Contacto: Fábio Correia Direcção de Marketing e Comunicação Phone: (+244) 222 693 800 Fax: (+244) 222 335 486 Rua Major Kanhangulo, 34 [email protected] www.bancobai.ao NOTA DE IMPRENSA Resultados anuais consolidados crescem 6%, para 12.849 milhões de Kwanzas em 2014 Luanda, 10 de Abril de 2015 1. Enquadramento da actividade Em 2014 o BAI conduziu a sua actividade num ambiente económico exigente caracterizado (i) pela queda da produção e preço do petróleo, implicando a redução das receitas fiscais petrolíferas, o aumento da volatilidade na taxa de câmbio e a redução das Reservas Internacionais Líquidas; (ii) pelo contínuo processo de desdolarização da economia; (iii) pela aprovação de importantes diplomas no âmbito da reforma tributária; e (iv) pelo aumento de regulamentação e intervenção do Banco Nacional de Angola no sector bancário. O sector bancário angolano manteve em 2014 a tendência de crescimento, tendo o crédito concedido ao Estado e à economia registado um aumento de 15% sobre o valor do ano transacto, essencialmente impulsionado pelo crescimento em 49% do crédito ao Estado1, atingindo AKZ 4.765 mil milhões no final de 2014. Os depósitos registaram igualmente um aumento de 15%, totalizando AKZ 5.445 mil milhões no final do ano. 1 O crescimento do crédito à economia foi de apenas 2% no ano, tendo sido afectado em Dezembro pela reestruturação do balanço do BESA, que implicou a redução da sua carteira de crédito em 37% . Em Novembro, o crédito à economia apresentava um crescimento de 17% comparativamente a Dezembro de 2013. Não obstante a expansão da actividade do sector, os resultados líquidos da banca no seu todo caíram 45%, em consequência sobretudo do reforço substancial das provisões para crédito, reflectindo o reconhecimento do aumento do risco do crédito em carteira. O crédito vencido passou de 9,8% no final de 2013 para 14,4% no final de Novembro 2014. _____________________________________________ 1 O crescimento do crédito à economia foi de apenas 2% no ano, tendo sido afectado em Dezembro pela reestruturação do balanço do BESA, que implicou a redução da sua carteira de crédito em 37% . Em Novembro, o crédito à economia apresentava um crescimento de 17% comparativamente a Dezembro de 2013. 1 DE 6 2. Actividade desenvolvida pelo BAI O BAI prosseguiu o seu programa de expansão da rede comercial, aumentando os seus canais de distribuição de 128 no final de 2013 para 138 no final de 2014 e o número de colaboradores de 1.870 para 2.000. O número de clientes aumentou de 558.593 em 2013 para 635.491 no final de 2014. Destaca-se igualmente a abertura de um novo Centro de Serviços Premium vocacionado para atender clientes do segmento private, no âmbito do projecto de segmentação dos clientes particulares. O BAI também deu continuidade à sua estratégia de inovação em termos de produtos e serviços. O ano foi marcado pelo lançamento do serviço de correspondente bancário com os Correios de Angola e o lançamento do serviço “e-Kwanza”, que permite a conversão de moeda física em moeda electrónica e vice-versa nos balcões do banco e junto de correspondentes registados, e também operações de moeda electrónica através de telemóveis. No que diz respeito à governação corporativa e ao sistema de controlo interno, procedeu-se à implementação de um conjunto de medidas tendo em vista assegurar a conformidade do Banco às exigências do BNA (Avisos nº 1 e 2 de 2013), com destaque para a aprovação da criação de uma função autónoma para a gestão do risco. Em 2014, destaca-se ainda o facto de o BAI ter sido a primeira instituição em Angola a obter um rating de agências internacionais de rating. Na mais recente avaliação, em 4 de Março de 2015, o BAI manteve a notação de rating da agência Moody´s de “Ba3/Not Prime”, tendo no entanto a perspectiva sido reduzida de “estável” para “negativa”, em linha com a alteração da perspectiva do rating de Angola. Por sua vez, na avaliação de 31 de Março de 2015, a agência Fitch Ratings manteve o rating “B+” com perspectiva “estável”. Ao nível do reconhecimento da marca BAI em 2014, destaca-se a atribuição do prémio de melhor Banco em Angola pela revista Euromoney, pela terceira vez consecutiva, e o prémio de melhor grupo financeiro em Angola atribuído pela revista World Finance. 2 DE 6 Indicadores não financeiros Nº trabalhadores Nº pontos de atendimento (PA) Nº de clientes 2013 1.870 128 558.593 2014 2.000 138 635.491 Variação 130 7% 10 8% 76.898 14% 3. Resultados Demonstração dos resultados Milhões AKZ Produto bancário Provisões para crédito de liquidação duvidosa Custos administrativos Provisões sobre outros valores e responsabilidades prováveis Resultado de imobilizações financeiras Resultado não operacional Resultado antes de impostos e outros encargos Imposto corrente Resultado líquido 2013 56.785 -21.933 -21.951 2014 58.835 -14.452 -25.723 Variação 2.050 4% 7.481 -34% -3.772 17% -1.379 -1.477 462 10.506 1.576 12.082 -2.997 -2.678 -935 12.050 799 12.849 -1.618 -1.201 -1.397 1.544 -777 767 117% 81% -302% 15% -49% 6% O resultado líquido em 2014 foi de AKZ 12.849 milhões de Kwanzas, o que representa um aumento de 6% face ao registado no exercício anterior. Relativamente às principais rubricas, destacamos o seguinte: A margem financeira alcançou 37.014 milhões de Kwanzas, representando um aumento de 8% comparativamente ao ano anterior. Esta evolução é reflexo (i) do aumento dos proveitos com os títulos do tesouro, (ii) da redução das taxas juro do crédito à economia e (iii) do controlo dos custos com os juros de depósitos. Os resultados de prestação de serviços financeiros atingiram 9.238 milhões de Kwanzas, representando uma variação homóloga de -11%, principalmente devido à redução das comissões relacionadas com as operações cambiais, decorrente das medidas de desdolarização, que foram atenuadas com o aumento dos proveitos com actividade dos cartões internacionais. 3 DE 6 Produto bancário Milhões AKZ 2013 2014 Margem financeira 34.177 37.014 2.837 8% Resultados de operações cambiais Resultado de prestação de serviços financeiros 11.591 10.345 11.206 9.238 -385 -1.107 -3% -11% 671 1.377 706 105% 56.785 58.835 2.050 4% Outros proveitos e custos operacionais Produto bancário Variação O total das provisões para crédito de liquidação duvidosa ascendeu a 14.452 milhões de Kwanzas em 2014, representando uma redução de 34% comparativamente a 2013. O custo com as provisões em percentagem do crédito12 reduziu de 8% em 2013 para 5% em 2014. Os custos administrativos totalizaram 25.723 milhões de Kwanzas, tendo aumentado 17% comparativamente a 2013, em consequência, principalmente, do aumento dos custos com os fornecimentos de terceiros em 16%, cuja evolução reflectiu o aumento dos custos com comunicações, formação e auditoria e consultadoria. Por seu turno, os custos com o pessoal aumentaram 10% decorrente do aumento salarial e do número de trabalhadores (mais 130 em termos líquidos) e os custos com impostos e taxas não incidentes sobre o resultado aumentaram 244% devido às alterações ao Código do Imposto sobre a Aplicação de Capitais. 2 Saldo médio anual excluindo o crédito ao Estado. 4 DE 6 Custos administrativos Milhões AKZ Custos com o pessoal Fornecimentos de terceiros Impostos e taxas não incidentes sobre o resultado Penalidades aplicadas por autoridades reguladoras Depreciação e amortizações Custos administrativos (1) Produto bancário (2) Cost-to-income (1)/(2) 2013 8.881 10.216 361 1 2.493 21.951 56.785 39% 2014 9.758 11.818 1.243 115 2.789 25.723 58.835 44% Variação 877 10% 1.602 16% 882 244% 114 11400% 296 12% 3.772 17% 2.050 4% O rácio de eficiência, que representa os custos administrativos em percentagem do produto bancário, agravou de 39% em 2013 para 44% em 2014 resultante do crescimento do produto bancário (4%) ter sido inferior ao crescimento dos custos administrativos (17%). 4. Balanço e actividade No final de 2014, os depósitos ascenderam a 951 mil milhões de Kwanzas, aumentando 5% em relação a Dezembro de 2013. Os activos de elevada liquidez (disponibilidades e aplicações de liquidez) representam 34% do total dos activos. A exposição do balanço ao Estado Angolano (Ministério das Finanças e BNA) aumentou de 37% em 2013 para 55% em 2014. A carteira de crédito totalizou 406 mil milhões de Kwanzas, equivalente a um aumento de 43% comparativamente a Dezembro de 2013. Este aumento foi principalmente explicado pelo crédito concedido ao Estado (118 mil milhões de Kwanzas no ano). Milhões AKZ Crédito vincendo Crédito e juros vencidos (1) Juros a receber Crédito (2) Provisões para crédito de liquidação duvidosa (3) Crédito (líquido) Garantias prestadas Crédito abatido ao activo Rácios Crédito e juros vencidos sobre Crédito (1)/(2) Provisões sobre Crédito e juros vencidos (3)/(1) 2013 255.612 19.612 9.197 284.421 (38.960) 245.461 2014 349.817 46.446 10.177 406.440 (40.980) 365.460 19.835 46.108 22.750 64.661 6,9% 199% 11,4% 88% Variação 94.205 37% 26.834 137% 980 11% 122.019 43% (2.020) 5% 119.999 49% 2.915 18.553 15% 40% 5 DE 6 O crédito e juros vencidos (há mais de um dia) aumentaram 137% em 2014 comparativamente a 2013. O rácio de crédito vencido aumentou de 6,9% em 2013 para 11,4% em 2014, reflectindo em parte o aumento do crédito vencido até 30 dias em Dezembro de 2014. O peso das provisões para crédito de liquidação duvidosa sobre o crédito e juros vencidos reduziu de 199% para 88% no ano, principalmente explicado pela maior concentração do crédito vencido até 30 dias (este crédito não está sujeito ao reforço de provisões). 5. Liquidez, Rentabilidade e Solvabilidade Devido ao aumento do crédito ter sido superior ao aumento dos depósitos, o rácio de transformação (rácio de crédito sobre depósitos) situou-se em 43%, mais 13 pontos percentuais comparativamente a 2013. 2013 Crédito bruto sobre depósitos Rentabilidade dos capitais próprios Rentabilidade do activo médio Solvabilidade (BNA) 2014 31,5% 42,7% 12% 12% 1,20% 1,20% 17,40% 17,40% O rácio de solvabilidade regulamentar (RSR) mantém-se em níveis muito confortáveis, de 17,4%, acima do mínimo exigido pelo BNA, de 10%. O RSR foi influenciado positivamente pelo (i) aumento da exposição ao risco Estado, (ii) redução do risco de câmbio devido à conversão de crédito em moeda estrangeira para moeda nacional, (iii) redução dos depósitos em moeda estrangeira e (iv) aumento dos resultados do exercício; e, negativamente, pelo aumento do risco de câmbio devido à aquisição de obrigações do tesouro indexadas à taxa de câmbio do dólar. Direcção de Marketing e Comunicação 6 DE 6