Secretaria de Estado da Defesa Civil
Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro
Diretoria Geral de Saúde
3a Policlínica– Niterói
Detecção precoce das
Deformidades da Coluna
Detecção precoce das
Deformidades da Coluna

Escoliose
É um desvio
assimétrico, lateral da
coluna vertebral no
plano frontal maior
que 10 graus, resultado
da ação de um
conjunto de forças
assimétricas que
incidem sobre a
coluna.
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Deformidades da Coluna
HISTÓRICO
Escoliose : Derivado do grego,
significa curvatura.
A escoliose foi primeiramente descrita
por Hipócrates, e o tratamento
consistia em tração horizontal com
apoio.
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AMBROISE PARE (1510-1590)
Ambroise Pare é considerado
como o cirurgião mais famoso
do século XV e " o pai da
cirurgia " francesa.
Ambroise Paré em 1579 foi o
primero a tentar conter o
tronco com uma placa metálica
anterior e outra posterior,
fabricada por armeiros.

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

HISTÓRICO
Até o fim do século
XIX o gesso de Paris
aplicado como colete
circular passou a ser
um método aceito pra
manter a correção da
curvatura.
Lewis Sayre(18201900) em 1870 utilizou
a suspenção cefálica
vertical e um gesso
corporal.
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HISTÓRICO

1895 -Wilhelm Conrad
Röntgen(1845-1923) descobriu
RX - Diferenciação das escolioses.

1914 – Russell Hibbs realizou a
primeira artrodese.
1940 - A artrodese torna-se
método de tratamento cirúrgico
universal.

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HISTÓRICO

1946 – Blount e Smith desenharam
um colete, que além de de
proporcionar distração permitia
compressão lateral– Colete para pósoperatório.
“Seu sucesso na correção do valor
angular das curvas, determinou seu
aperfeiçoamento, e derivou os
modernamente utilizados: Colete de
Milwaukee e derivados.”
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Etiologia



As pesquisas mais recentes, em aves, têm sugerido
correlação entre os níveis séricos baixos de
melatonina. A explicação para este fenômeno seria
a existência de receptores para melatonina, ao
nível do tronco e da medula espinhal
Alteração do colágeno, como doença de Marfan e
está associado à escoliose em 55 a 63 % dos casos.
Padrão de herança poligénica: aumento da
incidência da escoliose em familias com individuos
acometidos.Na avaliação de gêmeos monozigóticos
mostrou uma coincidência na existência da
deformidade em 92 % no nascimento.
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Classificações de escoliose:
 Idiopática (causa desconhecida)
infantil, juvenil e do adolescente
 Congênita - falha na formação
dos ossos e na segmentação,
 Neuromuscular - poliomielite,
paralisia cerebral, distrofia
muscular e outros,
 Traumas - fraturas, cirurgias e
queimaduras, Fenômenos
irritativos - tumores medulares,
hérnia de disco e
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
Estrutural:
a curvatura lateral é
irreversível com a rotação das
vértebras fixada, não pode ser
corrigida por posicionamento
ou esforço voluntário, quanto
maior a curvatura maior é a
quantidade de rotação da
vértebra. A inclinação do
tronco para frente produz
uma giba posterior
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CLASSIFICAÇÃO
Estruturadas: Tem desvio rotacional
90% idiopáticas
 Não-Estruturadas:
postural
histérica
irritação de raízes
inflamatórias
discrepância de membros inferiores
contraturas do quadril
queimaduras

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CLASSIFICAÇÃO
 Escoliose Idiopática: É a forma mais comum e é subdividida em
infantil, com 0.5% (0 a 3 anos), juvenil com 10.5% (3 a 10 anos) e
do adoslecente com 89%(após os 10 anos) segundo a idade em que
são observadas pela primeira vez.
 As
escolioses infantis têm incidência iqual ao sexo e em 90% dos
casos apresenta-se curva torácica esquerda e de correção
espontânea sem tratamento; as juvenis têm padrão de curvas mais
comum torácicas direita. Em geral são descobertas aos 6 anos,
tendem a evoluir até a adolescência; e as do adolescentes, têm
incidência 2% dos adolescentes,mas somente 5% destes casos
progridem até 30%, sendo predominantemente no sexo
feminino(85%), O padrão de curva mais comum é torácica direita
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Escoliose Idiopática:
Prevalência sexual da escoliose idiopática:
a prevalência é iqual para homens e mulheres
em pequenas curvas menores de 10 graus e
aumenta a prevalência feminina em curvas
maiores e progressivas.
A prevalência de escoliose idiopática, em
crianças e adolescentes, varia de 0.5% a 3%
entretanto curvas maiores de 30% tem
prevalência de 0.1 a 0.3%.
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História Natural
O fator de mau prognóstico da evolução da
escoliose idiopática são:





Magnitude da curva – quanto maior a curva maior o
risco de progressão.
Baixa maturidade esquelética – sinal Risser de baixo
grau, 0 a 2.
Sexo feminino – a progressão é 10 vezes mais em
meninas do que em meninos.
Menarca – curva detectada antes da menarca.
Idade – No jovem durante o período de crescimento
rápido (10 a 13 anos).
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Grupo de alto risco
Sexo feminino – a escoliose é mais
progressiva em crianças jovens (prémenarca) que em crianças mais velhas.
 Pré-menarca ( idade dos 10 a 13 anos,
há um rápido crescimento da coluna e a
escoliose aumenta aproximadamente um
grau por mês)

“ O uso de órtese neste grupo, é o único método
cientificamente comprovado, que pode deter a
evolução”.
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Escoliose congênita
-Defeito de segmentação:
circunferencial. (Vértebras em
bloco).
-Unilateral (barras)
-Síndrome de
Klippel – Feil – forma
grave de segmentação
das vértebras.
-Defeito de formação
(hemivértebra).
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Escoliose Neuromuscular: Neurofibromatose.
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Diagnóstico:Teste de Inclinação Anterior do Tronco

Gibosidade
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Diagnóstico: RX Método de Cobb
Escoliose: Leve: menos de 20º.
· Moderada: 20 a 40º.
· Grave: 40 a 50º ou mais
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Índice de Risser
A ossificação da cartilagem de
crescimento
da apófise do
A
osso
o ilíaco é dividida em 5
s
graus.
Risser 0 é ausência da
s
ossificação
da cartilagem.
i
Risser
4 é sua ossificação
f
i
completa
e 5 o seu
c
fechamento.
a
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Tratamento

Conservador:
1º método – colete de Milwaukee – 1954
Condições:
curvas flexíveis ( 20 a 40º Cobb )
baixa maturidade esquelética

Cirúrgico: Curvas acima de 50º Cobb
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Tratamento Conservador : Objetivo.
A curto e médio prazo:
Conter a evolução da doença.
Evitar o tratamento cirúrgico.
 A longo prazo
Minimizar a morbidade:
osteoartrose
degeneração discal
estenose de canal

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Tratamento Conservador : Órteses.
Cervico-toraco-lombo-sacra
( OCTLS )
Toraco-lombo-sacra
( OTLS )
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Tratamento Cirúrgico: Técnica.
 Curvas
maiores de 50º Cobb flexíveis:
 artrodese posterior
 instrumentação metálica
 costoplastia: sim ou não
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Curva rígida: Necessidade de dupla abordagem
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Cifose congênita.
Devido a defeitos de segmentação ou
defeito de formação.
A cifose com defeito de formação do
corpo vertebral é mais comum e
muito
mais grave com perigo de
evoluir paraplegia precoce.
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
Espondilistese:
deriva da palavra
grega “espondilos”
(coluna) e
“eolisthanein”
(escorregar)
empregado em
1854 por Kilian.
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ESPONDILOLISTESE E ESPONDILÓLISE
CLASSIFICAÇÃO:
I-DISPLÁSICA OU CONGÊNITA
II-ISTIMICA
III-DEGENERATIVA
IV-TRAUMÁTICA
V-PATOLÓGICA
VI-PÓS CIRÚRGICA
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

I-DISPLÁSICA ou CONGÊNITA
DEFICIENCIA CONGÊNITA DAS
FACETAS ARTICULARES
SUPERIORES DO SACRO OU
INFERIORES DA QUINTA
VERTEBRA LOMBAR COM
ESCORREGAMENTO GRADUAL
DA QUINNTA VERTEBRA
LOMBAR.
II-ISTMICA
DEFEITO NA PARS
INTERATICULARIS
PERMITINDO O
ESCORREGAMENTO DO
CORPO DA QUINTA VERTEBRA
LOMBAR. ESTE GRUPO DIVIDE
EM TRES TIPOS;LÍTICO, PARS
INTERARTICULARIS
ALONGADA, FRATURA AGUDA.
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TIPO III - DEGENERATIVA
DEGENERAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES
ENTRE L4- L5.
 TIPO IV-TRAUMÁTICA
FRATURA AGUDA NA ÁREA DO PEDÍCULO,
LAMINA, OU FACETAS ARTICULARES.
 TIPO V- PATOLÓGICA
RAREFAÇÃO DO PEDICULO SECUNDÁRIO A
DEBILIDADE ESTRUTURAL DO OSSO.

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




TIPO VI = PÓS CIRÚRGICA
1-ESPONDILOLISTESE APÓS
FACETECTOMIA PARCIAL OU COMPLETA
PARA ESTENOSE DE CANAL
2-APÓS DISCECTOMIA COM PARCIAL
FACETECMIA
3-APÓS HÉRNIA DISCAL RECORRENTE
APÓS DISCECTOMIA
4-APÓS FUSÃO DO NÍVEL ADJACENTE OU
COM FUSÃO PRÉVIA DE PSEUDOARTROSE
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Escorregamento:
Classificação de Meyerding (grau
de
gravidade do deslocamento
anterior).
-Grau 1- deslocamento anterior
<que 25%.
-Grau 2- deslocamento entre 25 e
50%.
-Grau 3- deslocamento entre 50 e
75%.
-Grau 4- deslocamento > que 75%.
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
Fator de risco para a progressão de
espondilodistese:
- Tipo de espondilodistese;
Displásica.
- Grau de escorregamento: 50% ou
mais.
- Estabilidade anatômica, corpo
vertebral trapezoidal ou de cunha da
quinta vértebra lombar e uma
vértebra sacral em forma de cúpula.
-a progressão da espondilolistese se
produz entre 10 e 15 anos.
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Exame clínico;
Lombalgia,que deve-se a
instabilidade local e à
distensão dos ligamentos e
cápsulas articulares,torax
curto,,verticalização do
sacro, geralmente vem
acompanhada de
contratura da musculatura
ísquiotibiais e de flexão dos
quadris e joelhos
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Cifose de Scheuermann.
(cifose do adolescente,
juvenil, osteocondrite
dorsal).
Descrita em 1921 por
Holger Scheuermann
acomete os adolescentes de
etiologia desconhecida.
Aspecto radiográfico,
encunhamento de mais
de 5% em pelo menos 3
vértebras apicais.
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Tratamento
Deve ser iniciado precocemente;
tratamentos de reeducação postural não
têm demonstrado melhora na evolução
da patologia. Em menores de até doze
anos com diagnóstico, verificou-se que o
uso do colete no período de vinte e três
horas por dia, a curva estaria totalmente
corrigida - no período de um ano
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Coluna Jose - 3ª Policlínica do CBMERJ