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Jornal das Of icinas
Empresa NORSIDER
Referência nacional
› Costuma dizer-se que uma imagem vale mais do que mil palavras. Pois
bem, a Norsider tem dez por peça. Com uma estrutura composta por
28 pessoas, esta empresa da Trofa é, hoje, uma referência no setor dos
Veículos em Fim de Vida, peças usadas auto e gestão de resíduos
Veja o video em
jornaldasoficinas.pt
Sede: Rua do Progresso, 517, 4785 – 647 Trofa
Email: [email protected] Site: www.norsider.pt Telefone: 252 428 418 Fax: 252 428 420
Gerentes: António Silva, Maria Antónia Pereira e Vítor Pereira
Por: Bruno Castanheira
o nosso negócio direciona-se para veículos
mais recentes.”
A Norsider adquire veículos a particulares, concessionários, instituições públicas
e seguradoras. De seguida, faz-lhes o teste,
rotula-os, procede à sua descontaminação
e aproveita as peças que estão em bom
estado (as que são úteis e as que têm procura) para recolocá-las no mercado.
Quando o veículo se encontra perante uma
situação em que não existe mais material
interessante que possa ser reaproveitado,
faz-se-lhe uma prensagem e envia-se para
reciclagem. Em termos de volume de negócio, entre 70 a 80% ainda provém das
sucatas. Já no que toca a rentabilidade, é
a área das peças que desempenha o papel
mais importante dentro da empresa.
N
ascida a 1 de Março de 2002, portanto há 13 anos, a Norsider começou a sua atividade ligada ao
comércio de materiais ferrosos. Lidava com
sucatas gerais resultantes das indústrias
da construção e metalomecânica (carroçarias; baldes para máquinas; serralharias
de obra). Área que ainda hoje mantém. A
origem do seu nome deve-se à conjugação
das palavras Norte (a sua localização geográfica) com siderúrgicos (materiais relativos a siderurgia).
Em 2007, esta empresa mudou-se para
as instalações de 10.000 m2 onde, atualmente, se encontra. Nessa altura, já dispunha de licenciamento para gestão de
resíduos, que ainda não englobava, contudo, os Veículos em Fim de Vida (VFV).
Estes só viriam em 2008. Em 2009, a Nosider decidiu entrar no setor das peças usadas. E, em 2011, informatizou o processo.
n MAIS DE 3.000 MODELOS
Com uma estrutura composta por 28
pessoas (25 homens e 3 mulheres), número
que inclui os dois funcionários que estão
localizados no loja que a empresa abriu,
no início de 2014, no Algarve, mais concretamente em Faro, a Norsider tinha, no
dia em que a visitámos, entre 125 a 130
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Depois de adquirir os veículos, a Norsider faz-lhes o teste, rotula-os, procede à sua
descontaminação e aproveita as peças que estão em bom estado. E que têm procura
viaturas em parque para desmantelamento.
Todos os dias lhe chegam veículos e todos
os dias são abatidas (amassadas) viaturas.
Esta empresa da Trofa trabalha com 75
marcas e mais de 3.000 modelos de automóveis. Como nos deu conta Vítor Pereira,
que entrou para a Norsider em 2005 e que,
em 2009, passou a gerir o negócio das
peças usadas, dos veículos e da informatização, “como centro de abate, tínhamos
veículos muito antigos. Há um ano, a idade
média das nossas viaturas era de 19 anos.
Hoje, essa média baixou para 13 anos.
Trabalhamos diariamente para melhorar
o nosso stock, para ter cada vez mais diversificação e para ter viaturas mais modernas, que são aquelas que reúnem maior
procura.”E continuou:“Em 2014, recebemos
mais de 600 viaturas. Não temos olhado
muito para a quantidade. Essencialmente,
temos escolhido as viaturas que queremos
pôr a trabalhar, que são aquelas que nos
permitem recuperar mais peças e cujas
peças têm maior procura. Cada vez mais
n MAIS DE 70.000 PEÇAS EM STOCK
Com mais 70.000 peças em stock e mais
de 200.000 fotografias online que estão à
disposição do cliente, juntamente com
informação técnica e os números de chassis dos veículos a que pertencem as respetivas peças, a Norsider tem clientes
particulares e profissionais. Mas o seu
público-alvo são as oficinas, para quem
são criadas condições especiais. A empresa
da Trofa está, aliás, cada vez mais vocacionada para trabalhar com clientes profissionais, sejam eles oficinas, revendedores
de peças ou concessionários. De acordo
com Vítor Pereira, “é aqui que acreditamos
ter mais espaço para crescer. Mas não descuramos, de forma alguma, o cliente particular. Até porque temos uma presença
muito forte nas redes sociais. Ambos os
públicos são interessantes. Até porque há
peças que se vendem a uns que não se
vendem a outros.”O JORNAL DAS OFICINAS
sabe que andam na casa dos 400 os reparadores clientes da Norsider. Mas olhando
para a base de dados, este número ultrapassa os 3.000, incluindo particulares.
Toda a gestão do negócio da Norsider
está centralizada na Trofa. Mas a empresa
dispõe de um ponto de venda localizado
em Faro. A Norsider chega a todo o território nacional. Incluindo ilhas. Mas o maior
volume de negócio é assegurado pelo
continente. Todas as encomendas saem
da Trofa e são entregues, no dia seguinte,
aos clientes através de transportadoras.
Na Madeira e nos Açores, onde existem
mais condicionantes relacionadas com a
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Jornal das Of icinas
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Centro Acreditado Valorcar
Cumprir normas, preservar o ambiente
A
Norsider iniciou, em 2009, a sua atividade no ramo
das peças usadas. E já fazia reciclagem de veículos.
Mas, nessa altura, não foi, digamos, aceite na Rede
Valorcar. Por razões que se prenderam com questões
meramente geográficas, uma vez que, na região, já
existia um operador inserido nessa entidade privada
sem fins lucrativos, cujo capital social pertence em
95% à Associação Automóvel de Portugal (ACAP)
e em 5% à Associação das Empresas Portuguesas
para o Setor do Ambiente (AEPSA). Como a Valorcar não permitia a acreditação de operadores
próximos entre si, foi este o critério que inviabilizou
a adesão da Norsider.
Foi noutra fase de expansão da Valorcar que a Norsider entrou, em 2011, para esta rede de gestão de VFV.
Como fez questão de realçar Vítor Pereira, gerente da
empresa trofense, “a Rede Valorcar é, essencialmente,
uma acreditação do centro. Temos uma entidade que
nos supervisiona (não uma entidade que nos passa
multas propriamente ditas) e que nos obriga a manter
uma determinada postura, principalmente a nível ambiental. Ou seja, temos de garantir que fazemos uma
descontaminação correta do veículo, uma extração de
todos os produtos que são contaminados (plásticos e
vidros, por exemplo) e um encaminhamento adequado
para a fileira de reciclagem. Somos um centro que desenvolve a sua atividade de acordo com as diretivas
comunitárias relativas à gestão de VFV.”
A integração na Rede Valorcar permite à Norsider,
enquanto centro acreditado, ter acesso a alguns protocolos estabelecidos entre instituições públicas e a
própria Valorcar. O que lhe possibilita apresentar propostas para aquisição de veículos em algumas câmaras
municipais, tribunais e outras instituições públicas. A
Valorcar representa os centros acreditados junto de
instituições públicas, sendo bastante útil quando existem problemas legislativos ou processuais. Embora a
Valorcar não abarque a totalidade dos centros a nível
nacional, entre 80 a 90% do abate anual de veículos
em Portugal é feito dentro desta rede.
Vítor Pereira, que
entrou para a
Norsider em 2005,
é, desde 2009,
quem gere o
negócio das peças
usadas auto, dos
veículos e da
informatização
expedição dos pedidos, o tempo de entrega é de uma ou duas semanas. Relevante
é, também, explicou Vítor Pereira, “algumas
reparações que fazemos a nível de motores. Até para nos dar mais confiança, uma
vez que propomos garantia de seis meses
para motores acima do ano 2000.
Em 2014, a Norsider cresceu cerca de 13%.
Para este ano, a empresa prevê uma subida
na ordem dos 25%. Neste momento, a
grande aposta da Norsider incide sobre a
distribuição a nível nacional. No ano passado, cerca de 10% das suas vendas foram
efetuadas para fora da região. Percentagem
que a empresa quer aumentar em 2015.
Até porque acredita existir ainda muito
mercado para palmilhar no nosso país.
Depois, no final deste ano ou em 2016, a
empresa trofense quer começar a chegar
a outros mercados. Nomeadamente ao
espanhol. A terminar, Vítor Pereira não quis
deixar de realçar aquilo que, para si, é fundamental: “Queremos ser cada vez melhores naquilo que fazemos. E estamos atentos
a outras áreas de negócio, de modo a que
possamos expandirmos. É um facto que
sou eu quem lidera o processo das peças
e fui eu quem criou alguma dinâmica nesta
área, nas decisões que foram tomadas e
na informatização. Mas nada disto se faz
sem pessoas. A nossa equipa é unida. Todos
os dias aprende e todos os dias erra. A Norsider é todo este conjunto de pessoas que
permite que a empresa cresça. A motivação
da equipa é a base do nosso sucesso.”
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