Título: Degradação do fármaco ácido tolfenâmico por processo fotólise direta (UV) e H2O2/UV, com planejamento fatorial: Identificação de intermediários e avaliação da ecotoxicidade. Pós-graduando: Lucas de Melo da Silva Orientador: Prof. Dr. Amilcar Machulek Junior. Resumo O impacto ambiental tem incentivado o desenvolvimento de metodologias para o tratamento de contaminantes persistentes, como os fármacos de ampla utilização e uso indiscriminado as drogas anti-inflamatórias não esteróides (DAINEs). Dentre as varias drogas anti-inflamatórias, o que vem chamando a atenção é o ácido tolfenâmico (AT) por ser utilizado na medicina veterinária e humana. Deste modo, os Processos Oxidativos Avançados (POAs), baseados na produção de radicais hidroxila (HO●), com alto poder oxidante, capaz de degradar compostos orgânicos vem sendo utilizado com alta eficiência na eliminação desses contaminantes, obtendo subprodutos menos tóxicos e muitas vezes sua completa mineralização, ou seja, transformando em CO2, água e sais inorgânicos. Neste contexto, o objetivo deste trabalho, foi avaliar a degradação do AT utilizando dois processos: fotólise direta (UV) e H2O2/UV. Para auxiliar nos experimentos, foi realizado planejamento fatorial com corpo centrado 23, para melhor avaliação das variáveis independentes ([H2O2], [AT] e tempo) em relação a resposta % degradação e fotólise do H2O2. Adicionalmente, foi identificado os intermediários formados nas degradações de ambos os processos e um caminho reacional será proposto para cada um. Também foram verificados a ecotoxicidade aguda gerados no processo de degradação, através dos valores LC50 utilizando Daphnia similis. A utilização do planejamento fatorial ajudou a obter as melhores condições no processo H2O2/UV na degradação do AT. Um outro contexto, a formação de intermediários coloridos produzidos pela radiação UV, nas quais, prejudicaram o processo de fotólise do H2O2 também foram avaliados. Até o momento foram identificados intermediários no processo fotólise direta (benzoquinonas e compostos hidroxilados), enquanto no processo H2O2/UV apresentaram compostos hidroxilados. Em um ensaio preliminar o processo H2O2/UV diminuiu a ecotoxicidade do fármaco inicial. Porém, o trabalho está em andamento e a identificação de intermediários e ecotoxicidade aguda não estão concluídos.