Análise da proliferação celular em células NCI-H460 tratadas com diferentes concentrações de H2O2. Amanda Cristina Corveloni 3, Mário Sérgio Mantovani 2, Gláucia Fernanda Rocha D’Epiro 2, Thalita Alves Zanetti 2, Bruna Isabela Biazi 3, Adrivanio Baranoski 2, Andressa Megumi Niwa 3 Instituição 3 UEL - Universidade Estadual de Londrina (Rodovia Celso Garcia Cid Pr 445 Km 380 Campus Universitário - Londrina - PR) Autores Resumo OBJETIVOS As espécies reativas de oxigênio (ROS) são espécies químicas que possuem um elétron desemparelhado centrado nos átomos. O peróxido de hidrogênio (H2O2) é um metabólico aeróbico integrante das ROS gerado normalmente durante a respiração mitocondrial. Porém em excesso este elemento pode apresentar efeitos prejudiciais para componentes celulares, tais como DNA, proteínas e lipídios. Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo avaliar a proliferação celular em linhagem celular de câncer de pulmão de células não-pequenas (NCI-H460) tratada com diferentes concentrações de H2O2. MÉTODOS As células foram expostas ao H2O2 nas concentrações de 150, 250 e 350 µM durante 24 horas. Os efeitos do H2O2 foram avaliados quanto a citotoxicidade por meio do ensaio colorimétrico do MTT, a proliferação celular por RealTime Cell Analyzer (RTCA) e por meio da citometria de fluxo (marcação com iodeto de propídeo-PI) foram realizadas as análises de ciclo celular e integridade de membrana das células. RESULTADOS O tratamento com H2O2 apresentou efeito citotóxico dose dependente, pois, reduziu a viabilidade (MTT) e a proliferação celular (RTCA) significativamente nas três concentrações testadas, sendo verificado maior efeito na concentração de 350 µM. Além disso, o H2O2 alterou a integridade da membrana das células, o que levou ao aumento na quantidade de células coradas com PI e portanto inviáveis, em todas concentrações testadas. Este efeito pode ser explicado pela sua ação de peroxidação de lipídios e agressão às proteínas de membrana. Na avaliação do ciclo celular foi verificado um aumento significativo na fase sub-G1 nas concentrações de 250 e 350 uM, o que demonstra o potencial do H2O2 para induzir morte celular por apoptose. Ainda, foi observada a capacidade do H2O2 em alterar o ciclo celular resultando na redução da porcentagem de células na fase G1 quando as células foram expostas à maior concentração testada (350 µM). CONCLUSÃO Sendo a fase G1 o período onde ocorre a transcrição gênica e tradução, levando a síntese de proteínas necessárias para a síntese de DNA, ela está intimamente ligada com o estado proliferativo da célula. Com base nos resultados, considera-se que o H2O2 possa ser um bom modelo para estudos de indução de estresse genotóxico, contudo as concentrações abaixo de 250 uM podem ser citotóxica nos ensaio MTT e RTCA, sem apresentarem indução de alteração de fases do ciclo celular. Portanto, o H2O2 possui efeito citotóxico e possível efeito genotóxico na linhagem tumoral NCI-H460, visto que reduziu de maneira significativa a viabilidade e proliferação celular de maneira dose dependente. Palavras-chaves: Citotoxicidade, Ciclo Celular, Genotoxicidade Agência de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)