PERÍODO JOANINO E INDEPENDÊNCIA DO BRASIL • Guerras Período Joanino Napoleônicas: a França napoleônica domina praticamente toda a Europa, mas não consegue derrotar militarmente a Inglaterra. Com a intenção de prejudicar economicamente os ingleses, Napoleão Bonaparte decreta o Bloqueio Continental. • Bloqueio Continental: a França proíbe qualquer país de comercializar com a Inglaterra, ameaçando de invasão. Período Joanino • Transferência da Corte: O bloqueio continental prejudica a economia inglesa, cujos portos ficam abarrotados de mercadorias sem conseguir exportar, passando então a Inglaterra à pressionar Portugal para transferir a corte para o Brasil. • Transferência da Corte: Portugal é ameaçado de invasão pela França se não aderisse ao bloqueio continental. Ao mesmo tempo, como era dependente economicamente e financeiramente da Inglaterra, cede à pressão inglesa e escoltado pela marinha da Inglaterra transfere a Corte para o Brasil. A transmigração da Corte Portuguesa atende aos interesses da Inglaterra e da aristocracia rural brasileira. • Medidas adotadas por D. João VI: a) Abertura dos Portos (1808): D. João VI, assim que chega ao Brasil, decreta a abertura dos portos às nações amigas, permitindo o Brasil comercializar temporariamente com outras nações, além de Portugal. Esta medida significou, na prática, o fim do pacto colonial, beneficiando a aristocracia rural brasileira, a Inglaterra e prejudicando, porém, os comerciantes portugueses sediados em Portugal. • Medidas adotadas por D. João VI: b) Tratados de 1810 Aliança e Amizade: os britânicos que cometessem crimes nos domínios portugueses seriam julgados pelas leis e juízes ingleses, contudo o mesmo não aconteceria se portugueses cometessem crimes nos domínios ingleses. Comércio e Navegação: a Inglaterra pagaria taxas alfandegárias de 15% para exportar para o Brasil. Estas taxas eram menores do que Portugal (16%) e outros países (24 %) pagariam. Este acordo inunda o Brasil de produtos ingleses e consolida a dependência do Brasil com a Inglaterra. c) Missão Cultural Francesa O período joanino foi de grande efervescência cultural, com a vinda da Real Biblioteca, a instalação da Imprensa Régia e a presença da missão cultural francesa. O Brasil vai ser visitado por dezenas de pintores, cientistas e naturalistas que irão estudar a fauna, a flora e retratar os costumes brasileiros. A população aumentou rapidamente com a presença da Corte Portuguesa e houve um rápido processo de crescimento das cidades como o Rio de Janeiro. d) Elevação a Reino Unido Com a derrota de Napoleão Bonaparte se reuniu o Congresso de Viena, na Áustria. Portugal não podia, contudo, enviar representantes, pois a Corte Portuguesa estava no Brasil, colônia de Portugal. Como a grande fonte de riqueza de Portugal era o Brasil, não interessava para a corte retornar para Portugal. Portugal então eleva o Brasil a Reino Unido podendo, então, permanecer no Brasil e enviar representantes para o Congresso de Viena. • A Revolução Pernambucana de 1817 Fatores: A Corte de D. João VI era extremamente centralizadora, sendo todas as decisões tomadas no Rio de Janeiro. Ademais, os impostos eram altos e eram utilizados apenas na melhoria da capital, o Rio de Janeiro. Este fato provocou a insatisfação da elite pernambucana que se revoltou contra esta situação. • A Revolução Pernambucana de 1817 Objetivos: A rebelião se alastrou para Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte, buscando substituir a Monarquia pela República. O movimento foi violentamente reprimido e muitos participantes presos ou mortos. • O Processo de Independência 1. A Revolução do Porto (1820) Com a derrota de Napoleão Bonaparte, Portugal ficou ocupado militarmente pela Inglaterra. Em 1820 a burguesia lusitana (portuguesa) assumiu o controle politico na chamada Revolução do Porto. • O Processo de Independência 1. A Revolução do Porto (1820) A transferência da Corte Portuguesa para o Brasil e a abertura dos portos prejudicou os interesses dos comerciantes portugueses, sediados em Portugal, que perdera o exclusivismo colonial, o monopólio comercial e deixara de ser a sede do império português. • O Processo de Independência 1. A Revolução do Porto (1820) A Revolução do Porto teve um caráter liberal para Portugal, pois pressionou para o retorno de D. João VI e o estabelecimento de uma constituição, limitando o poder do rei e conservadora para o Brasil, pois defendia a recolonização, ou seja, a anulação das liberdades concedidas ao Brasil. • O Processo de Independência 1. A Revolução do Porto (1820) a) O Retorno de D. João VI Pressionado por Portugal e sem alternativa, D. João VI retorna deixando seu filho, o Príncipe Regente D. Pedro I no Brasil. b) Regência de D. Pedro I Portugal intensifica o processo de recolonização do Brasil transferindo os diversos órgãos administrativos de volta para Portugal. Pressionado para retornar à Portugal, o que significaria a definitiva recolonização do Brasil e com o apoio da aristocracia rural brasileira, D. Pedro I decreta o “cumpra-se” estabelecendo que qualquer ordem de Portugal para ser cumprida no Brasil tem que ter a sua autorização • O Sete de Setembro de 1822 A pressão sobre D. Pedro I se intensifica. Com o apoio da aristocracia rural , o príncipe regente se recusa à retornar para Portugal (o dia do “fico”) caminhando para a ruptura definitiva. O processo de independência acaba sendo realizado pela elite de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, sem a participação popular. • A Independência da Bahia (02/07/1823): A resistência portuguesa na Bahia durou quase um ano. Os portugueses só serão expulsos definitivamente da Bahia e do Brasil em Dois de Julho de 1823 através de um movimento de ampla participação popular.