Exemplo: Velocidade de Migração num Fio de Cobre As velocidades de migração típicas nos condutores são muito pequenas. De facto a velocidade de migração é muito menor que a velocidade média entre colisões. Para a velocidade obtida no problema acima, os electrões levariam 68 minutos para deslocarse 1m. Então por que uma luz quando ligada acende instantaneamente? O campo eléctrico que impulsiona os electrões livres é estabelecido no condutor instantaneamente. Quando ligamos o interruptor a força eléctrica faz com que os electrões passem a se deslocar no fio, imediatamente. Os electrões que já se encontravam no filamento da lâmpada passam a se deslocar em resposta a essa força, e a lâmpada começa a emissor luz. 1 Exemplo: INTENSIDADE DA CORRENTE ELÉTRICA I A = área da secção transversal Nº electrões 01 Carga “e” -19 1,6.10 -19 02 03 Q (C) I (A)= Q/2 s -19 1,6.10 -19 0,8.10 -19 -19 1,6.10 3,2.10 1,6.10 -19 -19 1,6.10 4,8.10 3,2.10 -19 2 RESISTÊNCIA Vd está relacionada com o campo eléctrico, E no fio E se E aumentar, a Fe sobre os electrões é mais forte e vd aumenta V E I V assim Podemos escrever essa proporcionalidade como V = IR I A constante de proporcionalidade R é chamada de resistência do condutor I V Esta resistência é causada por colisões dos electrões com os átomos do condutor R V I Unidade SI: volt/ ampère, chamada de ohm () RESISTÊNCIA 3 Resistência à passagem da corrente eléctrica no fio R 4 LEI DE OHM Verificou-se experimentalmente que para muitos materiais, incluindo os metais, a resistência é constante para grande parte das tensões aplicadas. Esse comportamento é conhecido como lei de Ohm (1787-1854) em homenagem a Georg Simon Ohm foi a primeira pessoa a fazer um estudo sistemático da resistência eléctrica. A lei de Ohm não é uma lei fundamental da natureza, mas uma relação empírica válida somente para determinados materiais e dispositivos, sob uma escala limitada de condições V IR V I R O declive é m 1 R (a) (b) a) Curva da corrente em função da tensão para um dispositivo óhmico. A curva é linear e o declive 2 103 1 1 fornece a resistência do condutor : 3 m 2 10 R m 103 1000 b) Uma curva não linear da corrente em função da tensão para um díodo semicondutor. Esse dispositivo não obedece à lei de Ohm. 5 O símbolo para um resistor em diagramas de circuito A resistência de um fio condutor óhmico é proporcional ao seu comprimento e inversamente proporcional à sua área de secção transversal: R A resistividade do material Unidades da resistividade : ohm-metro ( ) comprimento do fio Condutividade 1 tem a unidade ( m )-1 R A 6 Exemplo: Um condutor de alumínio tem 300m de comprimento e 2mm de diâmetro. Calcule a sua resistência eléctrica. Dados: Comprimento do fio, L=300m, diâmetro do fio, D=2mm, resistividade do alumínio 2.810-8 . Solução R=1mm A=R2 =3.14(1mm)2 =3.14 mm2 =3.1410-6 m2 Considerando a resistividade expressa em (Ohmm). Nesse caso o comprimento deve estar expresso em m, e a área da secção em m2, portanto substituindo na expressão da resistência resulta: 2.8 108 300 R 2.67 6 A 3.1410 7 VARIAÇÃO DA RESISTIVIDADE COM A TEMPERATURA A resistividade depende de vários factores, um dos quais é a temperatura É de se esperar, uma vez que com o aumento da temperatura os rapidamente átomos movem-se mais no aumento de colisões entre os electrões livres e os átomos 0 1 T T0 Fio frio Fio quente T0 20 temperatura de referência o coeficiente de temperatura da resistividade como R A R R R0 1 T T0 RESISTIVIDADE EM TERMOS DE PARÂMETROS MICROSCÓPICOS me ne2 tempo médio entre as colisões 8 SUPERCONDUTORES Para uma classe de metais e de compostos conhecidos como supercondutores, a resistência vai a zero abaixo de uma determinada temperatura crítica Tc As resistividades dos supercondutores abaixo de Tc são menores do que 4 10-25 m Alumínio, Estanho, chumbo 1017 vezes menor do que a resistividade do cobre e considerada como nula na prática. Uma das características verdadeiramente notáveis dos supercondutores é o facto que, uma vez que uma corrente é criada neles, ela persiste (por anos) sem nenhuma tensão aplicada (porque R = 0): A segunda característica denominada de Efeito Messner: é o diamagnetismo perfeito, ou seja, exclusão do campo magnético de seu interior. Um imã levitando sôbre o nitrogénio líquido refrigerado à temperatura de -200 C. 9