Acompanhe e monitore por Paulo Sérgio Buhrer em qualidadebrasil.com.br O verdadeiro líder consegue com que seus liderados deem conta dos trabalhos quando não têm mais acompanhamento, e, sobretudo, quando o líder está ausente. Mas, tenho visto muitos líderes perecerem excelentes profissionais por não se darem conta de que antes de libertar completamente o colaborador, existe um tempo em que se deve acompanhar os trabalhos operacionais que eles receberam. Sim, o sonho do líder é delegar e receber um trabalho tão ou mais benfeito que ele próprio faria operacionalmente. Todavia, isso acontece com o tempo, e não meramente porque houve a delegação. Geralmente, por um bom período os líderes precisam acompanhar de perto o trabalho delegado aos liderados, até que perceba que já estão tinindo na execução da tarefa ou na tomada de decisão. Não há como precisar um tempo. Tudo depende do grau de responsabilidade e complexidade da tarefa a ser executada ou da decisão a ser tomada. Por exemplo: se você delega a tarefa de assentar tijolos ao seu auxiliar, provavelmente depois de uma ou duas semanas ele já estará assentando bem os tijolos. Mas, se você delegar a ele a decisão de calcular a profundidade necessária para que a fundação sustente toda a obra, vai ter que acompanhá-lo por bem mais tempo. Numa grande empresa, delegar a execução de um trabalho administrativo, como a quantidade de material de escritório a ser comprado é simples, mas, delegar o recrutamento e seleção de pessoas é algo que vai exigir um acompanhamento bem mais amplo até que seu liderado seja capaz de escolher as pessoas certas para os lugares certos na empresa. Por esse motivo é que os líderes que conseguem construir grandes equipes sabem que precisarão acompanhar seus liderados pelo tempo necessário, claro, sempre atentos a pessoas que não mostrarão o perfil para executar esta ou aquela tarefa ou tomar decisões. Depois que você fez um acompanhamento eficaz e percebeu que ele já é capaz de executar as tarefas e tomar decisões, é hora de se afastar um pouco do liderado e confiar no trabalho dele. Ainda assim, não dê carta branca. Depois do período de acompanhamento, há ainda o período de monitoramento, onde você, líder, deve ficar com a decisão final ou com a verificação final se a tarefa foi executada perfeitamente, para que, em caso negativo, não traga resultados negativos aos negócios da empresa. Por exemplo: você é dono de uma oficina mecânica e contrata um ajudante de mecânico. Depois de acompanhá-lo na execução de suas tarefas, e já delegou a ele praticamente todos os trabalhos operacionais, deve ainda monitorar seu serviço, antes que ele entregue o carro ao cliente. Desse modo, você atesta se o trabalho ficou benfeito ou se precisa de alguns retoques para que o cliente fique satisfeito. Na área administrativa, se contratou um gerente financeiro, você, como diretor de finanças, pode ter delegado a ele o pagamento dos fornecedores, porém, o cheque quem assina ainda é você. Para o sucesso na delegação, depois de tê-la feito, acompanhe e monitore pelo tempo necessário. Enfim, compreenda que, em se tratando de tarefas, praticamente tudo pode ser delegado completamente, mas, em se falando de decisões, há as que dependerão de você enquanto estiver vivo.