TÍTULO: O DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM BILINGUE DA CRIANÇA SURDA CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: PEDAGOGIA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO AUTOR(ES): TAIANE REGINA SERRANO TORRES, ALEXANDRA KARLA BATISTA DOS ANJOS, MARILDA ROSA DOS SANTOS, PRISCILLA LEMOS DE MELLO ORIENTADOR(ES): LIGIANE RAIMUNDO GOMES COLABORADOR(ES): SIMONE PENTEADO SILVA DE JESUS 1 Resumo O presente artigo tem como objetivo expor aos educadores algumas das dificuldades enfrentadas pelas crianças surdas em sua vida pessoal e seu aprendizado escolar. As propostas de trabalho existentes aos longos da historia da educação foram expostas resumidamente para que se pudesse entender a proposta de trabalho atualmente mais aceita: o bilinguismo. A escolha por esse tema de trabalho deu-se pelas constantes colocações feitas em palestras e mídias sobre a importância da inclusão. Para incluir efetivamente uma criança portadora de necessidade especial na educação regular, é necessário que conheça suas particularidades e que se saiba trabalhar de modo a estimular ao máximo seu desenvolvimento cognitivo. Introdução Para que se entenda as perspectivas atuais de trabalho educativo com as pessoas surdas é preciso que, primeiramente, que se entenda as diferentes concepções de ensino existentes no Brasil e no mundo ao longo da história. No final da Idade Média, quando a alta sociedade europeia, observando o desaparecimento de títulos de nobreza e fortunas que não podiam ser herdados por filhos únicos surdos após o falecimento dos seus pais, sentiu a necessidade de educar seus filhos surdos. Essa preocupação tinha como meta fazer com que as pessoas surdas fossem tradadas como pessoas pela sociedade e permitir que os bens hereditários e os títulos de nobreza fossem protegidos. Nessa época deu-se inicios a concepção Oralista de ensino aos surdos. A concepção oralista de ensino tem como objetivo dar à pessoa surda condições de se comunicar com as pessoas ouvintes utilizando a linguagem oral. De acordo com essa abordagem, as pessoas surdas recebem treinamento auditivo e de leitura orofacial para que consigam falar e entender o que lhes é dito. Dentro da abordagem oralista, o treinamento da crianças surdas deve começar o quanto antes, partindo da avaliação da sua perda auditiva e utilizando-se os resquícios de audição que a criança possui para a realização dos estímulos de discriminação dos sons ( estimulação precoce). De acordo 2 com Goldfeld (1997), o objetivo do oralismo é fazer uma reabilitação da criança surda em direção à normalidade, à “ não-surdez”. Objetivos O objetivo deste artigo é o de analisar o desenvolvimento cognitivo da criança surda, e mostrar quais são as estratégias para se trabalhar com elas. Para tanto, o objetivo específico é o de investigar a proposta bilíngue de proposta bilíngue de ensino que é aprender língua portuguesa e a libras. Metodologia A pesquisa será realizada mediante pesquisa bibliográfica, fazendo o levantamento de estudos relacionados a temática proposta. Desenvolvimento Os adeptos dessa filosofia de ensino acreditam que a língua oral é a única forma desejável de comunidade entre as pessoas e acreditam também que toda e qualquer forma de comunicação gestual deva ser abolida, inclusive a língua de sinais. A concepção oralista de ensino não conseguiu atingir resultados satisfatórios porque, de acordo com Sá (1999), essa concepção ocasiona déficits cognitivos, legitima a manutenção do fracasso escola, provoca dificuldades no relacionamento familiar, não aceita o uso da Língua de Sinais, discrimina a cultura surda e nega a diferença entre surdos e ouvintes. Tais aspectos não podem e não devem ser aceitos, visto que as pessoas portadoras de surdez são pessoas com os mesmos direitos das pessoas ouvintes e sim, são diferentes da maioria da população. O ensino com a língua de sinais foi muito importante na educação das pessoas surdas da época que podiam aprender e dominar diversos assuntos e exercer variadas profissões. Sacks (apud Goldfeld, 1997) relata que o aprendizado da língua de sinais permitiu a saída dos surdos da negligências e da obscuridade e propiciou a emancipação e cidadania dos mesmos. 3 Resultados Preliminares Para tratar sobre o bilinguismo como prática pedagógica, é necessária que se argumente sobre a língua de sinais. Goldfeld (1997) afirma que: o importante é que todos os profissionais percebem a importância da língua de sinais no desenvolvimento da criança surda. Essa língua é a única que pode ser adquirida espontaneamente pela criança surda ou seja, em suas relações sociais, nos diálogos, pois diálogos, pois como já se afirmou aqui, a língua oral requer técnicas especificas para ser aprendida pela criança surda. (GOLDFELD, 1997,P.109) Referências Bibliográficas BRASIL. Lei 10.436, de 24 de abril de 2012. Dispõe sobre a LINGUA Brasileira de Sinais (LIBRAS) e dá outras providências. Disponível em: <www.mec.gov/seesp/legislacao.shtm>. Acesso em: fevereiro de 2014 GOLDFELD, Márcia. A criança surda: Linguagem e cognição numa perspectiva sociointeracionista. São Paulo: Plexus, 1997. MEC, SEESP, Programa Nacional de Apoio à Educação dos Surdos, 2004, 2 v.Disponível em: <http//librasemcontexto.org/programas/ProgramaNacional_2001-2003.pdf>. Acesso em: março 2014 PIAGET, Jean. A linguagem e o pensamento da criança. São Paulo: Martins Fontes, 1999. QUADROS, Ronice Müller de. O bi do bilinguismo na educação de surdos: surdez e bilinguismo. 1 ed.Porto Alegre: Editora Mediacao, 2005. V.1. SÁ, Nídia Regina Limeira de. Educação de Surdos: a caminho do bilinguismo. Niterói: Eduff, 1999 SANTANA, Ana Paula. Surdez e linguagem: aspectos e implicações neurolinguisticas. São Paulo: Plexus, 2007. SKLIAR, Carlos. (Org.). Educação & exclusão: abordagens sócias antropológicas educativas especiais. 3. Ed. Porto Alegre: Mediação 2001 UNESCO, Declaração de Salamanca e linhas de aca o sobre as necessidades educativas especiais. Brasil: Corde, 1994.