CONTROLE CENTRAL E PERIFÉRICO DA INGESTÃO
ALIMENTAR
SILVA, J. V, F. DA1; SILVA, V. L. DA1; CASINI, J. V. M.1; SANCHES, T. B1;
TORRES, A. A2.
1- Graduandos do curso de Ciências Biológicas da FAP-Faculdade de Apucarana.
2- Docente do curso de Ciências Biológicas da FAP- Faculdade de Apucarana.
RESUMO
O controle de fome e saciedade é feito através de substâncias como
hormônios, neurônios anorexígenos e orexígenos liberados pelo hipotálamo,
diversos sinalizadores como a leptina, grelina, insulina, CCK, PYY, PP,
AMILINA, OXM, GLP-1, orexínas e increatinas fazem uma complexa rede de
sinalização ao hipotálamo e áreas do SNC que são responsáveis por fazer o
controle da fome e saciedade elementos primordiais no controle de balanço
energético e controle da homeostase energética.
Palavras chave: fome; saciedade; hipotálamo.
ABSTRACT
The control of hunger and satiety is done through substances such as
hormones, neurons orexigenos anorexigenic and released by the
hypothalamus, various flags such as leptin, ghrelin, insulin, CCK, PYY, PP,
AMYLIN, so-called OXM, GLP-1 Orexins and increatinas make a complex
network of signaling to the hypothalamus and CNS areas that are responsible
for making the control of hunger and satiety primordial elements in the control of
energy balance and control of energy homeostasis.
Key words: hunger; satiety; hypothalamus.
INTRODUÇÃO
De acordo com Leite, - (2009) os principais responsáveis por fazer o
controle da fome e do apetite são o núcleo hipotalâmico lateral e o núcleo
hipotalâmico ventromedial que através de sinais periféricos fazem um balanço
enérgico aumentando ou inibindo a fome e saciedade. Esse controle é feito
através de neuropeptídios orexígenos e anorexígenos (NPY/AgRP e POMC
CART).
Mas existem além desses fatores outros diversos sinais periféricos
gastrointestinais que fazem todo um trabalho de sinalização ao sistema
nervoso, sendo de vital importância por fazerem diversos estímulos ao
organismo como o do inicio de uma refeição. Diante de tais constatações este
‘
artigo busca demostrar como ocorre a integração de sinais periféricos que são
enviados ao SNC e que fazem o controle da ingestão alimentar.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Controle da ingestão alimentar
Durval Damiani (2010 pag. 213) diz que “diante das necessidades
energéticas de todo ser vivo, a obtenção de nutrientes é um passo
extremamente importante para a sobrevida e não é de se estranhar que seu
controle seja extremamente complexo e confiável”.
Segundo a revisão de Velloso ( 2006 p. 169 ) “duas subpopulações de
neurônios foram bem caracterizadas no núcleo arqueado. Uma expressa os
neurotransmissores orexígenos NPY e AgRP, enquanto a outra expressa os
neurotransmissores anorexígenos α-MSH”, a autora Leite, L.D. (2009 p. 131)
diz que “o percursor do MSH é a pró-ópio-melanocortina (POMC), e essa
mediante clivagens gera não só o MSH, mas também, anteriormente, o
hormônio adrenocorticotrófico e a β-endorfina”. Sinais periféricos são os
responsáveis por fazer a sinalização no hipotálamo sobre os níveis de reserva
energética no corpo humano, diversos tipos de vias de sinalização são
utilizadas pelo organismo para fazer um balanceamento energético, que atuam
no organismo de forma antagônica, interagindo entre si através da grelina,
insulina, leptina e sinais gastrointestinais.
Gibbert (2011, apud ROMERO; ZANESCO, 2006) a leptina é uma
proteína composta por 167 aminoácidos e possui uma estrutura semelhante às
citocinas, do tipo interleucina 2, sendo produzida pela glândula mamária,
músculo esquelético, epitélio gástrico, trofoblasto placentário e, principalmente,
pelo tecido adiposo.
A leptina, produzida pelo tecido adiposo branco,
principalmente, atua em receptores expressos no hipotálamo,
especialmente no núcleo arqueado, para promover a sensação
de saciedade e regular o balanço energético. Diversos estudos
demonstram que a leptina atua no sistema nervoso central por
meio de mediadores como o neuropeptídeo Y, o peptídeo
agouti (AgRP), o hormônio liberador de corticotropina (CRH), o
hormônio estimulante dos melanócitos (MSH), a colecistocinina
(CKK), entre outros (GIBBERT, 2011, p. 273).
‘
Gibbert e Brito (2011 apud CRISPIM et al., 2007). diz que a grelina é
um peptídeo composto por 28 aminoácidos produzido principalmente pelas
células endócrinas do estômago, duodeno e em uma série de estruturas
cerebrais. De acordo com Leite, L.D. (2009 p. 133) “uma das principais funções
da grelina é aumentar a produção do hormônio GH nas células do hipotálamo e
somatotróficas da hipófise, sendo o ligante endógeno para o receptor
secretagogo de GH (GHS-R)”.
“a grelina possui outras importantes atividades, incluindo
estimulação da secreção lactotrófica e corticotrófica, atividade
orexígena acoplada ao controle do gasto energético; controle
da secreção ácida e da motilidade gástrica, influência sobre a
função endócrina pancreática e metabolismo da glicose e ainda
ações cardiovasculares e efeitos antiproliferativos em células
neoplásicas” (ROMERO, 2006, p.6).
Outro importante sinalizador e regulador da homeostase energética é a
insulina, o efeito da insulina depende de sua quantidade e da via de
sinalização, de acordo com Carvalheira (2002 p. 420) “A insulina é o hormônio
anabólico mais conhecido e é essencial para a manutenção da homeostase de
glicose e do crescimento e diferenciação celular, esse hormônio é secretado
pelas células β das ilhotas pancreáticas em resposta ao aumento dos níveis
circundates de glicose”.
A ação da insulina na célula inicia-se pela sua ligação ao
receptor de membrana plasmática. Este receptor está presente
em praticamente todos os tecidos dos mamíferos, mas suas
concentrações variam desde 40 receptores nos eritrócitos
circulantes até mais de 200.000 nas células adiposas e
hepáticas. O receptor de insulina é uma glicoproteína
heterotetramérica constituída por 2 sub-unidades α e duas
subunidades β, unidas por ligações dissulfeto ( HABER, et al.
2001 p. 220).
Peptídeos gastrointestinais
A função do cck é a inibição dos neuropeptídeos orexígenos como o
NPY e o AgRP. Sakira Arora (2006 p.13) apud Gibbs et al (1973), Kissileff et al.
(1981) “A administração de CCK, de seres humanos e animais, tem sido
conhecido por inibir a ingestão de alimentos por a redução do tamanho de
alimentação e duração.”
Damiami (2010) diz que o PYY atua através da inibição dos neurônios
produtores de NPY, através da via de receptores Y2 reduzindo os efeitos
‘
orexígenos do NPY fazendo assim com que haja um efeito de saciedade no
organismo.
Leite (2009 p.134) diz que “o polipeptideo pancreático pertence a
mesma família do peptídeo YY, sua liberação também ocorre por estimulo da
ingestão alimentar, sendo produzido principalmente no pâncreas, colón e reto.”
De acordo com Guerreiro (2012) a Amilina é outro pepitideo que tem a
função de aumentar a saciedade produzida nas células β pancreáticas ela
atuando no retardamento do esvaziamento gástrico. Guerreiro (2012 p.353) diz
que “Amilina é um hormônio pancreático conhecido por atuar sobre uma
grande série de fenômenos fisiológicos, incluindo a regulação da homeostase
da glicose, e está ausente ou presente no nível reduzido na diabetes.”
Chacra (2006 p. 613) diz que “as increatinas GLP-1 e GIP pertencem a
uma super família do peptídeo glucagon, e como tal, existe alguma homologia
da sequencia de aminoácidos entre esses peptídeos e glucagon, além de haver
entre jipe GLP-1”.
O neuromediador orexina (OX) deriva do termo grego orexis que
significa apetite. Andrade (2009) diz que as orexinas A e B são polipeptídios
com 33 e 28 aminoácidos, respectivamente, apresentando homologia em 46%
de suas sequências peptídicas.
A expressão do gene pre pró glucagon é limitada às células um
no pâncreas, células L no intestino, e neurónios do tronco
cerebral núcleo do trato solitário ( NTS ) . ao passo que
processamento pós-traducional da proglucagina no pâncreas
conduz à formação de glucagon e a maior fragmento de
proglucagon , a clivagem proteolítica ,em que as células L do
intestino e no NTS produz a péptidos glicentina,
oxintomodulina, péptido tipo glucagon ( GLP ) -1 e o GLP- 2
(SAKIRA ARORA, 2006 p. 9).
CONCLUSÃO
A ingestão alimentar é controlada por uma serie de fatores que
interagem entre si de diversas maneiras fazendo dessa forma o controle da
fome e do apetite para manter assim o corpo em homeostase energética.
Dessa forma os estudos sobre o controle da ingestão alimentar e de como
atuam os mecanismos de seu controle são de fundamental importância, pois a
sua compreensão permite o melhor entendimento de seu funcionamento e de
‘
todas as eventuais desordens que possam vir a ocorrer nesse sistema de vital
importância para o ser humano.
REFERÊNCIAS
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concentrador de melanina e orexina A no núcleo motor dorsal do nervo
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