MOUSE Hardware de Computadores Introdução O mouse é um dispositivo praticamente obrigatório nos computadores (exceto àqueles com aplicações especiais, tais como servidores). Graças ao mouse, que orienta uma seta na tela do computador, conseguimos realizar tarefas de tal forma que se torna extensão de nossas mãos. Tem-se como objetivo, nesta unidade, mostrar os dois tipos de mouse mais comuns, assim como explicar seu funcionamento. O mouse surgiu no ano de 1964, tendo sido inventando por Douglas Englebart, em Standford. O primeiro modelo,feito de madeira, chamado "XY Position Indicator for a Display System", demorou, mas chamou a atenção por proporcionar maior facilidade de uso do que os dispositivos existentes até então. Vários mouses foram sendo criados em centros de pesquisas, até que em 1979, Steve Jobs, principal executivo da Apple, visitou a Xerox e viu vários protótipos de equipamentos sendo testados. Um deles era um modelo de mouse. Steve Jobs gostou da idéia e passou a estudá-la melhor. Como conseqüência, em 1984, o computador Apple Macintosh foi lançado tendo o mouse como grande novidade. A grande questão é que a Microsoft já havia antes lançado o mouse para PC, porém naquela época não existiam de maneira fortalecida os conceitos de interface gráficas e, assim o mouse não se mostrou muito útil. Somente após o lançamento da Apple, cujo sistema operacional primava pela interface com o usuário, é que o mouse começou a ficar popular. Funcionamento e tipos de mouse Atualmente, existem dois tipos básicos de mouse: os tradicionais, que operam com uma "bolinha" em sua base inferior e os ópticos, que usam um sensor no lugar da "bolinha". O mouse tradicional tem em sua base inferior uma esfera envolvida em material plástico ou de borracha. Praticamente, todo o corpo dessa esfera fica dentro do mouse, sendo que apenas uma parte fica fora. Essa parte exposta fica em contato com a superfície onde o mouse se encontra e, quando o dispositivo é movimentado, a esfera também se move e aciona dois roletes (ou rolamentos), sendo que um é responsável por movimentar a seta do mouse na tela do computador no sentido horizontal e o outro, é responsável por movimentar a mesma seta no sentido vertical. Existe um terceiro rolete, que apenas serve para dar melhor movimentação à esfera. Como esses roletes operam em conjunto é possível fazer a seta seguir em todas as direções. Na ponta de cada rolete, existe um disco com perfurações na borda, semelhante a um disco de uma engrenagem. Tais discos ficam localizados entre um LED - emissor de luz infravermelha - e um sensor de luz infravermelha. Quando os roletes se movimentam, os discos giram e as perfurações neles existentes, nesse instante, permitem a passagem da luz do LED para o sensor (quando a luz passa pela perfuração) e em outro instante não permitem (quando a luz é bloqueada pela parte não-perfurada). Um chip ligado aos sensores quantifica o número de vezes que houve passagem de luz e transmite essas informações ao computador num formato de coordenadas X e Y. O computador "traduz" as informações do posicionamento do mouse em movimentos que a seta deve seguir pela tela. O computador também recebe as informações dos botões clicados. Os mouses que possuem um cilindro de rolagem – scroll - no meio (entre os botões esquerdo e direito, atuando no sensor vertical) têm funcionamento similar aos anteriores. Diagrama de funcionamento do mouse Funcionamento do mouse de esfera Funcionamento do mouse óptico O mouse com esfera começou a perder espaço para os mouses ópticos, porque passou a apresentar problemas, principalmente sujeiras nos roletes, dificultando sua movimentação. Além disso, certas aplicações requerem grande precisão de movimento do mouse (aplicações gráficas) onde o mouse tradicional não consegue ser tão eficiente. Essas e outras razões incentivaram o desenvolvimento de um modelo mais eficiente, o MOUSE ÓPTICO, criado pela Microsoft. Funcionamento do mouse óptico O mouse óptico não opera com uma "bolinha" em sua base inferior. Ao invés disso, ele usa um sensor óptico, que é muito mais preciso. Além da precisão, esse tipo de mouse acumula muito menos sujeira e funciona em qualquer superfície, sendo que em muitos casos o uso de mousepad (tecido de borracha ou de plástico que serve como superfície para o mouse) chega a ser dispensável. O mecanismo óptico presente neste tipo de mouse emite um feixe de luz capaz de ler a superfície seis mil vezes por segundo (esse valor varia de acordo com o modelo do mouse). Por isso é que existe tanta precisão. Além disso, o sensor é capaz de perceber as direções do movimento do mouse e assim transmitir tais informações ao computador, para que esse oriente a seta na tela. Por ser um processo mais complexo é necessário utilizar chips mais sofisticados, o que torna o produto mais caro. No entanto, o valor de tais mouses diminui à medida que se tornam mais populares. Boa parte dos modelos existentes aproveita a luz emitida pelo feixe para criar efeitos luminosos no dispositivo. Resolução dos mouses Quando se fala de resolução dos mouses, fala-se do menor movimento que o mouse consegue perceber, tendo como medida um ponto por polegada. Assim, um mouse de 300 dpi (300 pontos por polegada) consegue detectar movimentos de 1/300 de uma polegada. Os modelos mais básicos de mouses são capazes de detectar movimentos de 350 a 600 dpi, mais do que suficientes para uso cotidiano. Evidentemente, quanto maiores forem os valores de dpi, melhor a performance do mouse.