Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio 1|P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Índice I. Acrónimos ........................................................................................................................8 II. Introdução ...................................................................................................................... 11 III. Enquadramento.............................................................................................................. 14 i. Pertinência da informação........................................................................................... 16 ii. Interacção no Agronegócio .......................................................................................... 17 iii. Necessidades de Informação ....................................................................................... 18 IV. Metodologia ................................................................................................................... 19 i. Criação e Caracterização da Base de Dados ................................................................. 20 ii. Distância e Amplitude de Fileira .................................................................................. 24 iii. Caracterização sucinta da Base de Dados extraída: ...................................................... 26 iv. Clusterização em “ Sectores informais”.................................................................... 28 v. Validação da Informação básica................................................................................... 32 vi. Processo de Recolha de Informação......................................................................... 33 vii. Recolha de informação detalhada: métodos e conteúdos ........................................ 33 viii. Áreas temáticas de informação a recolher pelo survey:............................................ 34 ix. Ficha Técnica da survey on-line ................................................................................ 36 x. Análise e Caracterização da Amostra Representativa ................................................... 38 V. Análise dos Dados........................................................................................................... 41 i. Definição da Actividade da Empresa ............................................................................ 42 Questão n. 1 – Validação da pertença.............................................................................. 42 Questão n. 2 – Actividade da empresa............................................................................. 43 Questão n.3 – Auto-Identificação da Empresa ................................................................. 45 Questão n.4 – Proveniência dos serviços, tecnologias e produtos .................................... 46 ii. Mercados Externos ...................................................................................................... 55 Questão n.6 – Valores exportados ................................................................................... 56 Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 2|P ágina Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Questão n.7 – Sectores de destino das Exportações ........................................................ 58 Questão n.8 – Países para onde exporta .......................................................................... 59 Questão n.9 – Proveniência das importações .................................................................. 62 iii. Competências e Reconhecimentos .............................................................................. 65 Questão n.10 – Certificação dos Sistemas de Gestão ....................................................... 66 Questão n. 11 – Prémios e Distinções .............................................................................. 69 Questão n. 12 – Participação em Eventos ........................................................................ 72 Questão n.13 – Nível tecnológico das soluções ................................................................ 74 iv. Parcerias, Conhecimento e Associativismo............................................................... 76 Questão n. 14 - Colectivos ou associações ...................................................................... 77 Questão n.15 – Ligação aos Centros de Investigação e Universidades .............................. 79 Questão n.16 – Relação do sector com a rede de Conhecimento (SCT) ............................ 81 Questão 17 – Avaliação da Relação entre as empresas e o SCT, em Portugal ................... 84 Questão n.18 – Dinâmica das entidades na interacção com a fileira ................................ 85 Questão n.19 - Participação em projectos de I&D (Investigação e Desenvolvimento)....... 86 Questão n.20 – Resultados da Participação em projectos de I&D..................................... 87 Questão n.21 –Transferência de Conhecimento e Tecnologias a partir do SCT ................. 88 Questão n.22 - Benefícios de apoios públicos ou comunitários nos últimos anos ............. 89 Questão n.24 – Finalidade dos Apoios ............................................................................. 92 v. Barómetro: Perspectivas para o negócio no futuro ...................................................... 94 Questão n.25 – Expectativas de evolução do sector ......................................................... 95 VI. Conclusões.................................................................................................................... 105 VII. Anexos .......................................................................................................................... 111 i. Anexo 1 ..................................................................................................................... 111 ii. Anexo 2 ..................................................................................................................... 132 Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 3|P ágina Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Ficha Técnica Título: Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio Edição: InovCluster - Associação do Cluster Agro-Industrial do Centro Autor: Carlos Lacerda Equipa de projecto e investigação: Lurdes Morais (Project Manager),Divanildo Outor Monteiro (PhD, Project Adviser), Joel Nascimento (Senior Researcher), Tânia Cantante (Web Designer), Filomena Jorge (Marketing Digital e TI’s), Daria Ferreira (Consultant, revisão). Joana Raquel Silva (Trainee), João Sigalho (Trainee), Ano: 2014 Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 4|P ágina Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Índice de gráficos, figuras e tabelas Gráfico 1: Percentagem de empresas/entidades da amostra por Sector .................................. 26 Gráfico 2: Percentagem de empresas/entidades da amostra por distrito................................. 27 Gráfico 3: Percentagem de empresas/entidades da amostra por NUT´sErro! Marcador não definido. Tabela 1. Empresas/entidades com descrição de actividade segundo denominação de sector informal .................................................................................................................................. 29 Gráfico 4. Distribuição (em percentagem) de empresas/entidades da amostra por nº de colaboradores ......................................................................................................................... 38 Gráfico 5. Distribuição (em percentagem) de empresas/entidades da amostra por nº de licenciados .............................................................................................................................. 39 Gráfico 6. Facturação anual das empresas/entidades .............................................................. 39 Gráfico 7 – Percentagem dos principais Sectores de proveniência dos clientes........................ 44 Gráfico 8 – percentagem das principais actividades das empresas que fornecem o Agronegócio ............................................................................................................................................... 45 Gráfico 9 –Local de desenvolvimento dos produtos, serviços e tecnologias das empresas que fornecem o Agronegócio (em percentagem) ........................................................................... 47 Gráfico 10 – Destino dos produtos/maquinaria fornecidos pelas empresas ao Agronegócio.... 49 Figura 1................................................................................................................................... 50 Gráfico 11 – Destino dos serviços fornecidos pelas empresas de suporte ao Agronegócio (em percentagem) ......................................................................................................................... 51 Figura 2................................................................................................................................... 52 Gráfico 12– Destino das tecnologias / equipamentos fornecidos pelas empresas de suporte ao Agronegócio ........................................................................................................................... 53 Figura 3................................................................................................................................... 54 Gráfico 13. Percentagem de empresas exportadoras .............................................................. 56 Gráfico 14 – Percentagem de volume de vendas de exportação das empresas da amostra...... 57 Figura 5 - Percentagem de exportação por tipo de cliente das empresas da base de dados . Erro! Marcador não definido. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 5|P ágina Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Gráfico 15. Principais destinos (continentes) das exportações das empresas/entidades da amostra (em percentagem)..................................................................................................... 59 Gráfico 16. Principais países para os quais as empresas/entidades da amostra exportam (em percentagem) ......................................................................................................................... 60 Figura 4................................................................................................................................... 61 Gráfico 17. Origem das importações (Continentes) em percentagem ...................................... 62 Gráfico 18. Principais países para as origens de importação pelas empresas/entidades da amostra (em percentagem)..................................................................................................... 63 Figura 5................................................................................................................................... 64 Gráfico 19. Domínio da certificação dos sistemas de gestão .................................................... 67 Figura 6................................................................................................................................... 67 Gráfico 20. Prémios e distinções recebidos pelas empresas/entidades da amostra (em percentagem) ......................................................................................................................... 70 Gráfico 21. Participação em eventos (em percentagem) pelas empresas/entidades da amostra ............................................................................................................................................... 73 Figura 7................................................................................................................................... 73 Gráfico 22. Nível tecnológico do serviço, equipamento ou produto das empresas/entidades da amostra (em percentagem)..................................................................................................... 75 Gráfico 23. Ligação das empresas/entidades da amostra com outras Instituições (em percentagem) ......................................................................................................................... 77 Gráfico 24. Ligação das empresas/entidades da amostra aos Centros de Investigação e Universidades. ........................................................................................................................ 80 Tabela 2. Lista dos Centros de investigação e Universidades. .................................................. 81 Gráfico 25. Avaliação da relação entre as empresas e SCT em Portugal ................................... 84 Gráfico 26. Entidades envolvidas na dinamização da Fileira..................................................... 85 Gráfico 27. Participação em Projectos de Investigação & Desenvolvimento............................. 86 Gráfico 28. Participação das empresas/entidades da amostra em projectos de I+D (em percentagem) ......................................................................................................................... 87 Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 6|P ágina Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Gráfico 29. Acesso das empresas/entidades à transferência de conhecimento e tecnologias através do SCT (em percentagem)........................................................................................... 88 Gráfico 30. Principais benefícios de apoios públicos ou comunitários utilizados pelas empresas/entidades da amostra (em percentagem). .............................................................. 90 Gráfico 31. Outros benefícios de apoios públicos ou comunitários utilizados pelas empresas/entidades da amostra (em percentagem) ............................................................... 91 Gráfico 32. Finalidade dos benefícios de apoio públicos obtidos pelas empresas/entidades da amostra (em percentagem)..................................................................................................... 93 Gráfico 33. Expectativas de evolução: Volume de Negócios..................................................... 96 Gráfico 34. Expectativas de evolução: Número de empresas ................................................... 97 Gráfico 35. Expectativas de evolução: Número de novos clientes ............................................ 98 Gráfico 36. Expectativas de evolução: Conjuntura do Sector ................................................... 99 Gráfico 37. Expectativas de evolução: Inovação e Desenvolvimento...................................... 100 Gráfico 38. Expectativas de evolução: Exportação e Internacionalização ............................... 101 Gráfico 39. Expectativas de evolução: Ligação ao Sistema Científico e Tecnológico ............... 102 Gráfico 40. Expectativas de evolução: Facilidade de acesso a Crédito .................................... 103 Gráfico 41. Expectativas de evolução do Sector (agregado e em percentagem) ..................... 104 Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 7|P ágina Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio I. Acrónimos ACP – Associação de Comerciantes do Porto ADVI&D - Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense AEP - Associação Empresarial de Portugal AGROCLUSTER - Cluster da Associação para o Desenvolvimento da Agro-Indústria AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal AIMMAO - Associação dos Industriais Metalúrgicos Metalomecânicos e afins de Portugal AIP – Associação Industrial Portuguesa; ANCIPA - Associação Nacional de Comerciantes e Industriais de Produtos Alimentares ANEFA - Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente ANEME - Associação Nacional das Empresas Metalúrgicas e Electromecânicas ANIL – Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios; ANIMAFORUM – Associação para o Desenvolvimento da Agro-Indústria ANIPLA - Associação da Indústria Fitofarmacêutica APA - Agência Portuguesa do Ambiente APF - Associação Portuguesa de Fundição APPC - Associação Portuguesa de Plantas Carnívoras APPPFN - Associação Portuguesa de Produtores de Plantas e Flores Naturais APQ - Associação Portuguesa Para A Qualidade; Associação apicultores do Litoral Centro ATTCEI - Associação de Transferência de Tecnologia e Conhecimento para Empresas e Instituições BRC/IFS - Referenciais de qualidade e segurança alimentar CAE – Classificação da Actividade Económica CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal CAPOLIB - Cooperativa Agrícola de Boticas Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 8|P ágina Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio CentroHabitat - Cluster do Habitat Sustentável DGEG - Direcção-Geral de Energia e Geologia EUA - Incubadora de Empresas da Universidade de Aveiro EUROCER - Indústria De Sanitários S.A. EUROMAISIERS - Associação Europeia moagem de milho FEEM - Fórum Empresarial da Economia do Mar FENALAC - Federação Nacional das Cooperativas de Leite e Lacticínios FERM - Federação dos Industriais de Arroz Europeus; Fileira do Pescado Groquifar – Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos GROVIN - Comércio e Representações Agrícolas HACCP - Hazard Analysis and Critical Control Points IACA - Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais; "IECEE - System of Conformity Assessment Schemes for Electrotechnical Equipment and Components” I&D – Investigação e Desenvolvimento IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional Inovcluster - Associação do Cluster Agro-Industrial do Centro INOVCLUSTER - Associação do Cluster Agro-Industrial do Centro ISO - International Organization for Standardization IT – Tecnologias da Informação NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém NIF – Número de Identificação Fiscal NR – Não Responde NS – Não Sabe NUT´s – Núcleos de Unidade Territorial OCEANO XXI – Associação para o Conhecimento e Economia do Mar. OE - Ordem dos Engenheiros; Portugal Foods (Sector Agroalimentar Português). Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 9|P ágina Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio PME – Pequenas e Médias Empresas PRODER – Programa de Desenvolvimento Rural PROMAR - Programa Operacional Pesca QREN - Quadro de Referência Estratégica Nacional SCT - Sistema Científico e Tecnológico SIAL - Salão Internacional do sector Agroalimentar Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 10 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio II. Introdução O presente trabalho surge no âmbito de um Projecto desenvolvido pelo ANIMAFORUM – Associação para o Desenvolvimento da Agro-Indústria, entidade responsável pela gestão do Cluster Agro-Industrial do Ribatejo (Agrocluster Ribatejo) e co-promovido pelo INOVCLUSTER Associação do Cluster Agro-Industrial do Centro. Tal, vem na sequência de uma candidatura conjunta destas Entidades, aprovada pelo QREN/Sistema de Apoio a Acções Colectivas, com o objectivo de criar uma Rede de Cooperação e de dinamizar a Internacionalização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio. O Projecto surge na senda da Estratégia de Eficiência Colectiva, na qual está definido um plano de desenvolvimento que integra vários domínios de intervenção com vista ao aumento da competitividade das empresas. Ou seja, pretendem as entidades promotoras com este Projecto, incrementar o grau de cooperação entre as empresas e as entidades que estejam relacionadas com o sector agro-industrial. Além do objectivo anterior, existe também o forte interesse em dinamizar os processos de Investigação & Desenvolvimento (I+D), na medida em que esta componente contribui para a competitividade do sector, permitindo assim uma promoção sustentada e uma melhor penetração junto de mercados externos. Em termos tangíveis e objectivos, o presente Projecto pretende: Promover uma rede de cooperação proactiva, transnacional, que integre diversos actores a montante do sector agro-industrial, pecuário e agrícola, vulgarmente denominado “Agronegócio”; Criar laços de cooperação entre diferentes entidades que se encontram em diversas áreas de actividade-chave, relacionadas com o desenvolvimento e fornecimento de tecnologias e serviços às empresas do sector agro-industrial, pecuário e agrícola; Fomentar a criação de projectos conjuntos e inovadores, entre os actores envolvidos; Facilitar o acesso à informação, através da criação de mecanismos e meios de acesso específicos, online, para as empresas do sector e stakeholders; Estudar e sistematizar informação específica sobre Importadores e Mercados (intelligence) Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 11 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Identificar e estudar processos de transferência de conhecimento e construção de valor acrescentado para o sector; Identificar necessidades de cooperação, assim como antecipar tendências futuras do sector e da fileira do Agronegócio. Neste sentido, este Estudo surge na sequência da necessidade sentida de caracterização e sistematização da fileira das empresas fornecedoras de Tecnologias e Serviços ao Agronegócio, um conteúdo que, até agora, nunca tinha sido antes abordado desta forma, tendo como consequência a impossibilidade de se poder quantificar a importância e o impacto deste sector na economia nacional e o seu real potencial de internacionalização. Considerou-se, portanto, crucial, o conhecimento aprofundado do universo destas empresas para que se possam definir estratégias conjuntas de criação de valor, cooperação e internacionalização. Esta caracterização, à qual este Estudo pretende dar um contributo relevante, encontra-se organizada em cinco grandes grupos, sendo que Numa primeira parte será efectuado um enquadramento ao Estudo, abordando a pertinência da informação e definindo o conceito de agronegócio e a sua posição em Portugal. A segunda parte abordará a metodologia do Estudo, fornecendo informações sobre a forma como se concebeu, construiu e estruturou a Base de Dados das empresas que lhe serviu de base, bem como dos instrumentos de recolha da informação. Neste apartado, será também efectuada uma caracterização da constituição da amostra, enquadrando a análise. Já a terceira parte do Estudo diz respeito à análise dos dados propriamente dita, em que será efectuada a leitura crítica e avaliação individual das respostas para cada uma das questões colocadas às empresas, com vista à caracterização da fileira de “Tecnologias e Serviços para o Agronegócio”. Na quarta parte, será realizada uma abordagem com as Conclusões e principais traços de caracterização da Fileira, obviamente decorrente da síntese das respostas analisadas na parte anterior. Por fim, a quinta parte do Estudo apresenta uma série de anexos, em que se reproduzem vários elementos que serviram de suporte ao tratamento e recolha da Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 12 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio informação, assim como outros elementos técnicos e processos metodológicos que confluíram para a organização do Estudo. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 13 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio III. Enquadramento O Projecto “REDE DE COOPERAÇÃO DA FILEIRA DAS TECNOLOGIAS E SERVIÇOS DO AGRONEGÓCIO” promovido pela “ANIMAFORUM” (AgroCluster Ribatejo) e pelo INOVCLUSTER “Associação do Cluster Agro-Industrial do Centro” resulta do interesse de ambas Instituições em potenciar a capacidade competitiva das empresas Agro-industriais. O desempenho altamente positivo e a evolução que a Fileira das agro-indústrias tem vindo a demonstrar em Portugal, não se deve apenas ao aumento das competências empresariais intrínsecas dos sectores de actividade que a constituem. Numa perspectiva sistémica, estes sectores dependem dum conjunto de outras actividades a montante e a jusante, que com eles interagem e que contribuem para a sua sustentabilidade. Esta relação de binómio influencia de forma decisiva as decisões estratégicas e o desenvolvimento do sector, implicando uma forte articulação entre todos os stakeholders de forma a garantir uma resposta rápida às exigências do mercado, cada vez mais diversificado e em forte crescimento. É neste contexto que, de forma inovadora, se resolveu considerar o conceito de “Fileira das Tecnologias e Serviços para o Agronegócio” que se define como o conjunto de negócios, a montante e a jusante, relacionados com as actividades agro-industriais, do ponto de vista económico e que, de certa forma, condicionam o seu desempenho. A evolução recente e prospectiva para as actividades agro-industriais em Portugal coloca o conjunto de entidades que compõem esta Fileira (Empresas, Centros de Conhecimento, Associações, prestadores de serviços, investigadores e outras entidades) numa posição de grande relevância no contexto da economia nacional e aconselham à definição de uma estratégia e um modelo de internacionalização para fileira, atendendo aos seguintes fenómenos: Do lado da procura global, constata-se um cada vez maior grau de exigência dos consumidores ao nível de factores diversos, com destaque para a qualidade intrínseca dos produtos, a higiene e segurança alimentar e a utilização das matérias-primas de forma sustentável que respeitem a preservação do ambiente e dos recursos naturais Do lado da oferta de bens agro-industriais, verifica-se uma evolução constante nos processos tecnológicos para fazer face às exigências da procura, tanto nos Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 14 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio mercados nacionais como nos internacionais, seja ao nível dos padrões de qualidade ou nos circuitos de comercialização, pelo que a inovação constitui um factor crítico e uma das grandes prioridades do sector. Assim, campos de actividade como o das biotecnologias, das tecnologias da informação, dos serviços de apoio empresarial, do projecto construção e manutenção de instalações, qualidade e ambiente, certificação, formulação de alimentação animal, consultadoria agro-alimentar e industrial, matérias e aditivos e tantos outros, constituem relevantes inputs tecnológicos para a agro-indústria, que importa cada vez mais integrar enquanto Fileira, ajustando ritmos de desenvolvimento e criando mecanismos de sinergia, cooperação e trabalho em rede. Desta forma, podem incluir-se nesta visão abrangente do agronegócio, as empresas fornecedoras de serviços para a fileira agrícola, alimentar ou agro-alimentar, produtoras e/ou comercializadoras de serviços, tecnologias, produtos, componentes e acessórios técnicos e tecnológicos. O facto de, até hoje, raramente se ter considerado e estudado agrupadamente este conjunto de entidades que actuam de forma interdependente, leva a que o país se depare com a falta de informação objectiva, pertinente e estruturada sobre este conjunto de entidades e, por consequência, à dificuldade em definir políticas, iniciativas e acções conjuntas que permitam o seu funcionamento em rede e a criação de valor através de processos de cooperação. Neste sentido, considerou-se de primordial interesse realizar um Estudo de Caracterização que respondesse, de forma positiva e objectiva a esta lacuna, recolhendo, tratando, organizando e publicando informação que vá ao encontro dos objectivos do Projecto. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 15 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio i. Pertinência da informação O desenvolvimento do sector das tecnologias e serviços para o Agronegócio em Portugal (através da promoção do seu funcionamento em rede, o qual se pretende que resulte em cooperação entre as mesmas) deve ser encarado em sintonia com a informação sobre o Sector agro-Industrial em sentido lato, onde é possível constatar a existência de uma forte interdependência entre os stakeholders. A criação de sinergias e a articulação destes sectores representa, claramente, uma das soluções existentes para o aumento da competitividade dos produtos da Fileira agro-alimentar e, consequentemente, das próprias empresas. Para que estas empresas (tecnologias e serviços para o Agronegócio) sejam capazes de colmatar algumas debilidades estruturais e, capazes de potenciar a sua capacidade operativa, importa caracterizá-las com base em critérios homogéneos, para entender de que forma é que se relacionam com o Sector da agro-indústria e, não menos importante, de que forma se podem relacionar entre si. A informação recolhida no âmbito deste Projecto apresenta-se portanto, como pertinente e relevante, na medida em que permitirá realizar uma análise objectiva do sector, servindo assim de base para o desenvolvimento da estratégias de cooperação empresarial, sempre numa lógica de aprofundar o conhecimento consolidado e as características específicas das empresas que constituem o universo e a amostra do presente Estudo. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 16 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio ii. Interacção no Agronegócio A agro-indústria contempla o conjunto de actividades relacionadas com a transformação de matérias-primas provenientes do sector primário, que constituem o processo que levará o produto agrícola transformado até ao consumidor final, assumindo, no seu conjunto, uma especial relevância no contexto na economia nacional. Estas actividades dizem respeito, não só ao processo de produção e distribuição do sector agrícola e pecuário como, também, englobam outras tarefas da componente de gestão, tecnologia e conhecimento aplicado. Neste sentido, podemos afirmar que os sectores da agricultura, agro-pecuária e agro-indústria, estão a ganhar novos contornos e a incorporar novos paradigmas, na medida em que, cada vez mais, estão dependentes do conhecimento e do desenvolvimento tecnológico gerado pelas empresas de apoio, a montante e a jusante, e da sua integração. Profundas alterações resultantes da actuação destas, têm sido introduzidas nas abordagens empresariais que os sectores primários adoptam. Consequentemente, esta nova realidade introduz a necessidade de se criarem condições para potenciar estes modelos de cooperação e interacção, optimizando processos, o investimento e as tecnologias que conduzam ao desenvolvimento virtuoso de toda a fileira e potenciem as formas de rentabilização das actividades. Assim sendo, é mais uma vez perceptível a necessidade fomentar a interacção e a criação de parcerias estratégicas que permitam às empresas do Agronegócio cooperarem entre si na construção de cadeias de valor, tanto na produção como na distribuição, cada vez mais eficazes no alcançar dos objectivos comuns, de resultado económico, da eficiência e da sinergia. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 17 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio iii. Necessidades de Informação Sendo o Agronegócio uma actividade de elevada relevância no contexto da economia nacional, não existe, contudo, informação sistematizada sobre o conjunto de empresas que, a montante e a jusante, lhes fornecem as tecnologias, os serviços de apoio e os produtos, de incorporação ou coadjuvantes aos seus processos e sistemas produtivos e empresariais. Quantas são as Empresas e Entidades neste sector, em Portugal? Como são, onde se localizam primordialmente, qual a sua dimensão? Como e onde conseguem obter, incorporar e aplicar o Conhecimento? Como é a sua estrutura técnica? Quem são os seus Clientes? Qual a sua presença em Mercados Externos? Como se divulgam junto do Mercado? Qual a sua solidez em termos de excelência e de Processos? Como têm aplicado os apoios públicos disponibilizados pelo Estado às Empresas? Como realizam a transferência de Tecnologias? Eram estes os principais desafios em termos de necessidades de Informação, e as metas de concretização que a equipa de Projecto considerou e sobre os quais reflectiu à partida, na fase de construir soluções que fossem ao encontro das necessidades explicitadas. As metodologias adoptar, os conteúdos a incorporar e as fórmulas operativas (tácticas) a aplicar que conduzissem aos resultados pretendidos, foram objecto de amplo debate, não só entre os técnicos envolvidos no trabalho, mas, certamente, em permanente e próxima troca de opiniões entre estes e os responsáveis máximos das Entidades Promotoras. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 18 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio IV. Metodologia O presente Estudo debruça-se sobre a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio. Neste sentido, além de ser essencial estar bem clarificado o conceito do Objecto do estudo (repetidamente abordado nas páginas anteriores), é importante, para o desenho da metodologia, considerar e compreender as diferentes Tipologias de empresas que integram a fileira, na medida em que esta categorização irá permitir a escolha, adopção e estruturação das metodologias correctas para os fins em vista. Portanto, o primeiro ponto considerado na Metodologia tem a ver com a necessidade de definição e delimitação de um Universo, sobre o qual se irá definir uma Amostra (assumindose, à partida, que a dimensão do Universo a considerar não permitirá a sua observação directa e global), amostra esta que, por sua vez venha permitir a constituição de uma base de Informação sólida, fiável, coerente e representativa, que constituirá a fonte para posterior tratamento e Análise, que conduza a Conclusões correctas, pretendidas e não-enviesadas. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 19 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio i. Criação e Caracterização da Base de Dados Portanto, o primeiro ponto de abordagem metodológica é a definição e delimitação do Universo do Estudo. Que empresas devem ser incluídas no universo objecto do Estudo? Esta era a questão de partida. Uma primeira pesquisa foi desenvolvida (desk research), a partir da classificação de Actividade Económica das Empresas e Entidades (vulgo CAE). Como se afirma no início do “Capítulo IIIEnquadramento”, a fileira inclui também outras entidades não empresariais, públicas ou semipúblicas. Esta pesquisa visava, em primeira instância, delimitar o espectro de tipologias de empresas/entidades a incluir no Estudo, na medida em que em Portugal, de acordo com os dados mais recentes, existem aproximadamente 1.086.452 empresas registadas e em actividade, e portanto, a lógica de uma primeira abordagem seria a filtragem deste universo, de forma a extrair apenas entidades, que do ponto de vista da equipa de estudo, se integrassem na Fileira das tecnologias e serviços do Agronegócio. Como se entende, uma abordagem e consideração sobre quais as Actividades (CAE’s) que deveriam ser incluídas nesta filtragem do universo, foi objecto de reflexão por parte dos técnicos da equipa de trabalho, tendo sido considerados neste debate, entre outros, os seguintes aspectos: Fiabilidade: em Portugal, é vulgar as empresas não terem uma actividade real exactamente correspondente à Actividade (CAE) registada, pelo que extracções feitas pelo processo de CAE’s são frequentemente afectadas por erros de alocação, em que a informação obtida não é fiável Colinearidade: por vezes são obtidos por este método amostras que manifestam características de colinearidade relativamente a determinadas variáveis de comportamento, que enviesam a análise estatística e as conclusões Extracção Invasiva: decorrente do primeiro aspecto, obtém-se por vezes uma percentagem não aceitável de elementos da amostra que não pertencem efectivamente ao universo Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 20 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Mortalidade: obtêm-se por vezes valores elevados de elementos da amostra que há muito tempo abandonaram a actividade que interessa à extracção, que actualmente já não desenvolvem Ocultação: há muitas empresas que, desempenham de forma “principal” uma Actividade que declararam “secundária” (ou nem declaram) provocando um enviesamento da análise, num fenómeno que se poderá chamar de “ocultação” da actividade real Inespecificidade: o grau de especificidade alocado às actividades das CAE é tão amplo, que muitas vezes se torna impossível limitar os parâmetros de pesquisa de acordo com as necessidades de extracção (exemplo: há uma CAE genérica de actividades de Consultadoria, mas que não permite especificar actividades de Consultadoria Agrícola ou Industrial). Em face de todos os considerandos acima expostos e da experiência da equipa de projecto, foi decidido enveredar por uma metodologia de “tentativa e erro”, ou seja, realizar uma primeira extracção a partir de um conjunto de CAE’s seleccionadas (que se entenderam seriam as que interessam ao espectro de tipologias de empresas a incluir no Estudo) e em face do resultado obtido, verificar os graus de “invasão” e enviesamento, provocados na amostra extraída pelos fenómenos acima descritos, Em simultâneo, verificar se, nesta amostra assim obtida, estão presentes os casos notáveis (e conhecidos empiricamente como as empresas de referência da Fileira) ou, se existe um elevado grau de ausências destas empresas representativas. Por outro lado, realizar em paralelo outras pesquisas “não estruturadas” em directórios, motores de busca, associações, e bases de dados profissionais, com base em outros critérios que não as CAE, e cruzar estas extracções com a base de CAE’s obtida, verificando a abrangência, inclusão e exclusão das empresas/entidades (que a equipa conhece antecipadamente como representativas e integrantes da fileira) na base das CAE’s. Nesta metodologia de tentativa/erro, ir paulatinamente alterando e ajustando critérios de pesquisa com base nas CAE’s, até se alcançar uma extracção que, do ponto de vista dos investigadores, seja aceitável e se aproxime do modelo empírico conhecido. A relação das CAE’s/Actividades consideradas, para extracção da Base de Dados da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio, incidiu inicialmente sobre empresas com actividades nos seguintes domínios: Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 21 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio A.01. – Agricultura, produção animal, caça e actividades dos serviços relacionados; A.02. – Silvicultura e exploração florestal; A.03. – Pesca e aquicultura; B.08. – Outras indústrias extractivas; C.10. – Indústrias alimentares; C.11. – Indústria das bebidas; C.16. – Indústrias da madeira e da cortiça e suas obras, excepto mobiliário; fabricação de obras de cestaria e de espartaria; C.17. – Fabricação de pasta, de papel, cartão e seus artigos; C.18. – Impressão e reprodução de suportes gravados; C.20. – Fabricação de produtos químicos e de fibras sintéticas ou artificiais, excepto produtos farmacêuticos; C.22. – Fabricação de produtos de borracha e de matérias plásticas; C.23. – Fabricação de outros produtos minerais não metálicos; C.24. – Indústrias metalúrgicas de base; C.25. – Fabricação de produtos metálicos, excepto máquinas e equipamentos; C.27. – Fabricação de equipamento eléctrico; C.28. – Fabricação de máquinas e de equipamentos, n.e.; C.32. – Outras indústrias transformadoras; C.33. – Reparação, manutenção e instalação de máquinas e equipamentos; E.36. – Captação, tratamento e distribuição de água; E.37. – Recolha, drenagem e tratamento de águas residuais; E.38. – Recolha, tratamento e eliminação de resíduos; valorização de materiais; F.42. – Engenharia civil; F.43. – Actividades especializadas de construção; G.46. – Comércio por grosso (inclui agentes), excepto de veículos automóveis e motociclos; G.47. – Comércio a retalho, excepto de veículos automóveis e motociclos; Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 22 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio H.49 – Transportes terrestres e transportes por oleodutos ou gasodutos; H.52. – Transportes aéreos; I.56. – Restauração e similares; J.58. – Actividades de edição; J.62. – Consultoria e programação informática e actividades relacionadas; K.64. – Actividades de serviços financeiros, excepto seguros e fundos de pensões; K.65. – Seguros, resseguros e fundos de pensões, excepto segurança social obrigatória; M.69. – Actividades jurídicas e de contabilidade; M.70. – Actividades das sedes sociais e de consultoria para a gestão; M.71. – Actividades de arquitectura, de engenharia e técnicas afins; actividades de ensaios e de análises técnicas; M.72. – Actividades de investigação científica e de desenvolvimento; M.74. – Outras actividades de consultadoria, científicas, técnicas e similares; N.77. – Actividades de aluguer; N.78. – Actividades de emprego; N.81. – Actividades relacionadas com edifícios, plantação e manutenção de jardins; N.82. – Actividades de serviços administrativos e de apoio prestados às empresas; P.85. – Educação; Q.86. – Actividades de saúde humana; R.93. – Actividades desportivas, de diversão e recreativas; S.94. – Actividades das organizações associativas. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 23 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio ii. Distância e Amplitude de Fileira A base de dados da amostra extraída (o “Universo” do Estudo, a que daqui para diante chamaremos apenas e abreviadamente “Base de Dados”), conduziu a resultados que a equipa já considerava satisfatórios, do ponto de vista de se poder utilizar esta Base como uma aproximação fiável e possível ao Universo a estudar. Porém, havia ainda que considerar um outro critério que se convencionou chamar de “distância e amplitude de fileira”, com o objectivo claro de restringir a abrangência das empresas a incluir na base, com vista a caracterizar a Fileira das tecnologias e serviços do Agronegócio. Este conceito de “distância de fileira” tem a ver com o número de níveis de relação entre as empresas incluídas na Base de Dados e o Agronegócio, que se pretende considerar. A título exemplificativo pode ser ilustrado com o seguinte caso: “em sentido lato poderia admitir-se que um fabricante de colas é fornecedor de Tecnologias e Serviços para o Agronegócio?”, pois que fornece materiais para a embalagem de produtos alimentares, ainda que não seja seu fornecedor primário (pois vende através de intermediários que fornecem à agro-indústria outros materiais de embalagens e subsidiários) o peso das suas vendas de colas que se destinam à agro-indústria seja irrelevante, pois representa 0,5% do seu turnover. Então qual deveria ser o critério, nestes casos? Incluir no Universo? Não Incluir? No limite, a eventual inclusão de empresas provenientes duma extracção simples, sem considerar este tipo de critérios (distância e amplitude de fileira) poderá conduzir uma amostra impraticável, pela sua incaracterística e extensão, ou então, fortemente enviesada. Nesse sentido, a equipa decidiu propor e adoptar uma nova “filtragem qualitativa” que fosse ao encontro das necessidades de coerência e inter-relação da Informação, e assim passar a incluir na Base de Dados, empresas/entidades que respeitem cumulativamente os seguintes critérios e premissas: Existência clara de relações de transacção directas entre as empresas da CAE considerada e as empresas do sector Agronegócio (Agricultura, Pecuária, Agroindústria); Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 24 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Inclusão, na Base de Dados, de empresa com CAE’s relativas a produções agrícolas primárias, que funcionam como fornecedores de matérias-primas ou semielaboradas, para segunda e terceira transformação dentro da Fileira agro-industrial, com vista à obtenção de produtos agrícolas com maior valor acrescentado; Inclusão de entidades que, pelo tipo de CAE’s e competências internas, se antevejam parceiros na partilha dessas competências através da prestação de serviços a empresas do sector agrícola ou agro-industrial, Outras entidades que contribuam de forma activa e directa para o desenvolvimento da componente tecnológica afecta à Agro-indústria, Pecuária, Produção Vegetal, Pesca e Agricultura. Desta forma, considera-se que as diferentes premissas adoptadas e antes descritas são também essenciais para a caracterização dos fornecedores a montante do Agro-negócio, e que estão nos contornos da definição da fileira. Como tal, será importante não só compreender quais as CAE que estão incluídas na Base de Dados considerada, mas também se admita a possibilidade de existirem empresas que, apesar de não listadas, acabam por, de alguma forma prestar serviços ou vender produtos a grupo de empresas do agronegócio, dentro de regras e critérios definidos. No fundo, trata-se duma questão de critério de amplitude, que foi também discutida e considerada pela equipa de projecto sobre este assunto. Com base neste gradual refinamento de critérios (CAE’s Amplitude e Distâncias), realizaram-se novas extracções tendo por base o Registo Nacional de Empresas, (Base de dados DGCI), e voltou a aplicar-se a metodologia já anteriormente citada de cruzar estas extracções com outras extracções e informações de Bases de Dados “não estruturadas” (Bases de dados de “providers” de informação de negócios (Kompass, Link B2B, InformaDB); Web (portais e motores de busca); Bases de dados de associações do sector agrícola ou agro-alimentar (ex.: Rede INOVAR (www.redeinovar.pt);IN_AGRI(www.inagri.org) iBET (www.ibet.pt); FIPA); Bases de dados da AICEP INE - Instituto Nacional de Estatística; Bases de dados públicas dos Ministérios da Agricultura e da Economia) com o objectivo de, conforme se disse, realizar a leitura crítica e validação da amostra gerada (eventualmente com alguns ajustes em fase de constituição da amostra) até se obter uma versão da Base de Dados que finalmente foi validada e serviu de referência para o Universo do presente estudo de caracterização. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 25 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio iii. Caracterização sucinta da Base de Dados extraída: A Base de Dados extraída, era composta inicialmente por 980 empresas/entidades (posteriormente complementada a 1.023 entidades), e poderá caracterizar-se sucintamente como mostrado nos gráficos 1,2 e 3: Gráfico 1: Percentagem de empresas/entidades da amostra por Sector 20,92 19,08 Cultivo/manutenção/tratamento de… Engenharia e Processos Industriais Aditivos alimentares Moagem/Nutrição Animal Embalagem Criação de animais Maquinaria Industrial Maquinaria Agrícola Silvicultura Transportes, distribuição e logística Gestão da Qualidade Gestão Ambiental Setor das Águas 12,65 10,71 8,06 6,84 5,10 4,90 3,98 2,86 2,55 1,63 0,72 0,00% 5,00% 10,00%15,00%20,00%25,00% Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 26 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Gráfico 2: Percentagem de empresas/entidades da amostra por distrito Lisboa 23,47 11,84 9,80 8,98 8,98 Aveiro Leiria Coimbra Faro Beja Castelo… Guarda 0,00% 6,53 4,69 4,18 4,08 2,96 2,14 2,14 1,94 1,63 1,22 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% Gráfico 3: Percentagem de empresas/entidades da amostra por NUT´ 2% 5% 20% 4% Açores Alentejo 1% Algarve 29% Centro 39% Lisboa e Vale do Tejo Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 27 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio iv. Clusterização em “ Sectores informais” As CAE’s/Actividades consideradas, para extracção da Base de Dados da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio, incidiam nas actividades económicas já anteriormente apresentadas (vide i. Criação e Caracterização da Base de Dados) Dada a grande quantidade de actividades que foi utilizada nos filtros de extracção (foram utilizados 46 CAE’s), a equipa de projecto anteviu que esta grande dispersão iria seguramente tornar difícil senão impraticável, o posterior trabalho de sistematização dos dados. Por esse motivo, lançou-se mão de um recurso que consistiu em estabelecer uma agregação (clusterização) de actividades afins e assumir aquilo que em termos metodológicos se convencionou chamar “Sector Informal de Actividade”. Estes novos entes seriam a nova divisão para uma estrutura de análise posterior, aos resultados de inquérito e investigação que se conduzissem sobre o Universo (ou seja, nas análises sobre a amostra e extrapolação sobre o universo, não se voltaria a tratar a informação e a caracterizar com base em CAE’s, mas sim numa série de agregados a que a equipa conforme se afirma, convencionou chamar “Sectores Informais de Actividade” (por contraposição às CAE, ou seja, Sectores “Formais”) Simplificadamente (apesar deste tema ter sido, obviamente, objecto de estudo, amplo debate e vasta discussão entre a equipa de investigadores do Estudo) definiu-se que estes “sectores informais” seriam constituídos com base em entidades que, devido à tipologia de serviço prestado/produto vendido, apresentam afinidades transaccionais fortes e individualizáveis, relativamente a um grupo mais abrangente. A proposta para a constituição destes clusters de Actividade ou “sectores informais” foi estabelecida essencialmente a partir da própria experiência e do debate interno, dentro da equipa de projecto, no sentido de, tal como se disse, perspectivar um enquadramento e realizar a reclassificação das empresas extraídas segundo a metodologia já explicitada, nesta nova estrutura de actividades. Sendo assim, e de acordo com o indicado no parágrafo anterior, a Tabela 1 explicita e descreve, de forma sucinta, as bases deste agrupamento em “sectores informais” em que se reclassificaram as expressas do universo, extraídas segundo a metodologia já antes explicitada. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 28 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Tabela 1. Empresas/entidades com descrição de actividade segundo denominação de sector informal Sector Informal Descrição da actividade Aditivos e Matérias-Primas As entidades que se enquadram no sector informal dos para a Indústria Alimentar “Aditivos e Matérias-Primas para a Indústria Alimentar “ referem-se a empresas que disponibilizem produtos que sejam importantes para a confecção dos produtos alimentares produzidos/fabricados pela indústria agroalimentar. Consultoria, Formação e O sector da “Consultoria, Formação e Investigação + Investigação + Desenvolvimento” englobará, as empresas que se dediquem Desenvolvimento (I+D) à prática de Consultoria (geral e não específica) e de formação técnica, de uso comum na agricultura ou indústria agro-alimentar. Por outro lado, enquadram-se também nesta classificação informal as entidades do Sistema Nacional Científico e Tecnológico que se relacionam com a Fileira. Criação de Animais Este sector de agregação informal engloba todas as empresas ou entidades que desenvolvem actividades ou são fornecedoras de serviços ou produtos relacionados ou que contribuem para a produção animal, seja ela avícola, pecuária, piscícola, ou outras. As/os actividades/produtos em questão estarão relacionados/as com processos de reprodução, criação e aproveitamento dos recursos que advêm da produção animal. Cultivo/Produção Agrícola O sector informal “Cultivo/Produção Agrícola” abrange todas as empresas e entidades que desenvolvem actividades que possam contribuir e sejam tributárias do desenvolvimento, cultivo produção agrícola. Nesta óptica, incluem-se serviços/produtos que facilitem/permitam o desenvolvimento destas actividades, tais como sementes, agro-químicos, estufas, acessórios, trabalho temporário, rega, entre outros de natureza similar ou conexa. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 29 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Embalagem Este sector informal engloba as entidades que disponibilizam todo e qualquer tipo de embalagem ou componentes de embalagem para a agro-indústria, pecuária, pesca ou agricultura (cartão, plástico, rolhas, vidro, entre outros). Engenharia e Processos As entidades incluídas no sector informal da “Engenharia e Industriais Processos Industriais” remetem para empresas que se dediquem ao apoio técnico (ao nível da engenharia de processo, projecto e/ou manutenção de instalações e infraestruturas) das empresas do Sector agrícola e agroIndustrial. Gestão Ambiental O sector informal referente à “Gestão Ambiental” remete para empresas que fabriquem ou disponibilizem produtos, serviços e/ou equipamentos de higiene e limpeza, efluentes, controlo de pragas, contenção e limpeza de florestas. Gestão da Qualidade O sector informal “Gestão da Qualidade” refere-se a entidades e empresas que se dediquem à Gestão da Qualidade e certificação de empresas do Sector agrícola ou agro-Industrial. Incluem-se ainda empresas que restam serviços de controlo de processo e análises laboratoriais. Maquinaria e Equipamentos Este sector informal engloba todas as empresas da base que Agrícolas disponibilizem maquinaria e equipamentos que permitem o trabalho agrícola. Para efeitos de agregação, foram contabilizadas empresas de maquinaria/equipamento de grandes dimensões, de dimensões mais reduzidas, componentes e acessórios. Maquinaria e Equipamentos Tal como o anterior, este sector informal agrupa todas as Industriais entidades que fornecem e disponibilizam maquinaria e equipamentos para o funcionamento das instalações e linhas de produção agro-industriais. Moagem/Nutrição Animal O sector informal da Moagem/Nutrição Animal incorpora as entidades que se dedicam à moagem de cereais e produção de alimentos compostos para animais. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 30 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Sector das Águas O sector informal denominado “Sector das Águas” incorpora todos as entidades fornecedoras de serviços e produtos que se focam no tratamento e consequente disponibilização de águas, para consumo humano, industrial e/ou animal. Silvicultura O sector da “Silvicultura” engloba empresas que se dedicam a tarefas e actividades silvícolas, não só a produção mas também, consultadoria específica e desenvolvimento de projectos, no sector da silvicultura. Transportes, distribuição e Este sector informal contempla as empresas que se dedicam logística ao transporte, a distribuição e/ou a logística normalmente associada à disponibilização dos produtos e outputs agroindustriais. Engloba, não só, as empresas de transporte terrestre, marítimo e/ou aéreo, mas também outras entidades que prestam serviços associados a logística (alfandega, documentação, transhipping, picking, etc). Após ter sido estabelecida esta “clusterização” em sectores informais, a equipa de projecto procedeu à reclassificação das empresas e entidades extraídas, e simultaneamente realizou um exercício que fez o cruzamento desta base com outras extracções realizadas em bases de dados “não estruturadas” (vide i.i.Amplitude e Distância de Fileira). Este exercício permitiu ainda identificar e detectar um vasto grupo de empresas e entidades que não tinham sido obtidas na extracção original na base da DGCI porque provavelmente estariam registadas com outro tipo de CAE (vide i.Criação e Caracterização da Base de Dados) ou afectadas por um dos erros antes identificados. Neste sentido, foi decidido acrescentar à Base de Dados extraída, um grupo significativo de empresas e entidades (cerca de 200) que foram obtidas neste processo de conjugação dos dois critérios antes apresentados (46 divisões de CAE´s e 13 sectores informais) obtendo-se como resultado final um grupo de 1.023 entidades e empresas que a partir daí foram consideradas o Universo do Estudo de Caracterização e base de análise do presente trabalho. A tabela que relaciona as CAE´s com os “sectores informais de actividade” considerados, encontra-se disponibilizada no “Anexo 1”. É possível compreender que, mesmo havendo uma preocupação em triar duplamente, há sectores informais que se expandem por várias CAE’s, num conceito que será mais perceptível após a consulta da Tabela do “Anexo 1”. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 31 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio v. Validação da Informação básica O presente projecto de Caracterização da Fileira teve um enfoque e uma atenção especial centrada na recolha de informação fidedigna e objectiva, relativa às entidades incluídas no universo. Nesse sentido, houve diferentes fases de recolha de informação, estando as mesmas assentes em diferentes pressupostos. Numa fase inicial, o objectivo principal era efectuar um primeiro levantamento e a análise prévia a um elevado número de empresas duma Base de Dados, com o intuito de definir a abrangência da Fileira das tecnologias e serviços do Agronegócio, e poder realizar uma primeira leitura qualitativa. Ou seja, a partir deste objectivo, (construir uma primeira Base de Dados bruta para uma primeira avaliação) durante o mês de Dezembro 2013 até dia 6 de Janeiro 2014 foi realizada uma pesquisa no sentido de obter, da listagem dos elementos do universo (1.023 empresas e entidades) informação básica que permitiu enumerar as empresas activas que se enquadram no perfil, compilando uma lista os dados elementares de cada uma Nome da Empresa; Sector Informal (definido de acordo com a área de negócio da empresa); CAE; (dentro das previamente definidas e apresentadas neste estudo) Descrição da CAE; Morada; Distrito; Telefone; E-mail; Website; NIF. Na sequência deste trabalho de pesquisa e “depuração/classificação” através de dados elementares, com vista à melhoria qualitativa da Base de Dados e à adequada classificação por sector informal, foi realizada para cada entidade uma pesquisa complementar, vulgarmente denominada “drilling” (com recurso à web, a contacto telefónico, ou a recolha de outra informação a partir de fontes secundárias) com o intuito de esclarecer, compreender e validar a área de negócio principal e a actividade efectiva de cada elemento da Base da Dados. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 32 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio vi. Processo de Recolha de Informação Após a constituição da Base de Dados de entidades do Universo, o passo seguinte da metodologia consistia na recolha de informações de caracterização aprofundada, para ir ao encontro dos objectivos do estudo De entre as várias hipóteses colocadas pela equipa de projecto, foi estabelecido que esta recolha de informação aprofundada se realizaria primordialmente através de um inquérito pessoal e directo, aos responsáveis de alto nível das empresas e entidades identificadas (este responsável deveria, no mínimo, deter uma posição hierárquica ao nível de Direcção, ou, sempre que possível, Direcção-geral ou Administração). Mais ficou definido que, como metodologia, seria utilizado o e-mail para envio deste questionário, para recolher e ampliar a informação que a equipa de projecto tinha necessidade, para caracterização da Fileira a partir de fontes primárias. A direcção do projecto definiu então como procedimento de avanço, a realização de um survey online, com incidência universal sobre a “Base melhorada” citada no parágrafo anterior, cujo link seria enviado por email aos responsáveis da entidade, e cujo conteúdo seria estabelecido de acordo segundo critérios e modelos de pergunta que a seguir se expõem. vii. Recolha de informação detalhada: métodos e conteúdos Através de várias sessões de reflexão, debate e concepção realizadas pela equipa de projecto, foi definido o conteúdo para este inquérito (survey) que se dá por reproduzido no Anexo 2. A primeira questão metodológica definiu as áreas gerais de Informação a recolher, para o estudo de caracterização que se pretendia realizar. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 33 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio viii. Áreas temáticas de informação a recolher pelo survey: Actividade efectiva da empresa/entidade: tipo de tecnologias e serviços prestados, clientes, identificação com o “Sector de actividade informal”; Relacionamento em mercados externos; como exportador ou importador, dimensão, intensidade Competências e reconhecimentos; Parcerias e relações com I+D; Perspectivas sobre evolução e desenvolvimento do negócio; Dados económicos e históricos da empresa/entidade (de resposta facultativa). Com a área temática da “Actividade efectiva da empresa”, o objectivo principal é a confirmação dos dados apurados, de forma a aumentar a fiabilidade dos mesmos. Ao se inquirir sobre os “Mercados Externos”, pretende-se constatar qual a realidade das empresas da Base de Dados, na medida em que uma das componentes do projecto se prende com o reforço de competências individuais na componente de internacionalização da fileira, tal como foi abordado anteriormente. Com a temática “Competências e Reconhecimento”, pretende-se adquirir um conhecimento sobre a Excelência e os esforços colocados na certificação dos processos internos, além de se tentar compreender qual o nível tecnológico que está associado ao produto vendido/serviço prestado, por parte de cada entidade. Nas “Parcerias e Relações com I+D” pretende-se efectuar o levantamento factual da realidade da fileira e dos seus modelos de cooperação, e processos de desenvolvimento de produtos e serviços” Finalmente, os dados (facultativos) solicitados a cada entidade relativos ao seu “Histórico e elementos económicos” destinam-se a uma caracterização económica da Fileira (havendo, obviamente, outras formas de os obter, por via indirecta). A equipa de projecto manteve então uma série de sessões de trabalho com vários especialistas da agro-indústria e do agronegócio, com vista à definição dos conteúdos específicos deste survey, questões de forma e de conteúdo, linguagem, semântica, formas de Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 34 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio contacto (email blasting), aspectos gráficos e tecnológicos, milestones, objectivos mínimos de validação, e operacionalização do inquérito (envio, follow-up, validação e tratamento) A tarefa subsequente passou pelo diálogo estreito com as equipas de Design & Comunicação e TI’s que assessoraram o projecto, com vista à obtenção de um modelo final do survey, que entrou então em fase de testes de nível tecnológico e interpretativo. Ultrapassados todos estes aspectos operacionais, procedeu-se então ao envio do questionário para as empresas que se encontravam referenciadas na Base de Dados de trabalho (a qual contem 1023 entradas), através de um email blasting a todos os contactos, tendo ficado definido que este inquérito apenas seria validado com uma taxa de resposta válidas próxima dos 10%. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 35 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio ix. Ficha Técnica da survey on-line Os trabalhos de campo do survey decorreram entre Fevereiro e Abril de 2014 (90 dias) A Base de Envios foi de 1.023 entidades (através de email blasting), a todos os elementos da Amostra Amostra: Não é uma amostra aleatória. É uma amostra de conveniência porque se baseia numa Base de Dados construída com base em métodos estruturados de pesquisa orientada, cuja estrutura se aproxima empiricamente dos domínios enquadrados no que se entende ser o Agronegócio português. O questionário on-line foi construído durante o mês de Janeiro, com base na pesquisa que estava a ser feita para a construção da Base de Dados, bem como em comentários, entrevistas e contributos de especialistas na área do Agronegócio (provenientes de empresas, como o caso do Sr. Eng.º Renato Vaz; de universidades, como o caso do Prof. Dr. Divanildo Monteiro, da UTAD). Taxa de respostas: Por conhecimento genérico, os questionários on-line têm uma taxa de resposta que em média varia entre os 7%-10%. No caso do Estudo que apresentamos, obtivemos resposta de 103 empresas. Após validação estatística e qualitativa das respostas dadas, foram validade 95 empresas para o tratamento estatístico da informação disponível, seja uma taxa de resposta de 9,3% do universo. O questionário foi enviado a todas as empresas constantes na base, cumprindo critérios de validade. O envio de e-mails foi processado numa 1ª fase, em lotes de um número que se considerou seguro para evitar sobrecarga do sistema e ida para “spam”. Foram seguidos no envio, critérios da amostra, como por exemplo “Distrito”, “Sector de Actividade”, entre outros. A 1ª notificação foi feita dia 7 de Fevereiro de 2014. No follow-up, foram rectificados e/ou corrigidos alguns problemas técnicos, efectuou-se uma rotina de contacto directo com as empresas (via telefone e via e-mail, num total de mais de 400 contactos), com o intuito de provocar a subida a taxa de respostas Todo o processo de acesso e respostas era monitorizado em background através de page ranks e ferramentas de estatística analítica, apoiado por uma equipa de TI’s. Sendo certo que se constatou durante todo o processo uma certa relutância por parte de um elevado número de empresários em responder, pouco habituados e com desconfiança para com este tipo de acções de pesquisa, (apesar de 2 “reminders” Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 36 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio efectuados em Fevereiro) optou-se durante Março e Abril de 2014, por um contacto mais directo, com 2 consultores dedicados ao envio de e-mails personalizados e realizando acompanhamento telefónico e apoio ao preenchimento dos questionários. Todas as sextas-feiras, foram retirados ficheiros excel parciais com as respostas dadas. Através destes ficheiros, foram controladas as taxas de resposta e a evolução dos resultados em comparação com os dados pretendidos. Embora se tenham obtido respostas a 103 inquéritos como já se referiu, apenas foram validadas 95 respostas, correspondentes a 9,3% do universo da Base de Dados. A equipa de projecto, em face da análise da qualidade destas respostas, acabou por decidir validar esta amostra como sendo “representativa” e dar por terminado o trabalho de inquérito ainda que o número de respostas se quedasse ligeiramente abaixo do objectivo genérico previamente definido. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 37 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio x. Análise e Caracterização da Amostra Representativa A maioria das empresas da amostra possui uma estrutura de recursos humanos internos reduzida, na medida em que 34,7% das empresas possuem entre 0 a 9 colaboradores, como se pode verificar no gráfico 4. Gráfico 4. Distribuição (em percentagem) de empresas/entidades da amostra por nº de colaboradores 0-9 26% 35% 10 a 49 50 a 99 100 - 199 7% >200 4% 4% Não respondeu 24% O número de empresas que possuem mais de 100 colaboradores representa 10,5% do total da amostra. Relativamente à preparação académica dos colaboradores das empresas da amostra (Gráfico 5), das 95 entradas válidas, apenas por 2 empresas foi referido que “não possuem qualquer licenciado na estrutura de recursos humanos”, ou seja, cerca de 2% da amostra. No sentido inverso, 29 empresas do sector afirmam que possuem uma percentagem superior a 50% de licenciados, na estrutura de RH, correspondendo este valor a 30,5% da amostra total. Este indicador é importante, na medida em que, de alguma forma, ilustra o teor tecnológico da fileira e a preparação dos Recursos Humanos afector, que avalizam a ideia do projecto de Internacionalização da Fileira. Para além disso, constatou-se que um grande número de empresas apresenta uma média de Idades dos colaboradores inferior aos 45 anos (47,4% do total das empresas da amostra), o que eventualmente traduz a presença de muitos quadros jovens e licenciados nas empresas da fileira. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 38 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Gráfico 5. Distribuição (em percentagem) de empresas/entidades da amostra por nº de licenciados Percentagem de Licenciados 2% 0% 24% 33% 1% - 25% 26% - 50% 51% -75% 11% 23% 7% 76% - 100% Não sabe/ Não respondeu Outra informação relevante sobre a constituição da amostra é o volume de negócios das empresas/entidades cujas respostas se ilustram no gráfico 6. Gráfico 6. Facturação anual das empresas/entidades Em síntese, tendo em conta a breve análise efectuada ao longo do presente parágrafo é possível indicar as seguintes conclusões objectivas: O sector da fileira de tecnologias e serviços para o Agronegócio é maioritariamente constituído por pequenas e médias empresas, em termos de Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 39 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio recursos humanos; No universo há, ainda assim, algumas empresas de dimensão relevante (6% das Empresas da amostra têm mais de 200 trabalhadores). Estas, por norma, possuem na sua estrutura interna um número elevado de colaboradores com frequência universitária ao nível de licenciatura (em 73% dos casos, pelo menos um quarto do quadro de pessoal é constituído por licenciados); Quase metade das empresas apresenta um total de colaboradores com uma média de Idades inferior aos 45 anos. Em termos de volume de negócios, 1/3 das empresas factura menos de 500.000 euros, mas uma parte significativa (34%) tem facturações superiores a 1.000.000€, e 12,6% delas apresenta mesmo volume de negócios superiores a 10 milhões de euros. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 40 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio V. Análise dos Dados O presente trabalho pretende neste capítulo apresentar uma caracterização específica da fileira das tecnologias e serviços do Agronegócio, a partir do survey realizado junto de 1023 empresas da Base de Dados, a que responderam 95 entidades, representando estas cerca de 9,3% do universo previamente Identificado. Nesse sentido, e tendo como base o inquérito já citado que se pode consultar no Anexo 2 irá agora fazer-se uma análise extensa, com base na seguinte estrutura expositiva: Perguntas e respectivas opções de resposta; Tratamento e agregação das respostas obtidas; Análise das respostas obtidas. O questionário do survey, ponto de partida da caracterização da fileira das tecnologias e serviços do Agronegócio era constituído por 36 perguntas, possuindo a seguinte estrutura: 1 pergunta destinada à validação da pertença da entidade à fileira das tecnologias e serviços do Agronegócio; 29 perguntas de caracterização da entidade, tendo em conta os objectivos de caracterização qualitativa pretendidos; 6 perguntas relacionadas com dados históricos e económicos das próprias empresas/entidades. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 41 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio i. Definição da Actividade da Empresa Questão n. 1 – Validação da pertença Face à necessidade de validar a filtragem já antes efectuada sobre as empresas/entidades que compõem a Fileira das tecnologias e serviços do Agro-negócio, foi decidido que a primeira questão colocada aos inquiridos devia remeter para a validação da pertença da empresa à respectiva Fileira. Assim, a redacção adoptada foi: “A actividade da sua empresa está relacionada com o Agronegócio?”, com opção de resposta fechada (S/N) e unívoca., As respostas “não” eram condição de eliminação da entidade da Base de Dados e da análise, pelo que obviamente, em termos de validação da pertença, os resultados a esta pergunta por parte (e para efeitos) da amostra válida, se devem considerar 100% “Sim”. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 42 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Questão n. 2 – Actividade da empresa A segunda questão pretendia confirmar a anterior pergunta e delimitar o cliente da entidade, a jusante (tendo em conta a definição lata de “Agronegócio” já antes explicitada). O inquérito propunha a seguinte formulação: “Os principais clientes da sua empresa pertencem à:”, (com a possibilidade de resposta múltipla, em face de se ter usado o termo “principais” na pergunta) sendo as possíveis as seguintes opções de resposta: Agro-indústria; Agricultura; Pecuária; Pesca; Floresta; Outros. Os resultados obtidos estão reflectidos no gráfico 7 e mostram uma prevalência de empresas que fornecem em particular a agro-indústria (33,1%), entendida aqui como actividade transformadora, produtora e comercializadora de bens alimentares. As empresas que fornecem a agro-indústria vão desde empresas prestadoras de serviços (tecnologias específicas e de apoio, consultoria, pareceres especializados, transportes), a empresas produtoras de matérias-primas ou produtos intermédios – empresas agrícolas puramente comercializadoras, englobando também empresas produtoras de maquinaria (indústria especializada). Seguem-se, como clientes das empresas que fornecem o Agronegócio, por ordem de importância, os sectores da agricultura (21,3%), pecuária (12,5%), florestas (8,1%) e, por último, as pescas (4,4%). Há um conjunto de outros sectores que foram também referenciados como clientes das empresas que fornecem o Agronegócio, mas que tendem a ser subsectores ou nichos, dos quais podemos destacar “nutrição”, “higiene e cosmética”, “tratamento e gestão de águas”, “plantas ornamentais”, “animais de companhia”, “construção específica e climatização”, entre outros. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 43 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Gráfico 7 – Percentagem dos principais Sectores de proveniência dos clientes. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 44 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Questão n.3 – Auto-Identificação da Empresa Com o intuito de se conseguir compreender melhor a forma como as empresas percepcionam a sua própria actividade, foi colocada uma outra questão, que era a seguinte: “Das frases abaixo, qual considera ser a que melhor descreve a actividade da sua empresa”. Com esta questão, pretendia-se compreender, de forma qualitativa, a característica identitária do universo. Para tal, eram admitidas as seguintes opções de resposta: Prestação de serviços à agro-indústria; Fabricação de produtos finais da agro-indústria; Produção de matérias-primas ou produtos intermédios; Fabricação de máquinas ou equipamentos; Comercialização (e não fabricação) de produtos, máquinas ou equipamentos. Do tratamento das respostas obtidas podemos inferir que as empresas que fornecem/ suportam a montante o Agronegócio, maioritariamente “prestam serviços à agro-indústria” (44,2%) ou então “fabricam produtos finais e intermédios/matérias-primas” (37,9%). A “fabricação e comercialização de máquinas ou equipamentos” também é uma actividade com importância relevante (17,9%), entre as empresas que respondem ao survey como demonstra o gráfico 8. Gráfico 8 – percentagem das principais actividades das empresas que fornecem o Agronegócio Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 45 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Questão n.4 – Proveniência dos serviços, tecnologias e produtos Outra matéria que a equipa de projecto considerou ser importante estudar, era a determinação da origem/ proveniência dos serviços, tecnologias e produtos que são disponibilizados pelas empresas do universo. Nesse sentido, foi colocada no inquérito à amostra uma nova questão “Os serviços, tecnologias ou produtos fornecidos pela sua empresa são criados/desenvolvidos”, havendo como possibilidades de escolher as seguintes respostas: Na sua própria empresa (totalmente nacionais); Alguns na sua empresa e outros fora, podendo ser internacionais; Alguns na sua empresa e outros fora mas em Portugal (totalmente nacionais); Exclusivamente importados/internacionais. As respostas obtidas revelam que a maioria dos serviços tecnologias e produtos do Agronegócio português são criados e desenvolvidos pelas próprias empresas portuguesas (53,7%) da Fileira. Já as empresas que admitem comercializar produtos que não são desenvolvidos/produzidos internamente, revelam que estes tendem a ser maioritariamente importados, porventura tecnologicamente avançados ou de uma especificidade complementar ao próprio portfólio da oferta. Nestes casos, as empresas tentam ser representantes exclusivas das marcas importadas. O peso das empresas exclusivamente importadoras é residual, como revela o gráfico 9. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 46 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Gráfico 9 –Local de desenvolvimento dos produtos, serviços e tecnologias das empresas que fornecem o Agronegócio (em percentagem) Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 47 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Questão n.5 – Sectores aos quais se destinam os fornecimentos Às empresas da amostra foi colocada uma outra questão que pretendia conhecer a tipologia dos sectores com os quais as empresas transaccionam, tendo em conta a categorização definida previamente. Neste sentido era proposta a seguinte questão “A sua empresa fornece serviços, tecnologias ou produtos destinados a:” com as seguintes, possibilidades (escolha múltipla): Cultivo/Produção Agrícola; Criação de Animais; Aditivos e matérias-primas para a indústria Alimentar; Gestão da Qualidade; Gestão Ambiental; Embalagem; Sector das Águas; Engenharia e Processos Industriais; Consultoria, Formação e Investigação + Desenvolvimento (I+D); Máquinas e Equipamentos Agrícolas; Máquinas e Equipamentos Industriais; Moagem/Nutrição Animal; Silvicultura/Floresta; Transportes, Distribuição e Logística. Esta questão assumiu ainda uma forma matricial, pois pedia, em simultâneo que cada respondente indicasse se aquilo que fornecia aos sectores anteriores, era maioritariamente constituído por “maquinaria/produtos”, ou se eram “serviços”, ou “tecnologias/equipamentos”. Em sequência, foi realizado o tratamento das respostas analisando separadamente estes últimos 3 vectores, e estabelecendo a distribuição e co-relações correspondentes, que a seguir se apresentam. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 48 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio 5.a-Fornecimentos de “Maquinaria/produtos” Da análise das empresas que fornecem produtos/maquinaria ao Agronegócio, verificamos que estes insumos são maioritariamente destinados a outras empresas que “produzem matériasprimas e aditivos para a agro-indústria” (22,8%), de “cultivo e produção agrícola” (15,2%), de “criação de animais” (13%) e também para “outras empresas que produzem máquinas e equipamentos industriais” (12%) como se verifica no Gráfico 10. Na análise cruzada, a “agroindústria” e as “actividades agrícolas” surgem como principais destinatários das empresas que produzem “produtos e maquinarias” para o Agronegócio. Gráfico 10 – Destino dos produtos/maquinaria fornecidos pelas empresas ao Agronegócio Já em termos de análise de co-relação (Figura 1) entre as entidades de origem e de destino de máquinas e insumos, encontramos uma associação forte entre os fornecedores e empresas clientes de “gestão ambiente”, “Investigação e desenvolvimento”, “sector das águas”, “gestão da qualidade” e “engenharia e processos industriais”. Isto significa que há uma tendência para que as empresas que fornecem produtos e máquinas à agro-indústria, forneçam, em simultâneo, outras empresas com as actividades acima indicadas, contribuindo em processos Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 49 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio de cooperação e em conceito de polivalência e vasta amplitude de participação em “cadeias de valor”, num processo que inclui, certamente, a engenharia (know-how) e as máquinas e produtos. Figura 1. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 50 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio 5.b-Fornecimentos de “Serviços” As empresas que fornecem “Serviços” ao Agronegócio são essencialmente consultoras e empresas especializadas. Na análise directa (Gráfico 11), constata-se que, prestam sobretudo serviços a empresas de “investigação e desenvolvimento” (13,4%), de “gestão ambiental” (11,3%), de “engenharia e processos industriais”, e também às empresas com actividades ligadas à “criação de animais” (8,9%), à “produção e comercialização matérias-primas e aditivos para a indústria alimentar” (8,5%) e ao “cultivo e produção agrícola” (8,5%). Gráfico 11 – Destino dos serviços fornecidos pelas empresas de suporte ao Agronegócio (em percentagem) Na análise de co-relação (Figura 2), das empresas que prestam “Serviços” ao Agronegócio e os seus receptores, detectamos uma relação forte, em particular, nos serviços prestados a “empresas de criação de animais” e “gestão ambiental”. Significa que empresas que prestam serviços à criação de animais também tendem a prestar serviços em simultâneo à gestão ambiental. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 51 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Figura 2. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 52 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio 5.c-Fornecimentos de “Tecnologias/Equipamentos” No caso das empresas que fornecem tecnologias / equipamentos ao Agronegócio Gráfico 12), os mesmos destinam-se primordialmente à gestão ambiental (12,9%) e à criação de animais (12,9%). Seguem-se, como clientes, as empresas de investigação e desenvolvimento (11,3%) e as de cultivo e produção agrícola (11,3%). Gráfico 12 – Destino das tecnologias / equipamentos fornecidos pelas empresas de suporte ao Agronegócio Na análise das co-relações (Figura 3), detectamos uma relação forte nas empresas que fornecem tanto o “cultivo agrícola”, como os “aditivos e matérias-primas à indústria alimentar” e a “moagem / nutrição animal”. As empresas que fornecem “tecnologias e equipamentos de apoio à agricultura”, também tendem a fornecer em simultâneo a “indústria alimentar e de rações animais”. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 53 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Figura 3. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 54 | P á g i n a ii. Mercados Externos O estudo da presença das empresas da Fileira em mercados externos constituía, para a equipa de projecto, um factor extremamente relevante, ao nível da compreensão da amostra, isto porque, um dos objectivos centrais do projecto é a cooperação e Internacionalização da Fileira. Nesse sentido, e tendo em conta que os mercados externos cada vez mais se apresentam como oportunidades a serem conhecidas e exploradas pelas empresas portuguesas, é importante compreender qual a realidade da fileira das empresas de Serviços e Tecnologias para o Agronegócio, referente à sua componente internacional. Uma série de questões, acerca da actividade exportadora e importadora foram colocadas às empresas, por forma a conhecer os contornos da sua actividade de relacionamento internacional. A dimensão das exportações, os destinos, o tipo de clientela alvo, de onde importam, eram os temas que se pretendiam conhecer, nesta fase de caracterização da Fileira. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio 55 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Questão n.6 – Valores exportados A questão número 6 incide sobre a actual capacidade exportadora das empresas, em termos de valor. Nesse sentido, foi colocada a seguinte questão “No caso de a sua empresa ser exportadora, indique o respectivo peso no volume de vendas”, que deste modo pretendia avaliar de forma objectiva, a realidade das empresas, relativamente à sua presença nos mercados internacionais. Esta pergunta permitia desde logo uma primeira triagem: reconhecer o nível de internacionalização da amostra (ou seja, todas as respostas que não indicavam qualquer volume de vendas de exportação, conduziam à classificação da entidade como “nãoexportadora”). A maioria das empresas não referiu vendas de exportação (61,1%), sendo que 38,9% assumem ser exportadores e ter volume de vendas de exportação (Gráfico 13). Gráfico 13. Percentagem de empresas exportadoras Das que afirmam realizar vendas na exportação (apenas 37 entidades, de um total de 95 respostas válidas) fez-se o estudo sobre a intensidade do seu volume de negócios no exterior. Por sistematização, optou-se por agrupar as respostas em múltiplos de vinte. A única excepção prendeu-se com as empresas que declaram exportar menos de 5% do volume de vendas as quais foram alocadas a um nível arredondado de 2%, evitando que caíssem no grupo de empresas não exportadoras. Os resultados por arredondamento estão demonstrados no gráfico 14. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 56 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Gráfico 14 – Percentagem de volume de vendas de exportação das empresas da amostra 3% 1% 5% 7% 0 1-20% 21-40% 41-60% 23% 61% 61-80% ≥81% Em síntese, poderá concluir-se o seguinte: a. A maioria das empresas de serviços e tecnologias para o Agronegócio não é exportadora, apenas cerca de 39% declaram essa condição. b. Das empresas exportadoras, 23 entidades (em 37) obtêm um volume de negócios baixo em resultado das actividades de Exportação, seja menos de 20% c. O valor mais frequente, das entidades que declaram ter volume de negócios resultante de Exportação, ronda os 10% do VN (11 empresas em 37) d. Com volumes de negócio na exportação superiores a 50% registaram-se 9 entidades em 37 totais. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 57 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Questão n.7 – Sectores de destino das Exportações A sétima questão aborda os sectores para os quais as empresas portuguesas exportam, tendo sido colocada da seguinte forma “Indique, para cada tipo de cliente atrás Identificado, a respectiva percentagem de exportação (o total das exportações terá de ser igual a 100%):”, com as seguintes possibilidades de resposta múltipla Agro-indústria; Agricultura; Pecuária; Pesca; Outros. Os resultados apurados foram os seguintes, por tipo de Clientes de exportação: Agro-indústria: 16 empresas têm vendas na exportação para este sector; Agricultura: 11 empresas têm vendas na exportação para este sector; Pecuária: 6 empresas têm destino de vendas para este sector, a nível internacional; Pesca e Floresta: 2 empresas têm vendas na exportação para estes sectores; Outros: este sector bastante abrangente, conta com 14 empresas da amostra que declaram efectuar vendas na exportação com este destino (“Outros). Ou seja, como se pode constatar, a componente relativa à capacidade exportadora da fileira está sobretudo concentrada nas agro-indústrias e nos insumos para a agricultura. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 58 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Questão n.8 – Países para onde exporta Relativamente à questão n.8, esta direccionou-se no sentido de determinar os principais países de destino das exportações das empresas da fileira, através da pergunta “As exportações da sua empresa são dirigidas maioritariamente a que países?”, havendo a possibilidade de resposta múltipla, com as seguintes opções: Europa; América do Norte; América do Sul; Ásia; África; Médio Oriente; Austrália/Oceânia. Apenas 35 das empresas inquiridas (das 95 entradas válidas na amostra) responderam a esta questão. O destino das exportações das empresas que fornecem o Agronegócio português é maioritariamente Europa (38%) e África (29,6%), e o Gráfico 15 ilustra os principais destinos. Gráfico 15. Principais destinos (continentes) das exportações das empresas/entidades da amostra (em percentagem). Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 59 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Atendendo aos países de exportação, vemos que na Europa a proximidade é um factor decisivo – Espanha e França são principais países de destino. Fora da Europa, surgem Angola e Moçambique à cabeça, pelo que os PALOP e a CPLPL são os destinos de eleição – devido eventualmente às afinidades culturais e linguísticas. O Gráfico 16 ilustra os principais países destino das exportações. Gráfico 16. Principais países para os quais as empresas/entidades da amostra exportam (em percentagem) No estudo de co-relações (Figura 4), verificamos uma relação forte nas empresas que exportam para Angola, Moçambique e Emirados: as empresas tendem a fazer este circuito. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 60 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Figura 4 Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 61 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Questão n.9 – Proveniência das importações De forma complementar e com o intuito de analisar o ciclo correspondente às relações externas das empresas, direccionou-se a questão n.9 para o fluxo de importação que se verifica nas empresas portuguesas do universo das tecnologias e serviços para o Agronegócio. Para tal, foi colocada a questão “No caso de importar serviços, tecnologias ou produtos, indique os países de origem:”, havendo também neste caso a possibilidade de resposta múltipla, com as opções: Europa; América do Norte; América do Sul; Ásia; África; Médio Oriente; Austrália/Oceânia. No caso das empresas que fornecem o Agronegócio nacional e que afirmam importar do exterior, verifica-se que estas o fazem sobretudo a partir da Europa (quase 70% das importações provêm da Europa). O Gráfico 17 demonstra as principais origens de importação. Gráfico 17. Origem das importações (Continentes) em percentagem Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 62 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Atendendo aos países de importação, vemos que na Europa a proximidade é uma vez mais o factor decisivo, com a Espanha e a Alemanha a serem os principais países de proveniência dos produtos/serviços/tecnologias importados. O Gráfico 18 relata os principais países de importação. Gráfico 18. Principais países para as origens de importação pelas empresas/entidades da amostra (em percentagem) Na análise das co-relações (Figura 5), encontramos também uma relação forte na importação de produtos provenientes de Alemanha, Espanha e E.U.A. (significando isto que um número significativo de empresas importadoras coincide em importar simultaneamente destes três países). Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 63 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Figura 5 É de realçar então, o papel que o mercado espanhol assume para as empresas portuguesas, tanto no caso da exportação como na importação, comprovando-se mais uma vez a interdependência existente entre as economias portuguesa e espanhola e as empresas de tecnologias e serviços do agro-negócio, que assume um papel relevante no quadro de relações internacionais da nossa fileira deste sector. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 64 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio iii. Competências e Reconhecimentos As competências e os reconhecimentos são consideradas como uma componente essencial para as empresas portuguesas, isto porque, por um lado, as competências permitem um desenvolvimento mais assertivo dos/das produtos/soluções/tecnologias das empresas como, por outro lado, permitem que as empresas optimizem os seus processos internos. Para além da componente de notoriedade, as competências internas certificadas (sistemas de gestão, qualidade, inovação, etc.) e os prémios e reconhecimentos dão também uma indicação relevante acerca do perfil de excelência das empresas da fileira, muito importante para a análise pretendida. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 65 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Questão n.10 – Certificação dos Sistemas de Gestão Como primeiro passo na caracterização destes aspectos, foi colocada uma questão referente à certificação dos sistemas de gestão, com a seguinte forma: “Os sistemas de gestão da sua empresa estão certificados em que domínios?” Desta maneira, era pedido aos inquiridos que identificassem os sistemas em que se encontram certificados, nas áreas propostas, de resposta múltipla: Qualidade; Inovação; Ambiente; Higiene e Segurança; HACCP; BRC/IFS; Outros. Em resultado, obtiveram-se respostas de 57 empresas das 95 da amostra (60%), com um total de 110 casos de certificação (visto que as respostas eram de opção múltipla, como se afirmou), distribuídas da seguinte forma: A maioria das empresas (38,2%) afirma que os seus sistemas de gestão estão certificados no domínio da qualidade. Já a certificação de HACCP (17,3%), higiene e segurança (14,5%) e ambiente (11,8%) são também domínios fortes de incidência nos sistemas de gestão entre as empresas da Fileira. O gráfico 19 ilustra os vários certificados detidos pelas empresas. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 66 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Gráfico 19. Domínio da certificação dos sistemas de gestão Na análise de co-relação das respostas, determinou-se que, no domínio da certificação nas empresas fornecedoras do Agronegócio, a Certificação de Qualidade e a de Higiene e Segurança no Trabalho aparecem frequentemente associadas, conforme se ilustra no Figura 6: Figura 6 Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 67 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Para concluir, deve ainda referir-se que uma série de empresas (12 das 57 entidades respondentes, seja 21,05%) possuem certificações muito específicas, abaixo descritas, decorrentes da própria especificidade e grau de exigência técnica das actividades da fileira. Acreditados ISO/IEC 17021 e EN45011 Engenharia e Sistemas Gestão de Recursos Humanos Globalgap Halal e Kosher ISO 22000 ISO 9001 ISO/IEC 17021 Processo de implementação Sistema de Gestão em Qualidade e Ambiente (SGI) Produção Integrada Responsabilidade Social Salicultura Artesanal (Certiplanet) Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 68 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Questão n. 11 – Prémios e Distinções Para complementar a informação relacionada com as competências e soft skills, pretendeu-se conhecer também as distinções e reconhecimentos das empresas da fileira, no sentido de melhor se compreender o nível de excelência do sector. Integrou-se assim, uma nova questão no survey de inquérito, que inquiria explicitamente: “A sua empresa já recebeu prémios e distinções?”, com a possibilidade de resposta de múltiplas opções: PME Líder; PME Excelência; PME Inovação; Outros. Quais? Não recebeu. Das 80 entidades que responderam a esta questão, 40 delas (correspondente a 50,0%) refere nunca ter recebido prémios ou distinções. O “PME Líder” é o reconhecimento mais frequente entre as empresas distinguidas (26,3%), seguida de “outros prémios e distinções” (16,3%) tais como: Green Projects Awards, Agroangola 2013 – melhor participação internacional, Empresa Aplauso BCP, Prémio Inovação CA,… são alguns exemplos. A referir ainda que 6,3% das empresas foi distinguida como “PME Excelência” e 1,3% como “PME Inovação”. O Gráfico 20 relata os principais prémios recebidos (em percentagem). Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 69 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Gráfico 20. Prémios e distinções recebidos pelas empresas/entidades da amostra (em percentagem) As 13 empresas que optaram por indicar a opção “Outros” apresentaram uma larga diversidade de distinções, tais como. Business & Biodiversity Clientes Cotec Empresa aplauso - BCP Empresa do Ano 2014 Engenharia e Sistemas Excelência no trabalho Green Projects Awards Gulfood Awards 2014 (highly recommended) Jovem Agricultor do ano 2012 Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 70 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Masters da distribuição Melhor empresa para trabalhar 2012 Melhores fornecedores de RH Prémio inovação CA Produto do Ano 2014 Sial d'or Sial Paris Outros Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 71 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Questão n. 12 – Participação em Eventos O reconhecimento das empresas passa também, como é óbvio, pela capacidade que estas manifestam em se divulgar junto dos mercados, nas diferentes tipologias de eventos, “feiras” (nacionais ou internacionais), “congressos” e “seminários/ encontros/ simpósios”. Nesse sentido, foi colocada a questão “Costuma participar em eventos tais como:”, com resposta múltipla, para investigar o nível de exposição das empresas e entidades da Fileira. As opções foram: Feiras nacionais; Feiras internacionais; Congressos; Seminários/Encontros/Simpósios Outros. Quais? Nunca participou. Relativamente a esta questão, obteve-se a resposta de 83 entidades, das 95 da amostra e apenas 5,3% das empresas diz nunca ter participado em eventos. Os “Seminários, encontros e simpósios” são o tipo de evento em que mais frequentemente participam (26,4%), bem como em “Feiras Nacionais” (também 26, 4%). Vinte e três por cento (23,1%) das empresas diz ter participado em “Congressos” e 18, 8% em ”Feiras Internacionais”. O Gráfico 21 ilustra as participações em eventos em percentagem. Nenhuma empresa refere a participação em “Outros eventos”. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 72 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Gráfico 21. Participação em eventos (em percentagem) pelas empresas/entidades da amostra A participação em distintos eventos pela mesma empresa (congressos, seminários e feiras nacionais) é muito usual por parte das empresas ligadas ao Agronegócio que assumem uma actividade de eventos. A Figura 7 mostra a co-relação. Figura 7 Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 73 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Questão n.13 – Nível tecnológico das soluções A necessidade de aferir e analisar as competências tecnológicas levou a que tenha sido decidido incorporar também na análise uma questão que objectivamente confrontasse as empresas/entidades com o nível tecnológico das suas soluções apresentadas Nesse sentido foi colocada a pergunta “Como classifica o nível tecnológico do serviço, equipamento ou produto que a sua empresa fornece?”, por forma a compreender qual a percepção que as próprias empresas possuem, de si mesmas, neste campo. De forma a balizar as respostas, foram propostas as seguintes opções de escolha única: Envolve bastante Investigação e Desenvolvimento (I+D) ou tecnologia de ponta; Envolve alguma Investigação e Desenvolvimento (I+D) ou tecnologia de ponta; Envolve pouca Investigação e Desenvolvimento (I+D) ou tecnologia de ponta; Não envolve Investigação e Desenvolvimento (I+D) ou tecnologia de ponta. Aproximadamente metade das respostas (50,5%), afirma que “o serviço/ tecnologia /produto fornecido pela sua empresa, envolve alguma investigação e desenvolvimento ou tecnologia específica”. Uma parte considerável das empresas analisadas refere que “o serviço/tecnologia/produto que fornece envolve bastante investigação e desenvolvimento ou tecnologia de ponta” (29,5%). Aproximadamente quinze por cento (14,7%) destas empresas consideram estar “envolvida pouca investigação e desenvolvimento ou usar uma tecnologia básica na produção do seu serviço/tecnologia/produto. Uma reduzida percentagem (5,3%) assume que, não está envolvida em qualquer processo de investigação e desenvolvimento de tecnologia, no fornecimento do seu produto/serviço. O Gráfico 22 sintetiza as respostas das empresas. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 74 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Gráfico 22. Nível tecnológico do serviço, equipamento ou produto das empresas/entidades da amostra (em percentagem). Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 75 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio iv. Parcerias, Conhecimento e Associativismo As Parcerias, a transferência de conhecimento e o associativismo são declaradamente, factores essenciais ao desenvolvimento de qualquer Fileira. O grau e a capacidade de se associar, de trabalhar em rede, de se apoiar no conhecimento externo existente nas Instituições de Investigação e Ensino Superior, de cooperar com outras empresas e entidades, são componentes imprescindíveis à afirmação e ao crescimento de uma Fileira, enquanto tal. Nesse sentido, considerou-se de grande importância recolher também informação objectiva das empresas neste domínio, e perceber a importância que as empresas atribuem à afiliação e ao estabelecimento de relações com outras entidades colectivas, em networking ou em projectos de actuação conjunta. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 76 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Questão n. 14 - Colectivos ou associações Esta questão, directa e objectiva pretende determinar qual o envolvimento geral das empresas de Tecnologias e Serviços do Agronegócio, com outras Instituições. Nesse sentido, foi colocada a questão “A sua empresa está ligada a algum colectivo ou associação?”, com resposta simples (“Sim” ou “Não). Caso as empresas escolhessem a primeira opção, eram convidadas a indicar quais os/as colectivos/associações a que pertenciam (resposta aberta). Em sequência, no universo de 95 entidades, registaram-se os seguintes resultados: Apenas 32,6% das empresas está ligada a colectivos ou associações (Gráfico 23), das quais se citam alguns exemplos: ADVID (Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense), AGROVIN, Associação de Apicultores do Litoral Centro, Associação de Comerciantes do Porto, Associação Portuguesa de Produtores de Plantas, Incubadora de Empresas da Universidade de Aveiro, Oceano XXI, Portugal Foods, entre outras. Gráfico 23. Ligação das empresas/entidades da amostra com outras Instituições (em percentagem) As estruturas associativas que registam maior número de citação, com três respostas cada, são: AIP – Associação Industrial Portuguesa; ANIL – Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios; OCEANO XXI – Associação para o Conhecimento e Economia do Mar. Paralelamente, existe a referência de associação a diferentes colectivos e associações, tendo sido citados os seguintes: Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 77 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio ACP – Associação de Comerciantes do Porto; ADVI&D - Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense; AEP - Associação Empresarial de Portugal; AGROCLUSTER - Cluster da Associação para o Desenvolvimento da Agro-Indústria; AGROVIN - Comércio e Representações Agrícolas; AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal; AIMMAO - Associação dos Industriais Metalúrgicos Metalomecânicos e afins de Portugal; ANCIPA - Associação Nacional de Comerciantes e Industriais de Produtos Alimentares; ANEFA - Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente; ANEME - Associação Nacional das Empresas Metalúrgicas e Electromecânicas; ANIPLA - Associação da Indústria Fitofarmacêutica; APA - Agência Portuguesa do Ambiente; APF - Associação Portuguesa de Fundição; APPC - Associação Portuguesa de Plantas Carnívoras; APPPFN - Associação Portuguesa de Produtores de Plantas e Flores Naturais; APQ - Associação Portuguesa Para A Qualidade; Associação apicultores do Litoral Centro; ATTCEI - Associação de Transferência de Tecnologia e Conhecimento para Empresas e Instituições; CAP Agricultores de Portugal; CAPOLIB - Cooperativa Agrícola de Boticas; CentroHabitat Cluster do Habitat Sustentável; DGEG - Direcção-Geral de Energia e Geologia; EUROCER - Indústria De Sanitários S.A.; EUROMAISIERS - Associação Europeia moagem de milho; FEEM - Fórum Empresarial da Economia do Mar; FENALAC - Federação Nacional das Cooperativas de Leite e Lacticínios; FERM - Federação dos Industriais de Arroz Europeus; Fileira do Pescado; Groquifar – Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos; IACA - Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais; "IECEE - System of Conformity Assessment Schemes for Electrotechnical Equipment and Components"; IEUA - Incubadora de Empresas da Universidade de Aveiro; INOVCLUSTER - Associação do Cluster Agro-Industrial do Centro; NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém; OE - Ordem dos Engenheiros; Portugal Foods (Cluster Agro-alimentar Português). Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 78 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Questão n.15 – Ligação aos Centros de Investigação e Universidades De forma a aprofundar a informação sobre a ligação das empresas da Fileira dos Serviços e Tecnologias do Agronegócio à Rede Nacional de Conhecimento, foi colocada uma questão que pretendia analisar o grau de envolvimento das empresas com os centros de investigação e universidades, tendo para isso sido questionado o seguinte: «A sua empresa tem contacto, ligação ou relacionamento com Centros de Investigação e Universidades (Sistema Científico e Tecnológico)?”.A pergunta pretendia classificar a intensidade de contactos, através duma escala qualitativa em que eram dadas as seguintes possibilidades: Muito frequente; Frequente; Pouco frequente; Nunca. Como tal pretendeu-se assim, não só quantificar o número de empresas da fileira que efectivamente mantêm proximidade com o Sistema Científico e Tecnológico (SCT), mas também, analisar qualitativamente a relação mantida entre os dois sectores. Ao nível das respostas obtidas, regista-se uma larga maioria (77 entidades em 95, seja 81,1%) que afirma manter algum tipo de relação com o SCT, em contraposição com as 18 empresas que não indicam qualquer tipo de relação e que representam 19% do total da amostra. Grande parte das empresas analisadas firmam que esta ligação é muito frequente em 20,0% dos casos, frequente em 30,5%, pouco frequente em 30,5%. Porém, 18,9% das empresas admite nunca ter tido ligações com tais entidades. O Gráfico 24 resume as respostas das empresas/entidades. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 79 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Gráfico 24. Ligação das empresas/entidades da amostra aos Centros de Investigação e Universidades. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 80 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Questão n.16 – Relação do sector com a rede de Conhecimento (SCT) De forma a estratificar as entidades do SCT que são mais relevantes, para o desenvolvimento e actuação das empresas da fileira, foi colocada a seguinte questão: “Mencione a entidade do Sistema Científico e Tecnológico (Centros de Investigação e Universidades) com quem mantém relacionamento mais frequente”, sendo a resposta solicitada, espontânea e de carácter aberto. Dos resultados das respostas, conclui-se que 23 estabelecimentos de ensino universitário portugueses (Institutos Politécnicos e Universidades) são referidos pelas Empresas como “entidades de relacionamento”, tendo registado mais citações, os seguintes: UTAD-Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, UP-Universidade do Porto, UM-Universidade do Minho, UCP- Universidade Católica e o ISAInstituto Superior de Agronomia com 4 menções cada; A Universidade de Évora e Universidade de Coimbra, referidas por 3 vezes pelas várias empresas respondentes. Deve anotar-se a menção, pelas empresas da fileira, a entidades de investigação e conhecimento estrangeiras (Universidade de Wageningen, Holanda; U. Santiago de Compostela, Espanha), que também cooperam com as empresas do sector Ao tratar-se de uma pergunta com resposta aberta, o universo de 67 respostas não coincide, de forma congruente, com o número de Entidades citadas Em conformidade, foi possível identificar 39 entidades do SCT que têm contribuído com Conhecimento e para a criação de sinergias com as empresas de Tecnologias e Serviços do Agronegócio. A lista global de respostas (citação de entidades do SCT com quem as Empresas de Tecnologias e Serviços do Agronegócio mantêm relacionamento) é apresentada na Tabela 2. Tabela 2. Lista dos Centros de investigação e Universidades. Entidade Citações Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro 4 Universidade do Porto 4 Universidade do Minho 4 Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 81 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Universidade Católica 4 Instituto Superior de Agronomia 4 Universidade de Évora 3 Universidade de Coimbra 3 Universidade de Aveiro 2 Instituto Português do Mar e da Atmosfera 2 Universidade do Algarve 2 Universidades Estrangeiras 2 Universidade da Beira Interior 2 Instituto Superior Técnico 2 Biocant 2 Instituto Politécnico da Guarda 2 Instituto Politécnico de Leiria 2 Escola Superior Agrária de Ponte de Lima 1 Escola de Agronomia de Abrantes 1 Escola Superior Agrária de Santarém 1 Instituições de Investigação Internacionais 1 Laboratório Rebelo da Silva 1 Instituto de Soldadura Qualidade 1 Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge 1 Instituto Pedro Nunes 1 Escola Superior Agrária Politécnico de Coimbra 1 Instituto Politécnico de Castelo Branco 1 Instituto Tecnológico Agroalimentario 1 Instituto Politécnico de Bragança 1 Inovisa - Associação para a Inovação e o Desenvolvimento Empresarial 1 Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 82 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Universidade Nova de Lisboa 1 Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica 1 Centro de Apoio Tecnológico à Indústria 1 Associação para a Inovação Tecnológica e Qualidade 1 Associação Empresarial da Região de Santarém 1 Associação para a o Desenvolvimento da Viticultura Duriense 1 Centro de Apoio Tecnológico Agroalimentar 1 Instituto Politécnico de Tomar 1 Instituto Politécnico de Setúbal 1 Inovlinea 1 Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 83 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Questão 17 – Avaliação da Relação entre as empresas e o SCT, em Portugal Embora se tenha analisado, de forma quantitativa, a relação entre as empresas do Agronegócio e as entidades que se inserem no SCT já atrás referenciado, era ainda importante compreender também a apreciação das empresas sobre o relacionamento mantido, ou seja, a qualidade percepcionada sobre a forma como decorre(u) esse relacionamento, Neste sentido foi colocada a seguinte questão: “Na sua opinião, em Portugal, como avalia a relação entre Empresas e Sistema Científico e Tecnológico?”. Desta forma, pretendia-se analisar os graus de envolvimento que caracterizam as relações com os parceiros do SCT. As opções de qualificação permitidas pela pergunta, eram: Excelente; Boa; Suficiente; Fraca; Cerca de metade das respostas (51,6%) avalia a relação entre as empresas e o SCT em Portugal como sendo excelente, 20% considera-a boa, 17,9% classifica-a como suficiente. Apenas 1,1% avalia esta relação como sendo fraca e 9,5% não sabe ou não responde. O Gráfico 25 ilustra o relacionamento entre empresas/entidades e SCT. Gráfico 25. Avaliação da relação entre as empresas e SCT em Portugal Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 84 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Questão n.18 – Dinâmica das entidades na interacção com a fileira De forma a analisar de uma forma mais completa, a dinâmica da interacção entre as entidades do SCT e as empresas de Tecnologias e Serviços do Agronegócio, foi incluída uma questão com a seguinte redacção: “Que entidades têm feito mais esforço para dinamizar esta relação?”. Para a resposta, as entidades dispunham das seguintes opções (múltiplas) incluindo, como se constata, uma resposta de autonomeação: Empresas; Centros de Investigação e Universidades; Estado; Outras. Quais? Nenhuma. Como se constata no Gráfico 26, 40,0% das respostas analisadas considera que são as empresas as entidades que têm feito maior esforço no sentido de dinamizar esta relação (empresas-SCT); 37,3% considera que este esforço tem sido feito por parte dos centros de investigação e universidades, 5.5% considera que tem sido o Estado o organismo mais dinâmico para dinamizar a interacção e 4,5% considera que têm sido outras entidades (associações, associações empresariais, municípios, entidades de gestão de fundos europeus, federações e confederações). Porém, 12,7% das empresas inquiridas é da opinião que nenhuma entidade tem feito esforços no sentido da dinamização da relação empresas/SCT. Gráfico 26. Entidades envolvidas na dinamização da Fileira 2,08% 1,04% 1,04% 7,29% 45,83% 42,71% Empresas Centros de Investigação e Universidades Entidades Estatais Associações Entidades Europeias Federações/Confederações Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 85 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Questão n.19 - Participação em projectos de I&D (Investigação e Desenvolvimento) Para complementar a análise do relacionamento das empresas com as entidades do SCT, pretendia-se aferir, também, qual a frequência da participação das empresas das Tecnologia e Serviços do Agronegócio em projectos de Investigação e Desenvolvimento. Para tanto, foi colocada a seguinte questão: “Com que frequência a sua empresa participa em Projectos de I+D (Investigação e Desenvolvimento)?”. As opções de resposta mutuamente exclusiva eram: Muito Frequente; Frequente; Pouco Frequente; Nunca. Das respostas recebidas, analisadas e relatada no Gráfico 27, 38,9% diz participar frequentemente em projectos de investigação e desenvolvimento e 12,6% afirma que esta participação é muito frequente. Cerca de 19% assume nunca participar neste tipo de projectos. Gráfico 27. Participação em Projectos de Investigação & Desenvolvimento Os dados permitem, então, concluir que cerca de metade da amostra (48,42%) apresenta uma atitude passiva na área de Investigação e Desenvolvimento com entidades do SCT. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 86 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Questão n.20 – Resultados da Participação em projectos de I&D Após ter sido investigada a frequência de intervenção das empresas nos projectos de I+D, era importante dispor também duma a avaliação aos resultados dessa participação, por parte dos inquiridos. Nesse sentido, foi colocada ainda a seguinte pergunta: “Como avalia os resultados dessa participação?”. Foram disponibilizadas as seguintes possibilidades de resposta: Positiva Negativa Neutra A avaliação dos resultados da participação em projectos de I+D, demonstrada no Gráfico 28, das empresas que participam em projectos de investigação e desenvolvimento, concluiu que a grande maioria (57, 1%) classifica esta partição como positiva, e apenas 2,6% a consideram negativa. Os restantes (40,3%) classificam-na como neutra. Gráfico 28. Participação das empresas/entidades da amostra em projectos de I+D (em percentagem) . Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 87 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Questão n.21 –Transferência de Conhecimento e Tecnologias a partir do SCT Era também pertinente perceber qual o impacto que a relação das empresas da Fileira com o SCT tem ao nível da contribuição para os processos de transferência de tecnologias, conhecimentos, ou processos. Nesse sentido, foi colocada a seguinte questão: “O acesso da sua empresa a novos conhecimentos, tecnologias ou processos, provém maioritariamente da relação que tem com o Sistema Científico e Tecnológico (Centros Investigação e Universidades)?”. Considerando que se tratava de uma pergunta de resposta fechada, foi dada apenas aos inquiridos a possibilidade de responder de forma positiva ou de forma negativa, limitando assim a abrangência de potenciais respostas. Ao analisar as respostas, constata-se no Gráfico 29 que a esmagadora maioria das empresas (89,5%) considera que os Conhecimentos, Tecnologias e Processos que utilizam, não provêm maioritariamente da relação da empresa com o Sistema Científico e Tecnológico (Centros Investigação e Universidades). Gráfico 29. Acesso das empresas/entidades à transferência de conhecimento e tecnologias através do SCT (em percentagem) Relativamente a esta questão, foi porém dada a oportunidade às empresas de apresentarem algumas considerações e comentários. Assim sendo, numa vertente mais qualitativa, foi referido a necessidade de se verificar uma maior intervenção, no terreno, por parte das universidades da área agrícola, de forma a se complementar a componente do ensino e, também, a criar uma maior proximidade entre estas entidades e as empresas. Por outro lado, relativamente à proveniência maioritária de novos conhecimentos, tecnologias ou processos, foi mencionado, por parte dos inquiridos, a importância que assume o estabelecimento de contactos com redes internacionais, a consulta a documentação técnica e, a participação em certames. Foi também referida a importância da investigação própria ou o contacto com os processos técnicos e tecnológicos dos fornecedores e clientes. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 88 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Questão n.22 - Benefícios de apoios públicos ou comunitários nos últimos anos Tendo em conta a importância (e necessidade permanente) de investimentos como suporte às estratégias de desenvolvimento das empresas pretendia-se também analisar a alocação e o impacto dos fundos públicos na competitividade e saber o tipo de apoios a que as empresas da Fileira recorreram nos últimos tempos. Neste sentido foi colocada a seguinte questão: “A sua empresa beneficiou nos últimos anos de apoios públicos, nacionais ou comunitários, à actividade?”. As possibilidades de resposta eram as seguintes: Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN); Créditos bancários bonificados; Outros. Quais? Não; Não sabe/Não responde (Ns/Nr). Das empresas que participaram do estudo, 28,8% diz ter beneficiado do apoio do QREN e 13,5% que usufruiu de créditos bancários bonificados. A mesma percentagem (13,5%) de empresas refere ter tido outros apoios: Apoios à Contratação (estágios), IEFP, PME Crescimento, Pme Invest, Proder, FP7, PROMAR. Cerca de 29% das empresas da amostra afirma que não beneficiou de quaisquer apoios. O Gráfico 30 resume as respostas dadas pelas empresas/entidades. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 89 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Gráfico 30. Principais benefícios de apoios públicos ou comunitários utilizados pelas empresas/entidades da amostra (em percentagem). Nos outros apoios, retratados no Gráfico 31 verifica-se que o PRODER – Programa de Desenvolvimento Rural é o programa que revela uma maior frequência, por parte dos inquiridos, com um total de 6 respostas no segmento “Outros”. De seguida, a maior frequência recaiu no Sétimo Programa Quadro (União Europeia) e no PROMAR - Programa Operacional Pesca. Na lista de outros benefícios a que as empresas recorreram, foram referidos os provenientes do IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional, o PME Crescimento e o PME Invest. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 90 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Gráfico 31. Outros benefícios de apoios públicos ou comunitários utilizados pelas empresas/entidades da amostra (em percentagem) 18,75% 12,50% IEFP Sétimo Programa Quadro (União Europeia) 18,75% PME Crescimento PME Invest PRODER 6,25% PROMAR 37,50% 6,25% Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 91 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Questão n.24 – Finalidade dos Apoios Na sequência da pergunta anterior considerou-se também importante analisar não só o recurso das empresas a estes programas de apoio, mas também o destino dos apoios obtidos. Nesse sentido, foi colocada a seguinte questão: “Qual a finalidade desses apoios?» com possibilidade de resposta múltipla, entre as opções aí indicadas: Formação; Investigação (I+D); Internacionalização; Produção (IP); Financiamento; Outros. Em resultado da análise desta questão -e tendo em conta que 48 empresas responderamdeterminou-se que maioria das empresas (20 resultados) afirma que a finalidade dos apoios foi a investigação (I+D) (23,8%), o autofinanciamento (22,6%) e formação (19,0%). Os investimentos em produção (16,7%) e em internacionalização (13,1%) são também referidos no Gráfico 32. Uma pequena percentagem (4,8%) refere outras aplicações, tais como: ”inovação da linha de produção (QREN SI Inovação, 2011); estágios profissionais; investimentos de expansão da capacidade, requalificação portuária e valorização dos produtos do mar. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 92 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Gráfico 32. Finalidade dos benefícios de apoio públicos obtidos pelas empresas/entidades da amostra (em percentagem) Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 93 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio v. Barómetro: Perspectivas para o negócio no futuro Como parte final do inquérito realizado à amostra das entidades da Fileira das Tecnologias e Serviços para o Agronegócio, considerou-se muito importante ter uma perspectiva, na primeira pessoa, sobre as expectativas de evolução do sector, em jeito de “barómetro” sobre a evolução esperada e o clima de negócios. Para tentar compreender quais as previsões dos empresários, foi-lhes pedido que se pronunciassem sobre uma série de vertentes e variáveis da envolvente, abrangendo indicadores de conjuntura económica mais relevantes: volume de negócios, número de empresas, número de novos clientes, conjuntura do sector, inovação e desenvolvimento, exportação e internacionalização, ligação ao sistema científico e tecnológico, e facilidade de acesso ao crédito. . Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 94 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Questão n.25 – Expectativas de evolução do sector Tal como se referiu, foi colocada uma questão que abordava as diferentes visões e cenários evolutivos do sector, através da seguinte redacção: “Do seu ponto de vista, nos próximos anos, como prevê que irá evoluir cada um dos indicadores abaixo descritos no caso das empresas que fornecem serviços, tecnologias ou produtos do Agronegócio:”. Para resposta, solicitava-se a escolha de uma das três tendências habituais “aumento”, “diminuição”, “manutenção” e, ainda a possibilidade de resposta neutra “não sei/não responde”. Os aspectos objectivamente questionados, neste cenário de evolução, eram os seguintes: (“como vai evoluir?”): Volume de Negócios; Número de empresas; Número de novos clientes; Conjuntura do sector; Inovação e Desenvolvimento; Exportação e Internacionalização; Ligação ao Sistema Científico e Tecnológico; Facilidade de Acesso a Crédito. Os resultados vieram demonstrar que de forma geral, as empresas consideram provável a perspectiva de uma evolução positiva destes indicadores, salientando-se a expectativa de um aumento muito considerável nas vertentes da exportação e internacionalização. O número de empresas e a facilidade de acesso ao crédito são os indicadores que denotam menor optimismo, sendo aqueles em que as expectativas de “diminuição” são maiores. No entanto, mesmo em relação a estes indicadores, existe um relativo optimismo, pois essa fatia é ainda assim, menor que as expectativas de aumento. No cômputo geral, dominam portanto, as expectativas positivas em relação a todos os indicadores. Ainda assim, as respostas mostram uma tendência prevalecente de “manutenção” em detrimento de expectativas negativas. Tal é particularmente visível no que concerne o número de empresas, a ligação ao sistema científico e tecnológico e a facilidade de acesso ao crédito. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 95 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Volume de Negócios: a maioria dos inquiridos (67 respostas, de um total de 95) considera que a sua empresa irá efectivamente aumentar o seu volume de negócios, sendo que, há ainda 21 dos inquiridos optam por indicar que o sector irá manter o seu volume de negócios actual. Do total das 95 empresas, apenas 5 empresas indicaram que o sector iria apresentar uma quebra, ao nível do volume de negócios, enquanto 2 dos inquiridos optaram por se abster, relativamente a este indicador (Gráfico 33). Gráfico 33. Expectativas de evolução: Volume de Negócios Número de Empresas: relativamente à evolução do número de empresas a operar no sector, as respostas foram mais cautelosas, na medida em que 43 dos inquiridos (de um total de 95) consideraram que provavelmente irá haver uma estabilização ao nível da evolução deste indicador. É importante realçar, também que houve 31 inquiridos que perspectivam o crescimento no número de empresas a operar no sector, enquanto 17 inquiridos que perspectivaram um decréscimo, havendo 4 inquiridos que optaram por se abster, nesta questão (Gráfico 34). Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 96 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Gráfico 34. Expectativas de evolução: Número de empresas Número de Novos Clientes: relativamente ao aumento do número de novos clientes, 58 dos inquiridos preveem que se venha a registar um aumento, enquanto 23 admitem que se venha a verificar uma estabilização do indicador. No sentido inverso, existem 10 respostas que preveem uma diminuição do número de novos clientes, enquanto 4 optaram por se abster, nesta questão (Gráfico 35). Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 97 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Gráfico 35. Expectativas de evolução: Número de novos clientes Conjuntura do Sector: constata-se um feedback extremamente positivo, por parte dos inquiridos, na medida em que 48 empresas (mais de metade da amostra) acreditam que irá haver uma evolução positiva, relativamente a este indicador. De uma forma também importante situa-se a perspectiva de que a conjuntura do sector irá estabilizar, com 36 empresas que escolheram esta resposta. No sentido inverso, 8 empresas indicaram que a conjuntura irá sofrer uma evolução negativa, enquanto 3 optaram por se abster (Gráfico 36). Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 98 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Gráfico 36. Expectativas de evolução: Conjuntura do Sector Inovação e Desenvolvimento: não obstante alguma fragilidade deste indicador, várias vezes detectada nas anteriores questões do survey, 60 dos inquiridos perspectiva uma evolução satisfatória enquanto 26 empresas consideram que não irá haver uma evolução significativa do mesmo. Houve 4 empresas que consideram o cenário de redução, enquanto 5 dos inquiridos optaram por se abster (Gráfico 37). Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 99 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Gráfico 37. Expectativas de evolução: Inovação e Desenvolvimento Exportação e Internacionalização: A componente de internacionalização assumiu-se como a mais positiva e consensual, na medida em que, do universo de 95 empresas houve 75 que consideraram que efectivamente se irá verificar uma melhoria neste indicador. Por outro lado, nenhuma empresa considera a hipótese de uma evolução negativa, enquanto 15 indicam que preveem uma estabilização. Cinco inquiridos optaram por se abster (Gráfico 38). Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 100 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Gráfico 38. Expectativas de evolução: Exportação e Internacionalização Ligação ao Sistema Científico e Tecnológico: Relativamente à perspectiva de evolução das relações entre as empresas e o SCT, a maioria dos inquiridos (43 empresas) considera que irá haver uma evolução positiva havendo igualmente a opinião de 39 empresas que perspectivam uma estabilização. Em sentido oposto, apenas 3 dos inquiridos consideram que a relação entre as empresas e o SCT irá apresentar evolução negativa, enquanto 10 optaram por se abster (Gráfico 39). Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 101 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Gráfico 39. Expectativas de evolução: Ligação ao Sistema Científico e Tecnológico Facilidade de Acesso ao Crédito: Para concluir, a questão sobre perspectivas de evolução da facilidade de acesso ao crédito é tendencialmente positiva, na medida em que 41 respostas apontam no sentido de que se irão manter as actuais condições, mas 30 consideram que as condições irão melhorar (em termos de facilitação). No sentido inverso, 12 das empresas consideram que irá haver uma maior restrição, ao nível do acesso ao crédito, enquanto 12 optaram por não se pronunciar (Gráfico 40). Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 102 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Gráfico 40. Expectativas de evolução: Facilidade de acesso a Crédito No Gráfico 41 é apresentado um quadro-síntese, com o agregado do conjunto das respostas obtidas a esta questão. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 103 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Gráfico 41. Expectativas de evolução do Sector (agregado e em percentagem) 90% 79% 80% 71% 70% 63% 61% 60% 51% 45% 45% 41% 38% 40% 43% 33% 30% 32% 27% 24% 22% NS | NR 16% 4% 2% 4% 3% 4% 5% 0% Inovação e Desenvolviment o Conjuntura do setor Número de novos clientes Número de Empresas 0% Volume de Negócios 5% 13% 13% 3% Ligação ao Sistema Científico e Tecnológico 5% 11% 8% Exportação e Internacionalizaç ão 11% 10% Aumentar Manter 18% 20% Diminuir Facilidade de Acesso a Crédito 50% Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 104 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio VI. Conclusões O ”Estudo de Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio” permite, do nosso ponto de vista, retirar algumas conclusões interessantes sobre a amostra, e, por analogia e extrapolação, sobre as empresas e entidades que compõem a Fileira (universo). Das ideias que ressaltam nesta reflexão, podemos destacar: Em Portugal, há um elevado número de empresas e entidades envolvidas no fornecimento de serviços e tecnologias ao Agronegócio. A equipa de investigação identificou de forma clara mais de 1.000 empresas que se enquadram nesta qualidade, desenvolvendo, como tarefa única ou principal, a actividade de fornecedores do Agronegócio. As empresas e entidades envolvidas são, por regra, micro empresas (cerca de 35% do Universo terá entre 1 e 9 trabalhadores) ou pequenas empresas (cerca de 25% têm entre 10 e 50 trabalhadores). No universo, ainda assim, há algumas empresas de dimensão relevante (6% das Empresas da amostra têm mais de 200 trabalhadores). Em termos de volume de negócios, 1/3 das empresas factura menos de 500.000 euros, mas uma parte significativa (34%) tem facturações superiores a 1.000.000€, e mesmo superiores a 10 milhões de euros (12,6%) Quase todas as empresas e entidades do universo empregam quadros universitários (98% da amostra) e uma grande percentagem - um quarto do universo - possui um elevado nível de colaboradores com formação universitária, entre 75 e 100% dos quadros. Estaremos, portanto, na presença de um sector em que a preparação académica e científica dos seus protagonistas é relevante, em concordância com o seu próprio objecto de negócio. É também um sector de actividade com recursos humanos jovens, em que cerca de metade das empresas apresenta um total de colaboradores com uma média de Idades inferior aos 45 anos. Há uma prevalência de empresas das tecnologias e serviços do Agronegócio, a fornecer primordialmente clientes da agro-indústria (33,1%), - entendida aqui como actividade transformadora, produtora e comercializadora de bens alimentares - seguem-se, como clientes das empresas da fileira, os sectores da agricultura (21,3%), pecuária (12,5%), florestas (8,1%) e, por último, as pescas (4,4%). As empresas da amostra estudada consideram-se a si próprias, como sendo entidades que fundamentalmente “prestam serviços à agro-indústria” (44,2%) ou que são “fabricantes de produtos finais e intermédios/matérias-primas” (37,9%). Já a “fabricação e comercialização Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 105 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio de máquinas ou equipamentos” é também uma actividade com importância (17,9%) da forma como se descrevem a si mesmas as empresas da Fileira. Um outro aspecto que reforça em muito a importância do universo de empresas da Fileira é que, mais de metade (53,7%) desenvolve as suas próprias tecnologias dentro da empresa, havendo ainda um elevado número (34,7%) que conjuga estas actividades de desenvolvimento interno e I+D com a adopção e comercialização de tecnologias desenvolvidas por terceiros. Ou seja, 88,4% das entidades da Fileira são empresas que desenvolvem tarefas de investigação, engenharia e desenvolvimento! Os aditivos e matérias-primas para a Indústria, a Consultadoria e Formação, a Gestão Ambiental e Processos Industriais, complementadas pelo fornecimento de Tecnologias e Serviços para a Criação de Animais e Produção Agrícola, são os campos centrais em que as empresas da Fileira desenvolvem a actividade, produzem investigação aplicada e comercializam bens transaccionáveis. As empresas que constituem a Fileira são já razoavelmente exportadoras com a capacidade de internacionalização da fileira concentrada sobretudo em clientes dos sectores das agroindústrias e da agricultura, essencialmente em Espanha, França, nos PALOP’s (Angola Moçambique Cabo Verde e Brasil) e nalguns outros países da EU. Apesar de haver quase 40% das empresas que declara realizar já algum volume de negócios na exportação, o nível de intensidade e o impacto das exportações na facturação individual das empresas, segundo o que Estudo determinou, é, ainda, relativamente reduzido. Com efeito, um quinto das empresas do universo declarou que assegura menos de 20% do seu volume de negócios na exportação, e apenas 14% das empresas da Fileira afirma que consegue exportar mais de 30% da sua actividade. Está portanto justificado, do nosso ponto de vista, o investimento e o apoio público que se realizem em prol e no apoio do aumento da quota de exportação da Fileira. Este era, aliás, um dos principais pressupostos do Projecto SIAC em que se enquadra este Estudo de Caracterização, pelo que julgamos que o investimento efectuado pelas Entidades Promotoras no conjunto de actividades do projecto vem totalmente justificado por esta evidência. Obviamente, que a outra vertente desta questão de internacionalização, é saber se as empresas da Fileira estão efectivamente preparadas para este desafio internacional: pelo seu nível de excelência, pela qualidade das tecnologias que desenvolvem, pelo seu nível de preparação, pela sua capacidade de adaptação e de se promoverem externamente, e Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 106 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio obviamente, pela qualidade dos seus outputs e produtos/tecnologias da sua oferta comercial e portefólios. Também o Estudo de Caracterização nos fornece pistas e interessantes indícios sobre estas questões. A abordagem à Excelência, revelou que mais de 60% das empresas da Fileira possuem certificações (normalmente várias) da sua actividade empresarial, seja no domínio da Qualidade (38,2%), controlo de processos (HACCP, 17,3%), higiene e segurança (14,5%) e certificação ambiental (11,8%). Em média, cada empresa da Fileira que é certificada, possui pelo menos 2 tipos de certificações. Mais de metade das empresas da Fileira (se considerarmos legítima a extrapolação das conclusões do estudo) obteve prémios e recomendações, sendo que um quarto delas é “PME Líder” e 6,3% das empresas da amostra foi distinguida como “PME Excelência” (e mesmo 1,3% obteve a distinção de excelência “PME Inovação”). Quando o estudo investigou o nível tecnológico associado às actividades de desenvolvimento e research realizado pelas empresas, e tomando o testemunho na primeira pessoa, foi possível determinar que mais de metade das empresas (50,5%), afirma que “o serviço/ tecnologia /produto fornecido pela sua empresa, envolve “alguma investigação e desenvolvimento ou tecnologia específica”. Mas mais significativo ainda é que uma parte muito relevante refere que “o serviço/tecnologia/ produto que fornece envolve bastante investigação ou mesmo tecnologia de ponta” (29,5%)! Este é um indicador que, do nosso ponto de vista, indicia um comportamento muito virtuoso das empresas envolvidas no fornecimento de tecnologias e serviços ao Agronegócio que, para além de nos orgulhar enquanto portugueses, nos aponta que seria um desperdício não potenciar e reforçar internacionalmente todo este know how e conhecimento aplicado, na criação de Valor para as empresas e para o País! Das mais de 1000 empresas do universo, será expectável que apenas uma pequena parte não realize actividades de I+D (a fazer fé nos resultados da amostra, será espectável um valor de cerca de 5%) e que cerca de 15% esteja envolvida na comercialização de tecnologias e serviços “com pouca investigação ou uma tecnologia básica”. Porém, como se afirmou, a larguíssima maioria investiga, desenvolve e produz bens de elevada incorporação técnica e tecnológica, pelo que, a intensidade tecnológica das exportações deste sector dará um enorme contributo para este indicador das exportações portuguesas. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 107 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Embora a intensidade de criação de sinergias e cooperação entre empresas da Fileira ocorra ainda em grau relativamente baixo - um traço sociológico típico de Portugal e do seu empresariado - (apenas 32,6% das empresas da amostra estudada está filiada em colectivos ou associações), é porém certo que uma larga maioria (81,1%) das Empresas afirma estar a desenvolver cooperação com o Sistema Científico e Tecnológico e afirmando manter algum tipo de relação com o SCT, em contraposição com os 19% do total da amostra que não indicam qualquer tipo de relação ou diálogo. Quando se tentou avaliar o grau de cooperação e satisfação das empresas e o seu relacionamento com o SCT, as respostas que referem essa relação “excelente” alcançam níveis de 51,6% e alcançam os 20% as opiniões a consideram “boa”. Registe-se que os níveis de opinião negativos, sobre as relações das empresas com o SGT são relativamente reduzidos (1,1% avalia esta relação como sendo “fraca”) e as opiniões indiferentes são limitados a 17,9%. Grande parte das empresas analisadas, quando questionadas sobre “com que frequência se relacionam com o SCT” afirmaram que esta ligação é muito frequente (em 20,0% dos casos), ou frequente (em 30,5%), pouco frequente em 30,5%. Porém, quando se tentou determinar objectivamente, através das respostas dos empresários e gestores, se as tecnologias e processos que as empresas utilizam provinham maioritariamente das relações com o Sistema Científico e Tecnológico, a resposta é significativamente “não”, assumida por uma esmagadora maioria das empresas (89,5%). Valor este que deve constituir motivo de reflexão para os stakeholders e agentes implicados nestes processos de cooperação Universidades-empresa. De qualquer forma, julgamos que toda, esta análise nos leva a admitir razoavelmente que existe já um lastro de relações e sinergias entre Universidades e empresas, que, num processo de dinamização de internacionalização, é um suporte relevante para a sustentabilidade desse processo de Internacionalização. Já ao nível de promoção internacional e constituição de networking 18,8% de empresas da amostra declara ter alguma vez participado em ”Feiras Internacionais”, o que traduz ser um campo que importará dinamizar de forma específica (eventualmente através de participações conjuntas, de molde a criar sinergias) nos próximos anos, para promover a internacionalização da Fileira. Regista-se ainda que, apesar de tudo, as empresas participam frequentemente em “Seminários, encontros e simpósios” (26,4%) e em “Congressos” (23,1%) sobre assuntos do seu interesse de actividade, o que denota a atenção e a preocupação em estar actualizadas e ir acompanhando o que acontece nos seus sectores. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 108 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Aliás, relativamente a apoios públicos, constata-se que cerca de 29% das empresas da fileira, afirma que recorreu a apoios públicos do QREN (maioritariamente para Investigação, financiamento de projectos, formação e investimento produtivo) enquanto há ainda um valor idêntico de empresas que não terá usufruído de qualquer apoio. Em síntese: estamos perante um conjunto de empresas e entidades muito interessante, que encerram um grande potencial de construção de Valor e de Internacionalização, que importa congregar através de acções concretas de cooperação em rede, estrategicamente enquadradas numa óptica de fileira e de construção de sinergias. A equipa de projecto responsável pela elaboração da investigação e redacção do presente estudo, considera que com ele se terá dado um primeiro e importante passo, para construir para o sector um futuro virtuoso e promissor. Que só será possível com os contributos inestimáveis e indispensáveis de todos os stakholdres, e com o empenho e os esforços de todos os actores implicados: os Poderes públicos, a iniciativa Privada, a Ciência e conhecimento e as Associações e Clusters, um bom exemplo dos paradigmas em que importa continuar a apostar e desenvolver. Porto, Setembro de 2014. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 109 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio ANEXOS Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 110 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio VII. Anexos i. Anexo 1 CAE 01111 Denominação do CAE Cerealicultura (exceto arroz). Sector/es Informal/is Associados Aditivos e Matériasprimas para a Indústria Alimentar; Criação de animais; Cultivo/Produção Agrícola; Moagem/Nutrição Animal 01112 Cultura de Leguminosas Secas e Sementes Oleaginosas. Cultivo/Produção Agrícola 01120 Cultura de arroz. Aditivos e Matériasprimas para a Indústria Alimentar 01130 Cultura de produtos hortícolas, raízes e tubérculos. Cultivo/Produção Agrícola 01191 Cultura de flores e de plantas ornamentais. Cultivo/Produção Agrícola 01210 Viticultura. Cultivo/Produção Agrícola; Maquinaria e Equipamentos Agrícolas 01230 Cultura de citrinos. Cultivo/Produção Agrícola Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 111 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio 01252 Cultura de outros frutos em árvores e arbustos. Cultivo/Produção Agrícola 01290 Outras culturas permanentes. Cultivo/Produção Agrícola 01300 Cultura de materiais de propagação vegetativa. Cultivo/Produção Agrícola; Silvicultura 01460 Moagem/Nutrição Animal Suinicultura. 01461 Suinicultura. Consultoria, Formação e Investigação + Desenvolvimento (I&D) 01470 Avicultura. Aditivos e Matériasprimas para a Indústria Alimentar; Moagem/Nutrição Animal 01491 Apicultura. Criação de animais 01494 Outra produção animal, n. e. Consultoria, Formação e Investigação + Desenvolvimento (I&D); Criação de animais 01500 Agricultura e produção animal combinadas. Cultivo/Produção Agrícola 01610 AtivI&Dades dos serviços relacionados com a agricultura. Consultoria, Formação e Investigação + Desenvolvimento (I&D); Cultivo/Produção Agrícola; Engenharia e Processos Industriais; Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 112 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Gestão Ambiental; Gestão da Qualidade; Maquinaria e Equipamentos Agrícolas; Moagem/Nutrição Animal; Sector das Águas; Silvicultura 01620 Atividades dos serviços relacionados com a produção Consultoria, Formação e animal, exceto serviços de veterinária. Investigação + Desenvolvimento (I&D); Criação de animais 02100 Silvicultura e outras atividades florestais. Gestão Ambiental; Silvicultura 02300 Extração de cortiça, resina e apanha de outros produtos Embalagem florestais, exceto madeira. 02400 Atividades dos serviços relacionados com a silvicultura e Consultoria, Formação e exploração florestal. Investigação + Desenvolvimento (I&D); Silvicultura 03111 Pesca marítima. Criação de animais 03210 Aquicultura em águas salgadas e salobras. Criação de animais; Engenharia e Processos Industriais 03220 Aquicultura em águas doces. Criação de animais 08931 Extração de sal marinho. Aditivos e Matériasprimas para a Indústria Alimentar Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 113 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio 08992 Extração de outros minerais não metálicos, n. e. Aditivos e Matériasprimas para a Indústria Alimentar 10110 Abate de gado (produção de carne). Criação de animais 10120 Abate de aves (produção de carne). Criação de animais 10202 Congelação de produtos da pesca e da aquicultura. Cultivo/Produção Agrícola 10204 Salga, secagem e outras atividades de transformação de Criação de animais produtos da pesca e aquicultura. 10320 Fabricação de sumos de frutos e de produtos hortícolas. Aditivos e Matériasprimas para a Indústria Alimentar 10392 10395 Secagem e desidratação de frutos e de produtos Cultivo/Produção hortícolas. Agrícola Preparação e conservação de frutos e de produtos Aditivos e Matérias- hortícolas por outros processos. primas para a Indústria Alimentar; Cultivo/Produção Agrícola; Engenharia e Processos Industriais 10411 Produção de Óleos e Gorduras Animais Brutos. Aditivos e Matériasprimas para a Indústria Alimentar; Criação de animais 10412 Produção de azeite. Aditivos e Matériasprimas para a Indústria Alimentar 10414 Refinação de azeite, óleos e gorduras. Aditivos e Matériasprimas para a Indústria Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 114 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Alimentar; Consultoria, Formação e Investigação + Desenvolvimento (I&D) 10420 Fabricação de margarinas e de gorduras alimentares Aditivos e Matérias- similares. primas para a Indústria Alimentar 10510 Indústrias do leite e derivados. Aditivos e Matériasprimas para a Indústria Alimentar; Cultivo/Produção Agrícola 10611 Moagem de cereais. Aditivos e Matériasprimas para a Indústria Alimentar; Moagem/Nutrição Animal 10612 Descasque, branqueamento e outros tratamentos do Aditivos e Matérias- arroz. primas para a Indústria Alimentar 10620 Fabricação de amidos, féculas e produtos afins. Aditivos e Matériasprimas para a Indústria Alimentar 10711 Panificação. Aditivos e Matériasprimas para a Indústria Alimentar 10720 Fabricação de bolachas, biscoitos, tostas e pastelaria de Aditivos e Matérias- conservação. primas para a Indústria Alimentar 10810 Indústria do açúcar. Aditivos e Matériasprimas para a Indústria Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 115 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Alimentar 10830 Indústria do café e do chá. Embalagem 10840 Fabricação de condimentos e temperos. Aditivos e Matériasprimas para a Indústria Alimentar 10860 Fabricação de alimentos homogeneizados e dietéticos. Consultoria, Formação e Investigação + Desenvolvimento (I&D) 10891 Fabricação de fermentos, leveduras e adjuvantes para Aditivos e Matérias- panificação e pastelaria. primas para a Indústria Alimentar 10892 Fabricação de caldos, sopas e sobremesas. Aditivos e Matériasprimas para a Indústria Alimentar 10893 Fabricação de outros produtos alimentares diversos, n. e. Aditivos e Matériasprimas para a Indústria Alimentar; Consultoria, Formação e Investigação + Desenvolvimento (I&D); Criação de animais; Cultivo/Produção Agrícola; Engenharia e Processos Industriais 10911 Fabricação de pré-misturas. Criação de animais; Moagem/Nutrição Animal 10912 Fabricação de alimentos para animais de criação (exceto Criação de animais; Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 116 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio para aquicultura). Moagem/Nutrição Animal 10913 11021 Fabricação de alimentos para animais de criação (exceto Moagem/Nutrição para aquicultura). Animal Produção de Vinhos Comuns e Licorosos. Cultivo/Produção Agrícola 11072 16101 Fabricação de refrigerantes e de outras bebidas não Cultivo/Produção alcoólicas, n. e. Agrícola Serração de madeira. Cultivo/Produção Agrícola 16230 Fabricação de outras obras de carpintaria para a Engenharia e Processos construção. Industriais 16240 Fabricação de embalagens de madeira. Embalagem 16293 Indústria de preparação da cortiça. Embalagem 16294 Fabricação de rolhas de cortiça. Embalagem 16295 Fabricação de outros produtos de cortiça. Aditivos e Matériasprimas para a Indústria Alimentar 17212 Fabricação de outras embalagens de papel e de cartão. Embalagem 18120 Outra impressão. Embalagem 18130 Atividades de preparação da impressão e de produtos Embalagem media. 20110 Fabricação de gases industriais. Gestão Ambiental 20143 Fabricação de álcool etílico de fermentação. Cultivo/Produção Agrícola 20144 20151 Fabricação de outros produtos químicos orgânicos de Cultivo/Produção base, n. e. Agrícola Fabricação de adubos químicos ou minerais e de Cultivo/Produção compostos azotados. Agrícola Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 117 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio 20152 Fabricação de adubos orgânicos e organo-minerais. Cultivo/Produção Agrícola 20200 20303 Fabricação de pesticidas e de outros produtos Cultivo/Produção agroquímicos. Agrícola Fabricação de pigmentos preparados, composições Aditivos e Matérias- vitrificáveis e afins. primas para a Indústria Alimentar; Cultivo/Produção Agrícola 20411 Fabricação de sabões, detergentes e glicerina. Cultivo/Produção Agrícola; Gestão Ambiental 20420 Fabricação de perfumes, de cosméticos e de produtos de Gestão Ambiental higiene. 20591 Fabricação de biodiesel. Moagem/Nutrição Animal 20594 Fabricação de outros produtos químicos diversos, n. e. Cultivo/Produção Agrícola 22192 Fabricação de outros produtos de borracha, n. e. Embalagem 22210 Fabricação de chapas, folhas, tubos e perfis de plástico. Embalagem 22220 Fabricação de embalagens de plástico. Embalagem 22230 Fabricação de artigos de plástico para a construção. Gestão Ambiental 22292 Fabricação de outros artigos de plástico, n.e. Embalagem 23120 Moldagem e transformação de vidro plano. Embalagem 23131 Fabricação de vidro de embalagem. Embalagem 23521 Fabricação de cal. Aditivos e Matériasprimas para a Indústria Alimentar 24450 Obtenção e primeira transformação de outros metais não Maquinaria e Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 118 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio 25110 ferrosos. Equipamentos Agrícolas Fabricação de estruturas de construções metálicas. Maquinaria e Equipamentos Agrícolas 25290 Fabricação de outros reservatórios e recipientes Embalagem metálicos. 25501 25620 Fabricação de produtos forjados, estampados e Maquinaria e laminados. Equipamentos Agrícolas Atividades de mecânica geral. Maquinaria e Equipamentos Industriais 25731 Fabricação de ferramentas manuais. Maquinaria e Equipamentos Agrícolas 25920 Fabricação de embalagens metálicas ligeiras. Embalagem 25931 Fabricação de produtos de arame. Cultivo/Produção Agrícola 25992 Fabricação de outros produtos metálicos diversos, n. e. Maquinaria e Equipamentos Industriais 27900 Fabricação de outro equipamento elétrico. Maquinaria e Equipamentelétricoriais 28210 Fabricação de Fornos e Queimadores. Maquinaria e Equipamentos Industriais 28250 Fabricação de equipamento não-doméstico para Maquinaria e refrigeração e ventilação. Equipamentos Industriais; Transportes, distribuição e logística 28292 Fabricação de balanças e de outro equipamento para Maquinaria e pesagem. Equipamentos Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 119 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Industriais 28293 Fabricação de outras máquinas diversas de uso geral, n. e. Maquinaria e Equipamentos Industriais 28300 Fabricação de máquinas e de tratores para a agricultura, Engenharia e Processos pecuária e silvicultura. Industriais; Maquinaria e Equipamentos Agrícolas; Maquinaria e Equipamentos Industriais 28410 Fabricação de máquinas-ferramentas para metais. Maquinaria e Equipamentos Agrícolas 28490 Fabricação de outras máquinas-ferramentas. Maquinaria e Equipamentos Industriais 28930 Fabricação de máquinas para as indústrias alimentares, Engenharia e Processos das bebidas e do tabaco. Industriais; Maquinaria e Equipamentos Agrícolas; Maquinaria e Equipamentos Industriais 28992 Fabricação de outras máquinas diversas para uso específico, n. e. Embalagem; Maquinaria e Equipamentos Agrícolas; Maquinaria e Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 120 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Equipamentos Industriais 32994 Fabricação de equipamento de proteção e segurança. Embalagem 32996 Outras Indústrias Transformadoras Diversas, N. E. Cultivo/Produção Agrícola 33120 Reparação e manutenção de máquinas e equipamentos. Maquinaria e Equipamentos Agrícolas; Maquinaria e Equipamentos Industriais 33200 Instalação de máquinas e de equipamentos industriais. Engenharia e Processos Industriais; Maquinaria e Equipamentos Agrícolas 36001 Captação e tratamento de água. Gestão Ambiental; Sector das Águas 37001 Recolha e drenagem de águas residuais. Sector das Águas 38112 Recolha de outros resíduos não perigosos. Gestão Ambiental 38220 Tratamento e eliminação de resíduos perigosos. Gestão Ambiental 42210 Construção de redes de transporte de águas, de esgotos e Sector das Águas de outros fluidos. 42990 Construção de outras obras de engenharia civil, n. E. Consultoria, Formação e Investigação + Desenvolvimento (I&D) 43130 Perfurações e sondagens. Sector das Águas 43210 Instalação elétrica. Maquinaria e Equipamentos Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 121 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Industriais 43222 Instalação de climatização. Maquinaria e Equipamentos Industriais 43290 Outras instalações em construções. Maquinaria e Equipamentos Industriais; Sector das Águas 43992 Engenharia e Processos Industriais Outras atividades especializadas de construção diversas, n. e 46140 Agentes do comércio por grosso de máquinas, Maquinaria e equipamento industrial, embarcações e aeronaves. Equipamentos Agrícolas; Maquinaria e Equipamentos Agrícolas 46170 Agentes do comércio por grosso de produtos alimentares, Cultivo/Produção bebidas e tabaco. Agrícola; Transportes, distribuição e logística 46180 46190 Agentes especializados do comércio por grosso de outros Cultivo/Produção produtos. Agrícola Agentes do comércio por grosso misto sem Aditivos e Matérias- predominância. primas para a Indústria Alimentar; Cultivo/Produção Agrícola; Maquinaria e Equipamentos Agrícolas Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 122 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio 46211 Comércio por grosso de alimentos para animais. Criação de animais; Cultivo/Produção Agrícola; Moagem/Nutrição Animal 46214 Comércio por grosso de cereais, sementes, leguminosas, Aditivos e Matérias- oleaginosas e outras matérias-primas agrícolas. primas para a Indústria Alimentar; Cultivo/Produção Agrícola; Engenharia e Processos Industriais 46220 Comércio por grosso de flores e plantas. Cultivo/Produção Agrícola 46311 Comércio por grosso de fruta e de produtos hortícolas, Aditivos e Matérias- exceto batata. primas para a Indústria Alimentar; Consultoria, Formação e Investigação + Desenvolvimento (I&D); Cultivo/Produção Agrícola 46320 Comércio por grosso de carne e produtos à base de carne. Criação de animais 46331 Comércio por grosso de leite, seus derivados e ovos. Aditivos e Matériasprimas para a Indústria Alimentar 46332 Comércio por grosso de azeite, óleos e gorduras Aditivos e Matérias- alimentares. primas para a Indústria Alimentar Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 123 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio 46341 Comércio por grosso de bebidas alcoólicas. Cultivo/Produção Agrícola 46361 Comércio por grosso de açúcar. Aditivos e Matériasprimas para a Indústria Alimentar 46362 Comércio por grosso de chocolate e de produtos de Aditivos e Matérias- confeitaria. primas para a Indústria Alimentar 46370 Comércio por grosso de café, chá, cacau e especiarias. Cultivo/Produção Agrícola 46381 Comércio por grosso de peixe, crustáceos e moluscos. Criação de animais 46382 Comércio por grosso de outros produtos alimentares, n. e. Aditivos e Matériasprimas para a Indústria Alimentar; Criação de animais; Cultivo/Produção Agrícola; Moagem/Nutrição Animal 46390 46460 Comércio por grosso não especializado de produtos Cultivo/Produção alimentares, bebidas e tabaco. Agrícola Comércio por grosso de produtos farmacêuticos. Cultivo/Produção Agrícola 46494 Outro comércio por grosso de bens de consumo, n. e. Consultoria, Formação e Investigação + Desenvolvimento (I&D); Embalagem 46510 Comércio por grosso de computadores, equipamentos Engenharia e Processos periféricos e programas informáticos. Industriais Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 124 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio 46520 46610 Comércio por grosso de equipamentos eletrónicos, de Maquinaria e telecomunicações e suas partes. Equipamentos Agrícolas Comércio por grosso de máquinas e equipamentos, Criação de animais; agrícolas. Cultivo/Produção Agrícola; Engenharia e Processos Industriais; Maquinaria e Equipamentos Agrícolas; Maquinaria e Equipamentos Industriais 46630 46690 Comércio por grosso de máquinas para a indústria Maquinaria e extrativa, construção e engenharia civil. Equipamentos Agrícolas Comércio por grosso de outras máquinas e equipamentos. Consultoria, Formação e Investigação + Desenvolvimento (I&D); Criação de animais; Embalagem; Gestão Ambiental; Maquinaria e Equipamentos Agrícolas; Maquinaria e Equipamentos Industriais 46711 Comércio por grosso de produtos petrolíferos. Maquinaria e Equipamentos Industriais Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 125 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio 46732 Comércio por grosso de materiais de construção (exceto Aditivos e Matérias- madeira) e equipamento sanitário. primas para a Indústria Alimentar 46750 Comércio por grosso de produtos químicos. Aditivos e Matériasprimas para a Indústria Alimentar; Cultivo/Produção Agrícola; Embalagem; Engenharia e Processos Industriais; Gestão Ambiental; Gestão da Qualidade; Maquinaria e Equipamentos Agrícolas 46762 Comércio por grosso de outros bens intermédios, n.e. Aditivos e Matériasprimas para a Indústria Alimentar; Cultivo/Produção Agrícola 46900 Comércio por grosso não especializado. Embalagem; Maquinaria e Equipamentos Agrícolas 47191 Comércio a retalho não especializado, sem predominância de produtos alimentares, bebidas ou tabaco, em grandes armazéns e similares. 47240 Embalagem; Moagem/Nutrição Animal Comércio a retalho de pão, de produtos de pastelaria e de Aditivos e Matérias- confeitaria, em estabelecimentos especializados. primas para a Indústria Alimentar Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 126 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio 47293 Outro comércio a retalho de produtos alimentares, em Aditivos e Matérias- estabelecimentos especializados, n. e. primas para a Indústria Alimentar; Criação de animais 47540 47761 Comércio a retalho de eletrodomésticos, em Engenharia e Processos estabelecimentos especializados. Industriais Comércio a retalho de flores, plantas, sementes e Consultoria, Formação e fertilizantes, em estabelecimentos especializados. Investigação + Desenvolvimento (I&D); Cultivo/Produção Agrícola 47784 Comércio a retalho de outros produtos novos, em Aditivos e Matérias- estabelecimentos especializados, n. e. primas para a Indústria Alimentar; Consultoria, Formação e Investigação + Desenvolvimento (I&D); Cultivo/Produção Agrícola; Engenharia e Processos Industriais; Maquinaria e Equipamentos Agrícolas 49410 Transportes rodoviários de mercadorias. Transportes, distribuição e logística 52101 Armazenagem frigorífica. Criação de animais 52292 Agentes Aduaneiros e Similares de Apoio ao Transporte. Transportes, distribuição e logística 56290 Outras atividades de serviço de refeições. Cultivo/Produção Agrícola Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 127 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio 58290 Edição de outros programas informáticos. Consultoria, Formação e Investigação + Desenvolvimento (I&D) 62010 Atividades de Programação Informática. Engenharia e Processos Industriais 62020 Atividades de consultoria em informática. Consultoria, Formação e Investigação + Desenvolvimento (I&D) 62090 Outras Atividades Relacionadas com as Tecnologias da Consultoria, Formação e Informação e Informática. Investigação + Desenvolvimento (I&D) 64202 Atividades das sociedades gestoras de participações Cultivo/Produção sociais não financeiras. Agrícola; Sector das Águas 65112 Outras atividades complementares de segurança social. Cultivo/Produção Agrícola 69200 Atividades de contabilidade e auditoria; consultoria fiscal. Consultoria, Formação e Investigação + Desenvolvimento (I&D) 70100 Atividades das sedes sociais. Aditivos e Matériasprimas para a Indústria Alimentar; Consultoria, Formação e Investigação + Desenvolvimento (I&D) 70210 Atividades de relações públicas e comunicação. Consultoria, Formação e Investigação + Desenvolvimento (I&D) 70220 Outras atividades de consultoria para os negócios e a Consultoria, Formação e Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 128 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio gestão. Investigação + Desenvolvimento (I&D); Engenharia e Processos Industriais; Gestão da Qualidade 71110 Atividades de Arquitetura. Consultoria, Formação e Investigação + Desenvolvimento (I&D) 71120 Atividades de engenharia e técnicas afins. Consultoria, Formação e Investigação + Desenvolvimento (I&D); Embalagem; Engenharia e Processos Industriais; Silvicultura 71200 Atividades de ensaios e análises técnicas Criação de animais; Consultoria, Formação e Investigação + Desenvolvimento (I&D); Engenharia e Processos Industriais; Gestão da Qualidade 72110 Investigação e desenvolvimento em biotecnologia. Consultoria, Formação e Investigação + Desenvolvimento (I&D); Gestão da Qualidade 72190 Outra investigação e desenvolvimento das ciências físicas Consultoria, Formação e e naturais. Investigação + Desenvolvimento (I&D); Engenharia e Processos Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 129 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Industriais 72200 Investigação e desenvolvimento das ciências sociais e Consultoria, Formação e humanas. Investigação + Desenvolvimento (I&D) 74900 Outras atividades de consultoria, científicas, técnicas e Consultoria, Formação e similares, n.e. Investigação + Desenvolvimento (I&D); Engenharia e Processos Industriais; Gestão Ambiental; Gestão da Qualidade 77310 Aluguer de Máquinas e Equipamentos Agrícolas. Engenharia e Processos Industriais 78300 Outro fornecimento de recursos humanos. Consultoria, Formação e Investigação + Desenvolvimento (I&D) 81291 Atividades de desinfeção, desratização e similares. Engenharia e Processos Industriais; Gestão Ambiental 81300 Atividades de plantação e manutenção de jardins. Cultivo/Produção Agrícola 82922 Outras atividades de embalagem. Embalagem 82990 Outras atividades de serviços de apoio prestados às Consultoria, Formação e empresas, n. e. Investigação + Desenvolvimento (I&D); Gestão da Qualidade 85420 Ensino superior. Consultoria, Formação e Investigação + Desenvolvimento (I&D) Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 130 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio 85591 Formação profissional. Gestão da Qualidade 86906 Outras atividades de saúde humana, n. e. Gestão da Qualidade 93293 Organização de Atividades de Animação Turística. Criação de animais 94110 Atividades de organizações económicas e patronais. Criação de animais; Cultivo/Produção Agrícola 94995 Outras atividades associativas, n.e. Consultoria, Formação e Investigação + Desenvolvimento (I&D) Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 131 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio ii. Anexo 2 QUESTIONÁRIO - EMPRESAS QUE FORNECEM O AGRO-NEGÓCIO DEFINIÇÃO DA ATIVIDADE DA EMPRESA P1 A atividade da sua empresa está relacionada com o Agro-negócio? (resposta única) Sim ....................................................................... Não ....................................................................... P2 Os principais clientes da sua empresa pertencem à: (resposta múltipla) Agro-indústria ....................................................... Agricultura ............................................................ Pecuária ............................................................... Pesca .................................................................... Floresta ................................................................ Outros. Quais? ________________________ ....... P3 Das frases abaixo, qual considera ser a que melhor descreve a atividade da sua empresa: (resposta única) Produzimos matérias-primas ou produtos intermédios ........................................................ Fabricamos produtos finais Agro-indústriais ......... Fabricamos máquinas ou equipamentos ............... Comercializamos (e não fabricamos) produtos, máquinas ou equipamentos ................................ Prestamos serviços à Agro-indústria ..................... Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 132 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio P4 Os serviços, tecnologias ou produtos fornecidos pela sua empresa são desenvolvidos: (resposta única) Na sua própria empresa (totalmente nacionais) .... Alguns na sua empresa e outros fora mas em Portugal (totalmente nacionais) .......................... Alguns na sua empresa e outros fora podendo ser internacionais ..................................................... Exclusivamente importados / internacionais ......... P5 A sua empresa fornece serviços, tecnologias ou produtos destinados a: (resposta múltipla) Tecnologias / Equipamentos Produtos / Serviços Tecnológicos Maquinaria Agrícola .......................... Criação de Animais ........... Alimentar ....................... Gestão da Qualidade ........ Gestão Ambiental ............ Embalagem ...................... Sector das Águas .............. Cultivo Aditivos / e Produção Matérias- primas para a Indústria Engenharia e Processos Industriais ...................... Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 133 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Consultoria, Formação e Investigação + Desenvolvimento (I&D) .. Animal ........................... Silvicultura / Floresta ....... Maquinaria e Equipamentos Agrícolas ....................................... Maquinaria e Equipamentos Industriais ...................... Moagem / Nutrição Transportes, Distribuição e Logística ...................... MERCADOS DE CONTACTO P6 No caso da sua empresa ser exportadora, indique o respetivo peso no volume de vendas? 0 - 100 PESO(%) P7 Indique, para cada tipo de cliente atrás Identificado, a respetiva percentagem de exportação: (O total das exportações terá de ser igual a 100%) Agro-indústria ................... C11 Agricultura ........................ C12 Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 134 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio P8 Pecuária ............................ C13 Pesca ................................ C14 As exportações da sua empresa são dirigidas maioritariamente a que países? (resposta múltipla) Europa ............................ Países Principais:_____________________________________ América do Norte ........... Países Principais:_____________________________________ América do Sul ................ Países Principais:_____________________________________ Ásia................................. Países Principais:_____________________________________ África .............................. Países Principais:_____________________________________ Médio Oriente ................ Países Principais:_____________________________________ Austrália/Oceania ........... Países Principais:_____________________________________ P9 No caso de importar serviços, tecnologia ou produtos, indique o/s País/es de origem: (resposta múltipla) Europa ............................. Países Principais:_____________________________________ América do Norte ........... Países Principais:_____________________________________ América do Sul ................ Países Principais:_____________________________________ Ásia................................. Países Principais:_____________________________________ África .............................. Países Principais:_____________________________________ Médio Oriente ................ Países Principais:_____________________________________ Austrália/Oceania ........... Países Principais:_____________________________________ Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 135 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio COMPETÊNCIAS E RECONHECIMENTOS P10 Os sistemas de gestão da sua empresa estão certificados em que domínios? (resposta múltipla) Qualidade ............................................................. Inovação ............................................................... Ambiente .............................................................. Higiene e Segurança ............................................. HACCP .................................................................. BRC / IFS ............................................................... Outras. Quais? ________________________ ....... P11 A sua empresa já recebeu prémios e distinções? (resposta múltipla) PME Líder ............................................................. PME Excelência ..................................................... PME Inovação ....................................................... Outros. Quais? ________________________ ....... Não recebeu ......................................................... P12 Costuma participar em eventos tais como: (resposta múltipla) Feiras Nacionais .................................................... Feiras Internacionais ............................................. Congressos ........................................................... Seminários/Encontros/Simpósios .......................... Outros. Quais? ________________________ ....... Nunca participou .................................................. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 136 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio P13 Como classifica o nível tecnológico do serviço, equipamento ou produto que a sua empresa fornece? (resposta única) Envolve bastante Investigação e Desenvolvimento (I&D) ou tecnologia de ponta .............................. Envolve alguma Investigação e Desenvolvimento (I&D) ou tecnologia específica ............................. Envolve pouca Investigação e Desenvolvimento (I&D) ou tecnologia básica .................................. Não envolve Investigação e Desenvolvimento (I&D) nem tecnologia .......................................... PARCERIAS E APOIOS AO DESENVOLVIMENTO P14 A sua empresa está ligada a algum coletivo ou associação? (resposta única) Sim. Qual(ais)? ________________________ ....... Não ....................................................................... P15 A sua empresa tem contacto, ligação ou relacionamento com Centros de Investigação e Universidades (Sistema Científico e Tecnológico)? (resposta única) Muito Frequente ................................................. Frequente ........................................................... Pouco Frequente ................................................. Nunca ................................................................. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 137 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio P16 Mencione a entidade do Sistema Científico e Tecnológico (Centros de Investigação e Universidades) com quem mantém relacionamento mais frequente X P12C Na sua opinião, em Portugal, como avalia a relação entre Empresas e Sistema Científico e Tecnológico? (resposta única) Excelente .............................................................. Boa ....................................................................... Suficiente .............................................................. Fraca ..................................................................... Ns/Nr .................................................................... P18 Que entidades têm feito mais esforço para dinamizar esta relação? (resposta múltipla) Empresas .............................................................. Centros de Investigação e Universidades .............. Estado .................................................................. Outras. Quais? ________________________........ Nenhuma .............................................................. P19 Com que frequência a sua empresa participa em Projectos de I&D (Investigação e Desenvolvimento)? (resposta única) Muito Frequente ................................................. Frequente ........................................................... Pouco Frequente ................................................. Nunca ................................................................. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 138 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio P20 Como avalia os resultados dessa participação? (resposta única) Positiva ................................................................. Negativa ............................................................... Neutra .................................................................. P21 O acesso da sua empresa a novos conhecimentos, tecnologias ou processos, provém maioritariamente da relação que tem com o Sistema Científico e Tecnológico (Centros Investigação e Universidades)? (resposta única) Sim ....................................................................... Não ....................................................................... P22 (Comentário opcional) X P23 A sua empresa beneficiou nos últimos anos de apoios públicos, nacionais ou comunitários, à atividade? (resposta múltipla) QREN .................................................................... Créditos bancários bonificados ............................. Outros. Quais? ________________________ ....... Não ....................................................................... Ns/Nr .................................................................... P24 Qual a finalidade desses apoios? (resposta múltipla) Formação ............................................................. Investigação (I&D) ................................................. Internacionalização ............................................... Produção (IP) ........................................................ Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 139 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Financiamento ...................................................... Outros. Quais? ________________________ ....... PERSPECTIVAS PARA O NEGÓCIO NO FUTURO P24 Do seu ponto de vista, nos próximos anos, como prevê que irá evoluir cada um dos indicadores abaixo descritos no caso das empresas que fornecem serviços, tecnologias ou produtos ao Agro-negócio: Aumentar Diminuir Manter Ns/Nr Volume de negócios.......... Número de empresas........ clientes ........................... Conjuntura do sector ........ Número de Inovação novos e Desenvolvimento ............ Exportação e Internacionalização ......... Ligação ao Sistema Científico e Tecnológico .. Facilidade de acesso a Crédito............................ INTERESSE EM PROJETOS E DADOS DA EMPRESA P25 A sua empresa está interessada em participar em projetos que envolvam apoios públicos, nacionais ou comunitários? (resposta única) Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 140 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Sim ....................................................................... Não ....................................................................... Talvez ................................................................... Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 141 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Queira por favor validar contactos e fornecer algumas informações adicionais: P26 Nome da Empresa: X P27 Contacto X P28 E-mail X P29 Site X P30 NIF X P31 Nome da Pessoa Responsável: X Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 142 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 143 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio P32 Faturação anual da empresa: 0-249.999 euros .................................................... 250.000-499.999 euros ......................................... 500.000-999.999 euros ......................................... 1 milhão–10 milhões euros ................................... Mais de 10 milhões euros ..................................... Não sabe .............................................................. P33 Nº Empregados: X P34 % Empregados Licenciados (0-100): X P35 Média de Idade dos Empregados: Menos de 25 anos ................................................ 25-39 .................................................................... 40-55 .................................................................... Mais de 55 ............................................................ Não sabe .............................................................. Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 144 | P á g i n a Caracterização da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agronegócio P36 Número de anos de atividade da empresa: Menos de 1 ano .................................................... De 1 a 4 anos ........................................................ De 5 a 9 anos ........................................................ 10 ou mais anos .................................................... Não sabe ............................................................... Rede de Cooperação da Fileira das Tecnologias e Serviços do Agro-negócio 145 | P á g i n a