Incentivos Fiscais e Combate à Pobreza Uma Agenda de Teses Estudo preparado para ADIAL BRASIL Relatório Final São Paulo, Agosto de 2011 Incentivos Fiscais e Combate à Pobreza Uma Agenda de Teses • Objetivo do Estudo • Mostrar Importância dos Programas Estaduais de Incentivos Fiscais para – Crescimento das Regiões Menos Desenvolvidas – Redução das Desigualdades Regionais – Apoiar Parcerias União/Estados nos Programas de Combate à Pobreza • Premissas • • • • Arcabouço Federativo Centralizador (LC 24/1975) Superado Política de Desenvolvimento Regional: Governo Federal Ausente Apesar de Avanços, País continua apresentando Fortes Desigualdades Regionais Todos Estados possuem Programas próprios de Inclusão Social • Revisão da Literatura • • 2 Convergência Recente ao Consenso – Competição Fiscal - e não Guerra Fiscal – pode ser Saudável – Federação Forte: Devolver algum Grau de Autonomia a Estados Geração de Emprego e Renda é o Fator Crítico de Sucesso no Combate à Pobreza http://www.rosenberg.com.br À guisa de introdução… O “caminho” do PIB brasileiro 1939 – 2006 Centro de Gravidade da Economia Brasileira Oeste Longitude -20,0 -46,2 -46,0 -45,8 -45,6 -45,4 -45,2 -45,0 -44,8 -20,2 -20,4 -20,6 -20,8 -21,0 -21,2 -21,4 Norte Leste -21,8 Sul Cada ponto é o centro geodésico dos PIBs estaduais 3 Fonte: Prof. Carlos Azzoni, FEA/USP Latitude -21,6 -22,0 http://www.rosenberg.com.br Desenvolvimento Regional Comentários sobre Literatura • 1o. Momento: Foco na Eficiência • Tiebout 1956 • 2o. Momento: Embate Centralização x Descentralização • • Varsano 1997 Momento Político favorece Centralização • 3o. Momento: Solução Equilibrada • • • • • 4 Lei de Responsabilidade Fiscal Prática internacional: folheto da Suiça Tanzi 2001; Shah 2007 Maciel: “Por uma Competição Fiscal Lícita” Litvack et alli (Banco Mundial) 1998: “A descentralização fiscal não é ruim nem boa para eficiência, equidade ou estabilidade macro-econômica; … seus efeitos dependem do desenho institucional específico.” http://www.rosenberg.com.br Competição Fiscal O Exemplo de fora: Folder suiço para atrair investidores 5 http://www.rosenberg.com.br Combate à Pobreza Comentários sobre Literatura • Pobreza é fenômeno de cauda da Distribuição de Renda • • Crescimento é Solução Definitiva, mas pode Demorar Programas de Transferência direta de Renda (como Bolsa Família) servem para Acelerar o Processo – Importante observar que estes programas devem ter caráter temporário – No Brasil, neutralidade líquida em relação à distribuição de renda, pela regressividade do sistema tributário (financiamento do Programa – IPEA) • Até 1994, País melhorou muito pouco a Distribuição de Renda • • Avanços significativos recentes: Estabilidade + Esforço de Inclusão Social Erradicar Pobreza Extrema no contexto dos Objetivos do Milênio • Plano Brasil sem Miséria • • 6 Bem Concebido: prevê Portas de Saída Requer Mobilização de Todos http://www.rosenberg.com.br Programa-Vitrine do Governo Dilma • Metas do Plano: muito mais que Bolsa Família! • Acabar com a Pobreza Extrema (mas “Acabar não é só Zerar” – é preciso evitar retrocesso) • Gerar Oportunidades de Emprego e Renda (Inclusão Produtiva): porta de saída • Ampliar Acesso a Serviços Públicos, Ações de Cidadania e Melhoria de Bem-estar • Perfil da Pobreza (fonte: caderno Brasil sem Miséria, PR) • • • • • Sucesso do Plano: parcerias c/Estados, Municípios e Setor Privado • • • • 7 16,3 milhões de Pessoas (Bolsa Família incluiu cerca de 20 milhões) 59% na Região Nordeste (9.6 milhões; 52% na zona rural) 53% Urbana; 47% Rural Pobreza está localizada basicamente nos Estados com Programas de Incentivos Necessidade de recursos orçamentários é expressivo (ver Paes de Barros, IPEA) Sozinho o Governo Federal não será capaz de cumprir as metas Participação do Governo Federal no Gasto Social vem caindo Quadro Fiscal Delicado http://www.rosenberg.com.br Incentivos Fiscais e Combate à Pobreza Uma Agenda de Teses Transferência de Renda Diretamente às Famílias em Condição de Pobreza e Extrema Pobreza (Lei nº 10.836, de 2004) - Bolsa Família R$ mi correntes Norte Nordeste Centro-Oeste Sul Sudeste Brasil 2004 477 3.084 215 518 1.239 5.533 2005 611 3.586 287 683 1.707 6.874 2006 800 4.272 368 745 1.959 8.145 2007 969 4.845 417 771 2.220 9.221 2008 1.192 5.753 485 837 2.544 10.810 2009 1.421 6.569 567 960 2.899 12.416 2010 1.693 7.576 706 1.095 3.272 14.343 Fo nte: P o rtal da Transparência Elabo ração : R&A 8 http://www.rosenberg.com.br Incentivos Fiscais e Combate à Pobreza Uma Agenda de Teses Tese 1: O crescimento da "renda média" das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste está mais diretamente ligado ao crescimento do PIB e da Arrecadação de ICMS dos Estados nessas Regiões do que à "Distribuição da Bolsa Família" e aos "Aumentos Obrigatórios do Salário Mínimo“. • PIB, Emprego das Regiões N/NE/CO cresce mais que PIB. Emprego do Brasil • Exercício estatístico de regressão (equações em anexo) mostra: 9 • Crescimento da renda média das Regiões está intimamente relacionado com a evolução dos respectivos PIBs (que por sua vez está vinculado à evolução da arrecadação do ICMS); poder de explicação elevado – R2 acima de 98%. • Adicionados às equações, transferencias do Bolsa Família (nas Regiões) e aumento real do Salário Mínimo, têm coeficientes não significativos; portanto, acrescentam pouco à explicação do crescimento. http://www.rosenberg.com.br PIB de N, NE e CO cresce acima do PIB do Brasil … PIB - Regiões N, NE, CO e Brasil (1999=100) 300 250 Regiões Brasil 200 150 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 100 Fo nte: IB GE Elabo ração : R&A 10 http://www.rosenberg.com.br O mesmo ocorre com o Emprego … Emprego Formal Total (esto que em 31/12 2000=100) 2010 2009 2008 2007 2006 Brasil 2004 2003 2002 2001 2000 Região N, Ne e Co 2005 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 Fo nte: RA IS Elabo ração : R&A 11 http://www.rosenberg.com.br … em especial, o emprego na indústria da transformação … Emprego Formal - Indústria da Transformação (esto que em 31/12 2000=100) 2010 2009 2008 2007 2006 Brasil 2004 2003 2002 2001 2000 Região N, Ne e Co 2005 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 Fo nte: RA IS Elabo ração : R&A 12 http://www.rosenberg.com.br … idem, salários … Rendimento nominal médio mensal do trabalho (2001=100) 220 Goiás 200 Espírito Santo 180 Pernambuco 160 Brasil 140 120 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 100 Fo nte: P NA D/IB GE Elabo ração : R&A 13 http://www.rosenberg.com.br … idem, número de empresas privadas … Estabelecim entos - Entidades Em presariais Privadas (estoque em 31/12 2000=100) 200 Região Norte 180 Região Nordeste Região Centro Oeste 160 Brasil 140 120 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 100 Fonte: RAIS Elaboração: R&A 14 http://www.rosenberg.com.br Estabelecim entos - Entidades Em presariais Privadas (esto que em 31/12 2000=100) 200 Pernambuco 180 Espírito Santo Goiás 160 Brasil 140 120 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 100 Fo nte: RA IS Elabo ração : R&A 15 http://www.rosenberg.com.br Idem, arrecadação de ICMS Arrecadação de ICMS (2000=100) 450 400 Região Norte 350 Região Nordeste Região Centro Oeste 300 Brasil 250 200 150 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 100 Fo nte: Co nfaz/M F Elabo ração : R&A 16 http://www.rosenberg.com.br Arrecadação de ICMS (2000=100) 400 350 Pernambuco 300 Espírito Santo Goiás 250 Brasil 200 150 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 100 Fo nte: Co nfaz/M F Elabo ração : R&A 17 http://www.rosenberg.com.br Rendimento Médio é explicado pelo PIB Regiões N, NE e CO PIB e Rendimento Médio das Regiões N, NE e CO (R$ bilhõ es co rrentes) (R$ co rrentes) 900 670 620 570 520 470 420 370 320 270 800 PIB 700 Rendimento Mensal 600 500 400 2009* 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 300 Fo nte: IB GE (P IB e P NA D) Elabo ração : R&A *P IB 2009 P ro j. R&A 18 http://www.rosenberg.com.br Incentivos Fiscais Uma Agenda de Teses Rendimento Médio Mensal (R$ correntes) 2009 2007 Norte Centro-Oeste 2006 2005 2004 2003 2002 2001 Brasil Nordeste 2008 1000 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 Fonte: PNAD/IBGE 19 http://www.rosenberg.com.br Incentivos Fiscais Uma Agenda de Teses NE e CO crescem mais que Brasil; N recuperando Rendimento Médio Mensal (2001=100) 240 Brasil Nordeste 220 Norte Centro-Oeste 200 180 160 140 120 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 100 Fonte: PNAD/IBGE Elaboração: R&A 20 http://www.rosenberg.com.br Incentivos Fiscais e Combate à Pobreza Uma Agenda de Teses Equações de Regressão Parâmetros - Renda: Valor do rendimento médio mensal de pessoas de 10 anos ou mais de idade (Fonte: PNAD/IBGE). - PIB: PIB´s regionais e estaduais, a preços correntes (Fonte: IBGE). - Bolsa Família: Transferência de Renda Diretamente às Famílias em Condição de Pobreza e Extrema Pobreza, Lei nº 10.836, de 2004 (Fonte: Portal da Transparência da CGU, Presidência da República). Período - Anual, 2001-2009. Regiões analisadas - Brasil, Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. 21 http://www.rosenberg.com.br Incentivos Fiscais Uma Agenda de Teses Tese 2: Em médio/longo prazo os dois fatores (Distribuição da Bolsa Família e Aumentos Obrigatórios do Salário Mínimo) não são sustentáveis como plataforma para crescimento efetivo da renda per capita dessas Regiões. • Bolsa Família – Avanços significativos reconhecidos internacionalmente – Continuidade • Quadro fiscal delicado • Programa de transferência de renda deve ser transitório; encontrar formas de saída • Se obtiver Sucesso = Programa deixa de ser Fator de Crescimento • Salário Mínimo – – – – 22 Aumento real deve ser proporcional ao aumento da produtividade Aumento real acima da produtividade é inflacionário Impacto maior nas contas da Previdência Social; aumento de produtividade a inativos? Regra atual não é sustentável http://www.rosenberg.com.br Incentivos Fiscais e Combate à Pobreza Uma Agenda de Teses Tese 3: No período de 2000 a 2010, a prática de Incentivos Fiscais, como âncora dos Programas de Desenvolvimento Regional, atraiu Indústrias provocando significativo crescimento de Postos de Trabalho, Salários, PIB e Arrecadação nas áreas dos Municípios sob sua influencia. Tese 4: Como âncoras dos Programas de Desenvolvimento Regional, os Incentivos Fiscais constituem prática assertiva para o Brasil, levando Indústrias para Regiões menos desenvolvidas e provocando significativo crescimento de Postos de Trabalho, Salários, PIB e Arrecadação nos Municípios de suas instalações e sob sua influencia econômica. Para ilustrar as teses, mostramos a seguir as evoluções das variáveis em quatro municípios escolhidos, de Estados que possuem Programas de Incentivos de ICMS: - Catalão, em Goiás - Serra e Linhares, no Espírito Santo - Ipojuca, em Pernambuco 23 http://www.rosenberg.com.br PIB de Catalão cresce mais do que os PIBs de Goiás e Brasil E “puxa” o crescimento da sua Microrregião PIB (1999=100) 700 Catalão 600 Microrregião de Catalão 500 Goiás 400 Brasil 300 200 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 100 Fonte: IBGE Elaboração: R&A 24 http://www.rosenberg.com.br Emprego Formal Total (esto que em 31/12 2000=100) 260 240 Catalão 220 Microrregião de Catalão 200 Goiás 180 Brasil 160 140 120 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 100 Fo nte: RA IS Elabo ração : R&A 25 http://www.rosenberg.com.br Emprego Formal - Indústria da Transformação (esto que em 31/12 2000=100) 350 Catalão 300 Microrregião de Catalão 250 Goiás 200 Brasil 150 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 100 Fo nte: RA IS Elabo ração : R&A 26 http://www.rosenberg.com.br PIB de Ipojuca cresce mais que os PIBs de Pernambuco e Brasil E “puxa” o crescimento da sua Microrregião PIB (1999=100) 600 550 500 450 400 350 300 250 200 150 100 Ipojuca Microrregião de Suape Pernambuco 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 Brasil Fonte: IBGE Elaboração: R&A 27 http://www.rosenberg.com.br Emprego Formal - Indústria da Transformação (esto que em 31/12 2000=100) 350 Ipojuca 300 Microrregião de Suape Pernambuco 250 Brasil 200 150 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 100 Fo nte: RA IS Elabo ração : R&A 28 http://www.rosenberg.com.br Emprego Formal Total (esto que em 31/12 2000=100) 550 500 450 400 350 300 250 200 150 100 Ipojuca Microrregião de Suape Pernambuco 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 Brasil Fo nte: RA IS Elabo ração : R&A 29 http://www.rosenberg.com.br PIB de Linhares cresce mais que PIBs do Espírito Santo e Brasil E “puxa” o crescimento da sua Microrregião PIB (1999=100) 500 450 Linhares 400 Microrregião de Linhares 350 Espírito Santo 300 Brasil 250 200 150 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 100 Fonte: IBGE Elaboração: R&A 30 http://www.rosenberg.com.br Emprego Formal Total (estoque em 31/12 2000=100) 190 180 170 160 150 140 130 120 110 100 Linhares Microrregião de Linhares Espírito Santo 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 Brasil Fo nte: RA IS Elabo ração : R&A 31 http://www.rosenberg.com.br Emprego Formal - Indústria da Transformação (esto que em 31/12 2000=100) 220 Linhares 200 Microrregião de Linhares 180 Espírito Santo Brasil 160 140 120 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 100 Fo nte: RA IS Elabo ração : R&A 32 http://www.rosenberg.com.br PIB de Serra cresce mais que os PIBs do Espírito Santo e Brasil E “puxa” o crescimento da sua Microrregião PIB (1999=100) 500 450 Serra 400 Microrregião de Vitória 350 Espírito Santo 300 Brasil 250 200 150 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 100 Fonte: IBGE Elaboração: R&A 33 http://www.rosenberg.com.br Emprego Formal Total (esto que em 31/12 2000=100) 260 240 Serra Microrregião de Vitória Espírito Santo Brasil 220 200 180 160 140 120 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 100 Fo nte: RA IS Elabo ração : R&A 34 http://www.rosenberg.com.br Emprego Formal - Indústria da Transformação (esto que em 31/12 2000=100) 200 Serra 180 Microrregião de Vitória 160 Brasil Espírito Santo 140 120 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 100 Fo nte: RA IS Elabo ração : R&A 35 http://www.rosenberg.com.br Tese 5: A implantação de Indústrias e crescimento das exportações para outros Estados, a partir dos efeitos dos Incentivos Fiscais de ICMS, fez crescer, por sinergia direta, o Comércio e Serviços nas regiões em tela. Valor Adicionado - Indústria Norte Nordeste 2007 2006 2005 2004 2003 2002 Brasil 2008 (2002=100) 145 140 135 130 125 120 115 110 105 100 Centro-oeste Fonte: Ipeadata Elaboração: R&A 36 http://www.rosenberg.com.br Tese 5: A implantação de Indústrias e crescimento das exportações para outros Estados, a partir dos efeitos dos Incentivos Fiscais de ICMS, fez crescer, por sinergia direta, o Comércio e Serviços nas regiões em tela. Valor Adicionado - Indústria da Transformação Norte Nordeste 2007 2006 2005 2004 2003 2002 Brasil 2008 (2002=100) 140 135 130 125 120 115 110 105 100 95 Centro-oeste Fonte: Ipeadata Elaboração: R&A 37 http://www.rosenberg.com.br Tese 5: A implantação de Indústrias e crescimento das exportações para outros Estados, a partir dos efeitos dos Incentivos Fiscais de ICMS, fez crescer, por sinergia direta, o Comércio e Serviços nas regiões em tela. Participação do Comércio no Valor Adicionado (%) 15% 14% 13% 12% 11% 10% Brasil Norte Nordeste 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 9% Centro-oeste Fonte: Ipeadata Elaboração: R&A 38 http://www.rosenberg.com.br Tese 5: A implantação de Indústrias e crescimento das exportações para outros Estados, a partir dos efeitos dos Incentivos Fiscais de ICMS, fez crescer, por sinergia direta, o Comércio e Serviços nas regiões em tela. Participação dos Serviços no Valor Adicionado (%) 75% 70% 65% 60% Brasil Norte Nordeste 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 55% Centro-oeste Fonte: Ipeadata Elaboração: R&A 39 http://www.rosenberg.com.br Incentivos Fiscais e Combate à Pobreza Uma Agenda de Teses Tese 6: No período de 2000 a 2010, a pratica de Incentivos Fiscais como âncora dos Programas de Desenvolvimento Regional levou Indústrias para essas Regiões e provocou redução de 32% na Desigualdade de Renda entre as Cidades, pelo significativo crescimento de Postos de Trabalho, Salários, PIB e Arrecadação nos epicentros dos Municípios e nas áreas sob sua influência. • Mansueto Almeida (Valor Econômico, 2011, citando IPEA, Comunic. Presi 63/2010) “a renda do trabalho teve um efeito quase três vezes maior que a Previdência (aumento real do salário mínimo) e programas de transferencia de renda para explicar a redução da desigualdade de renda desde 1997…”. • Castelar, Bonelli & Pessoa (2011) “…o gasto social no Brasil, embora alto, é basicamente neutro em termos distributivos … uma das principais razões para isso é que a elevação da taxação, para cobrir o aumento de gasto, é baseado quase exclusivamente em impostos indiretos, isto é, é altamente regressivo…” 40 http://www.rosenberg.com.br Incentivos Fiscais e Combate à Pobreza Uma Agenda de Teses Teses Adicionais Tese 7: Impacto Favorável no Sentido das Correntes Migratórias Fonte: IBGE, Comunicação Social, 15.07.2011 “As edições da PNAD de 2004 e 2009 investigaram onde o pesquisado morava cinco anos antes da data de referência. Os dados mostram que o volume da migração interregional envolveu 2,8 milhões de pessoas no qüinqüênio 1999-2004 e 2 milhões de pessoas entre 2004 e 2009. Esse volume envolveu cerca de 3,3 milhões de pessoas no qüinqüênio 1995-2000 (dados do Censo Demográfico 2000). As principais correntes migratórias observadas no passado estão perdendo intensidade e se observa também um movimento de retorno às regiões de origem. Constatou-se perda de capacidade de atração populacional na região Sudeste, que apresentou saldo negativo de migrantes tanto em 2004 quanto em 2009. O Nordeste continua perdendo população, porém em uma escala bem menor que no passado.” 41 http://www.rosenberg.com.br Incentivos Fiscais e Combate à Pobreza Uma Agenda de Teses Tese 8: Para efetivamente dotar o Plano Brasil Sem Miséria de base sustentável no médio/longo prazo, o Governo Federal precisa estabelecer parceria de todas as esferas de governo e incorporar os atuais Programas de Desenvolvimento Regional dos Estados, tendo como âncora os Incentivos Fiscais de ICMS. Meta é ambiciosa: incluir 16,3 milhões de pessoas (59% no Nordeste) – Fonte: Caderno Brasil sem Miséria, Perfil da pobreza extrema • O próprio Plano recomenda – Estratégia global, ação regional; parceria com Estados, Municípios e Setor Produtivo • Castelar, Bonelli & Pessoa (2011): Recomendações para uma Estratégia “… adotar legislação de ICMS e alíquotas uniformes para todos Estados, mas com folga, para permitir discrição aos governos estaduais…” 42 http://www.rosenberg.com.br Incentivos Fiscais e Combate à Pobreza Uma Agenda de Teses Falam os Especialistas… Ricardo Paes de Barros: “Redução de miséria tem ocorrido principalmente devido ao ingresso dessas pessoas no mercado de trabalho…” … “papel do governo é ser gestor de uma grande parceria público-privada…” Fonte: Jornal Valor Econômico, 12.08.2011 PPP envolve todas esferas: União, Estados e Municípios 43 http://www.rosenberg.com.br Incentivos Fiscais e Combate à Pobreza Uma Agenda de Teses Uma Parceria Perfeita… Estados Programas de Incentivos e de Inclusão Social Governo Federal Plano Brasil sem Miséria Transfere renda Redução da Pobreza 44 Também transfere m renda Geram Emprego e renda Atraem investimentos Iniciativa privada Empreendimentos http://www.rosenberg.com.br Incentivos Fiscais e Combate à Pobreza Conclusões O atual Sistema de Programas Estaduais com base em Incentivos Fiscais de ICMS não está esgotado - falta Liderança Política para por ordem nas suas práticas e faça os Estados mais ricos entenderem os ensinamentos da OMC: os Estados mais ricos devem demonstrar um mínimo de altruísmo para permitir que os demais Estados cresçam, reduzam desigualdades e pobreza, visando o Equilíbrio Social, a Convergência Econômica e a Inclusão Social. Os Estados que possuem Programas com base em Incentivos Fiscais cresceram mais, geraram mais empregos e arrecadação do que o Brasil como um todo. O desenvolvimento acelerado das regiões menos desenvolvidas - Reverteu o fluxo migratório em direção ao Sul/Sudeste - Deveria ser do interesse dos Estados mais ricos, que já sofrem os efeitos das deseconomias de aglomeração decorrentes da concentração econômica, tais como: congestionamento e stress da infra-estrutura, bem como demandas crescentes por serviços públicos 45 http://www.rosenberg.com.br Incentivos Fiscais e Combate à Pobreza Conclusões A PLC que Regulamenta os Incentivos Fiscais de ICMS, elaborada pela ADIAL BRASIL sob orientação do ex-Ministro Delfim Neto, é uma boa solução para estabelecer a necessária ordem às práticas de Incentivos Fiscais pelos Programas de Desenvolvimento Regional A questão dos Incentivos Fiscais padece de uma ordenação jurídica mais completa. Falta uma Regulamentação adequada. A Regulamentação dos Incentivos é o caminho para estabelecer uma saudável competição fiscal lícita (ver Maciel, E.) 46 http://www.rosenberg.com.br Incentivos Fiscais e Combate à Pobreza Conclusões Ao atrair investimentos para as regiões mais pobres, gerando emprego e renda, os Programas Estaduais ancorados em Incentivos Fiscais podem representar uma excelente oportunidade de parceria público-privada que o Plano Brasil sem Miséria – carro-chefe do Governo Dilma – busca para estabelecer a necessária “porta de saída” para o Programa de Transferência de Renda. A Pobreza está localizada nos Estados que possuem Programas com base em Incentivos Fiscais. Os Programas Estaduais de Inclusão Social podem e devem ser integrados ao Programa federal (cf. Presidenta em São Paulo!). As reduções de alíquotas de ICMS ajudam a dimunuir a regressividade do sistema tributário brasileiro, tornando o gasto social (líquido de financiamento) próativo na melhora da distribuição de renda. 47 http://www.rosenberg.com.br Obrigado [email protected] www.rosenberg.com.br 48 http://www.rosenberg.com.br Referências Bibliográficas Almeida, M. – O perigo da sedução do curto prazo, Valor Econômico, 08.08.2011 Barros, R P – Entrevista ao Jornal Valor Econômico, 12 de agosto de 2011 Barros, R P; Mendonça, R; Tsukada, R – Portas de Saída, Inclusão produtiva e Erradicação da pobreza no Brasil, Chamada para debate, Texto para Discussão, Secretaria de Assuntos Estratégicos, Presidência da República, 2011, em www.sae.gov.br Castellar, A.; Bonelli, R; Pessoa, S – Pro and Anti-market Reforms in Brazil, Mimeo FGV 2011. 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Indústria da Transformação (Estoque em 31/12) Brasil Goiás Pernambuco Espírito Santo Microrregião de Catalão Microrregião de Suape Microrregião de Vitória Microrregião de Linhares Catalão Ipojuca Linhares Serra 2000 4.885.361 99.604 129.075 70.450 3.009 8.056 33.003 8.283 1.984 3.269 4.522 11.507 2001 4.976.462 104.291 135.774 68.894 3.325 13.523 30.100 9.889 2.348 6.776 4.754 9.286 2002 5.209.774 112.528 133.252 73.086 3.745 12.632 32.045 9.601 2.572 6.642 5.678 12.796 2003 5.356.159 118.040 129.255 75.719 3.821 12.118 34.289 9.885 2.507 4.352 5.558 13.705 2004 5.926.857 132.460 148.265 84.683 4.788 15.670 37.518 12.428 3.357 7.392 7.083 15.335 2005 6.133.461 140.358 160.353 91.827 5.017 13.942 41.494 13.343 3.557 4.510 7.495 17.717 2006 6.594.783 159.481 175.336 103.365 5.544 17.432 48.525 15.201 3.935 7.697 8.375 21.591 2007 7.082.167 177.306 188.405 105.571 6.515 16.742 48.133 15.951 4.896 7.068 8.583 20.267 2008 7.310.840 184.991 200.338 110.361 7.224 18.002 52.402 16.088 5.391 7.227 8.634 21.939 2009 7.361.084 188.356 212.081 113.887 7.447 21.391 50.889 18.440 5.534 9.842 8.975 21.706 2010 7.885.702 204.593 217.222 117.402 8.765 20.701 53.456 18.114 7.050 11.385 9.683 23.460 Fo nte: RA IS 55 http://www.rosenberg.com.br Estabelecimentos - Entidades Empresariais Privadas Estoque em 31/12 Brasil Região Norte Região Nordeste Região Centro Oeste Pernambuco Espírito Santo Goiás 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 1.680.432 1.768.321 1.845.284 1.926.197 2.013.671 2.104.551 2.209.428 2.304.854 2.454.423 2.568.859 2.742.050 52.094 55.898 59.386 63.415 69.415 73.918 79.280 83.918 92.230 97.502 105.292 234.956 249.508 264.526 278.759 293.940 309.813 330.502 347.296 371.585 395.398 429.903 120.216 129.811 139.034 150.211 160.847 170.114 177.676 187.236 205.878 217.562 235.924 43.707 46.727 49.330 51.151 53.554 56.481 60.332 62.797 66.302 70.505 76.890 37.050 38.634 40.675 42.324 43.779 45.783 48.367 51.100 54.416 56.501 59.754 47.353 51.816 56.183 60.293 64.348 68.136 71.546 75.078 81.963 86.572 94.811 Fo nte: RA IS 56 http://www.rosenberg.com.br