade na produção de grãos sem a necessidade de aumentar insumos, inclusive reduzindo custos”, explica Evandro Vettorello, controller da Agropecuária Maragogipe. O investimento em outra atividade não significa deixar a pecuária de corte de lado. Pelo contrário. Os criadores recorrem às lavouras exatamente para dar suporte ao processo de intensificação da principal atividade econômica explorada nas propriedades, que tem como ponto forte o cruzamento industrial de bovinos, lastreado por um programa de nutrição que se inicia no período de aleitamento dos bezerros e se encerra com a terminação dos animais em confinamento. Agropecuária Maragogipe, em Itaquiraí (MS) Revista Valtra & Você 21 NOSSA TERRA // Pecuária Resultados imediatos Localizada em Itaquiraí (MS), a Agropecuária Maragogipe coleciona prêmios em concursos que avaliam a criação de bovinos. Conforme Evandro, as etapas fundamentais para se chegar a resultados competitivos é a seleção genética consolidada e estratégias de manejo. Ele ressalta os benefícios da Integração Lavoura Pecuária (ILP) e do uso do creep-feeding desde a fase de aleitamento. Técnica inovadora na pecuária brasileira, o creepfeeding se baseia na suplementação de bezerros, utilizada para acelerar o ganho de peso até o desmame, visando à produção de novilhos superprecoces. Nestes sistemas, a mecanização agrícola tem papel fundamental no aspecto tecnológico e consequentemente pode levar ao setor um aumento na demanda, pois mais áreas a serem cultivadas pedem mais tecnologia de produção. Com cinco propriedades rurais, quatro em MS e uma no RS e mais de cem funcionários, a diretoria da Maragogipe escolheu trabalhar com máquinas Valtra por sua qua- lidade e robustez. Atualmente, utilizam tratores BH185 e BT170 e plantadeiras de 13 linhas. “A carne brasileira está mudando sua imagem no exterior, passando de commodity para um produto de qualidade superior. Com o crescimento da demanda interna e a possibilidade de aberturas de mercados externos, a grande variedade de sistemas de produção nos coloca como um fornecedor que pode atender qualquer mercado do mundo tanto em carnes especiais quanto cortes de menor valor”, salienta. Economia e rentabilidade para o produtor Com a utilização da mecanização agrícola e de novas práticas no manejo do gado, a Fazenda Novo Horizonte, localizada em Montes Claros (GO) também está alcançando altos níveis de produtividade. Segundo o administrador e proprietário, Carlos Henrique Ribeiro do Prado, desde o início das atividades, na década de 70, a criação de gado nos 1,8 mil hectares é intensificada com maquinários Valtra. Wilson Brochmann, proprietário da Agropecuária Maragogipe 22 Revista Valtra & Você Stanciuc/Fotolia Hoje, utilizam tratores 785, BM100, BM110 e BM125 e quatro motores estacionários que funcionam como moto-bombas na irrigação. “Minha formação acadêmica é na medicina. Mas herdei a propriedade e os conhecimentos na agropecuária de meu pai. Atualmente, concilio as duas atividades com muita paixão”, conta. Prado explica que a opção pelos equipamentos da marca se dá em função da facilidade de operação, manutenção e reposição de peças. “Utilizamos maquinário em todas as atividades da fazenda: na pecuária, agricultura e irrigação. Quando meu pai começou, o trabalho no campo era muito mais rudimentar. Hoje a agropecuária é uma atividade industrial, que como tantas outras necessita de alta produtividade. Para isso, o uso de máquinas e o treinamento de pessoal é indiscutível”, afirma. Atualmente, a Fazenda Novo Horizonte utiliza milho e silagem próprios na alimentação das 2 mil cabeças de gado Nelore e Angus. Além disso, investe no plantio de soja, milho, feijão e sorgo. Para o pecuarista, está comprovado: a rotação das atividades proporciona aumento da produtividade de carne, pois os animais têm ganho de peso mesmo em períodos de seca. “A integração é um caminho sustentável e rentável para o nosso negócio. A pecuária necessita do apoio da agricultura para se tornar ainda mais rentável”, diz. Para ele, vivemos atualmente no Brasil um momento de euforia com o aumento da valorização da carne e dos custos de produção. “Este é um momento muito perigoso que exige um planejamento muito bem-feito. Sem dúvida, tecnologias como a ILP trabalhada com estratégias de venda garantirão ótimos resultados aos produtores”, comemora. Revista Valtra & Você 23 SOLUÇÕES GSI // Avicultura e suinocultura Produtos de qualidade no confinamento das aves são essenciais para o desempenho da granja GSI Brasil presente na avicultura e suinocultura do Acre Qualidade do produto e eficiência na produção são fatores essenciais para as empresas da região do Alto Acre Para ter maior produtividade e rendimento em suas granjas e o melhor desempenho do potencial genético dos frangos, a Acreaves conta com o auxílio de equipamentos de confinamento da GSI Brasil como comedouros, bebedouros, silos para armazenamento de ração e distribuição de ração automatizada. A GSI Brasil, empresa do Grupo AGCO, é líder mundial na produção de sistemas de armazenagem, secadores e transportadores de grãos e de equipamentos para confinamento de aves, suínos e pecuária leiteira. 24 Revista Valtra & Você Fundada em 2009, a Acreaves produz frango de corte. Com 90 granjas localizadas na região do Alto Acre, ela abrange os municípios de Brasiléia, Xapuri e Epitaciolândia. A empresa surgiu de uma iniciativa do Governo do Estado do Acre em parceria com a iniciativa privada e produtores rurais da região. Segundo Luiz Fernando Benites Portolez, sócio e diretor de fomento da Acreaves, o Estado entrou com apoio em infraestrutura de edificações, terraplanagem de granjas para os produtores, acessos de vias rurais para logística; o integrado, com as granjas e a mão de obra para produção; e a iniciativa privada, com os equipamentos das indústrias, custeio da atividade e gestão do complexo. Satisfeito com os produtos da GSI, Luiz Fernando conheceu o portfólio da marca pelo gerente regional de vendas André Rigo. “Nós optamos por instalar produtos GSI pela qualidade e principalmente pelo pós-venda, que nos atende sempre em tempo e a contento”, diz o dirigente. Ele explica que ter produtos de qualidade na criação de aves é fundamental para a eficiência produtiva, o que, consequentemente, reduz o custo por quilo produzido e melhora a competitividade da empresa no mercado. Em média, em cada granja da Acreaves são criados cerca de 10.000 frangos, sendo abatidos 15 mil aves por dia. “A avicultura mudou o cenário das cidades do Alto Acre. A Acreaves é a empresa que mais gera empregos diretos nas cidades, além de ter desenvolvido uma nova realidade no campo, pois a demanda por grãos tem feito com que a produção agrícola da região, que praticamente era de subsistência, se tornasse de média e grande escala, implementando tecnologia e se tornando de alta produtividade”, destaca o diretor. GSI na suinocultura Em razão do consumo da carne suína no mercado local e nos países vizinhos Bolívia e Peru, além da demanda de matéria-prima de suínos para abastecer a fábrica de embutidos da Acreaves, a empresa investe, desde 2012, em um frigorífico de leitões na região do Alto Acre, a Dom Porquito. E a GSI Brasil também está presente por lá. Conforme Luiz Fernando, que ocupa ainda o cargo de diretor de produção da Dom Porquito, os equipamentos da Unidade de Produção de Leitões (UPL) e das granjas dos produtores são todos da GSI Brasil e essenciais para manter a qualidade da carne fornecida ao consumidor. “Garantia no armazenamento, manutenção das características do alimento, eficiência no arraçoamento dos animais são fundamentais para produzirmos um produto confiável. Assim temos uma carne de qualidade e com baixo teor de gordura, característica exigida pelo consumidor de carne suína”, acrescenta. Atualmente, a Dom Porquito conta com uma UPL e 1.300 matrizes. O abate é terceirizado em uma planta frigorifica de bovinos adaptada para suínos, com abate diário de 40 animais. “A planta frigorifica própria está em fase de construção, com previsão de início do abate para março de 2015, abatendo 135 animais por dia e com o planejamento de expansão até final de 2016, com estimativa de ampliação da UPL e integração para abate diário de 250 animais”, projeta Luiz Fernando. Os equipamentos da Unidade de Produção de Leitões da Dom Porquito são 100% GSI Revista Valtra & Você 25 GESTÃO NO CAMPO // Consórcio Nacional Valtra Planejando a compra de sua máquina Valtra Bettina Schünke Güenter Conheça mais sobre o Consórcio Nacional Valtra, modalidade de negócio na qual você pode adquirir um equipamento novo de forma planejada C omprar uma máquina agrícola nova para potencializar a produção é o desejo de qualquer produtor rural. Para aqueles que podem planejar a troca de produtos Valtra, existe uma modalidade de negócio que não pesa no orçamento. O Consórcio Nacional Valtra (CNV) é uma maneira de acesso ao consumo baseada na união de pessoas físicas ou jurídicas, em grupo fechado, para formar uma poupança conjunta destinada à compra de bens ou serviços. “Quando se fala de consórcio, estamos falando de planejamento, e nosso agricultor sabe muito bem o que é isso. Pois, além de ser um grande investimento, a poupança programada é uma ação que planeja com antecedência a compra de um Valtra, fazendo com que diminuam os riscos nos negócios e que o produtor não dependa das incertezas de mercado, desde que seja feita a lição de casa, ou seja, o planejamento para aquisição da máquina”, esclarece Robson Moraes, gerente nacional do CNV. 26 Revista Valtra & Você Equipe do CNV, coordenadores de fábrica e vendedores no estande da Valtra na Agrishow 2014 O consórcio exige um baixo investimento mensal ao cliente, de maneira a não descapitalizá-lo, e ainda dar a grande chance de ter seu tão sonhado Valtra pagando um pouco por mês. As contribuições pagas mensalmente destinam-se a contemplar os integrantes do grupo com crédito para a compra de equipamentos com a garantia de entrega pela fábrica. As contemplações por sorteio acontecem todos os meses em assembleias realizadas pela extração da Loteria Federal e com ofertas de lances dos participantes. Os benefícios desse tipo de negócio para o setor são inúmeros. No consórcio não existem juros, e os valores e as formas de pagamento são adequados às necessidades do agricultor. Devido a suas baixas taxas e altos prazos, é uma das melhores maneiras de se adquirir um bem a longo prazo e é uma poupança confiável e programada, não havendo saques e interrupções. Além disso, outros atrativos dos grupos de consórcio são a possibilidade de lance financiado de até 20% do crédito, parcelas na ordem inversa valem como lance, e, sendo contemplado, o produtor rural pode ainda se capitalizar com a venda de seu usado. O CNV dispõe de vários grupos de consórcio, com duração de até 120 meses. Para quem adquire uma cota de consórcio, Moraes recomenda ficar atento ao calendário das assembleias, trabalhar as ofertas de lances e estar sempre adimplente para não deixar de participar das assembleias. “O consórcio exige um baixo investimento mensal ao cliente, de maneira a não descapitalizá-lo, e ainda dar a grande chance de ter seu tão sonhado Valtra pagando um pouco por mês.” Com o Consórcio Nacional Valtra é possível adquirir toda a linha de produtos Valtra, como tratores, colheitadeiras, pulverizadores, implementos agrícolas e geradores. Diego Lima, vendedor da concessionária Polisul; Giovani Henrique Moreira Fagundes Filho, cliente Valtra; Nivea de Bona, gerente da revenda; e João Togni, representante do CNV João Togni, representante do CNV; Fabiano Nicola, vendedor da concessionária Razera; Elizeu Zarpellon, cliente Valtra; e Cristiane Stangherlin, assistente do CNV Segurança e transparência Com o objetivo de comercializar suas máquinas de uma forma inteligente e condizente com a realidade do agricultor brasileiro, a Valtra iniciou suas atividades com o sistema de consórcio em 1983, em parcerias com administradoras de consórcio independentes. Em setembro de 2005, a empresa criou sua própria administradora de consórcio, com sede em Itu, interior de São Paulo. Com instalações modernas, sistemas de gestão de última geração e profissionais altamente treinados e qualificados, o Consórcio Nacional Valtra permite a seus consorciados uma forma segura, confiável e transparente na aquisição e renovação de sua frota. Revista Valtra & Você 27 CONSERVAÇÃO // Manual de instruções Está em suas mãos Pontos importantes e orientações sobre a manutenção preventiva e armazenamento de plantadeiras estão presentes no manual de instruções. Por isso, não despreze este aliado Considerando que as janelas de plantio estão cada vez mais apertadas, qualquer tempo dedicado para reparos em máquinas agrícolas, durante um dia próprio para o trabalho, significa deixar de plantar. Prejuízo na certa. Contudo, uma medida simples e eficaz de evitar contratempos e paradas não programadas para reparos é a leitura atenta do manual de instruções aliada a manutenções preventivas da sua plantadeira. Muitas vezes, erros básicos cometidos pelo produtor rural poderiam ser evitados com a leitura desse material. Apesar da ansiedade para fazer uso do novo implemento e de alguns manuais serem longos, não ler as orientações do fabricante pode obrigar o agricultor a levar o produto até a assistência técnica pouco após a compra. Para amenizar esse risco, a Valtra fornece um folheto anexo ao manual com um roteiro básico e rápido ensinando os primeiros passos para o agricultor logo desfrutar da plantadeira. Mas, segundo Luís Nogueira, especialista em pós-venda da marca, esse atalho não substitui a leitura do manual. “Recursos avançados e cuidados no uso do produto exigem uma leitura mais atenta e cuidadosa. Por isso, nunca despreze o manual de instrução e tenha-o sempre à mão para uma eventual consulta”, adverte. Confira, a seguir, algumas dicas de armazenamento e manutenção preventiva de plantadeira. 28 Revista Valtra & Você Susiâni Silva Luís Nogueira, especialista em pós-venda da Valtra Nunca despreze o manual de instrução e tenha-o sempre à mão para uma eventual consulta Armazenagem e lubrificação O armazenamento de seu implemento é um ponto importante para a vida útil dos sistemas e para um bom desempenho de seus componentes. Os fertilizantes e os locais úmidos são os principais inimigos na conservação. Certas precauções na estocagem podem contribuir para minimizar os efeitos da corrosão. Por isso, Luís recomenda que, após o final do plantio, os reservatórios de fertilizantes e sementes sejam mantidos totalmente limpos. “Lave toda a plantadeira com ducha de água. Remova os discos alveolados de semente e verifique o estado das caixas dosadoras da semente, gatilhos e condutores”, salienta. Também é importante que o seu implemento seja conservado em local fechado e livre do mau tempo, dessa forma você poderá tirar o máximo proveito de seu investimento. Manutenção preventiva “Na etapa do plantio e nas demais épocas do calendário agrícola, o produtor tem que enfrentar uma série de variáveis tanto climáticas quanto de solo. Contra essas adversidades não há o que fazer. O agricultor não tem controle sobre o clima ou sobre a topografia do terreno”, pondera Alexandre Mauch, gerente de suporte técnico da Valtra. Por isso, conforme ele, é de extrema importância a manutenção preventiva. “Às vezes, um simples parafuso que não foi reapertado pode causar sérios aborrecimentos, chegando mesmo a interromper o trabalho da máquina”, ressalta. Feita no período de entressafra – aproveitando que nessa época geralmente a mão de obra nas propriedades fica um tanto ociosa –, é possível fazer os reparos necessários com calma. Outra vantagem: ao programar com antecipação a compra dos componentes para a revisão, o produtor rural encontra muitas vezes promoções de peças na sua concessionária, reduzindo o custo de manutenção. Alexandre Mauch, gerente de suporte técnico da Valtra Às vezes, um simples parafuso que não foi reapertado pode causar sérios aborrecimentos, chegando mesmo a interromper o trabalho da máquina Tire o máximo proveito de sua plantadeira • Após cada dia de trabalho, examine todos os pontos de fixação do seu implemento. • Verifique o estado das peças e troque-as sempre que apresentarem algum desgaste ou quebra. • Se as peças não forem logo substituídas, poderão comprometer a sua plantadeira. • Fertilizantes e locais úmidos são os principais inimigos na conservação. • Lave todo o implemento com ducha de água. • Verifique o estado das caixas dosadoras da semente, gatilhos e condutores. • Conserve a sua plantadeira em local fechado. • Retire a pressão de todas as molas. • Retire a rosca do distribuidor de adubo para limpeza correta. • Lubrifique todos os pontos indicados com inibidores de ferrugem. Revista Valtra & Você 29 VALTRA NA AMÉRICA // Concessionárias Trac 21 opera em novas instalações na Bolívia Para atender melhor o cliente boliviano, a concessionária Trac 21 opera em uma nova matriz, localizada na avenida Cristo Redentor, em Santa Cruz de La Sierra. Distribuidora da Valtra há 17 anos no país, a Trac 21 só revende produtos da marca. Motor Ibérico promove Dias de Campo na República Dominicana A concessionária Motor Ibérico promoveu, em agosto, três Dias de Campo na República Dominicana. Foram demonstrados os modelos A850, A990 e BM125i para produtores que cultivam arroz. O primeiro evento ocorreu em Guaraguao Mao, o segundo, em La Ceibita, e o terceiro, em San Juan de la Maguana. “Nosso mercado é extremamente competitivo, e eventos como estes são importantes para que os clientes tenham a oportunidade de conhecer melhor a parte técnica das máquinas e também suas vantagens através de demonstrações de campo. Além disso, buscamos fortalecer a relação entre concessionário e cliente, assim como a mensagem de união e for- 30 Revista Valtra & Você ça entre Motor Ibérico e a marca Valtra que temos há muitos anos”, afirma Luis Fondeur, gerente de vendas agrícolas da concessionária e do grupo Antillana Comercial. “O objetivo da realização do Dia de Campo é apresentar aos clientes os diferentes modelos de tratores e sua performance no campo dominicano”, acrescenta Marcelo Gonçalez, coordenador comercial de exportação da Valtra. Autocarga Lara inaugura nova matriz na Venezuela A Autocarga Lara, concessionária Valtra na Venezuela, inaugurou sua nova matriz localizada no quilômetro 17 da via Barquisimeto-Quíbor, no estado de Lara. A loja tem 5.600 metros quadrados, sendo que 1.384 são para oficina, 710 para área de peças e 640 para exibição interna. Hoje 49 colaboradores trabalham na Autocarga Lara. Conforme a direção da concessionária, a relação empresa-produtor rural transcende a questão comercial, estabelecendo laços de confiança no assessoramento do bom uso e aplicação dos equipamentos adquiridos. “Nosso compromisso como empresa com o homem do campo, ligado à filosofia da nossa organização, é marcado pela busca para ampliar o portfólio de produtos para atender a demanda. E não apenas de equipamentos e ferramentas, mas queremos proporcionar a transferência conhecimento a produtores e operadores através de programas de formação e treinamentos no âmbito de acordos previamente estabelecidos com universidades reconhecidas na região”, destaca Ramón Romero, gerente-geral da Autocarga Lara. 500 tratores comercializados em 2014 Em 2014, o modelo de trator mais vendido foi o BH180, com 200 unidades, seguido pelo BM125 (150 unidades), BM110 (50), A990 (50) e A850 (50), totalizando 500 máquinas faturadas pela concessionária. A Valtra possui 22% do mercado venezuelano. Primeiros tratores Série S são enviados ao Paraguai Além do Brasil, os primeiros tratores da Série S na América Latina chegaram ao Paraguai no fim de 2014. Os modelos S293 e S353 serão vendidos pela concessionária Rieder, que promoverá demonstrações de campo para os clientes conhecerem as máquinas de alta potência da Valtra. Em dezembro, especialistas da marca ministraram um treinamento para vendedores e técnicos que dão suporte a vendas da Rieder. A concessionária possui matriz em Assunção e sucursais em Ciudad del Este, Santa Rita, Encarnación, Katueté e Loma Plata. Revista Valtra & Você 31 ACONTECE // Ações e eventos do período Concessionária Pampa apresenta a colheitadeira BC8800 A concessionária Pampa realizou dois eventos de apresentação da colheitadeira BC8800 em 2014. O primeiro ocorreu no fim de outubro na cidade de Sorriso (MT). A equipe comercial da concessionária mostrou a máquina inovadora para um grupo seleto de clientes, salientando os benefícios da tecnologia embarcada. O segundo evento aconteceu em novembro no município de Campo Novo do Parecis (MT). Shark investe na qualificação dos serviços A Shark está inovando o perfil de trabalho com ênfase na área de serviços para garantir a satisfação dos clientes. Nos últimos dois anos, a concessionária investiu aproximadamente R$ 15 milhões em novas instalações e reformas de adequação, sendo R$ 11 milhões na Shark Tratores e R$ 4 milhões na Shark Distribuidora. Além disso, a empresa tem estimulado a capacitação de seus colaboradores, com mais de 200 profissionais participando dos cursos na AGCO Academy em 2014. A Shark proporciona também cursos aos clientes usuários, com treinamentos direcionados aos operadores de máquinas em grandes frotistas. Visando o bem-estar de seus colaboradores, implantou um novo sistema para aperfeiçoar a gestão organizacional, instituiu o programa de melhoria do ambiente de trabalho (5S) e adquiriu equipamentos inovadores e modernos. Investe continuamente na segurança de seus trabalhadores, exigindo rigorosamente o uso de equipamentos de segurança (EPI). A Shark também vem enfatizando a conscientização de seus colaboradores em relação ao meio ambiente com treinamentos sobre o tema, na adequação das instalações para que as mesmas atendam à legislação ambiental do uso e reuso correto da água; como também descarte de materiais, embalagens contaminadas e armazenagem. Com mais de 54 anos de história, a Shark possui 23 lojas autorizadas da marca Valtra presentes nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina. Sucesso no Portas + Abertas da Dresch Tratorvale A concessionária Dresch Tratorvale, em Rio do Sul (SC), obteve sucesso no evento Portas + Abertas, promovido em 18 de novembro do último ano. Foram vendidas cotas do consórcio Valtra, peças e lubrificantes e protocolados pedidos de máquinas e implementos. Na oportunidade, a especialista Leliani Valéria de Souza ministrou uma palestra com ênfase no agronegócio. Durante o dia, os clientes puderam desfrutar de café da manhã, almoço e mesa de frios à tarde, além de transporte. O evento “Portas Mais Abertas” visa apresentar aos produtores rurais todo o portfólio da marca e oferece condições especiais de compra. Os interessados também têm acesso a uma consultoria personalizada sobre as soluções mais indicadas para cada tipo de produção. 32 Revista Valtra & Você Cultura e entretenimento com projeto Viagem ao Improviso Patrocinado pela Valtra, através da Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet, o projeto Viagem ao Improviso levou o espetáculo “Forasteiros” por mais de 15 cidades dos estados de MG, SP, PR e RS em 2014. Esta apresentação, gratuita e ao ar livre, foi criada com o objetivo de proporcionar cultura e diversão aos moradores de pequenas cidades brasileiras. Além do teatro, o projeto ofereceu jogos didáticos em escolas públicas dos municípios com o tema “sustentabilidade no campo”. Valtra conquista Prêmio Gerdau Melhores da Terra O trator Valtra A750F, da Série A Fruteiro, foi o vencedor do Prêmio Gerdau Melhores da Terra na categoria “Novidade Expointer Agricultura Familiar” em 2014. Bernhard Kiep, vice-presidente de marketing, pós-vendas, gestão de produtos e desenvolvimento de concessionárias da AGCO para a América do Sul, recebeu a distinção na cerimônia realizada em setembro na Gerdau Riograndense, em Sapucaia do Sul (RS). A máquina recebeu o reconhecimento por oferecer mais eficiência em trabalhos pesados e baixo custo operacional. “A Série A Fruteiro chegou para mudar o conceito de tratores estreitos do mercado. Estas máquinas oferecem plataforma totalmente plana e alavancas laterais, que aumentam o conforto e facilidade na operação”, declara Winston Quintas, supervisor de marketing de produto tratores da Valtra. Valtra e Santal recebem 12º Prêmio Visão Agro 2014 A Valtra e a Santal receberam o 12º Prêmio Visão Agro 2014. A Valtra ganhou na categoria “Tratores de Pneu” e Marco Gobesso, gerente de marketing e produto Santal, representou a marca no evento, que aconteceu dia 18 de novembro, em Ribeirão Preto (SP). Já a Santal venceu na categoria “Plantadora de Cana” e quem representou a marca foi Ruy Cunha, diretor de operações. Revista Valtra & Você 33 CONHECIMENTO // Livros e Sites Embrapa O portal da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) é voltado para o agronegócio, oferecendo pesquisas e dados científicos sobre o tema. Nele, é possível encontrar também notícias a respeito de diversos cultivos do país, se informar sobre novos produtos em teste e ter acesso aos manuais que o site oferece. www.embrapa.br Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação O site da Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação possui informações e relatórios atualizados sobre a técnica. Informativos, artigos e notícias também fazem parte do portal. www.febrapdp.org.br Agronegócios – Gestão e Inovação Brasil Orgânico Agronegócios – Gestão e Inovação é um livro que apresenta alguns dos temas mais importantes para o agronegócio. A obra traz conceitos e métodos de análise que se originam nas áreas de gestão e economia. O documentário Brasil Orgânico (2013), dirigido por Kátia Klock e Lícia Brancher e produzido por Mauricio Venturi, mostra ao público a cadeia de alimentos orgânicos desde o produtor até o consumidor. O longa faz uma viagem ao país, apresentando os ecossistemas, paisagens e pessoas que têm na produção orgânica uma forte convicção de vida. Autores: Luis Fernando Soares Zuin e Timóteo Ramos Queiroz Editora: Saraiva Valor: R$ 103,50 www.bit.ly/brasil-organico Participe da seção Conhecimento da revista Valtra & Você. Envie suas sugestões de sites, livros, filmes, blogs e perfis em redes sociais que tratem sobre o mundo do agronegócio para o e-mail: [email protected] 34 Revista Valtra & Você www.valtra.com.br valtraglobal valtravideos COLHEITADEIRA BC 8800 SUA MÁQUINA. DE TRABALHO. Equipada com a mais alta tecnologia disponível em colheita no mercado. SISTEMA DE PROCESSAMENTO TRIZONE Reduz o consumo de energia e aumenta a qualidade dos grãos. TAXA DE DESCARGA 150l/s. A mais rápida e eficiente do mercado. SISTEMA DE ARREFECIMENTO V-FLOW Maior jornada de trabalho, eliminação de resíduos e menos manutenção. ALTA TECNOLOGIA A mais avançada e eficiente do mercado. Aumente sua produtividade. www.valtra.com.br valtraglobal valtravideos TRATORES SÉRIE A GERAÇÃO II SUA MÁQUINA. DE TRABALHO. Tratores mais fortes, versáteis e econômicos da categoria. ALTO DESEMPENHO Maior capacidade de levante do mercado ECONÔMICO 9% de economia de combustível nas faixas de rotação de trabalho CAPÔ BASCULANTE Com design mais arrojado, de fácil manuseio TRANSMISSÃO SINCRONIZADA Facilidade na troca de marchas e baixo nível de ruído