UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE QUÍMICA GRUPO DE PESQUISA EM QUÍMICA ANALÍTICA Preparo de Amostras Dra. Andréa Pires Fernandes Missão da química analítica Propor os meios para a determinação da composição química dos materiais A seqüência analítica Definição do problema Escolha do método Amostragem Pré-tratamento da amostra Medida Calibração Avaliação Ação SEQUÊNCIA ANALÍTICA - Qual a informação analítica necessária? - Amostragem: adequada? - Qual método de análise fornecerá a informação? - PREPARO: converter a amostra em forma adequada para análise. - Calibração: obtenção com padrões adequados. - Medição: obtenção de dados da amostra. - Avaliação: resultado obtido é confiável? Definição do problema Determinação de elementos em baixas concentrações em diferentes amostras Avaliação dos teores de mercúrio em águas e sedimentos Níveis típicos de Hg em amostras ambientais Ar 1 - 4 ng m3 Chuva 5 - 100 ng l-1 Oceano aberto 0,5 - 3 ng l-1 Água costeira 2 -15 ng l-1 Rios e lagos 1 - 3 ng l-1 Sedimentos e solos < 700 ng g-1 Sedimentos marinhos < 100 ng g-1 Solos contaminados 50 -100 µg g-1 [email protected] A seqüência analítica Definição do problema Escolha do método Amostragem Pré-tratamento da amostra Medida Calibração Avaliação Ação Limites de detecção típicos para as principais técnicas espectroanalíticas FAAS ICP-OES Radial ICP-OES Axial HGAAS GFAAS ICP-MS 0,0001 0,001 0,01 0,1 1 10 100 1000 Limites de detecção (µg / L) Figura adaptada de http://www.perkinelmer.com/ ESTRATÉGIAS ANALÍTICAS PARA A DETERMINAÇÃO DE METAIS E AMETAIS EM MAMÍFEROS AQUÁTICOS ETAPAS DA ANÁLISE AMOSTRAGEM ESCOLHA DA TÉCNICA TRATAMENTOS PRELIMINARES PRÉ-TRATAMENTO DECOMPOSIÇÃO DA AMOSTRA DETERMINAÇÃO CONTROLE DE QUALIDADE - BRANCOS - REPLICATAS - MATERIAL DE REFERÊNCIA CERTIFICADO TRATAMENTO/INTERPRETAÇÃO DOS DADOS (Skoog et al., 2006; Krug,2006) AMOSTRAGEM “PROCESSO DE COLETAR UMA PEQUENA MASSA DE UM MATERIAL CUJA COMPOSIÇÃO REPRESENTE TODO O MATERIAL QUE ESTÁ SENDO AMOSTRADO”. (Skoog et al, 2006) ESCOLHA DAS ESPÉCIES/TECIDOS CONDIÇÃO DA CARCAÇA MATERIAL UTILIZADO E LOCAL DE COLETA ACONDICIONAMENTO DAS AMOSTRAS PROFISSIONAL QUALIFICADO (Geraci& Lounsburry,1993; O’Shea,1999) AMOSTRAGEM ANIMAIS SELVAGENS ENCALHES – CONDIÇÃO DA CARCAÇA LOCAL DE COLETA INADEQUADO TRANSPORTE P/ LABORATÓRIO DIFICULDADES Pré-tratamento da amostra É oportuno observar que, entre todas as operações analíticas, a etapa de pré-tratamento das amostras é a mais crítica. Em geral, é nesta etapa que se cometem mais erros e que se gasta mais tempo. É também a etapa de maior custo. Tempo gasto na análise química Amostragem 6% Preparo da amostra 61% Análise 6% Tratamento dos dados 27% http://www.sampleprep.duq.edu/dir/why_sp_2.html Adaptado de Ronald E. Major “An overview of sample preparation”, LC-GC,vol 9, nº1, 1991. A importância do preparo de amostras nos métodos analíticos Nenhuma 1,6% Máxima 60,6% Mínima 6,8% Moderada 31,0% http://www.sampleprep.duq.edu/dir/why_sp_1.html Adaptado de Ronald E. Major “An overview of sample preparation”, LC-GC,vol 9, nº1, 1991. Preparo da Amostra Os procedimentos de preparo de amostras dependem da natureza da amostra, dos analitos a serem determinados e sua concentração, do método de análise e da precisão e exatidão desejadas. DILUIÇÃO ??? ANÁLISE DIRETA ??? EXTRAÇÃO ??? DECOPOSIÇÃO POR VIA SECA ??? DECOMPOSIÇÃO POR VIA ÚMIDA ??? REAGENTES AMOSTRA Rompimento das ligações/ destruição da estrutura cristalina ENERGIA SOLUÇÃO ANALITOS Reagentes complementares Prof. Dr. Celso Spinola- UFBa Tratamentos Preliminares Lavagem Secagem Amostra Procedimentos Físicos Moagem Peneiramento Refrigeração Agitação mecânica Polimento Tratamentos Preliminares Lavagem Normalmente é utilizada para poucos materiais, como partes de vegetais como raízes, folhas e frutos. Procedimento: solução detergente neutra (01-3% v/v) + água desionizada O procedimento deve ser rápido Atenção!!! Pode haver perdas de elementos por lixiviação Tratamentos Preliminares Secagem A secagem a peso constante é comum para amostras sólidas que apresentam água em quantidade variável e em forma não determinada. Solos, rochas, minérios e sedimentos 105 ºC Materiais biológicos 60 – 65 ºC Minerais (aluminatos, silicatos) > 1000 ºC Atenção!!! (estufa com circulação forçada de ar) Vegetais secagem em sacos de papel ou algodão em estufa com circulação de ar por 48h ou até peso constante. Tratamentos Preliminares Secagem - ESTUFA COM CIRCULAÇÃO FORÇADA DE AR (60-65º C) - MICROONDAS DOMÉSTICO - LIOFILIZAÇÃO (remoção de água de uma amostra por sublimação a vácuo) Tratamentos Preliminares Moagem Melhora a homogeneidade da amostra Ocorre basicamente pelo choque entre a amostra e o material que compõe o moinho, logo é uma grande fonte de contaminação Pode ser promovida por esmagamento entre duas superfícies, fricção contra uma superfície e alteração e fragilização da estrutura Pode ser classificada como: grosseira, que é empregada como uma pré-moagem (5 mm); fina (63 μm) e extrafina (< 63 μm) Tratamentos Preliminares Moagem grosseira Moagem fina Moagem extra-fina Moinho de disco Almofariz e pistilo Liquidificador Processador Moinho de facas Moinhos mecânicos perdas de elementos voláteis devido ao aquecimento da amostra Moinho de bolas Moinho vibracional Moinho de jato de ar Moinho criogênico Tratamentos Preliminares Moagem criogênica Amostra Congelada em N2 (-196 ºC) ou acetona (-78 ºC) para aumentar a dureza e provocar falhas na estrutura Utilizado para materiais com baixo pontoade fusão que possam Facilita cominuição obstruir outros equipamentos (ex: gorduras e graxas duras), partes de plantas resistentes e elásticas, substâncias sensíveis à oxidação (ex: vitamina A e carotenos), substâncias que podem perder seu aroma (ex: café e pimenta) e também hormônios, pinicilinas e semelhantes Precauções A resistência à abrasão do material do equipamento deve ser sempre maior que o grau de dureza do material da amostra Os minerais em geral apresentam alto grau de dureza Dureza Mineral 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Talco Gypsum Calcita Fluor-spar Apatita Feldspato Quartzo Topázio Corundum Diamante Equipamentos desgastados propiciam maiores riscos Tratamentos Preliminares Separação de componentes de amostras sólidas Extração de espécies inorgânicas em amostras sólidas inorgânicas (p.e. solos). Lixiviação de compostos de elementos metálicos solúveis presentes em sólidos inorgânicos Filtração Materiais em suspensão podem entupir irreversivelmente nebulizadores pneumáticos utilizados em espectrometria atômica Decomposição e solubilização de amostras A grande maioria das técnicas analíticas usadas para determinação de elementos em amostras orgânicas e inorgânicas, requer que a amostra esteja na forma de uma solução aquosa. As amostras na forma de soluções são mais versáteis que na forma de sólidos; As curvas analíticas de calibração podem ser feitas com soluções-padrão de fácil preparação; Diluições são simples; Separações de constituintes com ou sem pré-concentração são possíveis. Parâmetros para a escolha do método de decomposição: Amostra propriamente dita Elementos ou compostos a serem determinados Faixas de concentração Tipo, composição, e homogeneidade das amostras analíticas Quantidade de amostra disponível para análise Quantidade de amostra necessária para as determinações Requisitos especiais: local da análise, controle na produção Escolha do método de pré-tratamento depende de várias considerações: Solução obtida deve ser compatível com o método de determinação Exigências metrológicas • Calibrações exigidas (balança, temperatura, pipetas, balões volumétricos) • Homogeneidade = f(massa de amostra, analitos) • Repetibilidade e reprodutibilidade, acurácia, seletividade e limite de detecção Aspectos restritivos • • • • Custo Tempo disponível Espaço físico Competência do analista Técnicas Convencionais Via úmida ácidos ou misturas de ácidos, agentes oxidantes Via seca (Combustão – mineralização) Incineração à pressão atmosférica Incineração à vácuo Fusão PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS VIA SECA VIA ÚMIDA Decomposição e solubilização de sólidos inorgânicos Dissolução x Abertura Dissolução ou solubilização – significa que a amostra sólida, líquida ou gasosa é dissolvida em líquidos adequados a baixas temperaturas. Pode ou não ocorrer uma reação química. Abertura ou decomposição – significa converter a amostra em uma outra forma sólida com transformação química. A nova forma é facilmente solúvel em solução aquosa. Ex.: fusão de uma amostra de silicato insolúvel com Na2CO3 até a formação de um produto claro que se solidifica após esfriar, sendo prontamente dissolvido com solução de ácido nítrico diluído. Mineralização e Decomposição da Matéria Orgânica Amostras orgânicas ou de natureza mista sofrem dois processos distintos de ataque, que muitas vezes acontecem simultaneamente: mineralização e dissolução. Mineralização Dissolução Destruição da mat. orgânica Dissolução da mat. inorgânica Um procedimento IDEAL para dissolução de amostras deve ser: Capaz de dissolver a amostra completamente, sem deixar nenhum resíduo. Razoavelmente rápido para ser executado Os reagentes utilizados não deverão interferir na determinação do analito e/ou na separação dos constituintes de interesse. Os reagentes deverão estar disponíveis em alto grau de pureza para não contaminar as amostras. As perdas por volatilização, por adsorção e/ou absorção ou por quaisquer outras razões deverão ser desprezíveis; Tanto os reagentes como a amostra não deverão atacar o recipiente onde será feita a reação; As contaminações devidas ao ambiente deverão ser desprezíveis; O procedimento deve apresentar o mínimo de insalubridade e periculosidade; A solução final deverá conter todos os analitos de interesse. Decomposição e solubilização de amostras Ácidos Minerais Os ácidos minerais mais comuns são: HCl, HNO3, H2SO4, HClO4 e HF Força do ácido; Ponto de ebulição; PONTO DE EBULIÇÃO À PRESSÃO ATMOSFÉRICA Poder oxidante do ácido e/ou de um de seus produtos de decomposição; Ácido Concentração P.E. (C) PoderHCl complexante com respeito aos íons de interesse; 37% (m/v) 110 HF 49% (m/v) 108 Solubilidade dos sais correspondentes; HNO3 70% (m/v) 120 Grau de pureza e/ou facilidade de purificação; Água-régia (HCl:HNO3 3:1) v/v 112 Aspectos à98,3% segurança durante a manipulação. H2SOrelacionados (m/v) 338 4 H3PO4 85% (m/v) 150 Decomposição e solubilização de amostras Classificação dos ácidos na decomposição de amostras por via úmida Não oxidantes HCl HF H3PO4 H2SO4 diluído HClO4 diluído Oxidantes HNO3 HClO4 conc. a quente H2SO4 conc. a quente Decomposição e solubilização de amostras Ácido nítrico - HNO3 É o ácido mais usado na decomposição da matéria orgânica ORG + HNO3 NOx + CO2 + H2O Entra em ebulição à 120°C, o que facilita sua remoção após a oxidação, mas limita a sua eficácia Em sistemas abertos, não é oxidante suficientemente forte para mineralizar completamente o material orgânico Decomposição e solubilização de amostras Ácido sulfúrico – H2SO4 Possui elevado ponto de ebulição (máx. 339°C), o que aumenta a eficácia da decomposição, mas dificulta a sua remoção; Possui a desvantagem de formar compostos insolúveis com alguns metais: CaSO4 (pouco solúvel), BaSO4, SrSO4 e PbSO4; Sua viscosidade pode causar interferências em algumas técnicas de detecção (e.g. ICP, ETAAS) Decomposição e solubilização de amostras Ácido clorídrico – HCl Ponto de ebulição de 110°C Caráter não oxidante Dissolve sais de ácidos fracos (carbonatos, fosfatos); a maioria dos metais é solúvel com exceção de AgCl, Hg2Cl2 e TiCl Cloretos voláteis: As(III), Sb(III), Ge(IV), Se (IV), Hg(II), Sn(IV) Decomposição e solubilização de amostras Ácido perclórico – HClO4 Utilizado com conhecimento e atenção, este reagente é extremamente Algumas regras na manipulação: eficiente na destruição da matéria orgânica. Nunca use ácido mais concentrado que 72%; Do Nunca deixede que o ácido concentrado a quente em contato direto com ponto vista técnico, a mistura HNOentre 3 e HClO4 é a que possui materiaisdesvantagens. facilmente oxidáveis; menos Não utilize capelas de exaustão com superfícies expostas construídas com material orgânicoanão recomendado p.e. madeira); Mas devido ocorrência de (ocasionais explosões, é aconselhável evitar seu uso.o ácido com frascos contendo tampas de borracha; Não oarmazene Lave o papel de filtro com bastante água após seu uso com ácido perclórico; Lave com água os locais onde o ácido possa ter entrado em contato. Decomposição e solubilização de amostras Misturas de ácidos minerais As misturas de ácidos são muito utilizadas porque: Diferentes propriedades úteis podem ser combinadas (um ácido com poder complexante com um ácido oxidante): HF + HNO3, HF + HClO4, HF + H2SO4, HF + HNO3 + HCl Dois ácidos podem reagir formando produtos com maior reatividade que qualquer um deles empregado isoladamente: Água régia (HNO3:HCl, 1:3) Uma propriedade indesejável em um ácido pode ser moderada pela presença de um segundo ácido: HNO3 + HClO4 A amostra pode ser dissolvida com um ácido, o qual é separado da mistura por um outro ácido que o substitui (HF + HClO4, HF + H2SO4). Decomposição e solubilização de amostras Misturas de ácidos com outros reagentes Utilizados para melhorar a eficiência da dissolução com um ou mais ácidos minerais: Agentes oxidantes:Peróxido de hidrogênio – H2O2 H2O2, Br2, KClO3 + HCl Misturas de ácidos com peróxido de hidrogênio são particularmente eficientes Eletrólitos inertes – são adicionados para aumentar o ponto de ebulição do na oxidação da matéria ácido, resultando numaorgânica. maior temperatura final para a dissolução (adição de Na2SO4, K2SO4 ou (NH3)2SO4 ao H2SO4). A água é o único produto de decomposição presente. Agentes complexantes – mantém os analitos em solução, evitando a É encontrado com alto grau de pureza. precipitação (ácido tartárico, cítrico e lático combinados com o HNO3 para Combinado dissolver ligas).com o poder de desidratação do ácido sulfúrico, esse tipo de 2+, reação rapidamente degrada aa velocidade matéria orgânica a espécies que Catalisadores – aumentam de dissolução com menores, ácidos (Cu 2+). Hg volatilizam facilmente. Técnicas de Dissolução mais usadas VIA SECA Convencional (sistema aberto/fechado) VIA ÚMIDA Forno de microondas (sistema focalizado/com cavidade) Decomposição por fusão Utilizado para material inorgânico de difícil dissolução, como: Cimento Aluminatos Silicatos Minérios de Ti e Zr Minérios mistos de Be, Si, Al Resíduos insolúveis de minério de ferro Óxidos de cromo, silício e ferro Óxido mistos de tungstênio, silício e alumínio Decomposição por fusão Procedimento geral: 1. A amostra finamente moída é misturada intimamente com um eletrólito ácido ou básico Fundentes: Na2CO3(p.f. 851ºC), NaOH (p.f. 318ºC), Na2O2, KHSO4, etc.) 2. A proporção entre a massa de amostra e do eletrólito (fundente) pode variar de 1:2 a 1:50 3. A mistura é geralmente colocada em um cadinho de níquel ou platina 4. O cadinho é aquecido por um período de tempo suficientemente adequado para que a amostra fique totalmente dissolvida na solução fundida, resultando em um líquido bem claro. 5. O material se solidifica quando resfriado a temperatura ambiente, sendo quebrado e transferido para um copo 6. Se a fusão for bem sucedida o material será facilmente solúvel em água ou ácido diluído. Decomposição por combustão (Dry ashing) A calcinação em mufla baseia-se na queima da fração orgânica da amostra com o oxigênio do ar, obtendo-se um resíduo inorgânico solúvel em ácido diluído. A temperatura conveniente para pirólise da matéria orgânica encontra-se freqüentemente entre 450-550ºC. Procedimentos recomendados pela AOAC para determinação de minerais em alimentos.. Calcinação em mufla Decomposição por combustão (Dry ashing) Fornos tipo mufla Decomposição por combustão (Dry ashing) Vantagens: Possibilidade de tratar grande quantidade de amostra, sendo a relação massa de amostra/volume final muito flexível. A cinza resultante é livre de matéria orgânica o que é desejável para algumas técnicas analíticas. As cinzas podem ser dissolvidas em meio compatível com o método de determinação, sendo necessário uma pequena quantidade de ácido. Caracteriza-se pela simplicidade e baixo custo Decomposição por combustão (Dry ashing) Limitações: Requer um longo tempo para calcinação (> 12 h). Perdas da amostra como um aerossol sólido e/ou perda parcial ou total de vários elementos por volatilização (Hg, As, Se). Podem existir perdas devido a retenção de elementos-traço nas paredes do recipiente, ou através de combinações com constituintes das cinzas. Alto risco de contaminação. 0 → nenhuma perda ++ → 6 a 20% de perda + → 2 a 5% de perda +++ → >20% de perda Difícil dissolução de algumas cinzas. Procedimento analítico para amostras de plantas* Pesar em cadinho de platina 1-3 g de amostra seca. Levar à mufla e elevar progressivamente a temperatura até atingir 450° C em 4 horas. Manter a essa temperatura por 16 horas. Após o resfriamento, adicionar 2 mL de água deionizada, 3 mL de HNO3 e 2 mL de HF. Evaporar lentamente até a secura em banho de areia ou placa de aquecimento. Repetir duas vezes o último passo adicionando 2 mL de HNO3 e 1 mL de HF. Dissolver o resíduo com 2 mL de HNO3, aguardar 15 min, adicionar 20 mL deionizada e aquecer até suave ebulição Após resfriamento, transferir para um balão volumétrico e aferir. * Método do Comité Inter-Instituts d’Etude des Techniques Analytiques Aplicação 1 – Determinação de Al, Ba, Ca, Co, Cu, Fe, K, Mg, Mn, Ni, P e Zn em café cru Técnica: ICP OES Tratamento das amostras: incineração em mulfla a 450ºC por 24h e digestão ácida em bloco. Na calcinação: 1 g de amostra de café cru moído Dissolução das cinzas em HCl conc. Na digestão (12h): 1 g de amostra de café cru moído + 10 mL HNO3 conc. + 3 mL H2O2 30% (v/v). Resultados: o procedimento por via seca apresentou maior repetibilidade e exatidão. Morgano et al. Cienc. Tecnol. Aliment. 2002, 22(1), 19-23. Decomposição por via úmida (wet methods) SISTEMA ABERTO Placa Aquecedora Banho Maria Bloco Digestor Chama (bico de Bunsen) Decomposição por via úmida (wet methods) Baseiam-se no aquecimento da amostra na presença de um ácido mineral oxidante geralmente concentrado. Nos métodos modernos de decomposição por via úmida, várias combinações e proporções de ácidos fortes garantem tanto a mineralização quanto a dissolução da amostra. Três deles contribuem especialmente para a destruição da matéria orgânica: HNO3, H2SO4, HClO4 A decomposição pode ser realizada à pressão atmosférica ou em recipiente fechado (bomba de decomposição PTFE clássica , microondas fechado). Utilizam diferentes fontes de energia: térmica (placa de aquecimento, bloco digestor), ultra-sônica e radiante (infravermelho, ultravioleta e microondas) Aquecimento por condução . . .. Correntes convectivas . . Temperatura da superfície externa é superior ao P.E. Decomposição por via úmida (wet methods) Aquecimento condutivo bloco bomba chapa digestor Kjeldahl Decomposição por via úmida (wet methods) Sistema assistido por microondas Forno de microondas com cavidade Forno de microondas focalizadas Decomposição por via úmida (materiais biológicos) Moagem 100 – 500 mg Digestão com 5-10 ml HNO3 Digestão a frio durante 12 h é recomendável Requer digestão complementar com HClO4 (1-2 ml) Digestões durante 3-12 h (depende da matriz) Baixo custo de instrumentação Alta freqüência analítica (40-100 amostras/digestão) Filme Decomposição por via úmida (mat. biológicos) Requer combinações: HClO4, H2SO4, H2O2 Geração de resíduos (soluções ácidas) Vapores corrosivos de NO2 (capelas e tratamento dos gases) Digestões podem demorar 5 dias (depende da matriz) Há riscos de perdas por volatilização: Hg (como elemento) As, B, Cr, Pb, Sn, Zn (como compostos halogenados) Notas sobre a decomposição de materiais biológicos com HNO3 e H2SO4 em sistemas abertos A máxima temperatura do meio de decomposição é limitada pelo ponto de ebulição do azeótropo HNO3/água (ca 120°C). H2SO4 pode ser usado para aumentar a temperatura da decomposição, mas há desvantagens: É difícil purificar o ácido Interfere em muito métodos devido à alta viscosidade Forma sulfatos de baixa solubilidade com muitos elementos (e.g. Cd, Pb, Sr, Ba), prejudicando a exatidão dos resultados Alto consumo de ácidos, leva a altos valores de brancos. Decomposição por via úmida (wet methods) Vantagens: As temperaturas atingidas são bem menores do que as necessárias na via seca, diminuindo, assim, perda por volatilização são minimizadas. Perdas por retenção nas paredes dos recipientes são menos freqüentes. As reações dos elementos traços com constituintes da amostra são limitadas. Decomposição por via úmida (wet methods) Limitações: Pode ocorrer co-precipitação de alguns elementos com um elemento principal da matriz. Por exemplo, Ca precipitar com CaSO4, se for utilizado H2SO4. A presença de cloretos pode levar a perda de alguns elementos por volatização (e.g. As) A dissolução incompleta é um risco maior na via úmida devido à escolha inadequada de reagentes ou um inapropriado programa de aquecimento (temperatura x tempo). Aplicação 1 - Use of Doehlert design for optimizing the digestion of beans for multi-element determination by inductively coupled plasma optical emission spectrometry Wagna Piler Carvalho dos Santos1,2, Diogenes Ribeiro Gramacho1, Alete Paixão Teixeira1, Antônio Celso Spínola Costa1, Maria das Graças Andrade Korn1* 1 Núcleo de Excelência em Química Analítica (NQA-PRONEX), Grupo de Pesquisa em Química Analítica, Instituto de Química, Universidade Federal da Bahia, Campus de Ondina, 40170-290 Salvador, Bahia, Brazil. 2 Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia, Barbalho, 40.300-010, Salvador-Bahia 1 - Determinação de elementos essenciais (Ca, Cu, Fe, K, Mg, Mn, Ni, P, Zn) e não-essenciais (Al, Ba, Cd, Pb) em leguminosas de grão Técnica: ICP OES Tratamento das amostras: digestão ácida em chapa aquecedora por 20 minutos a 120 0C Na digestão (20 min): 0,5 g de amostra de feijão moído + 7 mL HNO3 conc. + 1 mL H2O2 30% (v/v). Resultados: o procedimento por via úmida apresentou boa repetibilidade e exatidão. Santos, W., Tese de Doutorado, 2007 Decomposição por via úmida com sistemas fechados Comparando-se com os sistemas abertos, tem-se as seguintes vantagens: Não há perda por volatilização Menor tempo de reação (3 a 10 vezes) Melhor decomposição devido a maior pressão e temperatura atingidas. O “branco” é reduzido devido a menor quantidade de reagentes Nenhuma contaminação por fontes externas. Decomposição por via úmida com sistemas fechados Pode ser realizada utilizando-se: Bomba de decomposição PTFE clássica Microondas com recipiente Teflon, PFA ou TFM à baixa pressão (até 1,5 MPa) Sistema a alta pressão (até 15 MPa) com recipiente de TFM, PFA ou quartzo. Decomposição por via úmida com sistemas fechados Bomba de decomposição PTFE clássica Aquecidas em estufa ou mufla até 200°C Pressão: 0,1 a 30 MPa Amostra: 0,1 a 5 g Bomba de decomposição PTFE Volumes disponíveis: 23 ml, 45 ml e 125 ml Aplicação Avaliação da contaminação ambiental por metais em lagostas (Spiny lobster) no litoral norte do Estado da Bahia Adriana Oliveira, Alete Paixão, Gabriel Luiz dos Santos, Joilma Menezes, João David Neto, Ludmila Manhaes, Maria Andréa da Silva, Sidney Santana, Suzana Más Rosa,Vitória Soares. Avaliação da contaminação ambiental por metais em lagostas (Spiny lobster) no litoral norte do Estado da Bahia Objetivo Avaliar os impactos ambientais das atividades industriais no litoral norte do estado da Bahia, através da determinação de metais em amostras de sedimento e lagostas da espécie (Spiny lobster) coletados em estações próximas a emissários localizados na área de estudo. Objetivos Específicos Identificar e quantificar metais (Al, As, Cd, Cr, Cu, Fe, Mn, Ni, Pb, Se, Sr, V e Zn) em amostras de sedimento, músculo e vísceras de lagostas. Obter dados preliminares sobre a contaminação por poluentes químicos na região utilizando sedimento como indicador ambiental e lagostas da espécie (Spiny lobster) como bioindicador. JUSTIFICATIVAS EFLUENTES LANÇADOS ATRAVÉS DE EMISSÁRIOS + FALTA DE MONITORAMENTO LAGOSTAS + SEDIMENTO: INDICADORES PRÉ-TRATAMENTO SEPARAÇÃO DE VISCERAS LAVAGEM MÚSCULO VÍSCERAS PRÉ-TRATAMENTO MOAGEM PENEIRAMENTO DIGESTÃO DE AMOSTRAS 0.20g de AMOSTRA + 2 mL HNO3 + 2mL ÀGUA MILLIQ 14 HORAS 120º C DETERMINAÇÃO DE METAIS ICP OES DESCRIÇÃO RESUMIDA DAS ETAPAS DAS ANÁLISES Liofilização* moagem 0,20 g Peneira (300 µm) Digestão em bomba parr 14h = 120 °C * Tempo de liofilização variável até completa sublimação Diluição para 15 mL Determinação de metais – ICP OES Tratamento e interpretação dos dados CONCLUSÕES - GRANDE VARIABILIDADE ENTRE METAIS EM CADA ESTAÇÃO - AMOSTRAGEM INADEQUADA DE VÍSCERAS - FALTA DE LIMITES ESTABELECIDOS PARA OUTROS ELEMENTOS IMPORTANTES NA LEGISLAÇÃO - NECESSIDADE DE ESTUDOS LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO TODA O ECOSSISTEMA DA REGIÃO Emprego de bombas de digestão 250 mg de amostra + 2 ml HNO3 conc + H2O2 Temperatura: ? Emprego de bombas de digestão Emprego de bombas de digestão Emprego de bombas de digestão Decomposição por via úmida com Microondas Ultraviolet Visible Espectro Electromagnético Infrared Microwave Laser Radiation 10-10 10-9 10-8 10-7 10-6 10-5 10-4 10-3 10-2 10-1 1 Wavelength (m) 3x1012 3x1010 3x108 3x106 3x104 3x102 Frequency (MHz) Molecular vibrations Inner-shell eletrons Outer-shell (valence) eletrons Molecular rotations Principais componentes de um forno de microondas • Magnetron: gerador de microondas • Guia de ondas: canal metálico, paredes refletoras, levam as microondas até a cavidade • Cavidade: espaço interno do forno onde são colocadas as amostras (paredes feitas de material refletores de MW) • Prato giratório: assegurar homogeneidade do aquecimento • Espalhador de microondas: distribuir uniformemente a radiação que sai do guia de ondas • Sistema de ventilação Interação Radiação Microondas e Matéria Reflexão Condutor Metais refletem energia microondas e não aquecem. Transparência Isolante Dielétrico Materiais transparentes à energia microondas - não são aquecidos. . .... . Absorção Materiais absorvem energia microondas - aquecimento. Aquecimento assistido por radiação microondas Sample-acid mixture (absorbs microwave energy) Vessel wall (transparent to microwave energy) Microwave heating Localized superheating Reprinted with premission from Neas, E.; Collins, M. in “Introduction to Microwave Sample Preparation:Theory and Practice,” copyright 1988 by The American Chemical Society. Líquidos (ácidos e solventes) são rapidamente aquecidos quando expostos à radiação microondas. Absorção ocorre principalmente por dois mecanismos: - ROTAÇÃO DE DIPOLOS CONDUÇÃO IÔNICA Como materiais são aquecidos? Rotação de dipolos Depende da presença de moléculas polares. Normalmente, moléculas polares estão orientadas ao acaso; contudo, em presença de um campo eletromagnético as moléculas são alinhadas. Quando o campo oscila e a polaridade do campo eletromagnético varia em uma velocidade estabelecida pela freqüência, as moléculas tentam seguir a mudança do campo, causando atrito e, conseqüentemente, aquecendo o material. Aquecimento Assistido por Radiação Microondas Liner, sleeve and frame transparent to MW energy Sample-acid mixture absorbs MW energy Vapor is not heated by microwave Localized superheating Microwave-assisted heating Aspectos Positivos da Tecnologia Microondas Aquecimento volumétrico: energia rapida/e transferida para o material sendo aquecido. Economia de energia: perdas de calor por irradiação, condução e convecção são reduzidas (até 70%). Tamanho de equipamento reduzido em até 20%. Controle instantâneo do processo: início e parada rápidas. Aspectos Positivos da Tecnologia Microondas Transferência de energia limpa: usualmente via algum efeito de polarização no próprio material. Temperaturas elevadas. Controle de reações químicas: aceleração de processos químicos e reações sem solventes. Aspectos Negativos da Tecnologia Microondas Complexidade da área: difícil previsão da natureza exata da interação entre o campo eletromagnético e a matéria. Uniformidade de temperatura: profundidade de penetração da radiação. Medida de temperatura: a natureza pontual da maior parte dos procedimentos de medida de temperatura e a não uniformidade do aquecimento pode gerar dados incorretos. Aspectos Negativos da Tecnologia Microondas Custo de implementação: geral/e maior do que estratégias convencionais de aquecimento. Tamanho do magnetron e ciclo de trabalho. R & D: Novas aplicações geral/e exigem desenvolvimento e compreensão do comportamento da amostra. Isso implica que implementação imediata é inviável. Decomposição por via úmida com Microondas Microondas não focalizado Frascos Fechados – Por-que? Análise de Traços Eliminação do uso de ácido sulfúrico Digestão usando somente ácido nítrico Menor consumo de reagentes Menores brancos analíticos Menor custo de reagentes com alta pureza Evita perdas de analitos que podem gerar compostos alta/e voláteis Proteção do ambiente (vapores ácidos; menor volume de resíduos ácidos) Controle direto de temperatura Monitoramento e controle direto para um frasco de referência até 300°C com termopar ou fibra óptica Temperatura é medida 20 vezes por segundo Sensor inserido em tubo cerâmico inerte Controle de temperatura em todos frascos (contact-less) Sensor focalizado de IR Controle seqüencial de temperatura em todos frascos Perfil de variação de temperatura para cada frasco Aspectos Positivos do Forno de Microondas com Cavidade Possibilidade de atingir temperatura de trabalho > que P.E. dos reagentes (Pinterna) o que implica em processos de digestão mais rápidos e maior poder oxidante. Digestão simultânea de um grande número de amostras (6-50). Menor possibilidade de perdas e contaminação (frascos fechados). Aspectos Positivos do Forno de Microondas com Cavidade Menor consumo de reagentes, resultando em menores brancos analíticos e digeridos menos concentrados em ácidos. Menor geração de resíduos. Química limpa: redução de vapores desprendidos para o ambiente. Controle da distribuição da radiação microondas durante o processo de digestão aperfeiçoa a repetibilidade. Aspectos Positivos do Forno de Microondas com Cavidade Possibidade de usar reagentes com alta pureza, e.g. HNO3 e H2O2, sem perda de eficiência devido aos baixos P.E.. Possibilidade de trabalhar com soluções diluídas de ácido nítrico. Aspectos Negativos do Forno de Microondas com Cavidade Segurança: pressão. Segurança: riscos de explosão devido à geração de H2 durante a digestão de ligas e metais. Limitada massa de amostra. Limitações de temperatura e pressão devidos aos materiais dos frascos. Segurança: necessidade de trabalhar com amostras similares na maioria dos programas de aquecimento, i.e. amostras com teores similares de água e compostos orgânicos. Aspectos Negativos do Forno de Microondas com Cavidade Limitações práticas para adicionar reagentes durante a digestão. Necessidade de aguardar um longo tempo para abertura dos frascos após a digestão. Baixa reprodutibilidade ao empregar diferentes equipamentos ou frascos – mesmo para equipamentos e frascos produzidos por um mesmo fabricante, mas de diferentes lotes. Decomposição por via úmida com Microondas Microondas focalizado Forno de Microondas com Radiação Focalizada Adequado para massas de amostra elevadas Adição automática de reagentes (ou amostras) Pressão atmosférica (segurança) Temperaturas elevadas (uso de ácido sulfúrico) Múltiplos procedimentos simultâneos Forno de Microondas com Radiação Focalizada: Aplicações Típicas Massas de amostra elevadas (> 1 g) Amostras orgânicas – geração de gases Requer múltiplas adições de reagentes Requer variações de temperatura Requer ácido sulfúrico para atingir altas temperaturas Procedimentos de extração sob baixas temperaturas Aplicação 5 – Determinação de nutrientes minerais e elementos tóxicos em cafés solúveis Técnica: ICP OES Tratamento das amostras: digestão com HNO3 conc. e H2O2 30% (v/v) 1 g de amostra de café 6 ml de NHO3 a 65% (v/v) 0,5 mL de H2O2 a 30 % (v/v) Número de amostras = 21 Resultados: Recuperações quantitativas (84-102%) foram obtidas para Na, K, Mg, Al, P, S, Ca, Mn, Fe, Ni, Cu, Zn, Cd, Sb, Pb, Cr e Sn. Somente uma amostra com 0,520,02 mg/kg de Cr estava acima do limite estabelecido pela Legislação Brasileira para alimentos. Santos e Oliveira. Food Compos. Anal. 2001, 14, 523-531. Aplicação 6 – Determinação de Ca, Cu, Fe, K, Mg, Mn, Na, Pb, S, Se, Si, Sn e Zn em cafés brasileiros com o objetivo de caracterização quanto a região geográfica e modo de produção. Técnica: ICP OES Tratamento das amostras: extração aquosa e digestão em forno de microondas fechado. Extração: 1,0 g de amostra + 10 mL de água fervente, centrifugar e acidificar o sobrenadante com HNO3 (0,014 mol L-1). Digestão: 0,25 g de café + 3 mL de HNO3 conc. + 1 mL de H2O2, em MW ( 700 W/15min). Resultados: Foi possível correlacionar a concentração dos elementos com o modo de produção (orgânico ou convencional). Fernandes et al. Spectrochim. Acta Part B. 2005, 60, 717-724. Aspectos Positivos do Forno de Microondas com Radiação Focalizada Digestão de massas elevadas de amostra (até 10 g) – especial/e para amostras com alto teor de compostos orgânicos que geram elevados volumes de gases. Adição programada de reagentes. Segurança – pressão ambiente. Não há uma longa etapa de resfriamento e redução de pressão após a digestão. Aspectos Positivos do Forno de Microondas com Radiação Focalizada Uso de frascos construídos com diferentes materiais (PTFE, vidro borossilicato e quartzo). Possibilidade de implementar diferentes programas de aquecimento para diferentes amostras em cada frasco de digestão. Variedade de aplicações: extração de orgânicos, extração para especiação química, digestão ácida ou alcalina para determinação de teores totais. Aspectos Positivos do Forno de Microondas com Radiação Focalizada Trabalho sob elevadas temperaturas utilizando-se ácido sulfúrico. Remoção de vapores (para sistemas operando à pressão atmosférica) – aumento do rendimento reacional (Princípio de Le Chatelier) Segurança para processos reacionais sob baixa pressão. Possibilidade de combinação com outras fontes de energia (e.g. ultrassom) para acelerar o processo de digestão. Aspectos Negativos do Forno de Microondas com Radiação Focalizada Elevada acidez dos digeridos – pode dificultar a determinação de elementos por técnicas que envolvem a introdução de amostra por nebulização pneumática (requer elevada diluição). Elevados volumes de reagentes podem gerar brancos analíticos altos e grande produção de resíduos. Heterogeneidade de distribuição da radiação microondas: implica em diferentes condições em cada frasco reacional, o que afeta a eficiência de digestão (baixa repetibilidade). Aspectos Negativos do Forno de Microondas com Radiação Focalizada Uso de ácido sulfúrico (máximo P.E.) para aumento de temperatura em sistemas operando à pressão ambiente: a elevada viscosidade do ácido sulfúrico pode interferir no transporte de amostra e determinações dos analitos por técnicas como ICP OES e ICP-MS. Além disso, sulfatos insolúveis podem ser formados. Limitada freqüência analítica: 1 a 6 amostras, enquanto que no forno de microondas com cavidade pode-se processar até 80 amostras simultanea/e. Conclusões • O melhor procedimento para decomposição é aquele que resulte em alta porcentagem de recuperação, requer reduzido volume de reagentes, menor tempo de análise e pequeno potencial de contaminação • O método de combustão, para a maioria dos metais, fornece resultados exatos; mas requer um tempo maior do que o necessário para análises por via úmida, especialmente aquelas utilizando sistema fechado ou microondas Conclusões • Para alguns elementos a extração ácida, sem dissolução completa da amostra, é suficiente para uma determinação quantitativa • O método de digestão utilizando microondas tem se mostrado bastante promissor, obtendo-se alta recuperação, um tempo de digestão bastante curto e baixa contaminação OBRIGADA!!!!