São Francisco: o desafio da verdade Seca e transposição: um enfoque realista João Abner Guimarães Jr. LARHISA/UFRN Problemática das secas no NE Maior semi-árido tropical do mundo: Semi-árido mais povoado do mundo: – 900.000 km² - 60% NE; – 1.000 municípios. – 90% das precipitação médias evaporam. Rios intermitentes e efêmeros: Secas periódicas. – 1 seca a cada 11 anos; – 3 a 5 secas a cada 33. Objetivos: – Desenvolvimento sustentado; – Democratizar o acesso a água. – 60% solo cristalino; – 40% solo sedimentar. – Grande diversidade de aspectos ambientais e geoeconômicos. – 18.000.000 de habitantes; – 45% da população do NE. Balanço hídrico desfavorável: Soluções estruturais microregionais: Prioridades: – Garantia do abastecimento humano, urbano e rural. Soluções integradas: – Adutoras a partir de grandes reservatórios para o abastecimento de cidades e comunidades rurais. – Abastecimento rural nos anos normais: soluções locais de baixo custo. Infra-estrutura hídrica do NE Total armazenado: – Setor hidrelétrico: – 11 x 109 m³; Área irrigada: – – 19 x 109 m³; 1.000 grandes açudes (300 públicos). Açudes públicos estaduais e particulares: – 56 x 109 m³; DNOCS: – – 86 x 109 m³; 500.000 ha; 17% do total irrigado no Brasil. Vale do São Francisco: – 250.000 ha - 50% do NE; CODEVASF: 100.000 ha; DNOCS: 30.000 ha. Justificativa da Transposição do Rio S. Francisco: segurança hídrica Figura 7 - Disponibilidade Hídrica Atual e Evolução das Demandas- Total do Trecho Norte 140 120 100 Vazão (m3/s) Transposição 80 48 m3/s 60 40 20 Disp local 60 m3/s 0 2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030 2035 Irrigação Adicional Series6 Ano Disponibilidade Urbano Difuso Irrigação Existente Balanço hídrico do Ceará Vazões em m³/s Região Hidrográfica (1998) Oferta Demanda Planejada Oferta Demanda Total Oferta Demanda 13,57 3,12 11,50 9,20 25,07 12,32 Curú 9,18 6,15 1,70 1,19 10,88 7,34 Coreaú 1,91 1,26 11,27 7,10 13,18 8,36 Litoral 1,63 1,19 5,58 0,56 7,21 1,75 Metropolitana 7,87 14,01 15,49 9,76 23,36 23,77 Médio/Baixo Jaguaribe 53,96 26,98 52,63 17,37 106,59 44,35 5,46 0,05 23,60 24,78 29,06 24,83 93,59 52,77 121,76 69,95 215,35 122,72 Acaraú Parnaíba Estado (Fonte: COGERH ago/98) Balanço hídrico do RN m³/s % Rios perenes (litoral) 24,9 35,8 Águas subterrâneas (litoral/interior) 11,8 15,2 Vazão regularizada açudes (95% de garantia) 32,9 74,0 Total 69,6 Balanço hídrico Disponibilidade Demandas Abast. Humano (2.700.000 hab) 5,3 16,0 14,5 43,7 1,5 4,6 Agricultura-pecuária-aquacultura 11,9 35,7 Total 33,2 47,7 Irrigação (20.000 ha) Indústria Balanço hídrico da Paraíba Balanço hídrico m³/s % 3,4 10,76% 4,9 15,17% Vazão regularizada açudes (95% de garantia) 23,7 74,08% Total 32,0 Disponibilidade Rios perenes (litoral) Águas subterrâneas (litoral/interior) Demandas Abast. Humano (3.500.000 hab) 8,0 38,10% Irrigação (19.000 ha) 8,0 38,10% Industria 2,0 9,52% Agricultura-pecuáriaaquacultura 3,0 14,29% 21,0 65,67% Total Fonte: Plano Estadual de Recursos Hídricos (em elaboração) Conflitos da transposição Outorga de uso externo na bacia do rio São Francisco: Bacia doadora: – 1500 m³/s para geração de energia para todo o NE. – 360 m³/s para 13 milhões de habitantes da bacia. Bacias receptores – Ceará: 215 m³/s para 7,5 milhões de habitantes. – RN: 70 m³/s para 2,7 milhões de habitantes. Altera a matriz energética do NE elevando o custo de energia do sistema nacional. Conflito na bacia do rio Piranhas-Açu Sustentabilidade Hídrica do Seridó-RN Hístórico do açude Itans/RN* Precipitações em 1200 1000 800 600 400 200 0 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Anos Precipitação anual Média Volumes(*1000m3) 90000 80000 70000 60000 50000 40000 30000 20000 10000 0 jan/95 jan/96 jan/97 Vol. Obs. Mensal (*1000m3) jan/98 jan/99 jan/00 jan/01 Vol. Médio Mensal (*1000m3) jan/02 jan/03 Cap. Máx. (*1000m3) Sustentabilidade Hídrica do Seridó-RN Armazenamento de açudes do Seridó 45000 40000 Volumes(*1000m3) Gargalheiras 35000 30000 25000 20000 15000 10000 5000 0 jan/95 jan/96 jan/97 Vol. Obs. Mensal(*1000m3) jan/99 jan/00 jan/01 Vol. Médio Mensal(*1000m3) jan/02 jan/03 Cap. Máx. (*1000m3) 40000 Volumes(*1000m3) Cruzeta jan/98 35000 30000 25000 20000 15000 10000 5000 0 jan/95 jan/96 jan/97 Vol. Obs. Mensal(*1000m3) jan/98 jan/99 jan/00 jan/01 Vol. Médio Mensal(*1000m3) jan/02 jan/03 Cap. Máx. (*1000m3) Barragem Armando R. Gonçalves Volumes (*1000m3) 2500000 2000000 1500000 1000000 500000 0 jan/95 jan/96 jan/97 Vol. Obs. Mensal(*1000m3) jan/98 jan/99 jan/00 Cap. Máx.(*1000m3) jan/01 jan/02 jan/03 Vol. Médio Mensal (*1000m3) Plano de Recursos Hídricos do Seridó-RN Canal da integração do Ceará Presente de Grego Modelo ultrapassado: – Fora de sintonia com a inserção do Brasil na economia globalizada mundial. Custo da água inviável para atividades agrícolas: – Água do projeto de transposição no rio: R$ (0,07 - 0,11)/m³; – Água na propriedade (CODEVASF): R$ 0,023/m³. Inicialmente os governos estaduais deveriam arcar com as despesas de manutenção do projeto: – grande insumo que seria incorporado às atividades econômicas da região sem praticamente retorno econômico. Subsídio cruzado: – 85% das receitas do projeto deveriam vir do consumo humano. Conclusões Projeto socialmente injusto : – Transfere recursos naturais do vale do rio São Francisco, com economia estagnada e baixo IDH, para a Região Metropolitana de Fortaleza, com economia rica e dinâmica e alto IDH. Industria das secas: – O projeto deverá comprometer grande parte dos recursos a serem aplicados na região pelos próximos governos. Chover no molhado: – Amplia os estoques de água dos maiores reservatórios da região; – A água do rio São Francisco passaria distante dos locais mais secos. Elefante branco: – A problemática das secas mudaria muito pouco com a implantação do projeto; – Apesar dos grandes investimentos públicos e sacrifícios, continuariam as demandas por medidas emergenciais de combate aos efeitos das secas. Água: insumo produtivo globalizado 90% da água potável disponível nos países subdesenvolvidos é usada na agricultura. Cultivar um quilo de arroz normalmente consome 3.000 litros de água. Uma pessoa consome, em média, 58 quilos de arroz por ano. Fabricar a farinha utilizada para assar um pão francês consome 70 litros de água. A produção de um litro de cerveja consome 25 litros de água. 1 Pessoa → 70 - 200 l/dia 1 kg de grãos → 1000 litros 1 kg de frango ou peixe → 2 kg de grãos 1 kg de carne de porco → 4 kg de grãos 1 kg de carne bovina → 7 kg de grãos 38% cereais colhidos → alimentação animal Disponibilidade hídrica social Mundo Kuwait Arábia Saudita Israel Síria Holanda Bélgica Polônia Índia China França EUA Brasil Canadá m³/hab/ano 10 140 330 550 660 840 1.500 2.100 2.800 4.300 10.000 35.000 110.000 Brasil PB DF RN RJ SP CE BA ES PI PR MA GO AM m³/hab/ano 1.394 1.555 1.654 2.189 2.209 2.279 2.872 6.714 9.185 12.600 16.226 63.089 773.000 Plano de Recursos Hídricos do Seridó Sistema integrado: – potencializa a infra–estrutura hídrica existente; – libera os açudes para a produção agrícola. Custo de operação mínimo: – Duas pequenas centrais hidrelétricas no rio Açu deverão suprir as demandas energéticas de dois grandes sistemas adutores para o abastecimento humano de cidades e comunidades rurais da região Seridó, a partir do rio Açu. Compromete menos de 4% da disponibilidade efetiva de água no rio Açu. Balanço hídrico do Ceará Vazão regularizada = 54,5 m³/s 7,36 m³/s (13%) 18,34 m³/s (34%) Consumo humano Consumo de irrigação Outros usos 28,84 m³/s (53%) Balanço hídrico do rio Piranhas-Açu (m3/s) DISPONIBILIDADES ATUAL Reservató Reservatório Coremas-Mã Coremas-Mãe d’ d’água (PB) 9,5 Reservató Reservatório Armado Ribeiro Gonç Gonçalves (RN) 18 TOTAL BACIA 27,5 RESUMO DA DEMANDA TRECHO Vazã Vazão/Demanda Vazã Vazão/Demanda Atual (m3/s) Potencial (m3/s) Média Trecho da divisa PB/RN até até o reservató reservatório ARG Trecho da ARG até até proximidades da foz do Rio Aç Açu Foz do Rio Piranhas-Aç Piranhas-Açu (Oceano Atlâ Atlântico) 0,735 12,928 Máx 1,215 18,048 Média 1,025 24,346 Máx 1,745 34,116 4,000 4,000 4,000 4,000 TOTAL NO RN 17,663 23,263 29,371 39,861 TOTAL NA PB 2,396 3,856 5,792 10,302 TOTAL NA BACIA DO RIO PIRANHAS - AÇ AÇU (PB+RN) 20,059 27,119 35,163 50,163 Fonte: ANA/2003 Sustentabilidade Hídrica do Seridó-RN Armazenamento de açudes do Seridó 12000 Dourado Volumes(*1000m3) 10000 8000 6000 4000 2000 0 jan/95 jan/96 jan/97 Vol. Obs. Mensal(*1000m3) Zangalheiras jan/98 jan/99 jan/00 jan/01 Vol. Médio Mensal(*1000m3) jan/02 jan/03 Cap. Máx. (*1000m3) 9000 Volumes(*1000m3) 8000 7000 6000 5000 4000 3000 2000 1000 0 jan/95 jan/96 jan/97 Vol. Obs Mensal(*1000m3) jan/98 jan/99 jan/00 Cap. Máx.(*1000m3) jan/01 jan/02 jan/03 Vol. Médio Mensal(*1000m3) Açudes do Ceará Açudes Capacidade x 106 m³ Volume acumulados No % x 106 m³ % Vazões regularizadas m³/s % <7 Pequeno 25 20,3 92 0,5 0,2 0,3 7 - 70 Médio 70 56,9 1.980 11,3 17,9 32,8 70 - 700 Grande 24 19,5 4.361 24,8 11,3 20,8 > 700 Mega 4 3,3 11.132 63,4 25,1 46,1 Total 123 17.565 Fonte: COGERH - Última atualização: 20/9/2004 54,5 Adutoras do Ceará (1992 – 2002) Vazão l/s Adutoras Extensão (km) População Quant. % Total Média Total Média ≤ 10 57 57,0 609,0 10,7 639.267 11.215 10 - 100 38 38,0 380,8 10,0 290.119 7.635 ≥ 100 5 5,0 58,9 11,8 88.123 17.625 Total 100 1.048,7 Fonte: Atlas de Recursos Hídricos do Ceará 1.017.509 Infra-estrutura da transposição do rio São Francisco Fonte: EIA consolidado em 2004 - MIN Estudo de Impacto Ambiental Avaliação da alternativas segundo o EIA poços e cisternas: são utilização de águas complementares ao Projeto de subterrâneas; Integração, em termos do dessalinização de água do público-alvo a que se mar; destinam; reutilização de águas de água subterrânea e reuso de esgoto após tratamento, esgoto: são restritas em uso de cisternas; ocorrência espacial, qualidade novos açudes; da água e distância; integração com o rio Tocantins novos açudes: são limitadas em disponibilidade adicional; Transposição do Tocantins e dessalinização de água do mar: são muito mais caras e tecnicamente menos eficientes. Alternativas consideradas Infra-estrutura hídrica do RN 38o 00’ o 38 30’ 37o 00’ o 37 30’ 36o 30’ 35o 30’ 36o 00’ Á O A N o 5 00’ O A T L Serra do Mel N T PROJETO BAIXO AÇU 6.OOO ha Favela A I C Mulunguzinho E Ri Hipólito I PROJETO PATAXÓ 2.500 ha Hipólito II di po oA Palheiros II C Pedro Avelino Pedra Preta Angicos BARRAGEM UMARI BARRAGEM SANTA CRUZ DO APODI Campo Grande Espírito Santo do Oeste (Paraú) Serrote Triunfo Janduís Messias Targino Patu Almino Afonso de Serra Vale do João Jardim de Piranhas Barcelona Bodó ADUTORA SERRA DE SANTANA ADUTORA PIRANHAS CAICÓ São Fernando Rio Ser idó Caicó Caiçara do Rio dos Ventos Rui Barbosa São Tomé BARRAGEM MARECHAL DUTRA (GARGALHEIRAS) Acari BARRAGEM PASSAGEM DAS TRAIRAS NATAL Ielmo Marinho São Pedro Tangará Santa Cruz Riachuelo São Paulo do Potengi Lagoa de Velhos Senador Eloi de Souza Sítio Novo Lagoa Nova São Vicente Jardim de Angicos Lajes Palestina Florânia Ten. Laurentino BARRAGEM CARIPINA ADUTORA SERTÃO CENTRAL CABUGI Serra Branca Barão de Serra Branca Boi Selado Ri oP ira nh as ADUTORA MÉDIO OESTE Fernando Pedroza BARRAGEM ARMANDO RIBEIRO GONÇALVES 5o 30’ Firmamento Palheiros I PROJETO MENDUGIM 6.OOO ha Timbaúba dos Batistas O Cordão de Sombra ADUTORA MOSSORÓ a an nt Sa Riacho de Santana ho ac i R E Â R MOSSORÓ C o 35 00’ Serra Caiada Boa Saúde Bom Jesus Lagoa Salgada Lagoa de Pedras Monte Alegre 6o 00’ LAGOA DO BONFIM ADUTORA TRAIRI São José do Campestre Lagoa D’anta Passa e Fica 6o 30’ Jardim do Seridó BARRAGEM CARNAÚBA ADUTORA JARDIM DO SERIDÓ Parelhas BARRAGEM MINISTRO JOÃO ALVES LEGENDA Rios Adutoras P A R A Í B A Investimentos (1995-2002) R$ 550 milhões 7o 00’ Política Nacional de Recursos Hídricos* Princípios: – Domínio público da água: Federal; Estadual. – Valor econômico da água. – Consumo humano prioritário. – Uso múltiplo. – Bacia hidrográfica é a unidade de planejamento. – Gestão descentralizada e participativa. Planos diretores: – Objetivos Fundamentar e orientar a implementação da política e o gerenciamento dos recursos hídricos. – Horizonte: Longo prazo. – Conteúdo: Diagnóstico; Análise de alternativas; Estudos de cenários; Metas; Programas e projetos. – Nível: *Lei Federal 9433/1997 União; Estados; Bacia hidrográfica. O MITO DA TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO Projeto de transposição do rio São Francisco AÇUDE BANABUIÚ AÇUDE A.R.G. AÇUDE CASTANHÃO AÇUDE DE SANTA CRUZ AÇUDE ORÓS AÇUDE COREMAS MÃE DÁGUA u sq Pe Capacidade do Sistema = 99 m³/s Vazão Média Final 25 anos = 50 m³/s os rr ze Be a eir Car uaru 3 m³/s Gra vatá Capacidade do Sistema = 28 m³/s Vazão Média Final 25 anos = 14 m³/s O MITO DA TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO Projeto real Projeto arcaico: – O mesmo projeto do governo FHC. Industria das secas: – Custo do conjunto de obras ≈ R$ 20 bilhões; – Compromete grande parte dos recursos aplicados na região pelos próximos governos. Chover no molhado: – Amplia os estoques de água dos maiores reservatórios da região; – A água do rio São Francisco passaria distante dos locais mais secos. Elefante branco: – A problemática das secas mudaria muito pouco com a implantação do projeto; – Apesar dos grandes investimentos públicos e sacrifícios, continuariam as demandas por medidas emergenciais de combate aos efeitos das secas. O MITO DA TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO Presente de grego A operação do sistema deverá ser privatizada. Custo da água inviável para atividades de irrigação e carcinicultura: – Água do projeto na rio: R$ 0,04 - R$ 0,07/m³; – Água na propriedade (CODEVASF): R$ 0,023/m³. Inicialmente os governos estaduais deveriam arcar com as despesas de manutenção do projeto. – grande insumo que seria incorporado às atividades econômicas da região sem praticamente retorno econômico; – Custo da água para o RN >R$ 20 milhões/ano. Subsídio cruzado: – 80% das receitas do projeto deveriam vir do consumo humano:. O MITO DA TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO Indagações Qual a importância do projeto para os estados receptores? O projeto atende às expectativas geradas no debate atual? Em que se apoia a sustentabilidade do projeto? Qual a probabilidade de sucesso de um projeto que se limita a defender apenas a regularização da oferta hídrica? Que repercussão direta se alcançará com o aumento da oferta hídrica? Para quem? E a que Custo? Projeto de transposição do rio São Francisco Fonte: EIA consolidado em 2004 - MIN Parâmetros do projeto de transposição de águas do rio São Francisco Fonte: EIA consolidado em 2004 - MIN Ponto de Captação do Eixo Norte Demandas urbanas Total 17.799 4.764 22.561 7.743 Demandas hídricas potenciais de irrigação no NE setentrional Fonte: EIA consolidado em 2004 - MIN Demandas hídricas potenciais de irrigação no NE setentrional Total Geral Fonte: EIA consolidado em 2004 - MIN 265.853 131 7 52 73 Demandas no Nordeste Setentrional projetadas para 2005 Fonte: EIA consolidado em 2004 - MIN Oferta e demanda de água no Ceará Vazões em m³/s Região Hidrográfica Acaraú (1998) Oferta Demanda Planejada Oferta Demanda Total Oferta Demanda 13,57 3,12 11,50 9,20 25,07 12,32 Curú 9,18 6,15 1,70 1,19 10,88 7,34 Coreaú 1,91 1,26 11,27 7,10 13,18 8,36 Litoral 1,63 1,19 5,58 0,56 7,21 1,75 Metropolitana 7,87 14,01 15,49 9,76 23,36 23,77 53,96 26,98 52,63 17,37 106,59 44,35 5,46 0,05 23,60 24,78 29,06 24,83 93,59 52,77 121,76 69,95 215,35 122,72 Médio/Baixo Jaguaribe Parnaíba Estado (Fonte: COGERN ago/98) O MITO DA TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO Projeto imaginário O MITO DA TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO Custo de não se fazer a obra. O MITO DA TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO Redenção do semi-árido