Plano de Acção para uma Internet mais Segura Índice I. O Plano de Acção II. O Plano de Acção na União Europeia III. O Plano de Acção em Portugal IV. Um modelo de hotline I. O Plano de Acção Plano de Acção para uma Internet mais Segura Safer Internet Action Plan Missão Promoção da segurança na utilização da Internet e das novas tecnologias em linha pelo combate aos conteúdos ilegais ou lesivos disponíveis nas redes mundiais I. O Plano de Acção Decisão 276/1999/CE Orçamento de € 25 milhões 2.ª Fase 2003/2004 Decisão 1151/2003/CE Orçamento de € 13,3 milhões 3.ª Fase 2005/2008 Proposta de 12/3/2004 Orçamento de € 50 milhões 1.ª Fase 1999/2002 I. O Plano de Acção Primeira fase de implementação (1999/2002) Criação de uma rede europeia de linhas directas Objectivos Fomento à auto-regulação na área da sociedade da informação Desenvolvimento dos serviços e técnicas de filtragem e de sistemas de classificação de conteúdos Aumento do nível de sensibilização do público para a questão da segurança na Internet Rede europeia de 16 linhas directas em 14 países Resultados Financiamento de 31 projectos Participação de 138 parceiros em 17 países I. O Plano de Acção Segunda fase de implementação (2003/2004) Adoptada pela Decisão 1151/2003/CE de 16 de Maio de 2003 Publicada no Jornal Oficial da UE a 1 de Julho de 2003 Plano de Trabalho aprovado a 3 de Setembro de 2003 Prazo de implementação: 1/1/2003 a 31/12/2004 I. O Plano de Acção Segunda fase de implementação (2003/2004) Objectivos Alargar o respectivo âmbito à utilização das novas tecnologias em linha, em particular os conteúdos móveis e de banda larga Focar o domínio da protecção das crianças e dos menores, com ênfase para os crimes de pornografia infantil e de tráfico de crianças, sem deixar de abranger outros domínios, tais como o racismo e a violência Incentivar uma participação mais activa por parte das empresas de conteúdos e de comunicação social e o desenvolvimento de uma colaboração com organismos activos nestes domínios apoiados pelo Estado I. O Plano de Acção Segunda fase de implementação (2003/2004) Concursos com prazo fixo Centro europeu coordenador das linhas directas Orçamento indicativo: € 600 mil Concepção de sistema de rótulos de qualidade Orçamento indicativo: € 400 mil Avaliação de técnicas e serviços de filtragem Orçamento indicativo: € 500 mil Prazo: 14 de Novembro de 2003 Centro europeu coordenador de sensibilização Orçamento indicativo: € 600 mil Investigação aplicada sobre a utilização da Internet Orçamento indicativo: € 500 mil I. O Plano de Acção Segunda fase de implementação (2003/2004) Concursos com prazo contínuo Linhas directas nacionais Orçamento indicativo: € 2,7 milhões Centros nacionais de sensibilização Orçamento indicativo: € 6,4 milhões Prazos 14 de Novembro de 2003 16 de Março de 2004 15 de Junho de 2004 I. O Plano de Acção Linhas directas nacionais Funções essenciais Manutenção de uma linha directa para a recepção de denúncias relativas a conteúdos ou actividades ilegais na Internet Tratamento eficaz das denúncias recebidas e respectiva transmissão às autoridades competentes Troca de informações e de experiências com outras linhas directas Desenvolvimento de mecanismos eficazes de cooperação com as autoridades competentes e com os prestadores intermediários de serviços Incremento da visibilidade da linha directa junto do público Colaboração nas acções de sensibilização do público Participação na rede europeia de linhas directas I. O Plano de Acção Centros nacionais de sensibilização Actuação como centro de sensibilização do público nacional Funções essenciais Concepção de campanhas de sensibilização do público para a questão da segurança na Internet e nos novos media Criação de mecanismos de colaboração, formais ou informais, com as autoridades, os prestadores intermediários de serviços e os meios de comunicação social Cooperação no campo da educação e investigação sobre os media e a sociedade da informação Divulgação dos serviços e técnicas de filtragem e das linhas directas para denúncia de conteúdos ilegais Cooperação com os centros de sensibilização de outros países Contribuição para a criação de outros centros de sensibilização I. O Plano de Acção Terceira fase de implementação (2005/2008) Linhas de acção Combate aos conteúdos ilegais Controlo dos conteúdos lesivos ou não desejados Fomento à auto-regulação Sensibilização do público I. O Plano de Acção Terceira fase de implementação (2005/2008) 1.ª Linha de acção Combate aos conteúdos ilegais Financiamento de: (a) Linhas directas nacionais (b) Centro europeu coordenador das linhas directas (c) Desenvolvimento de software de apoio Orçamento indicativo: € 12,6 milhões I. O Plano de Acção Terceira fase de implementação (2005/2008) 2.ª Linha de acção Controlo dos conteúdos lesivos ou não desejados Financiamento de: (a) Divulgação de informação sobre as tecnologias e os serviços de filtragem de conteúdos (b) Adaptação e desenvolvimento das tecnologias e serviços de filtragem de conteúdos (c) Adaptação e desenvolvimento de sistemas de classificação de conteúdos e de rótulos de qualidade (d) Sensibilização dos produtores de software para a questão da segurança como um factor a ser tido em conta na criação de novos produtos Orçamento indicativo: € 9,76 milhões I. O Plano de Acção Terceira fase de implementação (2005/2008) 3.ª Linha de acção Fomento à auto-regulação Financiamento de: (a) Secretariado do fórum da Internet mais segura (b) Elaboração de códigos de conduta internacionais Orçamento indicativo: € 3,6 milhões I. O Plano de Acção Terceira fase de implementação (2005/2008) 4.ª Linha de acção Sensibilização do público Financiamento de: (a) Centros nacionais de sensibilização do público (b) Centro europeu coordenador de sensibilização Orçamento indicativo: € 23,1 milhões Índice I. O Plano de Acção II. O Plano de Acção na União Europeia III. O Plano de Acção em Portugal IV. Um modelo de hotline II. O Plano de Acção na União Europeia Ao longo dos primeiros quatro anos de implementação do Plano de Acção (entre 1999 e 2002) foram financiados na União Europeia: seis projectos de linhas directas; treze projectos de filtragem e classificação de conteúdos; e doze projectos de acções de sensibilização do público para a questão da segurança na Internet II. O Plano de Acção na União Europeia II. O Plano de Acção na União Europeia Participação por países: Alemanha: 11 projectos Grécia: 11 projectos Áustria: 6 projectos Holanda: 5 projectos Bélgica: 8 projectos Irlanda: 5 projectos Dinamarca: 4 projectos Itália: 10 projectos Espanha: 16 projectos Portugal: 4 projectos Finlândia: 4 projectos Reino Unido: 15 projectos França: 13 projectos Suécia: 6 projectos II. O Plano de Acção na União Europeia Linhas directas: Alemanha: 1 projecto (Inhope) Grécia: 1 projecto (Netwatch) Áustria: 1 projecto (Inhope) Holanda: 1 projecto (Inhope) Bélgica: 1 projecto (Childfocus) Irlanda: 1 projecto (Inhope) Dinamarca: 1 projecto (Red) Itália: 1 projecto (Stop-it) Espanha: 1 projecto (Protegeles) Portugal: 0 projectos Finlândia: 1 projecto (Northern) Reino Unido: 1 projecto (Inhope) França: 1 projecto (Inhope) Suécia: 2 projectos (Face-it I e II) Índice I. O Plano de Acção II. O Plano de Acção na União Europeia III. O Plano de Acção em Portugal IV. Um modelo de hotline III. O Plano de Acção em Portugal A adesão de participantes portugueses ao Plano de Acção tem-se revelado das mais fracas entre os Estados membros da União Europeia, reduzindo-se a quatro projectos: dois projectos na área da sensibilização do público para a questão da segurança na Internet; e dois projectos na área de desenvolvimento de tecnologias de filtragem e de classificação de conteúdos III. O Plano de Acção em Portugal Na área da sensibilização do público A participação da Escola Superior de Educação da Universidade do Algarve no projecto Educaunet, no âmbito da qual foram realizadas duas acções educacionais em estabelecimentos escolares e um estudo sobre os riscos na utilização da Internet A participação da EDIDECO – Editores para a Defesa do Consumidor no projecto CISA – Consumer Internet Safety Awareness, tendo já sido realizado e publicado um teste comparativo de sistemas de filtragem de conteúdos III. O Plano de Acção em Portugal Na área tecnológica A participação da AXON – Instituto de Informação Normativa Avançada no projecto Euforbia, com o objectivo de desenvolver uma nova geração de sistemas de filtragem de conteúdos adaptados à diversidade cultural, religiosa e política A participação do Departamento de Avaliação Prospectiva e Planeamento do Ministério de Educação no projecto EUNCLE, com o objectivo de desenvolver um ambiente europeu de colaboração adequado às diversas políticas educacionais nacionais e abordagens à questão da segurança na Internet III. O Plano de Acção em Portugal Esta situação conduziu já à formulação de críticas por parte do Parlamento Europeu e da Comissão Europeia, os quais aguardam com expectativa, pelo menos, a criação de: Uma linha directa nacional para o tratamento de denúncias relativas a conteúdos ilegais na Internet; e Um centro de divulgação nacional para a questão da segurança na Internet; ambos com um forte apoio do Governo e do sector privado, durante o período suplementar do Plano de Acção III. O Plano de Acção em Portugal De acordo com o relatório anual de 2003 da associação italiana Telefono Arcobaleno, Portugal ocupa o 14.º lugar a nível mundial e o 5.º lugar a nível da União Europeia entre os países com maior número de sítios da Internet com conteúdos de cariz pedófilo: 1.º E.U.A.: 10.503 sítios 8.º Japão: 165 sítios 2.º Coreia do Sul: 1.353 sítios 9.º Suécia: 123 sítios 3.º Rússia: 1.232 sítios 10.º Canadá: 116 sítios 4.º Brasil: 1.210 sítios 11.º Austrália: 88 sítios 5.º Itália: 423 sítios 12.º Alemanha: 71 sítios 6.º Espanha: 288 sítios 13.º Eslováquia: 56 sítios 7.º República Checa: 285 sítios 14.º Portugal: 51 sítios III. O Plano de Acção em Portugal Abaixo de Portugal nesta lista, encontram-se não só a maior parte dos países da União Europeia, como alguns dos países em vias de adesão: 15.º Reino Unido: 45 21.º Dinamarca: 23 sítios 16.º França: 43 sítios 23.º Estónia: 14 sítios 17.º Áustria: 41 sítios 26.º Polónia: 6 sítios 18.º Bélgica: 33 sítios 30.º Hungria: 4 sítios 20.º Holanda: 27 sítios 33.º Grécia: 3 sítios Índice I. O Plano de Acção II. O Plano de Acção na União Europeia III. O Plano de Acção em Portugal IV. Um modelo de hotline IV. Um modelo de hotline Um modelo de hotline: Internet Watch Foundation Natureza Missão Associação sem fins lucrativos Desenvolvimento de um trabalho conjunto com os operadores de telecomunicações, os produtores de software e hardware, as autoridades judiciárias e o Governo no sentido de minimizar a quantidade de conteúdos ilegais disponíveis em rede IV. Um modelo de hotline Função Manutenção de uma linha directa para recepção de denúncias de conteúdos ilegais na Internet, em particular conteúdos relacionados com abuso de crianças e de menores, pornografia ilegal e racismo, para a sua transmissão: (a) no caso de conteúdos alojados no Reino Unido, às autoridades judiciárias nacionais; ou (b) no caso de conteúdos alojados noutros países, às autoridades judiciárias internacionais e às respectivas linhas directas nacionais. IV. Um modelo de hotline Outras funções Sensibilização do público para a existência de uma linha directa para denúncia de conteúdos ilegais na Internet Assistência aos prestadores intermediários de serviços, designadamente através da transmissão de denúncias e de recomendações relativas ao alojamento de newsgroups que normalmente alojam conteúdos ilegais Colaboração com as autoridades judiciárias nacionais e internacionais e com as linhas directas de outros países, mediante a transmissão de denúncias e a troca de experiência e know-how IV. Um modelo de hotline Recursos humanos 1 Director Executivo 1 Assistente Pessoal 1 Gestor da linha directa 4 Analistas de conteúdos 1 Assistente Administrativo IV. Um modelo de hotline Recursos financeiros Receitas Balanço Despesas 2001/2002 Resultados transitados Receitas £ 506.091,00 £ 467.288,00 £ 45.351,00 Financiamento privado £ 353.750,00 Pagamento de serviços £ 7.981,00 2001/2002 Subsídio comunitário Outras receitas £ 65.368,00 £ 78.992,00 IV. Um modelo de hotline Financiamento Prestadores Intermediários de Serviços Operadores de serviços telefónicos móveis Produtores de hardware Produtores de software Designadamente: Linx, BT Openworld, AOL, Energis, MSN, Easynet, ISPA, Cable & Wireless, Brightview, NTL, O², T-Mobile, Thus/Demon, Yahoo! UK & Ireland, Freeserve, Orange, Tiscali, Vodafone, 3, Kingston Communications, Lycos, Overture IV. Um modelo de hotline Volume de Trabalho (2002) 21341 denúncias (aproximadamente 60 denúncias por dia), tendo sido tomadas medidas em 3783 casos relativos a conteúdos alojados: nos Estados Unidos da América (52%) na Europa (19%) na Rússia (18%) no Reino Unido (2%) noutros países (8%) IV. Um modelo de hotline Resultados Redução drástica da quantidade de conteúdos ilegais alojados no Reino Unido (actualmente, apenas 2% do total das denúncias recebidas) 35 detenções a nível mundial com base em denúncias transmitidas pela Internet Watch Foundation Enorme visibilidade nacional e internacional do trabalho desenvolvido pela Internet Watch Foundation, tendo o número total de denúncias aumentado em 64% de 2001 para 2002