Prof. Fernando Buglia Exercícios – Segunda Lei OHM 1. (Ufpr) Um engenheiro eletricista, ao projetar a instalação elétrica de uma edificação, deve levar em conta vários fatores, de modo a garantir principalmente a segurança dos futuros usuários. Considerando um trecho da fiação, com determinado comprimento, que irá alimentar um conjunto de lâmpadas, avalie as seguintes afirmativas: 1. Quanto mais fino for o fio condutor, menor será a sua resistência elétrica. 2. Quanto mais fino for o fio condutor, maior será a perda de energia em forma de calor. 3. Quanto mais fino for o fio condutor, maior será a sua resistividade. Assinale a alternativa correta. a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira. b) Somente a afirmativa 2 é verdadeira. c) Somente a afirmativa 3 é verdadeira. d) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras. e) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras. 2. (Uff) Em dias frios, o chuveiro elétrico é geralmente regulado para a posição “inverno”. O efeito dessa regulagem é alterar a resistência elétrica do resistor do chuveiro de modo a aquecer mais, e mais rapidamente, a água do banho. Para isso, essa resistência deve ser a) diminuída, aumentando-se o comprimento do resistor. b) aumentada, aumentando-se o comprimento do resistor. c) diminuída, diminuindo-se o comprimento do resistor. d) aumentada, diminuindo-se o comprimento do resistor. e) aumentada, aumentando-se a voltagem nos terminais do resistor. 3. (Ita) Um fio condutor é derretido quando o calor gerado pela corrente que passa por ele se mantém maior que o calor perdido pela superfície do fio (desprezando a condução de calor pelos contatos). Dado que uma corrente de 1 A é a mínima necessária para derreter um fio de seção transversal circular de 1 mm de raio e 1 cm de comprimento, determine a corrente mínima necessária para derreter um outro fio da mesma substância com seção transversal circular de 4 mm de raio e 4 cm de comprimento. a) 1/8 A b) 1/4 A c) 1A d) 4A e) 8A 4. (Unicamp) O grafeno é um material formado por uma única camada de átomos de carbono agrupados na forma de hexágonos, como uma colmeia. Ele é um excelente condutor de eletricidade e de calor e é tão resistente quanto o diamante. Os pesquisadores Geim e Novoselov receberam o premio Nobel de Física em 2010 por seus estudos com o grafeno. a) A quantidade de calor por unidade de tempo Φ que flui através de um material de área A e espessura d que kA ( T2 − T1 ) , onde k é a separa dois reservatórios com temperaturas distintas T1 e T2, e dada por Φ = d 2 condutividade térmica do material. Considere que, em um experimento, uma folha de grafeno de A = 2,8 µ m e d = −10 1,4 x 10 m separa dois microrreservatórios térmicos mantidos a temperaturas ligeiramente distintas T1 = 300 K e T2 = 302 K. Usando o gráfico abaixo, que mostra a condutividade térmica k do grafeno em função da temperatura, obtenha o fluxo de calor Φ que passa pela folha nessas condições. b) A resistividade elétrica do grafeno à temperatura ambiente, ρ = 1,0 × 10 −8 Ωm , é menor que a dos melhores condutores metálicos, como a prata e o cobre. Suponha que dois eletrodos são ligados por uma folha de grafeno 2 de comprimento L = 1, 4 µ m e área de secção transversal A = 70 nm , e que uma corrente i = 40 µ A percorra a folha. Qual é a diferença de potencial entre os eletrodos? Página 1 de 7 Prof. Fernando Buglia 5. (Enem 2ª aplicação) A resistência elétrica de um fio é determinada pela suas dimensões e pelas propriedades estruturais do material. A condutividade ( σ ) caracteriza a estrutura do material, de tal forma que a resistência de um fio pode ser determinada conhecendo-se L, o comprimento do fio e A, a área de seção reta. A tabela relaciona o material à sua respectiva resistividade em temperatura ambiente. Tabela de condutividade 2 Material Condutividade (Sm/mm ) Alumínio 34,2 Cobre 61,7 Ferro 10,2 Prata 62,5 Tungstênio 18,8 Mantendo-se as mesmas dimensões geométricas, o fio que apresenta menor resistência elétrica é aquele feito de a) tungstênio. b) alumínio. c) ferro. d) cobre. e) prata. 6. (Ita) A figura mostra três camadas de dois materiais com condutividade σ1 e σ2, respectivamente. Da esquerda para a direita, temos uma camada do material com condutividade σ1, de largura d/2, seguida de uma camada do material de condutividade σ2, de largura d/4, seguida de outra camada do primeiro material de condutividade σ1, de largura d/4. A área transversal é a mesma para todas as camadas e igual a A. Sendo a diferença de potencial entre os pontos a e b igual a V, a corrente do circuito é dada por a) 4V A/d(3σ1 + σ2). b) 4V A/d(3σ2 + σ1). c) 4V Aσ1σ2/d(3σ1 + σ2). d) 4V Aσ1σ2 / d(3σ2 + σ1). e) AV(6σ1 + 4σ2) / d. Página 2 de 7 Prof. Fernando Buglia 7. (Pucrs) Durante um experimento realizado com um condutor que obedece à lei de Ohm, observou-se que o seu comprimento dobrou, enquanto a área da sua secção transversal foi reduzida à metade. Neste caso, se as demais condições experimentais permanecerem inalteradas, pode-se afirmar que a resistência final do condutor, em relação à resistência original, será a) dividida por 4. b) quadruplicada. c) duplicada. d) dividida por 2. e) mantida. 8. (Ufu) Um fio de comprimento e possui uma dada resistividade elétrica. Quando esse fio é conectado nos terminais de uma bateria, ele é percorrido por uma corrente i. O fio é cortado ao meio e colocado em paralelo nos terminais da mesma bateria. A corrente que circula por cada metade do fio, nesse caso, será de: a) 2i b) 3i c) 4i d) 8i 9. (Fuvest) São dados dois fios de cobre de mesma espessura e uma bateria de resistência interna desprezível em relação às resistências dos fios. O fio A tem comprimento c e o fio B tem comprimento 2c. Inicialmente, apenas o fio mais curto, A, é ligado às extremidades da bateria, sendo percorrido por uma corrente I. Em seguida, liga-se também o fio B, produzindo-se a configuração mostrada na figura a seguir. Nessa nova situação, pode-se afirmar que: a) a corrente no fio A é maior do que I. b) a corrente no fio A continua igual a I. c) as correntes nos dois fios são iguais. d) a corrente no fio B é maior do que I. e) a soma das correntes nos dois fios é I. 10. (Unicamp) Um aluno necessita de um resistor que, ligado a uma tomada de 220 V, gere 2200 W de potência 0 -2 2 térmica. Ele constrói o resistor usando fio de constante N . 30 com área de seção transversal de 5,0.10 mm e 6 -1 condutividade elétrica de 2,0.10 (Ωm) . a) Que corrente elétrica passará pelo resistor? b) Qual será a sua resistência elétrica? c) Quantos metros de fio deverão ser utilizados? 11. (Unicamp) Sabe-se que a resistência elétrica de um fio cilíndrico é diretamente proporcional ao seu comprimento e inversamente proporcional à área de sua secção reta. a) O que acontece com a resistência do fio quando triplicado o seu comprimento? b) O que acontece com a resistência do fio quando duplicamos o seu raio? Página 3 de 7 Prof. Fernando Buglia Gabarito: Resposta da questão 1: [B] 1. Falso. A resistência é inversamente proporcional à área da seção reta do fio. 2. Verdadeiro. Porque maior será a sua resistência. 3. Falso. A resistividade é propriedade do material e não do fio. Resposta da questão 2: [C] Como a tensão (U) é constante, a potência (P) varia com a resistência (R) de acordo com a expressão: U2 P= . R Mas a 2ª lei de Ohm afirma que a resistência de um condutor depende da resistividade do material ( ρ ), é diretamente proporcional ao comprimento (L) e inversamente a área da secção transversal (A), ou seja: L R= ρ . A Combinando essas expressões: U2 A P= . ρL Concluímos dessa expressão resultante, que a potência dissipada é inversamente proporcional ao comprimento do resistor. Portanto, para aquecer a água do banho mais rapidamente a resistência deve ser diminuída, diminuindo-se o comprimento do resistor. Resposta da questão 3: [E] Dados: i1 = 1 A. r1 = 1 mm; r2 = 4 mm ⇒ r2 = 4 r1 . L1 = 1 cm; L2 = 4 cm ⇒ L2 = 4 L1. A troca de calor é efetuada pela superfície lateral do fio. Portanto a área de troca (AT) é: A T = 2πr1 L1 1 A T = 2πr L === A T2 = 16 A T1 A T2 = 2πr2 L 2 = 2π ( 4r1 )( 4L1 ) = 32πr1 L1 (I). A quantidade de calor dissipada (Q) em dado intervalo de tempo (∆ ∆t) é: Q = P ∆t, sendo P a potência dissipada. Mas: Página 4 de 7 Prof. Fernando Buglia 2 P = R i , sendo R a resistência do condutor. De acordo com a 2ª lei de Ohm: R= ρ L ρ : resistividade do material; A s A S : área da secção transversal do condutor. Assim: ρ L1 R1 = π r12 ρ L2 ρ 4L1 ρ 4L1 1 ρ L1 R2 = = = = 2 2 2 4 π r12 π r2 π 16r1 π 4r1 ( ) R1 (II). === R2 = 4 Usando essa relação (II), podemos relacionar os calores dissipados: Q1 = R1 i12 ∆t Q1 4 i12 === = 2 (III). R 2 2 Q2 i2 Q2 = R2 i2 ∆t = 1 i2 ∆t 4 Mas o calor dissipado é diretamente proporcional à área lateral. Então: Q1 A T1 = (IV). Q2 A T2 Substituindo (I) e (III) em (IV), vem: 4 i12 i22 = A T1 16 A T1 ⇒ i22 = 64 i12 ⇒ i2 = 8 i1 ⇒ i2 = 8 (1) ⇒ i2 = 8 A. Resposta da questão 4: 2 – Obs: o examinador poderia ter sido mais ameno e facilitado um pouco a resolução, dando a dica de que 1 µm = 10 12 2 m . Por isso, a questão foi considerada de dificuldade elevada. Muitos candidatos podem não ter percebido o detalhe da transformação. 2 –6 2 –12 2 –10 a) Dados: A = 2,8 µm = 2,8 × (10 m) = 2,8 × 10 m ; d = 1,4 × 10 m; T1 = 300 K; T2 = 302 K. Como o intervalo de temperatura em questão é pequeno, podemos considerar a condutividade térmica constante. Do gráfico: 3 k = 4 × 10 W/(m⋅K). Substituindo esses valores na expressão dada: kA ( T2 − T1 ) 4 × 103 × 2,8 × 10−12 ( 302 − 300 ) Φ= Φ= d 1,4 × 10 −10 –8 –6 ⇒ Φ = 1,6 × 102 W . 2 –9 2 –18 b) Dados: ρ = 1,0 × 10 Ω⋅m; L = 1,4 µm = 1,4 × 10 m; A = 70 nm = 70 × (10 m) = 70 × 10 –6 10 A. 2 m ; i = 40 µA = 40 × Da 1ª lei de Ohm: U = R i L 1× 10 −8 × 1,4 × 10 −6 × 40 × 10 −6 ⇒ L⇒U=ρ i= A 70 × 10−18 Da 2ª lei de Ohm: R = ρ A –3 U = 8,0 × 10 V. Página 5 de 7 Prof. Fernando Buglia Resposta da questão 5: [E] O fio que apresenta menor resistência é aquele que apresenta maior condutividade. Pela tabela, vemos que é aquele feito de prata. Resposta da questão 6: [D] Da 2ª lei de Ohm: R= ρL , sendo ρ a resistividade do material. Como a condutividade é o inverso da resistividade: A σL . A Aplicando essa expressão às três camadas: d d R1 = 2 ⇒ R1 = ; σ1A 2σ1A R= d R2 = 4 ⇒R = d e 1 σ2 A 4σ 2 A d R3 = 4 ⇒R = d ; 3 σ1A 4σ1A Essas camadas comportam-se como três resistores em série. A resistência equivalente é: Req = R1 + R2 + R3 ⇒ Req = R eq = d d d + + (M.M.C. = 4Aσ1σ2) 2σ1A 4σ2 A 4σ1A d ( 3σ2 + σ1 ) 2σ2 d + σ1d + σ2 d ⇒ R eq = . 4Aσ1σ2 4Aσ1σ2 Aplicando a 1ª lei de Ohm ao circuito, vem: i= i= V V ⇒i= ⇒ d ( 3σ2 + σ1 ) R eq 4Aσ1σ2 4VAσ1σ2 . d ( 3σ2 + σ1 ) Resposta da questão 7: [B] Sendo ρ a resistividade do material, L o comprimento do condutor e A a área de sua secção transversal, a segundo lei da Ohm nos dá que a resistência (R) desse condutor é: L R=ρ . A Dobrando o comprimento e reduzindo à metade a área de sua secção transversal, a nova resistência passa a ser: 2L L R' = ρ = 4 ρ ⇒ R’ = 4 R. A A 2 Resposta da questão 8: [A] As figuras 1 e 2 ilustram a situação descrita. Página 6 de 7 Prof. Fernando Buglia i’ i R i’ 2 R 2 R i’ 2 2 + + U U Fig 1 Fig 2 Consideremos que na Fig 1 a resistência elétrica do fio é R e a corrente é i. Sendo U a ddp fornecida pela bateria, aplicando a 1ª lei de Ohm, vem: U i= . R De acordo com a 2ª lei de Ohm, a resistência elétrica é diretamente proporcional ao comprimento Então, ao se cortar o fio ao meio, a resistência elétrica de cada pedaço é metade da resistência do fio inteiro, ou seja: R R1 = R 2 = . 2 Colocando-se os dois pedaços em paralelo como na Fig 2, a resistência do circuito é: R R R' = 2 = . 2 4 A corrente i’ no circuito é, então: U U U ⇒ U’ = 4 i. U’ = = =4 R' R 4 R As correntes nos pedaços são: i' 4 i i1 = i2 = = ⇒ i1 = i2 = 2 i 2 2 Resposta da questão 9: [B] Resposta da questão 10: a) 10,0 A b) 22,0 Ohms c) 2,20 m Resposta da questão 11: a) Triplica b) Fica quatro vezes menor Página 7 de 7