Gestão Hospitalar Contatos: 4009-5172 [email protected] Residência de Economia e Administração do Hospital Universitário da UFJF – HU/UFJF Gestão Hospitalar Programa: (Isapaola e Agnaldo) 1) A gestão 2) Sobre a temática hospitalar 3) Especificidades da Gestão Hospitalar 4) Exemplos práticos O QUE É GESTÃO, afinal? - Aurélio(do lat. Gestione) = Ato de gerir; gerência, administração - Em saúde = Gerir, gestar, cuidar, trazer a vida De acordo com Chiavenato, cada gestor – seja ele, um diretor, gerente, chefe ou supervisor – desempenha as quatro funções administrativas que constituem o processo administrativo: PLANEJAR ORGANIZAR DIRIGIR + decidir (?) CONTROLAR oEstrutura de gestão: - Planejamento - Organização - Execução Esferas de abrangência: - Legal - Ética - Política - Financeira - Administrativa - Operacional • Segundo Drucker (2002), existem 3 tarefas de igual importância que as instituições devem cuidar para que se tornem capazes de funcionar e de dar a sua contribuição para a sociedade, em todos os níveis: 1. Atingir a finalidade e a missão específicas da instituição. 1. Tornar o trabalho produtivo e tansformá-lo em realizador. 1. Administrar os impactos e as responsabilidades sociais (sustentabilidade). Premissas de Gestão Habilidade de analisar, refletir, avaliar de forma crítica e sistemática sobre o contexto social, político e econômico, bem como sobre o contexto organizacional – cultura, crenças, tecnologia, dentre outros. Habilidade de visualizar o contexto hospitalar em toda sua amplitude: visão holística • Habilidade de considerar diferentes cenários futuros e suas implicações com as metas da organização: visão de futuro • Habilidade de lidar eficientemente com situações em processo de (re)definição, monitorando e avaliando os riscos das posições adotadas nas respectivas situações • Habilidade de ouvir, captar informações relevantes, compreendê-las e repassá-las adequadamente, verificando o entendimento – feedback: Comunicação e expressão • Habilidade de desenvolver, acompanhar, avaliar, redimensionar processos e procedimentos de trabalho, incluindo requisitos e padrões de operação, de desempenho e de resultados: padronização e normatização Habilidade de apontar direcionamentos, de elaborar planejamentos aliados à capacidade de implementação, utilizando de forma otimizada os recursos, em consonância com o planejamento estratégico, dos parâmetros de qualidade e dos resultados previstos pela instituição: Sentido de administração Habilidade de formar, dar suporte, delegar, estimular-motivar, avaliar e recompensar a equipe de trabalho: Condução de equipe Gestão Estamos necessitando de um tipo de ser humano diferente, capaz de viver em um mundo de eterna mudança, educado para sentir-se à vontade com a mudança de situações, sem conhecimento prévio. A sociedade que puder produzir essas pessoas sobreviverá, as que não puderem, morrerão. Maslow (2000) Vídeo: Lições Trem Gestão estratégica Faz-se necessário aderir a uma ética organizacional fundada na valorização da diversidade e na construção de uma solidariedade entre os diferentes colaboradores A gestão estratégica busca colocar em evidência soluções e escolher dentre elas aquelas que permitem um maior ganho coletivo ao favorecer o compartilhamento de recursos: sinergias e parcerias Gestão Hospitalar Especificidades da Gestão Hospitalar Perfis do mercado e do cliente Uma das estruturas organizacionais mais complexas que existe “O gerenciamento na área de saúde é mais complexo do que em qualquer outro tipo de organização” Peter • A Gestão Hospitalar, assim como em outros segmentos, vem passando por constantes mudanças e caracteriza-se por envolver a união de recursos humanos e procedimentos muito diversificados. Áreas de atuação • Planejamento, organização e gerenciamento de hospitais, clínicas médicas, laboratórios de análises clínicas, policlínicas, spas, casas de repouso, farmácias, ou seja, qualquer prestador de serviços de saúde. • Estabelecimentos públicos ou privados. Algumas atividades/responsabilidades • Administração de recursos humanos, técnicos e financeiros (gestão de pessoas, materiais e equipamentos); • Direção e coordenação das atividades de um hospital (público ou privado); • Organização e controle do sistema de compras e dos custos; • Gerenciamento das áreas de apoio e logística hospitalar; • Supervisão do dia-a-dia do hospital (questões burocráticas e administrativas); • Supervisão de contratos e convênios; • Através dos princípios da gestão, qualidade e viabilidade dos serviços presta suporte aos setores fins; • Diagnóstico de problemas e busca de suas soluções; • Trabalhar para manter a infra-estrutura; • Planejar as manutenções preventivas dos equipamentos; • Planejar o controle dos estoques de materiais, a limpeza e até a destinação dos resíduos hospitalares; • Possibilidade de agir em campanhas de saúde para o controle de epidemias; • Determinar o melhor uso para o espaço físico; Definir o número de médicos, enfermeiros e especialidades que o local poderá atender. Mercado de trabalho Em todo o país, mas principalmente nas regiões Sudeste e Sul. Locais de maior demanda: hospitais, laboratórios de análises clínicas, policlínicas e casas de saúde para idosos. São contratados para atuar junto à gerência e na administração. Para tecnólogos, há uma boa perspectiva nas empresas de seguro hospitalar, que vêm procurando esse profissional para atuar na venda dos planos. Um bom gestor hospitalar é indispensável para a Medicina “É nos hospitais e clínicas que as pessoas procuram a cura e até a salvação de suas vidas. Sem eles, uma cidade não funciona, não há como sustentar a vida saudável e o desenvolvimento de uma localidade. Mas as instituições hospitalares não funcionam sozinhas. É preciso alguém que gerencie os procedimentos, os funcionários, os horários, os equipamentos e estoques.” Esta pessoa é o gestor hospitalar, que trabalha em prol da evolução do sistema de saúde e das novas funções e papéis do hospital. Perfil do profissional Possuir conhecimentos na área de políticas públicas de saúde e administração. Para o bom desempenho de suas funções, deve ter habilidades como criatividade, raciocínio verbal, numérico e abstrato. É uma profissão que exige dedicação, iniciativa, relacionamento interpessoal, liderança e raciocínio crítico. Sobre a temática hospitalar • É por demais conhecida e identificada uma crise no Sistema de Saúde Brasileiro expressa por inequidade, ineficiência, ineficácia e pela inadequação desse às necessidades de saúde demandadas • Uma gestão bem feita auxilia na redução e/ou extinção desses problemas INSERÇÃO DOS HOSPITAIS NESTE CONTEXTO • O hospital, mais do que uma ‘empresa’ que precisa sobreviver no mercado, deverá estar comprometido com a efetivação da política de saúde global como parte de um complexo jogo de interesses econômicos, culturais, políticos, entre outros. • Esta outra ‘razão de ser’ do hospital, e em particular do ‘público’, apresenta o desafio de ter que lidar com temas como a universalidade, a equidade e a qualidade do atendimento para cidadãos no exercício de seus direitos • Trata-se, então, de um novo lugar do hospital no sistema de saúde e não no mercado. • Quando nos detemos em problematizar determinado setor do hospital, em particular alguma unidade assistencial (um pronto-atendimento por exemplo), damo-nos conta do quão complexos, sutis, pouco explícitos e ambíguos são os seus mecanismos de gestão Ficamos, muitas vezes, com a sensação de uma orquestra funcionando sem um regente • Apesar de tudo, constatamos que, afinal, ‘a coisa funciona’, isto é, a atenção é realizada, o hospital mantém-se com as portas abertas MAS COMO ESSE ‘MILAGRE’ DA GESTÃO ACONTECE? • Se a gestão de uma unidade já é difícil, imagine de vários serviços ou unidades de forma integrada • Na maioria dos hospitais, encontra-se facilmente problemas gerenciais, os quais resultam em diversos problemas para a direção geral • A total falta de gestão reflete a impossibilidade de realizar o cuidado devido à interdependência dos serviços -> gestão do serviço em si e de suas interações com os demais serviços A Efetividade/Eficiência/Eficácia de um Hospital só serão alcançadas com o emprego de: - tecnologia organizacional; - recursos e instrumentos de uma administração moderna, inovadora; - com o emprego de instrumentos eficazes; - e com profissionais preparados Eficiência = fazer certo as coisas => Processos Eficácia = fazer as coisas certas => Resultados Efetividade = Eficiência + Eficácia Hospitais no Brasil Hospitais Públicos Hospitais Hospitais Privados Universitários e de Ensino Federal 77 Estadual 467 Municipal 1.427 Sem fins lucrativos 1.856 Lucrativos 2.756 TOTAL Fonte: CNES – 04/2010 1.971 4.612 167 167 6.750 Hospitais disponibilizados ao SUS Hospitais Públicos Federal 49 Estadual 457 1.921 Municipal 1.415 Hospitais TOTAL Universitários e Sem fins de Ensino lucrativos Hospitais Privados Lucrativos TOTAL Fonte: CNES – 04/2010 167 1.687 1.175 2.088 167 2.862 4.950 O QUE ERAM E O QUE SE TORNARAM OS HOSPITAIS NOS ÚLTIMOS ANOS? • Breve histórico – Origem: instituições asilares dos séculos XVII e XVIII – Surgimento: final do século XVIII – Inicialmente, instituições de cunho caritativo, e não curativo – Objetivo principal: assistência aos pobres e separação e exclusão dos indivíduos do convívio social – Até meados do século XVIII, Hospital e Medicina permaneceram independentes (consultas privadas) • “A formação de uma medicina hospitalar deve-se, por um lado, à disciplinarização do espaço hospitalar, e, por outro, à transformação, nesta época, do saber e da prática médicas.” (Foucault) • Transferência da responsabilidade da gestão hospitalar das mãos dos religiosos para as dos médicos. • Os hospitais evoluíram desde pequenos grupos estruturados informalmente até as grandes e complexas organizações dos dias atuais. • No início, as modificações observadas buscavam apenas a gestão baseada em critérios racionais para a organização dos esforços humanos, procurando atingir os objetivos definidos. • Produção teórica: paradigma sistêmico • Hospital como subsistema dentro do sistema social mais amplo • Imerso na lógica do mercado: adaptação • Muito mais que uma empresa que deve dar respostas a um mercado, o hospital, especialmente o da esfera pública, deve trabalhar com princípios como os da universalidade, equidade, integralidade e qualidade da assistência para atendimento a todos os cidadãos e não somente a clientes. • Nas sociedades modernas, os hospitais estão incluídos no rol das instituições fundamentais da comunidade, assim como as escolas, as organizações políticas e as instituições religiosas. • Sua importância pode ser percebida pelo grau de relações que o hospital mantém com os indivíduos em particular e com a coletividade em geral, resultante do papel essencial da instituição hospitalar em momentos fundamentais da vida das pessoas: nascimento, doença e morte. • Existe muita coisa além dos setores encarregados do atendimento dos que procuram o hospital, tais setores têm aumentado numericamente e em complexidade, particularmente por força do espantoso desenvolvimento tecnológico que o mundo moderno presencia. • Esta evolução atingiu tanto o setor de elementos diagnósticos e de recursos terapêuticos como os setores de apoio técnico e administrativo. Notícias de • Expansão de hospitais é tendência no Brasil • Saúde é o pior setor do Brasil (IVH) Alguns setores hospitalares • Além dos serviços/setores assistenciais, existem os de apoio técnico e administrativo Recursos Humanos • Administração de pessoal – Dimensionamento do quadro – Atividades burocráticas • Desenvolvimento e potencialização de pessoal – Capacitação de colaboradores – Avaliação de desempenho – Humanização • Acolhimento • Satisfação dos usuários • As pessoas constituem o principal ativo da organização e a folha de pagamentos traduz o maior percentual nas despesas totais • A Gestão de Pessoas depende de vários aspectos, como: – – – – – – a cultura que existe em cada organização a estrutura organizacional adotada as características do contexto ambiental o negócio da organização a tecnologia utilizada os processos internos Vídeo: Treinador Na maioria das empresas, a ‘gestão de pessoas’ é limitada aos aspectos legais da relação governo X empresa X empregado Contudo, os gestores devem estar sempre atentos a alguns fatores que são diretamente relacionados com esta área: elevados índices de rotatividade, de absenteísmo e de acidentes de trabalho problemas com qualidade dos produtos retrabalho desperdício de materiais baixos salários condições de trabalho inadequadas relações de trabalho insatisfatórias • De acordo com Chiavenato, cada gestor – seja ele, um diretor, gerente, chefe ou supervisor – desempenha as quatro funções administrativas que constituem o processo administrativo: • As organizações estão percebendo que somente podem prosperar e manter sua continuidade se forem capazes de otimizar o retorno sobre os investimentos de todos os stakeholders, principalmente o dos colaboradores • A Gestão de Pessoas deve contribuir para a eficácia organizacional através dos seguintes meios: – Ajudar a organização a alcançar seus objetivos e realizar sua missão – Proporcionar competitividade à organização – Proporcionar à organização empregados bem treinados e bem motivados – Aumentar a satisfação dos empregados no trabalho – Desenvolver e manter qualidade de vida no trabalho – Administrar a mudança – Manter políticas éticas e comportamento socialmente responsável • Atenção social à saúde – Clima Organizacional: indica os pontos conflitantes, frutos das diferenças interpessoais e intersetoriais, que devem ser trabalhados – Pesquisa de clima O Diferencial da Gestão Hospitalar Por Walber Nunes (Texto adaptado) Texto na íntegra: <http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/o-diferencial-da-gestaohospitalar/27128/> Qual seria o diferencial que um hospital poderia ter em relação aos outros? Primeiramente, vamos analisar o contato ‘paciente – hospital’. Podemos considerá-lo até o mais importante, pois é neste momento que a organização recebe o seu cliente e pode decepcioná-lo ou agradá-lo. Qual tipo de atendimento ideal que seu cliente está realmente necessitando? Empresas médicas devem se preocupar primordialmente pela qualidade do atendimento, humanizando filas, evitando demoras no atendimento e tendo menos burocracias. Quando procuramos um hospital ou clínica buscamos pela qualidade no atendimento do médico/recepcionista, ambiente seguro e saudável, conforto e principalmente a paz, sempre buscando a cura definitiva para o problema de saúde. São 3 fatores que fidelizam clientes neste ramo: Atendimento (Recepção): sempre agradável; cortês; simpático, às vezes tem que ser compreensivo em alguma situação; disponibilizar alguma leitura para que o paciente leia enquanto não é atendido pelo médico. Atendimento (Médico): imparcial; agradável, sem aquela cara que não dormiu há 3 noites; empreendedor, fazendo com que o cliente se encante com o seu atendimento e hospitalidade; se possível imprima alguma cartilha que faça com que a pessoa evite esse tipo de doença, assim estará pensando na saúde do paciente no hoje e no amanhã. Ambiente: sempre transmitindo paz, tranquilidade; coloque um som que transmita a paz como som de águas, pássaros ou mesmo algum tipo de música que transpire a serenidade; evite barulhos. Depois de ler este artigo percebemos como é simples obter o diferencial da Gestão Hospitalar : basta iniciativa, criatividade, liderança e principalmente empreendedorismo de todos os funcionários. Faturamento • Contratualização: Programa de Reestruturação e Contratualização dos Hospitais Filantrópicos no SUS. • Gestor municipal do SUS e representante legal do hospital, estabelecem metas quantitativas e qualitativas que visem o aprimoramento do processo de atenção à saúde e de gestão hospitalar, formalizado por meio de um contrato/convênio. • Este contrato/convênio é composto por duas partes indissociáveis que será acompanhado e avaliado pela Comissão de Acompanhamento do Contrato: – Contrato (propriamente dito), com vigência de 60 meses; – Plano Operativo Anual (POA), com vigência de 12 meses. • Glosas. Suprimentos/Compras • • • • • Padronização de materiais Identificação do recurso a ser utilizado Compras através de licitações (pregão) Compras emergenciais – Fundação de apoio Logística (almoxarifado, farmácia laboratório e demais setores) Financeiro • Captação de recursos – Orçamentação – Convênios – Programas • Pro-Hosp • Viva Vida • Contas a pagar – Empenho de notas Hotelaria • • • • • Recepção Segurança Lavanderia/ Rouparia Nutrição Limpeza – Normas específicas para o setor conforme Manual da CCIH, baseado na legislação – Deve seguir o Programa de Gerenciamento de Resíduos Comunicação • A comunicação está diretamente relacionada com a qualidade • Para que o sistema de comunicação funcione adequadamente, alguns itens devem ser considerados: – Busca de informações em fontes confiáveis – Troca de informações com o ambiente – Transformação das reclamações em instrumentos na medição e melhora da satisfação dos clientes internos e externos COMUNICAÇÃO INTERNA • Instrumentos: quadros de aviso, site institucional, e-mails • É fundamental que a comunicação também seja utilizada para potencializar a força humana • Amplia a visão do empregado, dando-lhe um conhecimento sistêmico do processo • Os colaboradores são os melhores “portavozes” da instituição • Alguns pontos importantes: – Qualidade e timing da comunicação – Abertura da alta direção – Proatividade para a busca de informações – Autenticidade no relacionamento entre os colaboradores – Foco em aprendizagem – Consideração das diferenças individuais – Desenvolvimento de competências básicas em comunicação – Rapidez – Adequação tecnológica COMUNICAÇÃO EXTERNA • Deve-se selecionar canais eficientes de comunicação. Existem dois tipos amplos: – Impessoais: que conduzem mensagens sem contato ou interação pessoal. Incluem a mídia e eventos. – Pessoais: envolve pessoas comunicando-se diretamente entre si, seja por telefone, correio, pessoalmente. Individualizam a apresentação e o feedback. Imagem institucional Marketing PROBLEMAS DE COMUNICAÇÃO • Excesso de informação • Falta de envolvimento e participação das pessoas • Pouco trabalho em equipe • Dificuldade em adaptar a mensagem aos diferentes perfis de ouvintes • Falhas na comunicação • Inconsistência das mensagens O Marketing no setor saúde Marketing é tão básico que não pode ser considerado uma função isolada. É o negócio inteiro, cujo resultado final depende do ponto de vista do cliente. Peter Drucker • Neste foco, o composto de marketing é uma integração de 4 A’s: Análise, Adaptação, Ativação e Avaliação ANÁLISE • Identificar necessidades, como: – Alteração do número de leitos – Serviços – Exames específicos – Dimensionamento de pessoal e necessidades conforme especialidade Detectar o potencial mercado e a atuação da concorrência Levantar opinião dos potenciais usuários sobre a ADAPTAÇÃO • Adaptação às necessidades de mercado, envolvendo: – Layout – Instalações – Equipamentos – Imagem e nome da instituição – Preço – Serviços e garantias aos pacientes AVALIAÇÃO • Também conhecida como auditoria • Corresponde à avaliação dos resultados alcançados em conformidade com os recursos alocados e com a legislação vigente Trecho do texto: Miopia em marketing no segmento hospitalar do Brasil • “O míope tem uma visão curta, não consegue enxergar à distância, foca no que está perto. Perde assim a sua visão do todo . Theodore Levitt, usou essa deficiência de visão de forma analógica em seu clássico artigo ‘Miopia em Marketing’ (1960). • Apesar de já ter sido escrito há mais de vinte e cinco anos, continua aplicável atualmente. Muitas empresas apresentam essa visão curta, pois não conseguem definir adequadamente suas possibilidades no mercado. • Ao longo dos últimos 20 anos, muitos hospitais vêm padecendo dessa miopia. Concentrados no cuidado com as doenças, esqueceram-se das reais necessidades de seus clientes. Com efeito, atualmente o seguimento está passando por uma grande crise. • É verdade que alguns hospitais perceberam esses fatores a tempo e hoje destacam-se dos demais, já que conquistaram um nível de eficiência empresarial e a manutenção de um padrão de excelência comparáveis ao que há de melhor no exterior. Porém, constituem minoria nesse segmento.” Anselmo Carrera Maia » Vídeo: Time de basquete (branco) Gestão da saúde pública • Os dados extraídos dos sistemas de informação auxiliam na gestão da saúde pública • Uma das características do SUS é a descentralização da gestão (federal, estadual e municipal) • Existem diversas Políticas Públicas que também ajudam no direcionamento das ações e programas (prioridades) • Os dados constituem um dos pontos fundamentais para elaborar a programação e controlar e avaliar a assistência hospitalar e ambulatorial no país • Propicia ao gestor o conhecimento da realidade da rede assistencial existente e suas potencialidades, visando auxiliar no planejamento em saúde, em todos os níveis de governo, bem como dar maior visibilidade ao controle social a ser exercido pela população CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde) “Site: cnes.datasus.gov.br” • O CNES visa disponibilizar informações das atuais condições de infra-estrutura de funcionamento dos Estabelecimentos de Saúde em todas as esferas, ou seja, Federal, Estadual e Municipal • O CNES é base para operacionalizar os Sistemas de Informações em Saúde, sendo estes imprescindíveis a um gerenciamento eficaz e eficiente CARTÃO NACIONAL DE SAÚDE • É um instrumento que possibilita a vinculação dos procedimentos executados no âmbito do SUS ao usuário, ao profissional que os realizou e também à unidade de saúde onde foram realizados • Para tanto, é necessária a construção de cadastros de usuários, de profissionais de saúde e de unidades de saúde. A partir desses cadastros, os usuários do SUS e os profissionais de saúde recebem um número nacional de identificação • Além dos cadastros, o Cartão Nacional de Saúde é constituído por : – cartão do usuário: um cartão magnético, que será lido pelos equipamentos terminais desenvolvidos especificamente para o projeto. Este cartão tem impresso o número nacional de identificação do usuário – cartão do profissional: também é um cartão magnético e permitirá a identificação dos profissionais de saúde perante o sistema – aplicativos desenvolvidos especificamente para o sistema Cartão Nacional de Saúde – uma infra-estrutura de informação e telecomunicações • Dentre os objetivos do projeto, destacam-se : – construção de uma base de dados de histórico clínico – imediata identificação do usuário, com agilização no atendimento – ampliação e melhoria de acesso da população a medicamentos – possibilidade de revisão do processo de compra de medicamentos – integração de sistemas de informação – acompanhamento dos fluxos assistenciais, ou seja, acompanhamento do processo de referência e contra-referência dos pacientes – revisão dos critérios de financiamento e racionalização dos custos – acompanhamento, controle, avaliação e auditoria do sistema e serviços de saúde – gestão e avaliação de recursos humanos • Com tudo isso, será possível conhecer quem está sendo atendido, por quem, aonde, como e com quais resultados MINISTÉRIO DA SAÚDE – MS • Para o MS, todo incremento da efetividade nos processos de gestão e assistência hospitalar deve estar relacionado a um serviço de atenção ao paciente com maior qualidade e humanização. – respeito e valorização ao paciente – humanização do atendimento – adoção de medidas que visem a atender às crescentes exigências e necessidades da população • O MS tem desenvolvido grandes esforços no incremento da qualidade da gestão e da assistência: política de incentivo ao desenvolvimento da assitência hospitalar à população • Realização de significativos investimentos no reequipamento e reforma de inúmeros hospitais em todo o País • Implementação de alguns programas: – Centros Colaboradores para a Qualidade da Gestão e Assistência Hospitalar – Humanização da Assistência – Modernização Gerencial dos Grandes Estabelecimentos – Acreditação Hospitalar INTERVENÇÃO DO ESTADO NO SETOR SAÚDE • Objetivo: busca de melhores resultados para a saúde da população e maior eficiência de sua gestão. • Em relação ao Sistema Único de Saúde (SUS): conjunto de iniciativas por parte do MS que visam aperfeiçoar o desempenho dos seus serviços mediante o planejamento conjunto e a realização de acordos que contemplam metas e indicadores a serem alcançados pelo grupo dos agentes públicos e privados que integram esse sistema. • Todas as modalidades privadas e públicas de prestação de serviços de saúde estão sendo afetadas: regulação e financiamento. • É bem extenso o leque das intervenções de Estado, que vai desde os programas assistenciais mantidos por estabelecimentos privados não lucrativos até às entidades privadas que gerenciam planos e seguros de saúde. • Variados são os agentes institucionais envolvidos e as formas de participação do Estado em relação a cada um deles. PRO-HOSP • Programa de Fortalecimento e Melhoria da Qualidade dos Hospitais do SUS/MG (PRO-HOSP): lançado pela Secretaria de Estado de Saúde em maio de 2003. • Os hospitais selecionados assinam um contrato de metas com a SES/MG, comprometendo-se a melhorar a qualidade de sua atenção e a cumprir alguns requisitos obrigatórios. • Objetivos – Desenvolvimento de um Parque Hospitalar Público no estado, socialmente necessário, e capaz de operar com eficiência; – Prestar serviços de qualidade; – Preencher os vazios assistenciais; – Inserir-se em redes integrais de atenção à saúde; e – Prestar serviços que atendam às necessidades e demandas da população. • Foco: – Hospitais públicos ou filantrópicos com maior resolutividade e capacidade instalada que desempenhem as funções de hospitais de referência, nos pólos macrorregionais ou microrregionais, atendendo à rede SUS. • Instrumentos: – Financiamento adicional – Contratação de metas – Plano de trabalho – investimentos na média e alta complexidade – Curso de gestão hospitalar VIVA VIDA • O Programa Viva Vida foi lançado pela SES/MG em outubro de 2003. • Objetivo: – Reduzir a mortalidade materna e infantil no Estado de Minas Gerais. • Principais ações: – Estruturação e qualificação da rede assistencial – Melhoria da qualidade das informações – Mobilização Social • O Viva Vida vem sendo implementado de acordo com o princípio da equidade, o que significa priorizar relativamente as microrregiões com maiores taxas de mortalidade infantil e materna. • O Programa foi concentrado identificadas como prioritárias: nas atividades – Atenção ao planejamento familiar; – Atenção ao pré-natal, ao parto, ao puerpério; – Atenção à criança de 0 a 1 ano de idade. • O acompanhamento é multidisciplinar • O que é o Centro Viva Vida – HU/UFJF? – Unidade de saúde de referência secundária, de natureza pública, exclusivamente a serviço do SUS. – É local de atendimento de média complexidade, que deverá atuar de maneira integrada à atenção primária e terciária; – Atenção à saúde sexual e reprodutiva de homens e mulheres e a saúde da criança. – Área de Abrangência: Micros de Juiz de Fora / São João Nepomuceno / Bicas / Santos Dumont (Mais de 30 municípios). Gestão participativa • Diretrizes: – Construção de um pacto entre gestores e Conselhos de Saúde nas esferas municipal, estadual e nacional voltado ao desenvolvimento de ações para apoio e fortalecimento do controle social, garantindo a estrutura física adequada e os recursos necessários para o funcionamento dos conselhos – Desenvolvimento de mecanismos de difusão de informações a partir de amplo trabalho de comunicação social com os diferentes meios existentes, visando informar a população sobre os Conselhos de Saúde, seu papel, sua composição, suas bases de representação e sua importância decisiva para a legitimação das políticas de saúde e do SUS – Criação de Legislação em Defesa do Cidadão Usuário do SUS a partir do desenvolvimento de amplo processo de discussão com a sociedade e com o Poder Legislativo – Desenvolvimento de um processo de monitoramento do controle social no país, incluindo a realização de estudos e levantamentos que permitam conhecer as condições da ação do controle social da saúde no Brasil e a criação de uma rede articulada de conselhos – Adoção e implementação de uma política de informação e comunicação entre os Conselhos de Saúde articulada ao âmbito local, regional e nacional, ampliando o diálogo destes com o governo, favorecendo a qualificação da participação popular nos processos de formulação e definição de políticas e programas de saúde – Definição e implementação de uma política nacional de Ouvidoria do SUS, de forma a organizar e apoiar as estruturas de escuta ao cidadão usuário do SUS nas três esferas de governo. Esta política deve ampliar os canais de relação e participação de escuta ao cidadão, modificar o caráter, a eficiência e o funcionamento das ouvidorias que, além de estarem voltadas para a resolução pronta dos problemas denunciados, sejam também geradoras de informações para apoio e qualificação da gestão em saúde A economia da saúde como instrumento de gestão hospitalar Tendências dos serviços de saúde no mundo e no Brasil • Maior uso do sistema saúde – Transição demográfica – Transição epidemiológica (velhas e novas doenças) – Educação da população (mais informação e mais comunicação) – Novas tecnologias (novos conhecimentos) • Aumento das expectativas dos usuários • Incapacidade da riqueza crescer na proporção que as necessidades e o querer mesma Economia da Saúde (ES): um modo de pensar • ES é o estudo de como indivíduos e sociedades exercem a opção de escolha na alocação dos escassos recursos destinados à área da saúde (eficência) entre as alternativas que competem pelo seu uso, e como estes escassos recursos são distribuídos (equidade) entre os membros da sociedade A tentação é misturar as coisas e não chegar a lugar algum CUIDADO! Políticos / Legisladores / Tomadores de Decisões precisam definir claramente “políticas” e prioridades Gestores precisam mais do “modo de pensar” e meios para agir Acadêmicos e pesquisadores precisam criticar evidências disponíveis e gerar novas evidências / avançar métodos “Dilema inercial” e a busca da perfeição • Com o que já sabemos sobre a distribuição de nossas doenças (epidemiologia) e o conhecimento acumulado disponível (evidências), seria perfeitamente possível propiciar um sistema de saúde muito melhor! • Decisões responsáveis, justificadas orientadas e Gestão em saúde: Necessidades e preferências Assistência à saúde baseada em evidências Economia da Saúde Administração de serviços • Diferentes alinhados participantes: – Médicos – Políticos – Mídia – Hospitais – Paciente – Fornecedores – Gestores – Reguladores no mínimo, Gestor do sistema de saúde • Reconhecer que o sistema de saúde é muito complexo • Capacidade de administrar interesses dos diferentes participantes (vários) • Alinhar incentivos dos diferentes participantes • Conhecer um pouco dos 3 mundos (Assistência à saúde, Administração de serviços, Economia da Saúde) Desafio para o gestor do sistema saúde • Com o regulamento definido para os médio e longo prazos e com os objetivos e compromissos claros (onde chegar e com que recursos) • O que se espera: Tomadas de decisão responsáveis e justificadas (Vídeo: “Gênios”- Pense Diferente) Muito obrigada! Contato: [email protected]