REVISTA Valtra do Brasil | Edição 3 | Ano 2 | &VOCÊ Fevereiro 2012 Superando expectativas Produtores obtêm alto desempenho com colheitadeiras axiais Nossa Terra Embrapa pesquisa sistema de produção para cana no RS Protagonista Valtra Cliente Valtra é destaque no cerrado baiano sumário // Expediente 4 |EDITORIAL Fábio Piltcher apresenta as tendências do mercado em 2012 10 INOVAÇÃO 5 |VALTRA RESPONDE A participação do leitor no envio de comentários e dúvidas 6 |PROTAGONISTA VALTRA Neri Perboni conta a história da sua família com as máquinas Valtra na Bahia 8 |POR DENTRO DA VALTRA Valorização de talentos na fábrica de tratores em Mogi das Cruzes (SP) 16 |IMPLEMENTO Em época de plantio, dicas para regulagem das plantadoras adubadoras Colheitadeiras axiais geram satisfação e superam as expectativas dos produtores 14 CONSERVAÇÃO Projeto Usina agiliza a entrega de peças genuínas Valtra em São Paulo 18 |TRATOR O maior trator Valtra do mundo chega ao Brasil 20 |NOSSA TERRA Embrapa vai criar um sistema de produção para cana-de-açúcar no RS 24 |COMPROMISSO VALTRA Os motores AGCO SISU POWER, especialistas em agricultura 26 PERFIL Os segredos dos 50 anos de sucesso da Planalto Tratores 28 |PRESENÇA GLOBAL Direto da Europa, a maior feira agrícola do mundo e o lançamento da Série T 30 |ACONTECE Feiras, eventos, premiações e ações do último período 34 |CONHECIMENTO Livro mostra os fatores importantes que diferenciam a agropecuária dos outros negócios Foto de capa: Nilson Konrad Hans Jan Groenwold e Reynold Groenwold junto à colheitadeira axial BC 6500, em Castro (PR) A Revista Valtra & Você é uma publicação da Valtra do Brasil Ltda. Rua Capitão Francisco de Almeida, 695 Brás Cubas – CEP: 08740-300 Mogi das Cruzes – SP – Brasil Vice-Presidente Sênior AGCO América do Sul: André Carioba Vice-Presidente de Operações Comerciais AGCO América do Sul: Orlando Silva Diretor de Marketing AGCO América do Sul: Fábio Piltcher Gerente de Marketing e Comunicações AGCO América do Sul: Eduardo Nunes Coordenação Técnica: Cristiane Masina, Marco Radice Kol de Alvarenga e Nicole Flesch Colaboradores: Alexandre Assis, Cristiane Daniel, Fátima Faria, Jalison Cruz, Jonas Carmo, Rafael Antonio, Vitor Kaminski (AGCO), Giovani Ferrari (Lavrobrás), Kátia Mansan (DLL), Marcio Novatzky (Pampa), Mauricio Muller (DHL), Sheyla Roche (Lavrobrás), Valdomiro dos Santos (Lavrobrás) Fotografias: Nilson Konrad (Capa, Inovação, Implemento, Nossa Terra), Roberto Cesar de Aguiar (Por dentro da Valtra e Compromisso Valtra), Foto Vespa (Protagonista Valtra) Redação, Projeto e Design Gráfico: – (51) 3023.4866 – www.stampadesign.com.br Direção-Geral: Eliane Casassola Reportagem: Andrea Fioravanti (Reg.Prof. 8184), Bianca Bassani (Reg. Prof. 15069) e Roberto Villar Belmonte (Reg.Prof. 7243) Revisão: Patrícia Aragão Direção de Arte: Thiago Pinheiro Designer: Graziella Morrudo CTI: Larissa Troglio Impressão: Gráfica Pallotti Tiragem: 5.830 mil exemplares | Serviço de Atendimento ao Cliente Valtra: 0800 192 211 | Serviço de atendimento ao leitor: e-mail [email protected] e tel. (11) 4795-2000 | A Redação reserva-se o direito de publicar ou não o material a ela enviado, bem como editá-lo para fins de publicação. Matérias assinadas não expressam necessariamente a opinião da Redação ou da Administração da Valtra. O conteúdo da Revista Valtra & Você pode ser reproduzido, desde que mencionados o autor e a fonte. EDITORIAL // Fevereiro de 2012 Um bom ano à frente Saudável e robusto. É dessa forma que prospectamos o mercado de máquinas para o ano que está iniciando. Apesar dos fatores climáticos adversos em algumas regiões do país não há dúvida de que o agronegócio continua ditando o ritmo da economia brasileira, alavancado nos últimos anos por programas e linhas de crédito específicos tais como o Finame PSI e o Mais Alimentos. Esse último possibilitou o financiamento, desde o ano safra 2008-2009 até 2010-2011, de R$ 5,9 bilhões atendendo a mais de 130 mil agricultores em todo o país. Mesmo que uma significativa parte da demanda tenha sido atendida ainda existe muito para crescer nesse segmento. Com a inclusão das colheitadeiras no Programa uma nova possibilidade se abre para a agricultura familiar. O país, que disputa a liderança da produção mundial de alimentos, nos revela, cada vez mais, um imenso potencial de crescimento. E a consequência natural dessa situação é a renovação de boa parte da frota brasileira. Atenta a essa demanda a AGCO já anunciou um investimento de R$ 65 milhões para modernizar a fábrica de Santa Rosa (RS) e expandir a participação no mercado de colheitadeiras. A matéria de capa dessa primeira edição de 2012 da Valtra & Você destaca a participação da Valtra no mercado de colheitadeiras axiais e a satisfação dos clientes em relação ao desempenho dessas máquinas. Também é assunto o cliente Neri Perboni, que deixou Santa Catarina há 23 anos para desbravar o Oeste Baiano e é o Protagonista Valtra que utiliza nas suas três fazendas somente máquinas da marca. O Brasil é um dos poucos países que possui área agricultável suficiente para alimentar sua população e ainda exportar. Nos próximos anos pode se tornar um fornecedor de tecnologias inovadoras 4 Revista Valtra & Você As centenas de mãos que, com muito talento, montam as máquinas na fábrica de Mogi das Cruzes (SP) é o assunto da seção Por Dentro da Valtra. A pesquisa que está desenvolvida com o objetivo de criar um complexo para a produção da cana-de-açúcar no Rio Grande do Sul é o tema da cartola Nossa Terra. No Acontece os destaques são as inaugurações de novas concessionárias, notícias sobre serviços da Valtra, o recebimento do importante Prêmio Melhores da Terra para o AGCOMMAND, sistema inovador na gestão agrícola, a convenção Valtra realizada em Porto de Galinhas, entre outros importantes assuntos. Na cartola Perfil um pouco da história da Planalto Tratores, tradicional concessionária de Goiás que há 50 anos atua no segmento de máquinas agrícolas. São 36 páginas elaboradas com notícias e informações técnicas que envolvem fábrica, rede e nossos clientes. Desejo uma boa leitura e que 2012 seja de grande prosperidade para todos! Fábio Piltcher Diretor de Marketing da AGCO América do Sul VALTRA RESPONDE // Interatividade Quais são os óleos e filtros indicados para utilização nos tratores Valtra e que contribuem para o melhor desempenho da máquina? Para obter o melhor desempenho das máquinas é fundamental utilizar os óleos recomendados pela Valtra – lubrificantes Shell – marca parceira e que abastece os tratores na fábrica. Realizar as trocas nos períodos indicados e observar as especificações corretas para cada modelo também são essenciais para garantir uma excelente proteção às peças e aos componentes. Com a manutenção correta, que inclui a utilização dos filtros genuínos Valtra, o profissional do campo conseguirá prolongar a vida útil das máquinas, aumentado, assim, sua disponibilidade e, consequentemente, reduzindo seu custo operacional. Além disso, o cliente estará preservando o seu direito durante o período de garantia. Luiz Monteiro – Supervisor de Serviço AGCO América do Sul Com a palavra, o leitor Sobre a Valtra & Você Estávamos precisando de uma publicação como a Valtra & Você. Trabalhamos muito focados em nossa região de atuação e com a revista temos a possibilidade de conhecer melhor os Os leitores da Valtra & Você podem ajudar a construir o conteúdo da revista. Para isso basta enviar carta ou e-mail sugerindo assuntos para serem abordados, dicas, dúvidas técnicas e outras contribuições. Participe! pareceres de outras regiões do país. Esse conhecimento nos proporciona mais integração com outros setores e produtores de áreas diferentes. José Roberto Papacidro Gerente de Vendas da Planalto Tratores Goiânia/GO CORRESPONDÊNCIA: A/c Revista Valtra & Você Valtra do Brasil DEPARTAMENTO de Marketing E COMUNICAÇÃo Rua Capitão Francisco de Almeida, 695 Brás Cubas – CEP: 08740-300 Mogi das Cruzes – SP E-MAIL: [email protected] Revista Valtra & Você 5 Protagonista Valtra // Neri Perboni Um catarinense que prosperou no cerrado baiano Bianca Bassani Neri Perboni, ao centro de branco, cultiva soja e milho em São Desidério (BA) 6 Revista Valtra & Você E m 1988, a nova Constituição do Brasil garantiu o direito de voto de forma direta e secreta à população, o piloto Ayrton Senna conquistou seu primeiro título na Fórmula 1, Amapá e Roraima passaram a ser estados brasileiros. O ano de 1988 também foi marcado pelo início da trajetória de mais um fiel cliente Valtra, Neri Perboni, 41 anos. Nessa data, o catarinense de Ibicaré deixou sua cidade natal para desbravar terras até então desconhecidas no nordeste brasileiro. Chegou com 18 anos no Distrito de Roda Velha, localizado no município baiano de São Desidério – distante 869 quilômetros de Salvador e considerado o maior produtor de algodão do país, com participação de quase 16% na produção total, segundo dados do IBGE. Neri é um indivíduo incomum em todos os sentidos, nascido em Santa Catarina, mora na Bahia e torce pelo carioca Flamengo. Foi para o nordeste sozinho e, depois de conhecer as terras do serrado baiano, chamou a família. Mora na região do algodão, mas gera renda na produção de grãos. No total são 3200 hectares de terras, 2800 de soja e 400 de milho, distribuídos em três fazendas: a Fazenda Estância, a Fazenda Veredas e a Fazenda Catitu. “Cheguei na Bahia em busca de boas terras, não encontrei nada, nem estrutura, nem recursos, nem estradas. Precisei começar do zero”. O cenário encontrado na época faz de Neri um vencedor, detentor de nove máquinas Valtra ele é mais do que um cliente fiel, é atento às novas tecnologias da marca e totalmente aberto para conversas constantes com a concessionária que o atende, a Lavrobrás, que presta assessoria total em pós-venda ao cliente. “O atendimento que ele recebe da concessionária é fator fundamental para fazer do Neri um dos clientes fiéis Valtra na Bahia”, explica Messias Francisco Filho, coordenador técnico da Valtra na região. O cliente visita o local seguidamente para tirar dúvidas sobre as máquinas recém-adquiridas e fazer planejamentos a fim de aumentar a rentabilidade de sua lavoura, que trabalha hoje 90% com sistema de plantio direto e colhe cerca de 60 sacas por ano. “Só temos máquinas Valtra, pois confio na marca e tenho um suporte imediato do pessoal, falo com eles praticamente todos os dias.” muito auxiliam o pai na propriedade. “O Darlei passa o final de semana inteiro na frente do computador pesquisando novidades tecnológicas para aplicarmos aqui na fazenda”. No mês de junho de 2011, durante a Bahia Farm Show ocorrida em Luis Eduardo Magalhães, Neri Perboni fechou seu mais recente negócio com a Valtra ao adquirir dois pulverizadores BS3020H. Já em campo, as máquinas completaram o time já composto pelos tratores BM85 e BM110 (linha média), dois BT210 (linha pesada), um Valmet 1380, além de duas colheitadeiras BC7500. “Os meus pulverizadores são os primeiros Valtra do estado da Bahia”, afirma Neri, que após 23 anos de cultivo no cerrado pode se orgulhar de fazer parte do resgate do Oeste Baiano perante o país. Dois pulverizadores BS3020H são as mais novas aquisições do cliente Na lida do campo, que inicia às oito e passa das dezoito horas diariamente, Neri trabalha com o cunhado Aldo Abatti, o pai Waldir Perboni e o filho Darlei Emanuel Perboni, que aos 16 já se destaca pelo grande conhecimento em tecnologias para o campo que em Darlei, filho de Neri, está sempre ligado nas novas tecnologias Os meus pulverizadores são os primeiros Valtra do estado da Bahia Revista Valtra & Você 7 POR DENTRO DA VALTRA // Mogi das Cruzes Mãos talentosas Homem ou mulher, jovem ou maduro, experiente ou aprendiz, não importa o perfil do profissional, para a fábrica de tratores da Valtra o fundamental é ter talento. Os mais de mil funcionários da unidade da empresa em Mogi das Cruzes (SP) têm essa característica de sobra, que, acrescida de proatividade, conhecimento e oportunidades, origina a receita perfeita do sucesso. Bráulio, Jean Carlos, Alexandre e Ângela são alguns dos destaques da equipe da linha de montagem. Bianca Bassani, de Mogi das Cruzes (SP) A timidez de Bráulio é superada pelo conhecimento que Nome: Bráulio Gomes de Salles Idade: 27 anos Admissão: há três anos Função: Montador Nível II possui. Após passar por diversas etapas da linha, hoje é um dos únicos a deter capacidade técnica necessária para prestar suporte em diferentes postos e, principalmente, na parte de pré-montagem do modelo BT, o maior e talvez mais complexo trator Valtra. Orgulhoso, Braúlio conta à equipe da Revista Valtra & Você que participou da construção da máquina desde o seu protótipo e viajou pela empresa para estudar com mais profundidade o produto. Quando o assunto envolve a precisão que é exigida na hora da montagem, Bráulio diz o segredo. “Cuido muito para montar o motor num torque certo e inspeciono bem as peças antes da montagem. Isso facilita muito para os colegas nas próximas etapas”. A força de vontade e a curiosidade que possui foram pontos fundamentais para se tornar muito valorizado pela empresa. Com subsídio da Valtra, ele cursa o primeiro semestre de Gestão de Qualidade e sonha alto. “Pretendo ser um grande gestor aqui na fábrica”. “Todo o conhecimento que tenho hoje aprendi aqui na fábrica com os colegas e os líderes”. Modesto e falante, Jean é considerado um dos grandes destaques da linha de montagem pelo seu espírito criativo. Isso porque com apenas um ano de empresa ele projetou um dispositivo para um processo que por anos foi feito à mão, causando contato dos operadores com óleo de freio. O dispositivo de Nome: Jean Carlos Francisco Idade: 27 anos Admissão: há quatro anos Função: Montador Nível II na montagem da cabine sangramento de freio idealizado por Jean foi aprovado pela liderança da fábrica e está em utilização na linha há quase dois anos, o que tornou o processo mais rápido e preciso, pois o freio sai da linha com mais exatidão. “Me senti muito valorizado quando a minha ideia foi aceita. Pude desenvolver o dispositivo aqui dentro e aplicá-lo também”. 8 Revista Valtra & Você Pátio da fábrica de tratores Valtra Nome: Alexandre Alves da Silva Idade: 34 anos Admissão: há treze anos Função: Revisor Na linha de montagem de tratores da Valtra há uma peculiaridade interessante: diversos Quality Gates – verificações de qualidade ao longo das etapas – são executados por mulheres. Segundo os líderes isso é proposital pelo fato de a mulher possuir mais atenção e cuidado do que os homens. Ângela é uma delas, quase ao final da linha precisa ter um olho treinado para não deixar passar nenhum detalhe, desde os adesivos do trator, até o motor, transmissão e tanque. “Por ser um dos postos finais, testo tudo que for possível, me sinto como se estivesse entregando o trator direto para o cliente”. A montadora diz ter muito orgulho de ser uma das primeiras mulheres a integrar esse processo na linha e compartilha diariamente essa experiência com a família. “Todos Alexandre se apresenta com a empolgação de um novato, os os dias quando chego em casa minha filha vários anos de fábrica não refletem negativamente na sua vontade pergunta em quantos tratores eu de trabalhar e de aprender mais a cada dia. Ele é quem liga a máquina pela primeira vez na linha de montagem, faz a regulagem da aceleração, do hidráulico, o teste do bloqueio, verifica se há vazamentos ou peças frouxas. Tem uma das tarefas de maior responsabilidade da linha, que é a de conferir tudo o que foi montado nas Nome: Ângela Aparecida Sodré Idade: 33 anos Admissão: há dois anos Função: Inspetora da qualidade andei. Me sinto muito feliz.” etapas anteriores e resolver algum possível problema. “Para chegar a esse setor, o funcionário precisa ter passado por toda a linha e todos os níveis de montador. É bastante responsabilidade”, conta ele. Em 13 anos de Valtra, Alexandre destaca o encontro com um cliente como o momento mais marcante em sua trajetória: durante a participação em um projeto da empresa chamado Cara a Cara, em que os colaboradores são levados até uma propriedade para ver de perto o trabalho da máquina que montaram. “A coisa mais importante em um trator é satisfazer todas as necessidades do cliente e isso eu vi que a Valtra faz muito bem”. Revista Valtra & Você 9 Inovação // Colheitadeiras Axiais Ricardo Sleutjes destaca a capacidade de debulha e limpeza da BC 7500 Axial Alto desempenho nos Campos Gerais A reportagem da revista Valtra & Você visitou no início de janeiro duas propriedades rurais na região de Castro (PR) para conferir o desempenho das colheitadeiras axiais BC 6500 e BC 7500. Os dois clientes, produtores rurais que se destacam pelo seu trabalho, receberam as máquinas no ano passado e são descendentes de holandeses, chegaram aos Campos Gerais do Paraná no início dos anos 1950. Roberto Villar Belmonte, de Castro (PR) 10 Revista Valtra & Você R icardo Sleutjes, 41 anos, conselheiro fiscal da Cooperativa Agroindustrial Batavo, tem 1500 hectares de lavouras, 470 hectares de trigo (com produtividade média de 3,6 mil kg/ha), 200 hectares de aveia preta (com rendimento médio de 1,5 mil kg/ha) colhidos no inverno passado, e 1000 hectares de soja, 480 hectares de milho e 80 hectares de feijão na atual safra de verão. Também trabalha com pecuária de corte (120 cabeças). “Eu recebi a BC 7500 em setembro passado. A máquina me surpreendeu. Ela é robusta, tem um bom desempenho, é simples de operar, fácil de chegar aos pontos de manutenção e com disponibilidade de peças. A produtividade dela é muito boa. A colheitadeira é totalmente monitorada, o que facilita muito o trabalho no campo. Tirei uma produtividade muito boa com ela na última safra de inverno”, relata Ricardo. Integração lavoura-pecuária Hans Jan Groenwold, 60 anos, da Fazenda Fini em Castro (PR), presidente das associações brasileira e paranaense de criadores de bovinos da raça holandesa, mora na propriedade onde o pai Jan Herman, 90 anos, que chegou ao Brasil em 1952, começou a trabalhar. Em Castro (PR) o principal negócio da família é a pecuária de leite, com 1400 cabeças de gado holandês, 580 vacas em lactação e produção diária de 22 mil litros de leite. transferidos para o computador e oferece ao operador diagnósticos e dados sobre a colheita. “O sistema é fácil de operar. A máquina é boa e simples de operar. Na atual safra de verão, vamos produzir os primeiros mapas de colheita”, informa o futuro engenheiro agrônomo. O sistema utilizado é o da integração lavoura-pecuária, e na agricultura o plantio direto, desde os anos 1970, adotado para aumentar a produtividade do solo dos Campos Gerais do Paraná. No inverno passado ele plantou 80 hectares de trigo, 300 hectares de azevém e 25 hectares de aveia. Na atual safra de verão, foram plantados 200 hectares de milho, 170 hectares de soja e 25 hectares de feijão. Na lavoura de soja visitada pela equipe da revista, destacava-se um monte de adubo orgânico, utilizado para aumentar a produtividade das plantas. “A integração lavoura-pecuária não é nenhum bicho de sete cabeças”, ensina Hans Jan Groenwold, também cliente da concessionária DHL, que recebeu a sua colheitadeira BC 6500 em fevereiro do ano passado. Já colheu com ela feijão, soja, milho, aveia e azevém: “Estou satisfeito com a colheitadeira axial da Valtra”. Seu filho, Reynold Groenwold, 20 anos, estudante do 3o ano de Agronomia no Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais, participou do curso de cinco dias sobre o Fieldstar II realizado pela Valtra na propriedade da família, em julho do ano passado. A tecnologia registra dados da máquina que são Trabalhando com uma plataforma de 30 pés (nove metros) a 6 km/h, Ricardo chegou a colher cinco hectares por hora no trigo, em uma lavoura com produtividade de até 4 mil kg/ha. “O desempenho da máquina foi excelente. Destaco a capacidade de debulha e limpeza da máquina. Estou bem satisfeito”. Filho de Willibrordus Sleutjes, 68 anos, um dos produtores rurais pioneiros de Castro (PR), Ricardo ressalta que o plantio direto foi crucial para o sucesso das lavouras na região, em função do solo acidentado e da baixa fertilidade. “Já colhi em algumas áreas 12 mil kg/ha de milho e 4 mil kg/ha de soja, graças ao bom manejo das lavouras. A Fundação ABC é a nossa âncora”, reconhece o cliente da concessionária DHL. Hans Jan Groenwold e seu filho Reynold em área da Fazenda Fini em Castro (PR) Na opinião de Everson José do Nascimento, 25 anos, operador há sete anos, a máquina é potente e prática de se lidar. “Colhi com ela aveia úmida e ela foi bem. Não é qualquer máquina que colhe nestas condições. Também já colhi azevém com ela, e a limpeza foi excelente. Fiz o curso de Fieldstar II e estou pronto para começar a trabalhar com os mapas de colheita”, afirma o funcionário da Fazenda Fini, em Castro (PR). Na atual safra de verão, informa Ricardo Sleutjes, “vou trabalhar com o Fieldstar II para produzir os primeiros mapas de colheita. Meu objetivo é iniciar a aplicação em taxa variável de potássio e calcário na próxima safra, a partir das informações que serão fornecidas pelos mapas e pela análise de solo. Por isso já comprei a máquina com o sistema original de Agricultura de Precisão da AGCO”. Segundo ele, os dois anos de garantia foi um fator importante na decisão de compra da colheitadeira axial da Valtra. “Fiz uma negociação muito boa com a concessionária DHL. Adquiri uma máquina top, com preço acessível. A relação custo-benefício é muito favorável. Depois que conheceram a máquina, meu filho Tiago e o meu operador só querem trabalhar com ela”, relata Ricardo Sleutjes. Revista Valtra & Você 11 Concessionária Pampa Inovação // Colheitadeiras Axiais Almir Tozzo utiliza três BC 7500 Axial em Campo Novo do Parecis (MT) Rendimento elevado nas lavouras do Centro-Oeste A reportagem da revista Valtra & Você também conversou com produtores rurais do Mato Grosso para saber como foi o desempenho das colheitadeiras axiais da Valtra na última safra. Clientes da concessionária Pampa relatam a alta produtividade da BC 7500 nas grandes lavouras do Centro-Oestre. “É a máquina que menos joga fora nas peneiras. A produção dela é muito boa. Colhi até 3 mil sacos de soja por dia e até 4 mil sacos de milho”, informa o produtor rural Telmo Cervi, 57 anos, do Grupo Cervi, que utiliza sete colheitadeiras Valtra BC 7500 Axial nas suas lavouras no Mato Grosso. Com um motor turbo aftercooler de 355 cv, ela encara qualquer tipo de terreno e condição de colheita. O rotor, com diâmetro de 70 centímetros, tem comprimento de 3,56 metros, sendo 2,86 metros a área de trilha e separação, a maior do mercado. “O acionamento nos dois modelos – BC 6500 e BC 7500 – é hidrostático, o que trouxe mais simplicidade operacional e versatilidade para as colheitadeiras axiais da Valtra”, destaca Douglas Vincensi, gerente de marketing do produto colheitadeira. 12 Revista Valtra & Você Grão de qualidade Na região de Campo Novo do Parecis (MT), o produtor rural Almir Tozzo, 50 anos, também utiliza colheitadeiras BC 7500 nas lavouras de soja e milho. “Tenho quatro, três já utilizei nas safras passadas. Gosto da máquina. Ela é fácil de operar e não joga fora os grãos. Tem uma ótima plataforma, que recolhe bem, copiando bem o terreno. O grão é de excelente qualidade. E a manutenção é muito fácil”, relata o cliente da Concessionária Pampa. Todo o material é transportado para o rotor por meio de um cilindro acelerador com guias helicoidais, o que confere um transporte suave, mantendo a qualidade dos grãos. O sistema de limpeza possui uma área de separação de 5,86 metros quadrados na BC 7500. O transporte do material até as peneiras é feito por uma bandeja recolhedora em vez dos convencionais transportadores tipo rosca, evitando quebras e danos mecânicos aos grãos. Espaço e conforto “O grão sai limpo. A BC 7500 colhe bem e tem um bom sistema de limpeza. É a máquina que menos joga fora do mercado”, avalia Gilmar Mattei, 51 anos, da Fazenda Santa Fé, em Campo Novo dos Parecis, onde utiliza duas colheitadeiras axiais da Valtra para colher 2400 hectares de soja. “A cabine é muito confortável, a plataforma é boa e tenho uma boa assistência da concessionária Pampa”, ressalta o produtor rural. As cabines da BC 6500 e da BC 7500 Axial oferecem amplo espaço e conforto. O monitoramento pode ser feito por dois painéis eletrônicos: o primeiro, localizado na coluna direita, controla as funções básicas da colheitadeira. O segundo, sobre o para-brisa frontal, controla todas as funções e rotações da máquina. O sistema opcional de agricultura de precisão ainda permite acesso a todas as informações sobre a colheita. Ela é fácil de operar e não joga fora os grãos. O grão é de excelente qualidade. E a manutenção é muito fácil Revista Valtra & Você 13 Conservação // Projeto Usina Usinas a todo vapor Divulgação Bianca Bassani, de Jundiaí (SP) Equipe do Projeto Usina: Juliana Silveira, Vanda Oliveira, Sergio Silva, Edilson de Souza, Roni Peterson, Veronica Bernardes, Masseoneo Santos, Paulo Queiroz, Marcelo Siqueira, Marcos Muraro, Graciela Caramalak, Marcelo Apud, Reginaldo Munhoz e Mauro Mello 14 Revista Valtra & Você M áquinas que trabalham quase 18 horas por dia e 3500 horas por ano em uma lida pesada, que exige força, resistência, e, por consequência, as tornam mais frágeis do que as outras. É nesse cenário que estão inseridos os tratores Valtra que atuam nas lavouras de cana-de-açúcar, localizadas principalmente no interior de São Paulo. As máquinas que trabalham diariamente nas usinas paulistas têm o tempo como inimigo, e cada minuto perdido devido a alguma falha ou quebra, reflete diretamente na rentabilidade da lavoura e isso nenhum profissional do campo deseja. Tendo em vista o elevado número de clientes usineiros da Valtra e a demanda de peças por eles geradas, a Valtra está implantando um novo sistema da AGCO Parts, denominado Projeto Usina. A ideia é enviar a esses clientes os pedidos de peças genuínas com agilidade no atendimento e entregá-los em no máximo 24 horas. Deu resultado! Todos os pedidos que chegarem à AGCO Parts até às 17 horas têm garantia de entrega até o meio-dia A AGCO Parts é a unidade de negócios que fornece peças genuínas das máquinas Valtra para todo o Brasil. Localizada estrategicamente na cidade de Jundiaí (SP), possui em estoque milhares de produtos distribuídos em um armazém de 17 mil metros quadrados. Para atender a demanda de cinco concessionárias de São Paulo que possuem clientes usineiros, o Projeto Usina conta com uma equipe exclusiva de seis pessoas, um trâmite interno diferenciado e um processo de entrega especial. “Todos os pedidos que chegarem à AGCO Parts até às 17 horas têm garantia de entrega até o meio-dia seguinte na concessionária atendida pelo cliente”, conta Mauro Mello, supervisor de logística da AGCO Parts. Ainda em fase de experimentação, o projeto está atendendo somente a região Sudeste e as concessionárias Comper, Borgato, Mercadão, Pagan e Coopercitrus. Para o coordenador de vendas da Coopercitrus, o Projeto Usina vem dando muito certo. “Essa nova forma de atendimento melhorou muito o nosso relacionamento com os clientes e, consequentemente, a credibilidade da Valtra, pois eles têm a certeza de que a sua máquina não irá ficar parada e eles não vão ter prejuízos”, explica Estanislau Michelan. Até o momento, a AGCO Parts atendeu 100% dos pedidos feitos por meio do projeto, utilizado pela usina quando a peça é de urgência. A maioria das concessionárias possui um estoque próprio, então muitas vezes não é preciso recorrer à AGCO Parts para obtenção de uma peça. “Sempre trabalhamos no intuito de que a concessionária tenha um estoque disponível para atender o cliente. O pedido urgente do Projeto Usina existe para suprir uma necessidade, caso a concessionária não tenha essa peça em estoque”, afirma Reginaldo Munhoz, coordenador comercial de peças exclusivo para usinas. No total a Coopercitrus atende, nas 17 lojas que possui, 70 usinas de cana-de-açúcar, que geraram em torno de 400 pedidos de peças para a AGCO Parts nos últimos meses. Uma delas é a Usina São Domingos, localizada no município de Catanduva (SP), que possui 30 mil hectares de terra e moeu quase um milhão de toneladas de cana na última safra. A usina trabalha com 53 máquinas Valtra e tem como prioridade a utilização de peças genuínas da marca. Junior Busnardo, responsável pela compra das peças para as máquinas da usina há seis anos, diz que notou uma melhoria significativa em atendimento nas últimas semanas. O Projeto Usina, com atendimento ágil ao cliente e, ainda, a qualidade e a garantia de 12 meses são diferenciais exclusivos das Peças Genuínas Valtra. Revista Valtra & Você 15 IMPLEMENTO // Plantadoras Adubadoras Plantio fácil e preciso As plantadoras adubadoras da Valtra possibilitam uma regulagem fácil, em qualquer condição de lavoura, para garantir o máximo rendimento Roberto Villar Belmonte Antes de começar o trabalho, regule o implemento de modo que nunca exceda a pressão das molas usadas, para não deixar a semente fora do sulco “A s plantadoras adubadoras HiTech da Valtra são fáceis de operar, com uma regulagem precisa de adubo e da distribuição do fertilizante. A calibração é fácil. Além disso, o equipamento tem uma boa relação custo-benefício. Isso é o mais importante para o agricultor”, avalia o produtor rural Danilo Kudiss, 49 anos, que utiliza quatro implementos Valtra de 15 linhas e cinco de 13 linhas, modelos BP 1307 e BP 1508, nas suas lavouras de soja e milho no município de Maracaju (MS). Avaliação semelhante faz o produtor rural Pedro Chediach Neto, 33 anos, de Monte Alegre (MG), que planta soja em cerca de 500 hectares, entre 20 de novembro e 10 de dezembro, com uma plantadora adubadora Valtra de 15 linhas. “A facilidade é impressionante. Vai 16 Revista Valtra & Você do começo ao fim sem muitos ajustes. Costumo dizer que ela funciona que nem um relógio. Esta foi a terceira safra que plantei com ela sem grandes reparos. Só manutenção. Foi uma das primeiras da região”, ressalta o agricultor. “Robustos e fáceis de regular, os implementos Valtra possibilitam uma configuração específica para cada condição de lavoura”, destaca Vitor Kaminski, supervisor de marketing do produto. Um bom plantio, com o máximo de rendimento, não depende somente de um bom equipamento, mas também de uma boa regulagem feita pelo operador. Por isso a Valtra disponibiliza diferentes tipos de discos e roletes de semente para serem trocados de acordo com o tipo de cultura e o tamanho dos grãos. DISTRIBUIÇÃO DE ADUBO PRESSÃO CORRETA Antes de começar o trabalho, um cuidado importante é nunca exceder a pressão das molas usadas para não deixar a semente fora do sulco. Para isso, basta baixar a plantadora adubadora e conferir se a profundidade está correta. Para ajustá-la, é só levantar novamente o implemento e aumentar ou diminuir a pressão de acordo com a necessidade de cada tipo de solo. Ao regular as molas interna e externa de cada linha, o ajuste deve ser feito de maneira que todas elas fiquem com a mesma pressão. Caso a profundidade do disco de corte e/ou do sulcador esteja com excesso de pressão, é preciso reduzi-la. Se não for suficiente, com o auxílio de mais um calço no cilindro, pode-se retirar a mola externa para plantio convencional e a mola interna para plantio direto. Em solos com excesso de compactação, o recomendado é diminuir a pressão do disco de corte e aumentar a pressão do sulcador. Se o solo for macio, o processo é inverso. A distribuição do adubo é feita através de roscas helicoidais instaladas nos distribuidores transversais. Elas possuem passo de 25,4 mm e 50,8 mm. Com a rosca maior se consegue distribuir uma quantidade de adubo superior à indicada na tabela. Para fazer a troca das rodas dentadas externas, basta soltar a corrente afrouxando os esticadores e retirar os contrapinos. CONTROLE DE PROFUNDIDADE Os limitadores fazem o controle de profundidade das sementes. Em cada linha de plantio, o conjunto com rodas limitadoras é regulado através de uma manopla que desloca para cima ou para baixo o guia das rodas. A régua medidora indica a regulagem desejada. Ela não é um indicador da profundidade de plantio, mas sim um parâmetro para nivelar as linhas. Após a regulagem, a manopla deve ser travada. Para que ocorra um bom desempenho do sistema limitador compactador, com uma melhor fluência dos restos culturais e outros obstáculos, ele pode ser aproximado ou afastado do conjunto de disco duplo da semente se necessário. Basta afrouxar as porcas dos parafusos para deslocar todo o sistema. SULCADOR COMPACTADORES As rodas de compactação do tipo plano firmam o solo sobre as sementes com uma pressão uniforme para eliminar possíveis bolsões de ar. Quando a alavanca de regulagem é deslocada para trás, é aumentada a pressão sobre as rodas. Ela tem quatro posições de engate. Se mesmo assim a pressão não for suficiente, ela pode ser aumentada em pequena quantidade substituindo a roda de um furo para outro. Já o compactador em “V” pressiona lateralmente o sulco fazendo com que o solo faça a cobertura da semente com pouca compactação. Quando a alavanca de ajuste é deslocada para trás, também aumenta a pressão sobre as rodas. Bem perto do solo, há uma segunda alavanca para regular a inclinação das rodas. Quanto mais para baixo ela estiver, menos terra será colocada sobre a semente. O sulcador é montado com uma ponteira removível, que deverá ser substituída quando apresentar desgaste excessivo ou quebra. Na regulagem, basta afrouxar dois parafusos para obter menor (posição 1) ou maior (posição 2) profundidade do adubo. Em casos em que o sulco aberto estiver com pouca ou excessiva profundidade e a regulagem não puder ser feita no próprio sulcador, pode-se regular a altura de queda ou penetração do sulcador através das molas, do calço do cilindro e do limitador da linha do adubo. O conjunto de discos duplos realiza um sulco em forma de “V” permitindo a colocação do adubo. Um parafuso permite aproximar ou afastar as duas chapas limpadoras. Após esta regulagem é importante que o disco gire livremente. Já a regulagem da penetração do disco duplo no solo deverá ser feita através das molas e do calço do cilindro. Seguindo a orientação correta quanto ao uso dos implementos, o cliente Valtra garante a sua segurança e um plantio com o máximo de rendimento. Diferentes tipos de discos e roletes de semente estão disponíveis para serem trocados de acordo com o tipo de cultura e o tamanho dos grãos Revista Valtra & Você 17 TRATOR // Série S Série S virá A Valtra traz para o Brasil em 2012 os tratores pesados de terceira geração da Série S equipados com a Transmissão Variável AGCO (AVT, na sigla em inglês), a tecnologia mais moderna disponível no mundo, incorporada da marca Fendt. Dois modelos importados serão comercializados no mercado brasileiro, o S293 (320 cv) e o S353 (370 cv). Com capacidade de levante de 12 mil quilos e vazão do controle remoto de 175 l/min, os tratores da Série S saem de fábrica com suspensão hidropneumática no eixo dianteiro e cabine com suspensão a ar. Os motores AGCO SISU POWER de alta potência utilizam também uma tecnologia de baixíssima emissão de poluentes. Roberto Villar Belmonte 18 Revista Valtra & Você O s modelos da primeira geração da Série S da Valtra, lançados em 2008, foram os primeiros tratores agrícolas no mundo a contar com a tecnologia AGCO e3 SCR para limpar as emissões do motor. A terceira geração usa o aditivo AdBlue, pulverizado no escape para limpar as emissões de forma mais eficaz no conversor catalítico. A Série S foi projetada para grandes produtores e prestadores de serviços que necessitam trabalhar muitas horas com o máximo de desempenho. Os 630 litros do novo tanque de combustível dão mais autonomia, assim como o tanque de AdBlue, aumentado para 60 litros. Dependendo da tarefa, não é necessário encher o tanque de aditivo a cada abastecimento de combustível. O arrefecimento do motor também foi melhorado para permitir que os tratores da para o Brasil Série S possam ser usados com cargas ainda maiores e em condições extremamente quentes, como nas lavouras de cana e de grãos nas principais regiões agrícolas do Brasil. Além disso, eles já saem de fábrica com o sistema de telemetria AGCOMMAND. Trata-se de um sistema de rastreamento e registro de dados que monitora a localização do trator, o seu funcionamento e eficiência. As máquinas equipadas com AGCOMMAND podem ser monitoradas através da internet, tanto pelo proprietário como pela concessionária, melhorando o gerenciamento e o desempenho dos equipamentos. Cabine com suspensão a ar da Série S A nova Série S da Valtra oferece a mais alta tecnologia, alta potência e um conforto sem precedentes nesta classe de tratores. A cabine, com suspensão a ar, proporciona uma excelente visibilidade em todas as direções, amplo espaço de trabalho para o operador e comandos de fácil acesso, o que garante um trabalho de alta produtividade tanto nas operações realizadas durante o dia quanto à noite. Em breve nas lavouras de todo o Brasil um dos maiores e mais modernos tratores que você já viu. Aguarde! Revista Valtra & Você 19 NOSSA TERRA // Cana-de-açúcar Embrapa lidera pesquisa para criar sistema de produção de cana no RS A ideia é ter no Rio Grande do Sul produtividades médias similares a estados como São Paulo e Paraná Andrea Fioravanti Reisdörfer C riar um sistema de produção para a cana-de-açúcar, adequado às condições de clima e solo do Rio Grande do Sul. Esse é o principal objetivo da pesquisa iniciada em 2008 pela Embrapa Clima Temperado de Pelotas (RS) em parceria com diversos órgãos e entidades. “Estamos trabalhando para criar um programa de desenvolvimento da cultura no Estado que sirva de base para a manutenção das pesquisas que estão sendo conduzidas em rede”, complementam Sérgio Delmar dos Anjos e Ivan Rodrigues de Almeida, pesquisadores da Embrapa de Pelotas. O sistema de produção inclui a indicação de cultivares, manejo de fitossanitário, manejo da planta, manejo da fertilidade, química e física do solo, manejo da colheita mecanizada e zoneamento edafoclimático (condições do clima e solo). Números do IBGE revelam que a área atualmente cultivada com cana-de-açúcar no Rio Grande do Sul é inferior a 35 mil hectares. No entanto, apenas dois mil hectares desse total têm sido utilizados para a produção de etanol, número que não supre 1% da demanda do Estado. 20 Revista Valtra & Você Publicado em 2009 pelo Ministério da Agricultura, o Zoneamento Agroecológico criou mecanismos de acesso a políticas públicas oficiais, como financiamentos e seguro agrícola para a cadeia produtiva sulcroalcooleira. “A Portaria abriu a possibilidade de cultivo para mais de 200 municípios do Estado, compreendendo uma área total de mais de 1,5 milhão de hectares. Um quarto deste total seria necessário para o Estado atingir a autossuficiência na produção de etanol”, revela Sérgio. A Portaria do Ministério também indica as regiões da Depressão Central, Vale do Rio Uruguai na região noroeste e oeste e Litoral Norte como as mais adequadas para o plantio. Atualmente a média geral de produtividade no Estado, que, segundo os pesquisadores, não reflete os plantios comerciais, é de 42 toneladas por hectare. Nas regiões onde se cultiva a cana comercialmente para a produção de etanol ou cachaça, a produtividade tem sido superior a 60 toneladas por hectare. É o caso da Coopercana localizada em Porto Xavier (RS), município da região noroeste, contemplada no Zoneamento. Fundada em 1999, reúne 300 cooperados que cultivam a cana em 1700 hectares. A média registrada por colheita é de 60 toneladas por hectare, número esse que vem crescendo cerca de uma tonelada por ano. O engenheiro agrônomo Ricardo Hammacher, responsável técnico da Cooperativa, explica que atualmente a Coopercana trabalha concentrada em apenas duas variedades voltadas à produção do etanol – a SP 813250 e a RB 85-5156, esta última integrante da pesquisa que está sendo desenvolvida pela Embrapa. A precocidade na colheita é uma das principais vantagens apontadas pelo agrônomo. “Antes começávamos a colher em junho ou julho, com essa nova variedade temos a possibilidade de antecipar o início para abril. Ganhamos dois meses no ano”, avalia o técnico. Para Ricardo a pesquisa que está sendo desenvolvida pela Embrapa pode modificar totalmente a realidade do segmento no Estado. Segundo ele a recomendação é para que não se tenha mais do que 15% do total da área com a mesma variedade de cana. “Hoje temos 70% de toda nossa área com essas duas variedades. O risco de quebra da resistência a doenças é muito grande”. Com as novas cultivares, mais ricas e produtivas que as atuais, adaptadas ao corte Revista Valtra & Você 21 Paulo Lanzetta NOSSA TERRA // Cana-de-açúcar mecanizado e com as novas técnicas de manejo que estão sendo desenvolvidas o agrônomo prospecta colheitas com índices similares aos de São Paulo. Para aumentar a área de plantio comercial Ricardo destaca que a Coopercana está aguardando a recomendação da Embrapa. “Tivemos uma reunião há pouco tempo e tudo indica que no próximo plantio, em abril, possamos trabalhar com cerca de dez novas variedades”. Paulo Lanzetta Sobre as médias de novos clones e variedades, introduzidas em condições de pesquisa nos últimos quatro anos, Sérgio e Ivan esperam superar 120 toneladas por hectare. “Projetamos que, em condições de cultivo comercial, os novos clones e variedades atinjam médias entre 85 a 90 toneladas por hectare”, explicam os pesquisadores. O principal objetivo da pesquisa é a produção de etanol, mas atualmente o Rio Grande do Sul se destaca na produção de cachaça, ocupando o segundo lugar no país. Outras finalidades de produção também incluem açúcar mascavo, melado, rapadura, alimentação animal, atividades que estão mais associadas com a agricultura familiar. Os pesquisadores destacam ainda que para atender a indústria sucroalcooleira, é necessário que se tenha uma combinação de cultivares que possam atender o maior período de utilização para produção. Sendo assim, é necessário que se tenha materiais precoces, médios e tardios no sistema de produção que atenda cada unidade industrial. Ivan Rodrigues de Almeida 22 Revista Valtra & Você Paulo Lanzetta Em relação à característica das variedades, devem possuir adaptação às condições de ambiente, resistência ou tolerância a estresses bióticos e abióticos, e apresentar alta qualidade (produção de sacarose). Entre as várias etapas vencidas no projeto os pesquisadores destacam a obtenção de cultivares adaptadas para as diversas condições de ambiente do Estado. “Graças à parceria entre Embrapa e Universidade Federal do Paraná/Ridesa, temos um conjunto de variedades de ciclos precoce, médio e tardio com excelente desempenho agronômico”, complementam. Além do sistema convencional de produção de cana-de-açúcar o grande desafio atual é trabalhar em pesquisa para o sistema de produção de colheita com a cana crua, na qual não se utilizará mais a queima para realização da colheita. Esse novo sistema de produção poderá alterar todas as relações de cultivo da cana como, por exemplo, a dinâmica de patógenos (organismo capaz de atacar outros organismos vivos e causar doenças), as relações da química e física do solo, a adequação da colheita mecanizada e o comportamento das variedades com relação à colheita e brotação para o próximo ciclo. Os pesquisadores são cautelosos ao determinar um prazo para que o sistema de produção esteja efetivamente implantado no Estado. “Por mais otimismo que se tenha pelo lado da pesquisa, a efetiva implantação de empreendimentos que possam demandar a cana-de-açúcar como mais uma opção de diversificação para o setor produtivo agrícola e industrial é que marcará o início de implantação do sistema de produção”. Com a maioria das atividades em fase de teste, os pesquisadores esperam um sistema preliminar de produção até o final de 2012. Sérgio Delmar dos Anjos Projetamos que, em condições de cultivo comercial, os novos clones e variedades atinjam médias entre 85 a 90 toneladas por hectare Além da Embrapa Clima Temperado, participam as Unidades de Agroenergia e Agrobiologia; Universidade Federal do Paraná/Ridesa; UFSM; Fepagro; URI (Campus Erechim); Ufrgs; Emater/RS, Fepagro, e da iniciativa privada na condução de experimentos a Coopercana, Coopermil, Grandespe, Canasul, Norobios, além de pequenas cooperativas e produtores. As instituições públicas financiadoras do projeto são Embrapa, Finep e CNPq. Revista Valtra & Você 23 COMPROMISSO VALTRA // AGCO SISU POWER Gama de motores eletrônicos e mecânicos da AGCO SISU POWER Cliente especial, marca especialista Bianca Bassani, de Mogi das Cruzes (SP) N a complexa Língua Portuguesa uma letra pode mudar o significado de uma palavra, várias delas então fazem de duas palavras parecidas algo totalmente oposto. Especialista e generalista são exemplos disso, possuem o final comum mas se diferem no significado. Aquela pessoa ou empresa que possui conhecimentos gerais em determinado assunto é considerada generalista. Já quem tem habilidade ou prática em algo específico, é conhecedor e perito na área, chama-se especialista. O generalista pode até trabalhar com variedade, mas o especialista fala com conhecimento de causa e propriedade. É o que acontece com a Valtra quando assunto é o motor de suas máquinas, equipadas hoje com o AGCO SISU POWER, a marca que mais conhece o homem do campo brasileiro. Com 65 anos de trajetória mundial, a AGCO SISU POWER chegou ao Brasil em 1993 e desde então vem estudando o perfil das propriedades brasileiras e as necessidades dos clientes Valtra. 24 Revista Valtra & Você Máquinas agrícolas são projetadas para diferentes fins, tempo de utilização e terrenos, por isso o motor – peça-chave em qualquer máquina para o campo – também precisa ser adequado ao tipo de trabalho. Nem só de potência vive um motor, em lavouras com demandas específicas são exigidas definições diferenciadas. Na fábrica da AGCO SISU POWER em Mogi das Cruzes (SP) nada é adaptado, todo motor é produzido de acordo com as exigências da máquina, que por consequência também foi montada conforme as necessidades do cliente. “Os motores possuem, comprovadamente, o menor consumo de combustível da categoria e uma estrutura com extrema força, há modelos que chegam a 30 mil horas de uso em campo”, conta Caio Giaretta, supervisor comercial da AGCO SISU POWER. ESPECIALISTA EM AGRICULTURA, A AGCO SISU POWER OFERECE UMA GAMA COMPLETA DE MOTORES PARA AS MAIS DIFERENTES NECESSIDADES DOS CLIENTES VALTRA Em menos de duas décadas de Brasil, os motores AGCO SISU POWER estão presentes em quase 30% da produção brasileira de tratores e são utilizados em 100% das colheitadeiras produzidas pela AGCO em atividade no território nacional. Ainda com relação a colheita, os clientes Valtra vão ter ainda este ano uma melhoria extrema nessa etapa, já que um novo motor para colheitadeiras axiais está sendo lançado. O motor tem diversas melhorias em relação à versão anterior, e a principal é o novo sistema de injeção, que confere um melhor desempenho, chegando ao nível de 400 cv de pico de potência. Divulgação Caio Giaretta, supervisor comercial da AGCO SISU POWER A AGCO SISU POWER coloca à disposição das máquinas Valtra duas famílias de motores: eletrônicos e mecânicos de três, quatro e seis cilindros. Os mecânicos possuem uma potência que varia de 60 hp a 285 hp, já os eletrônicos podem chegar a até 500 hp de potência. Outro grande diferencial é o B100, pioneiro na América do Sul. Todos os motores saem de fábrica preparados para operar com 100% de biodiesel, o combustível que não prejudica o meio ambiente. Valtra entra no mercado de geradores A AGCO SISU POWER apresenta este ano uma grande novidade aos clientes Valtra, seis modelos de geradores com potência de 45 kva a 220 kva. A ideia da marca é atender os clientes Valtra que precisam de geradores com qualidade e bom pósvenda. “Todo o suporte aos geradores será feito pelas concessionárias. Ninguém no mercado tem o atendimento que a Valtra tem”, completa Giaretta. Os novos produtos têm seis tipos de potências e podem ser abastecidos com biodiesel e diesel para utilização em silos, granjas e diversos outros fins. Novos geradores terão potência entre 45 kva e 220 kva Revista Valtra & Você 25 PERFIL // Planalto Tratores Planalto Tratores: cinco décadas de história no agronegócio goiano Andrea Fioravanti Reisdörfer Pesquisa Top Of Mind 2011 apontou a Planalto como a marca mais lembrada no estado de Goiás no segmento agrícola A s commodities brasileiras agrícolas têm registrado nos últimos anos uma forte valorização, tornando o país uma referência mundial. Essa situação repercute positivamente de várias maneiras para a economia e, para o segmento de máquinas agrícolas, não é diferente. Há 50 anos no mercado a Planalto Tratores, de propriedade dos irmãos Marco Elisio Nunes Cunha, Priscilla Nunes e Thiago Nunes Cunha, terceira geração da família a comandar o negócio, encerrou 2011 de forma positiva e com boas perspectivas para o ano que está iniciando. “Tivemos um ano excelente com os preços das commodities agrícolas muito bons. Ultrapassamos todos os objetivos que nos foram colocados no ano passado. Foi uma surpresa na concessão Valtra”, avalia o empresário Marco Elisio. As linhas de crédito com taxas diferenciadas, como o Finame PSI, também foram determinantes para fechar positivamente o ano da concessionária que tem sede em Goiânia e filiais nas cidades de Jussara e Itumbiara. Com cinco décadas de atuação no segmento, a Planalto tem como premissa investir na qualificação de sua equipe não só para garantir mercado, mas também para assegurar um atendimento diferenciado aos seus clientes. “Nosso cliente está sempre na expectativa de novos produtos e linhas de crédito. Por isso munimos nossa equipe com informações para que tenham o máximo conhecimento, entendemos que essa é a melhor maneira de alavancar negócios”, avalia José Roberto Papacidro, gerente de vendas da Planalto. Há 18 anos no ramo e seis como gerente da concessionária, faz questão de enfatizar que a venda não se resume ao ato de assinatura do pedido. “Antes disso levamos 26 Revista Valtra & Você todas as informações ao nosso cliente sobre mercado e sobre o produto que está adquirindo”. A entrega é feita por um técnico e o contato no pós-venda segue sendo realizado pelo vendedor que visita o cliente regularmente. “Após a entrega nossa Ouvidoria também liga para receber as considerações do cliente”. Agilidade no atendimento é outro quesito priorizado pela Planalto. Em casos de necessidade de manutenção, por exemplo, a concessionária faz uma avaliação prévia por telefone e envia um mecânico até o local. “Recolhemos a máquina somente se for uma situação mais séria”, explica José Roberto. Com 130 funcionários distribuídos nas três concessionárias, a Planalto, líder do consórcio nacional Valtra, atende cerca de 120 municípios situados, em sua maioria, num raio de 150 quilômetros de distância. No Estado, um dos principais produtores de grãos como soja e milho, todas as linhas são bem comercializadas, com destaque para os modelos da linha média – BM 110 e o BM 125i, equipados com o motor AGCO SISU POWER, que têm como características principais o alto desempenho e o baixo custo operacional. Fiel à concessionária Luciano Afonso Ferreira, 41 anos, herdou do pai a confiança na marca Valtra e na concessionária Planalto. O proprietário da fazenda Grupo do Sobrado, localizada em Bela Vista de Goiás, distante 28 quilômetros de Goiânia, é dono de uma grande frota de tratores, entre eles os modelos BH 165 e 145 da linha pesada, caracterizados pela simplificação dos sistemas, que garantem baixa manutenção e excelente desempenho em operações severas, e os da linha média BM 125i e 120, que oferecem o máximo desempenho e eficiência com baixo custo operacional. Luciano também investiu na agricultura de precisão e adquiriu recentemente duas colheitadeiras axiais BC 6500. A máquina é uma opção para agricultores que buscam melhorar a qualidade final da colheita por meio de um processo de trilha eficiente e com menor índice de quebra de grãos. Para o produtor, que divide sua propriedade de mil hectares entre o cultivo de soja, milho e sorgo e a criação de gado, a qualidade, a tecnologia e desempenho das máquinas, aliadas à fácil manutenção e à assistência técnica justificam sua relação de confiança com a marca. Sobre a Planalto Tratores, revenda que o atende há 20 anos, Luciano sintetiza: “São proativos e muito atenciosos no atendimento”. A preocupação da concessionária em munir sua equipe com informação sobre máquinas e mercado também se estende aos clientes. Luciano cita como exemplo o incentivo e a preocupação da Planalto para que seus clientes participem de feiras e eventos voltados ao agronegócio e, assim, aprofundem o conhecimento em relação às máquinas utilizadas. “Participar Tivemos um ano excelente com os preços das commodities agrícolas muito bons desses eventos nos permite conhecer melhor as novas tecnologias e as soluções que o segmento desenvolve para nós, profissionais do campo”, acrescenta. Para o gerente da Planalto saber ouvir as demandas é um diferencial fundamental. “Vemos muitas pessoas e empresas impondo algumas coisas. Ninguém melhor que o próprio cliente para saber da sua real necessidade. Temos que ouvir e estar qualificados para dar respostas que sirvam aos propósitos dos nossos clientes”. Boas perspectivas Para alavancar as vendas em 2012 o gerente da concessionária aposta, dentre outros fatores, no portfólio de produtos oferecido pela Valtra. “Saímos de um ano positivo e acreditamos que continuaremos assim em 2012. Sabemos que não será de tanto crescimento, mas nossa meta é no mínimo manter as vendas amparadas nas boas colheitas”, avalia. Depois de um ano impulsionada pelo Programa Mais Alimentos, a comercialização de máquinas pode ser incentivada pelo tempo de utilização. Recentemente Jak Torretta Jr. destacou que 50% dos tratores no Brasil têm mais de 15 anos de uso. “Acreditamos na renovação dessa frota nos próximos anos”, projeta o diretor de produtos da AGCO. A empresa também faz um controle para que as revisões definidas pela fábrica sejam feitas no tempo certo Revista Valtra & Você 27 Presença Global // Agritechnica Novo trator Série N, apresentado no stand da Valtra Agritechnica 2011 Bianca Bassani, com informações da Valtra Finlândia A maior festa da agricultura mundial foi celebrada de 15 a 19 de novembro na Alemanha e teve a Valtra como uma das convidadas de honra. Na cidade de Hannover aconteceu a Agritechnica, considerada a maior feira de máquinas, implementos e tecnologias agrícolas do mundo, que reuniu mais de 400 mil visitantes vindos de 83 países. Na ocasião, a Valtra mundial apresentou dois grandes lançamentos em máquinas, os tratores Série T e Série S, que possuem as mesmas tecnologias usadas nos países da Europa e nos Estados Unidos. Outras atrações fizeram sucesso no stand da marca, o conceito ANTS de máquinas do futuro e uma campanha em prol da África. No centro do stand foi colocado um trator N113 HiTech, e os visitantes foram convidados a customizar a máquina com assinaturas, pinturas e o registro de suas impressões digitais. Ao final do evento, o trator foi leiloado e os recursos arrecadados doados com destino à agricultura africana. A Valtra também doou um trator A93 HiTech para uso na Escola de Agricultura Weiveld. Com essa iniciativa, a empresa busca estimular a capacitação de mão de obra e o uso de tecnologia no campo. Esta cooperação entre a empresa e a escola deverá continuar, inclusive com o intercâmbio de treinamento em que a companhia receberá alguns alunos da escola. 28 Revista Valtra & Você Trator N113 HiTech c visitantes e leiloado a customizado pelos após a feira A América Latina é o destino dos novos tratores que a Valtra está importando da Finlândia, os modelos T151 HiTech, com duas escalas de potência, 163 hp e no modo EcoPower 159 hp, e o T171 HiTech, com potência de 184 hp, que compõem a Série T da marca. A tecnologia embarcada na máquina é o seu grande diferencial. O trator possui transmissão altamente moderna, com embreagem acionada por um botão manual, sem a necessidade do pedal e transmissão Power Shift, umas das mais modernas do mercado, com 36 velocidades para frente e 36 de ré, incluindo 12 reduzidas, o que possibilita ao operador mais versatilidade em aplicações especiais. Os outros destaques da máquina, que ainda não virá para o Brasil, ficam por conta das cabines confortáveis e bem equipadas, com menor nível de ruído, do seu sistema hidráulico, altamente tecnológico, e da capacidade de seu levante de 7700 kg. Divulgação Valtra Direto da Finlândia Valtra na Europa Trinta e quatro pessoas viajaram do grupo da Valtra para conhecer a Agritechnica e alguns países da Europa a fim de agregar experiências a serem aplicadas nas propriedades brasileiras. Entre elas estavam duas pessoas representando a marca – Paulo Beraldi, diretor comercial da Valtra, e Ricardo Huhtala, diretor AGCO SISU POWER América do Sul – oito da Concessionária Pampa, dois repórteres do Canal Rural e 22 clientes do Mato Grosso. Leonardo Defant, diretor comercial da concessionária, conta que a viagem superou todas as expectativas. “Aprendemos como é complicado o cultivo agrícola na Europa, e a forma quase milagrosa com que eles conseguiram se desenvolver e tornar sustentável uma situação totalmente adversa”. Segundo Leonardo, os clientes puderem ver de perto como a geografia brasileira é propícia para o trabalho no campo e o quão férteis são as terras do país comparadas aos locais europeus que conheceram. “Realmente foi muito emocionante, visitamos algumas propriedades agrícolas, estivemos também nas fábricas da Valtra e na AGCO SISU POWER, que são exemplo de tecnologia e sustentabilidade”, completa. Revista Valtra & Você 29 Divulgação acontece // Feiras & eventos André Carioba, vice-presidente sênior, falou aos participantes do evento realizado em Pernambuco Porto de Galinhas recebe convenção anual da Valtra Andrea Fioravanti Reisdörfer A linhar boas práticas, receber orientações da fábrica sobre procedimentos padrões e expor suas atividades foram alguns dos objetivos da Convenção da Valtra 2011 realizada em novembro em Porto de Galinhas (PE). Sob o tema “Time Valtra Inovações em todos os campos” os participantes também puderam discutir questões relacionadas a todo o portfólio de produtos e serviços, como AGCO Academy, AGCO Service, AGCO Parts, entre outros. Parceiros da marca tais como a Shell, AGCO Finance e Consórcio Nacional Valtra premiaram os concessionários que mais se destacaram em 2011. Já as concessionárias brasileiras que atingiram os requisitos de qualidade receberam da Valtra o prêmio Top Dealer. Outro destaque da convenção foi a campanha de incentivo realizada ao longo do ano passado que envolveu todos os distribuidores da marca do mercado externo. Os vencedores que cumpriram a meta, para as áreas de tratores e peças, foram premiados com um cruzeiro pela costa 30 Revista Valtra & Você brasileira e visita à fábrica de Mogi das Cruzes (SP). “A campanha foi um sucesso e devemos repeti-la em 2012”, revela Roberto Mauro, gerente de exportação – AGCO América do Sul. Presença no mercado externo A presença de todos os distribuidores foi outro destaque positivo do evento. “Tivemos a oportunidade de reunir todas as áreas de serviços, peças, marketing e produtos num mesmo evento”, enfatiza Roberto Mauro. O lançamento da Série T, tratores de alta tecnologia fabricados na Finlândia, assim como todo o portfólio de soluções que a AGCO oferece aos distribuidores Valtra também esteve na pauta da convenção. “Tivemos a oportunidade de demonstrar para os participantes do mercado externo a força da Valtra no Brasil. Essa troca de experiências contribui para que percebam o posicionamento da marca e busquem aumentar a participação de mercado em seus países”, avalia Roberto Mauro. Divulgação Sortudo: José Ferreira da Silva Filho, consorciado ganhador do carro, adquiriu sua cota minutos antes do sorteio Consórcio Nacional Valtra entrega 95 máquinas em dois eventos Quarenta e cinco máquinas entregues em uma única noite. Esse é o saldo da Super Assembleia do grupo 5015 realizado em outubro pelo Consórcio Nacional Valtra (CNV) em parceria com a concessionária Planalto Tratores em Goiânia (GO). Cerca de 400 convidados prestigiaram o evento que comemorou as 113 cotas vendidas durante um semestre e sorteou um Uno Mille zero entre os participantes. O Consórcio Nacional Valtra que realiza assembleias por todo território nacional com altos números de participação e de entregas, também esteve em novembro em Campo Grande (MS). No evento, realizado em parceria com a Shark Tratores e que contou com a presença de 150 convidados, foram entregues 50 máquinas. Costa Rica, Colômbia e Panamá: Valtra cada vez mais presente Globalmac, em San Pablo, Costa Rica A Derco Colômbia, localizada na cidade de Chía, a Globalmac Costa Rica S.A, de San Pablo, e a Globalmac Panamá S.A, da Ciudad do Panamá, tradicionais empresas do mercado agrícola, são as mais recentes concessionárias da Valtra. “O início de novos distribuidores nessas regiões significa uma retomada da marca Valtra e de seu portfólio de produtos, ampliado além dos tratores”, destaca Duilio De La Corte, diretor de vendas exportação da AGCO América do Sul. Com essa parceria a marca passará a oferecer aos consumidores dos três países a gama completa de tratores e implementos fabricados no Brasil e máquinas de última geração, produzidas na Finlândia. “Os novos parceiros também sabem da importância de ter uma boa disponibilidade de peças de reposição e serviços”, acrescenta Duilio. Ao prospectar 2012 o diretor é otimista. “Apesar de o cenário macroeconômico deixar incertezas, no nosso negócio os fundamentos seguem sólidos tanto na área de grãos – estoques mundiais baixos – como na de carnes, açúcar e biocombustíveis (etanol), o que permite uma visão positiva para o ano”. 0800 ORIENTA SOBRE USO DO AGCOMMAND Um novo serviço de pós-venda está disponível aos clientes Valtra. Através do 0800 721 2426 os clientes podem buscar orientações para o uso e navegação do portal do AGCOMMAND, sistema de telemetria desenvolvido pela AGCO. Nesse portal é possível obter informações online das máquinas, gerar relatórios de desempenho, comparativos, gerenciar a manutenção e monitorar o uso das máquinas. O atendimento é realizado por um técnico e acontece em horário comercial. Na Colômbia 76,9% das terras são destinadas à pecuária enquanto 6,6% são utilizadas para a agricultura. Banana, cana-de-açúcar, café e arroz, são as principais culturas do país. Já no Panamá a produção de arroz, milho, cana e café respondem por cerca de 70% da área plantada. Metade da área plantada na Costa Rica é formada por café, arroz, cana e abacaxi. Revista Valtra & Você 31 Divulgação acontece // Feiras & eventos AGCOMMAND da Valtra recebe o Prêmio Gerdau Melhores da terra O sistema de alto desempenho e tecnologia, que permite o gerenciamento das máquinas por meio da transferência de dados automaticamente da máquina para o escritório, recebeu em 2011 o Prêmio Gerdau Melhores da Terra, uma das mais importantes distinções da América Latina. Com o AGCOMMAND da Valtra além de saber com precisão o desempenho e a eficiência é possível fazer um monitoramento detalhado e estabelecer exatamente onde a máquina está em determinado momento. O sistema pode ser utilizado em qualquer máquina e permite que a mesma fique em comunicação constante com a assistência técnica, em tempo real. “É sem dúvida uma ferramenta inovadora na gestão agrícola”, destaca Rafael Antonio. Para o Gerente de Marketing do Produto ATS América do Sul a premiação confirma a visão da Valtra em colocar no mercado produtos com alta tecnologia e que oferecem um diferencial ao negócio do produtor. “O Prêmio Gerdau é uma iniciativa que valoriza o trabalho das empresas e estimula o desenvolvimento da agricultura brasileira”, completou. A 29ª edição do Prêmio Gerdau Melhores da Terra, realizado durante a Expointer 2011 em Esteio (RS), é voltado à indústria de máquinas e equipamentos agrícolas, e destaca os mais modernos e eficientes do setor. A avaliação é feita de uma Comissão Julgadora formada pelas mais conceituadas universidades e instituições de pesquisa agronômica do Mercosul e do Chile, além dos próprios usuários dos produtos. 32 Revista Valtra & Você COOPERCITRUS EM GUAÍRA: NOVO ENDEREÇO E MAIS SERVIÇOS A Coopercitrus, que já comercializava as máquinas Valtra em Guaíra (SP), agregou um novo serviço com o objetivo de facilitar ainda mais o dia a dia dos cooperados. Desde o início de dezembro a nova unidade está de casa nova, com melhor infraestrutura e comodidade para os clientes, e comercializando em único espaço, além das máquinas Valtra, insumos agrícolas, produtos veterinários, entre outros. “O cooperado dessa região encontrará em um só lugar tudo que necessita para seu dia a dia no campo”, destacou o diretor-presidente da Coopercitrus, Raul Huss de Almeida. Algumas homenagens de fornecedores marcaram o evento. Em nome do Consórcio Nacional Valtra, o representante comercial Márcio Ken Yamamoto entregou uma placa ao presidente da Coopercitrus. A Valtra do Brasil esteve representada por Wagner Silva, que entregou uma placa ao vice-presidente da Coopercitrus, João Pedro Matta e ao diretor de administração e negócios, José Vicente da Silva. João Pedro Matta, diretor vice-presidente da Coopercitrus, José Vicente da Silva, diretor de administração e negócios, Raul Huss de Almeida, diretor-presidente, e José Carlos Augusto, prefeito de Guaíra Divulgação Desenvolvido pela divisão de tecnologia da AGCO (ATS), produto inovador permite ao agricultor o gerenciamento completo das máquinas no campo Everton Foguinho AGCO FINANCE OTIMISTA COM A PRORROGAÇÃO DO PSI Até novembro de 2011, 76% do orçamento total do PSI disponibilizado para o ano foi utilizado e as vendas atingiram um patamar que agradou a todos. Para esse ano, com a renovação anunciada pelo Governo Federal, ainda não foi divulgado o novo aporte de recursos previstos, mas o Banco conhecedor do mercado agrícola já está otimista com as perspectivas. “Temos a certeza de um 2012 favorável à aquisição de novas máquinas”, garante o superintendente da AGCO Finance, Eduardo Bresolin. O PSI tem sido um instrumento importante para acelerar o ritmo dos negócios e somente na comercialização de máquinas Valtra, o Banco disponibilizou no ano passado mais de R$ 560 milhões, realizando um total de 6 mil operações. “Os preços das commodities neste ano devem crescer, o que trará mais lucro ao agricultor e consequente maior poder de compra”, diz Bresolin. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a previsão de safra neste ano está estimada em 158,45 milhões de toneladas. Diretores da Tritec, diretoria de vendas comercial, integrantes do pós-venda, serviços e peças e desenvolvimento de rede da Valtra, AGCO Finance e representante do Consórcio Nacional Valtra prestigiaram a inauguração Tritec Agrocenter: um novo conceito para Lajeado e região Inaugurou-se em dezembro em Lajeado (RS) o Tritec Agrocenter, novo centro de distribuição e negócios da empresa. Desde 1998 com a bandeira da Valtra, a nova unidade passou a oferecer em um único espaço a venda de tratores, colheitadeiras e implementos, serviços de pós-venda, material elétrico, condicionadores de ar, equipamentos para avicultura e suinocultura e insumos agrícolas. “O Tritec Agrocenter representa uma nova fase. Estaremos mais coesos, focados e com maior sinergia, agora o produtor poderá encontrar em um único local tudo aquilo que necessita toda linha de insumos, plantio, colheita e pós-venda”, destaca Astor Fell diretor da empresa. O objetivo da nova loja é centralizar todos os negócios em um ponto bem localizado, com facilidade de acesso e estacionamento para facilitar a vida do produtor, complementa Vilmar Zanotto, diretor da empresa ao lado de Fell. Com concessionárias nas cidades de Cachoeira do Sul, São Gabriel e Santa Maria o empreendimento, que atenderá os Vales do Taquari, Caí e Rio Pardo, é o primeiro a reunir todos esses serviços. “Nossos clientes serão bem atendidos e terão a oportunidade de conhecer nesse espaço amplo e moderno todos os nossos produtos”, avalia o coordenador comercial da Valtra, Jalison Cruz. Revista Valtra & Você 33 CONHECIMENTO // Livros & sites DESTAQUE A importância da cadeia do algodão para a economia brasileira Lançado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) o livro A Cadeia do Algodão Brasileiro: Desafios e Estratégias, inédito no setor, apresenta números que evidenciam a contribuição do setor para a economia nacional. Na safra 2010/2011 o faturamento total foi de US$ 37 bilhões, gerando um PIB agregado mais de US$ 19 bilhões. Elaborada pela Markestrat (Centro de Pesquisas e Projetos em Marketing e Estratégia), a obra apresenta números que evidenciam a contribuição da cotonicultura para a economia nacional. A coordenação do livro é do professor Marcos Fava Neves (USP) e traz ainda dados relativos à geração de emprego e renda no setor. O livro não será comercializado, mas a versão em PDF estará disponível no site www.abrapa.com.br para quem desejar baixá-lo. Edição: Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) Coordenação: Marcos Fava Neves e Mairun Junqueira Alves Pinto Mais informações www.abrapa.com.br SITES LIVRO Software para agricultura irrigada A Faculdade de Engenharia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) disponibilizou um software para o manejo racional da água utilizada na agricultura irrigada. Os criadores do aplicativo são o analista de sistemas Jean Carlos Quaresma Mariano, e o engenheiro ambiental Gilmar Oliveira Santos. O software pode ser utilizado em qualquer região, sem a necessidade de adaptações. O programa está disponível para download gratuito no clima.feis.unesp.br/smai Agronegócio brasileiro Vinculado ao Centro Tecnológico de Desenvolvimento Regional de Viçosa o Portal do Agronegócio www.portaldoagronegocio.com.br disponibiliza diversas informações sobre o setor, mercado financeiro, políticas rurais, tecnologia, entre outros. O portal também propõe soluções ao agronegócio por meio de cursos, treinamentos e consultorias e pesquisas. 34 Revista Valtra & Você Agronegócio no Brasil – Uma Perspectiva Financeira A publicação destaca três fatores importantes da agropecuária e que a diferenciam dos demais ramos de atividade: o local onde se decide plantar; a decisão de quanto e o que plantar vai depender, antes de tudo, da localização geográfica e, por fim, a questão climática. A obra destaca também outros fatores que permitiram a expansão de área plantada no Brasil e o consequente incremento da produção agrícola nos últimos anos. Aborda as principais modalidades utilizadas para o financiamento agropecuário, principalmente as linhas de crédito regulamentadas no Manual de Crédito Rural (Bacen) e as linhas do BNDES e de comércio exterior. São apresentados os principais conceitos sobre o mercado de derivativos agropecuários e os instrumentos para avaliação e gestão de risco.