Colégio Paulo VI Determinação da densidade de substâncias Técnicas Laboratoriais de Química I Ana Filipa Sousa nº2 10ºA Janeiro 2002 2 ÍNDICE 1. 1.1. Nomenclatura 4 2.1. Introdução 5 2.2. Teoria e Método 6 2.3. Material 10 2.4. Procedimento Experimental 11 2.5. Dados Experimentais / Observações 12 2.6. Cálculos / Resultados 14 2.7. Crítica 16 2.8. Conclusões e Recomendações 17 2.9. Bibliografia 18 2. 3 1.1. NOMENCLATURA Símbolo: Representa o(a): ρ Densidade d Densidade relativa m Massa V Volume Vi Volume inicial Vf Volume final ΔV Variação de volume Hg Mercúrio 4 2.1. INTRODUÇÃO Este trabalho teve como objectivo determinar a densidade do cobre, chumbo, zinco, água, álcool etílico e diclorometano. 5 2.2. TEORIA E MÉTODO DENSIDADE (ρ) – quociente entre a massa e o volume de uma substância a uma dada temperatura. ρ= m V A densidade, ou massa volúmica, é uma grandeza física característica de cada substância, que pode contribuir para a sua identificação ou para determinar o seu grau de pureza. A unidade SI da densidade é o quilograma por metro cúbico: kg/m3, mas não é muito utilizada. Habitualmente, exprime-se a densidade em gramas por centímetro cúbico: g/cm3. A densidade relativa, d, de uma substância A em relação a uma substância B é o quociente entre a massa de determinado volume de substância A, mA, e a massa de igual volume da substância B, mB. A densidade relativa é uma grandeza adimensional. Normalmente, quando se fala de densidade relativa de uma substância A, sólida ou líquida sem qualquer outra indicação, refere-se à densidade dessa substância em relação à água, à temperatura de 4 ºC e à pressão de 760 mm Hg. d = A m m A água 6 Densidade Relativa de algumas substâncias: Substância Densidade (g/cm3) Alumínio 2,70 Chumbo 11,40 SÓLIDO Cobre 8,96 (em relação à água a 4ºC) Ferro 7,86 Prata 10,50 Zinco 7,14 Ácido clorídrico 1,19 Estado físico à temperatura ambiente 37% Ácido sulfúrico LÍQUIDO (em relação à água a 4ºC) GASOSO (em relação ao ar a PTN) 1,71 95% Água 1,00 Etanol 0,92 Azeite 0,79 Diclorometano 1,33 Mercúrio 13,53 Ar 1,00 Dióxido de 1,53 carbono Hidrogénio 0,07 Oxigénio 1,10 Para determinarmos densidades podemos usar densímetros, picnómetros para sólidos, picnómetros para líquidos e balanças hidrostáticas. Os densímetros são aparelhos flutuantes, de formas variadas, de massa constante, graduados de modo a conhecer, por simples leitura, a densidade do líquido em que flutuam. 7 Podem graduar-se de modo a servirem para líquidos mais densos que a água, para líquidos menos densos que a água ou, indiferentemente, para ambos. Os densímetros para líquidos mais densos do que a água estão lastrados de forma a mergulharem na água até à parte superior da haste. Os que se utilizam para líquidos menos densos do que a água estão lastrados de forma a mergulharem na água até à base da haste. Os que servem quer para líquidos menos densos que a água quer para líquidos mais densos que a água estão lastrados de forma a mergulharem até ao meio da haste e estão graduados nos dois sentidos (densímetros universais). Existem densímetros especialmente concebidos para a determinação da percentagem de etanol numa solução com água, denominados alcoómetros de Gay-Lussac. Os picnómetros são frascos especiais de vidro destinados a medir densidades de líquidos ou de sólidos insolúveis. Fig.1 – Picnómetros para sólidos e líquidos A balança hidrostática permite determinar densidades de uma maneira rápida e precisa, baseando-se o seu funcionamento no Princípio de Arquimedes, segundo o qual todo o corpo submergido num fluido experimenta um impulso de baixo para cima, igual ao peso do fluido por ele deslocado. 8 DETERMINAÇÃO DO VOLUME DE UM CORPO O volume, V, de um corpo corresponde ao espaço que esse corpo ocupa. A unidade SI em que se exprime o volume é o metro cúbico (m3). Em Química usam-se geralmente dois dos submúltiplos do metro cúbico, o decímetro cúbico (dm3) e o centímetro cúbico (cm3). O decímetro cúbico equivale ao litro (l ou L) e o centrímetro cúbico equivale ao mililitro (ml ou mL). Na determinação do volume de um corpo há que considerar se o mesmo tem forma regular ou não regular. Se tem uma forma geométrica regular, basta saber as dimensões do corpo e utilizar a expressão matemática adequada à determinação do volume. Se o corpo tem uma forma irregular, teremos de usar a técnica denominada “por deslocamento de água”, que consiste em medir a diferença entre o nível inicial e final da água contida numa proveta graduada, na qual se introduziu o corpo de forma irregular. Para medir o volume de um líquido, usam-se vários instrumentos. Nas experiências realizadas durante as aulas de TLQ a determinação do volume fezse a partir de provetas. A PROVETA A proveta é um instrumento que permite fazer medições pouco rigorosas de volumes de líquidos. A capacidade da proveta a utilizar deve ser igual ou ligeiramente superior ao volume que se pretende medir. Fig.2 - Proveta DETERMINAÇÃO DA MASSA DE UM CORPO A massa, m, é uma grandeza característica do corpo que está relacionada com o número e o tipo de partículas que o constituem. A unidade SI em que se exprime a massa é o quilograma (kg). Em Química usa-se muitas vezes um dos submúltiplos do quilograma, o grama (g). A massa de um corpo é medida num aparelho denominado balança. 9 2.3. MATERIAL Experiência 1 – Determinação da densidade do cobre, chumbo e zinco (sólidos) - água - balança - corpo sólido: cobre, chumbo, zinco - papel absorvente - proveta Experiência 2 – Determinação da densidade da água, álcool etílico e diclorometano - balança - líquido em estudo: água, álcool etílico, diclorometano - papel absorvente - proveta 10 2.4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Experiência 1 – Determinação da densidade do cobre, chumbo e zinco (sólidos) - Mediu-se a massa do cobre; - Determinou-se o volume do cobre usando o método de deslocamento de água; - Calculou-se a densidade do corpo; - Repetiram-se os passos anteriores utilizando chumbo e zinco. Experiência 2 – Determinação da densidade da água, álcool etílico e diclorometano (líquidos) - Determinou-se o volume da água; - Mediu-se a massa da proveta vazia; - Determinou-se a massa da proveta com água; - Calculou-se a massa da água, subtraindo a massa da proveta vazia à massa da proveta com a água; - Calculou-se a densidade da água; - Repetiram-se os passos anteriores utilizando álcool etílico e diclorometano. 11 2.5. DADOS EXPERIMENTAIS / OBSERVAÇÕES Experiência 1 COBRE m=14,82g Menor divisão da escala da proveta – 1 cm3 Vi (cm3) Vf (cm3) ΔV (cm3) 64,0 64,5 0,5 63,0 64,5 1,5 63,5 64,5 1,0 63,0 64,0 1,0 Vmédio=1,0 cm3 CHUMBO m=69,65g Menor divisão da escala da proveta – 1 cm3 Vi (cm3) Vf (cm3) ΔV (cm3) 67,0 74,0 7,0 68,0 73,0 5,0 67,0 73,0 6,0 67,0 74,0 7,0 Vmédio=6,25 cm3 ZINCO m=19,97g Menor divisão da escala da proveta – 0,5 cm3 Vi (cm3) Vf (cm3) ΔV (cm3) 14,00 16,00 2,00 14,00 16,00 2,00 14,00 16,00 2,00 14,00 16,00 2,00 Vmédio=2,00 cm3 12 Experiência 2 ÁGUA mproveta vazia = 52,36 g mlíquido = mproveta com líquido – mproveta vazia Menor divisão da escala da proveta – 0,5 cm3 V (cm3) Massa da proveta com água (g) Massa do líquido (g) 10,50 62,82 10,46 13,50 65,75 13,39 18,00 70,06 17,70 24,00 76,21 23,85 ÁLCOOL ETÍLICO mproveta vazia = 61,15 g mlíquido = mproveta com líquido – mproveta vazia Menor divisão da escala da proveta – 0,5 cm3 V (cm3) Massa da proveta com álcool (g) Massa do líquido (g) 6,50 66,40 5,25 13,50 71,85 10,70 17,00 74,70 13,55 21,00 78,00 16,85 DICLOROMETANO mproveta vazia = 52,39 g mlíquido = mproveta com líquido – mproveta vazia Menor divisão da escala da proveta – 0,5 cm3 V (cm3) Massa da proveta com diclorometano (g) Massa do líquido (g) 5,50 59,16 6,77 8,00 62,67 10,28 11,00 66,58 14,19 15,50 72,63 20,24 13 2.6. CÁLCULOS / RESULTADOS Experiência 1 – Determinação da densidade do cobre, chumbo e zinco V (cm3) m (g) ρ (g/cm3) Cobre 1,00 14,82 14,8 Chumbo 6,25 69,65 11,1 Zinco 2,00 19,97 9,99 Experiência 2 – Determinação da densidade da água, álcool e diclorometano ÁGUA V (cm3) m (g) ρ (g/cm3) 10,50 10,46 0,9962 13,50 13,39 0,9919 18,00 17,70 1,017 24,00 23,85 0,9938 ρ média = 1 g/cm3 (0,9997 g/cm3) ÁLCOOL V (cm3) m (g) ρ (g/cm3) 6,50 5,25 0,81 13,50 10,70 0,79 17,00 13,55 0,80 21,00 16,85 0,80 ρ média = 0,80 g/cm3 14 DICLOROMETANO V (cm3) m (g) ρ (g/cm3) 5,50 6,77 1,23 8,00 10,28 1,29 11,00 14,19 1,29 15,50 20,24 1,31 ρ média = 1,28 g/cm3 15 2.7. CRÍTICA Confrontados os valores de densidade obtidos nesta experiência com os valores normais de referência notaram-se certas diferenças. Calculados os valores de densidade, verificou-se que o valor obtido para o cobre (14,8 g/cm3) difere muito do valor de referência (8,96 g/cm3). O mesmo se pode afirmar, embora em menor escala, dos valores obtidos para o zinco (valor obtido: 9,99 g/cm3 – valor de referência: 7,14 g/cm3) e para o diclorometano (valor obtido: 1,28 g/cm3 – valor de referência: 1,33 g/cm3). O valor conseguido para o chumbo (11,1 g/cm3) aproxima-se do valor de referência (11,40 g/cm3), assim como a água (valor obtido: 0,9997 g/cm3 – valor de referência: 1 g/cm3) e o álcool etílico (valor obtido: 0,80 g/cm3 – valor de referência: 0,79 g/cm3). 16 2.8. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Após a análise dos dados desta experiência, obtiveram-se os valores de densidade do cobre, chumbo, zinco, água, álcool etílico e diclorometano. Substância Densidade (g/cm3) Cobre 14,8 Chumbo 11,1 Zinco 9,99 Água 0,9997 Álcool 0,80 Diclorometano 1,28 Como já se referiu na crítica deste relatório, notaram-se alguns desvios dos valores obtidos em relação aos valores de referência. Estes desvios podem ter sido originados por vários motivos, tais como a utilização da proveta, que é um instrumento muito pouco rigoroso na medição de volumes. A ocorrência de erros fortuitos também poderá ter interferido nas medições. Para além destas possíveis causas, a ocorrência destes desvios também poderá ter sido influenciada por alterações na temperatura e pressão do ambiente, pois a densidade varia consoante a temperatura e a pressão. Para experiências futuras recomenda-se a utilização de instrumentos de medição mais rigorosos, bem como a realização de um maior número de medições da mesma grandeza para a obtenção de um maior grau de rigor. 17 2.9. BIBLIOGRAFIA - Pinto, Helena Castro, Carvalho, Maria de Jesus, Fialho, Maria Margarida; Técnicas Laboratoriais de Química 1; Texto Editora; - Diciopédia 2000; Porto Editora. 18