Moisés Alves de Oliveira
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OS ESTUDOS NA DISCIPLINA INCLUIRÃO:
Revisão das principais direções assumidas pelo campo dos Estudos Culturais da Ciência. Análises da produção discursiva da ciência e do
conhecimento científico. Instâncias e processos culturais que estudam o fluxo da ciência.
2 - CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Os Estudos Culturais das Ciências.
A instituição das ciências como disciplinas.
Produzindo o discurso científico da ciência como fatos inquestionáveis.
Articulações na formação dos interesses que constituem a ciência escolar.
3 – CRONOGRAMA DE LEITURAS E PROBLEMATIZAÇÕES
12 AGOSTO
Introdução à temática e discussão das estratégias dos seminários (Prof. Moisés)
19 AGOSTO
Leitura central:
NELSON, C. et al. Estudos culturais: uma introdução. In: SILVA, T. T. Alienígenas na sala de aula: Uma introdução aos estudos culturais
em educação. Petrópolis: Vozes, 2002.
Leituras orientadoras:
COSTA, M. V., et al. Estudos culturais, educação e pedagogia. Rev. Bras. de Educação. n. 23, número especial. 2003.
HESS, David. Science studies: an advanced introduction. New York/London: New York University Press, 1997.
ESCOSTEGUY, Ana Carolina D. Uma introdução aos estudos culturais. Revista FAMECOS, Porto Alegre, nº 9, dezembro 1998
26 AGOSTO
Leitura central:
PETERS, Michael. Pós-estruturalismo e filosofia da diferença. Belo Horizonte: Autêntica, 2000. (Primeiro capítulo)
Leituras orientadoras:
PARAÍSO, Marlucy Alves. Pesquisas pós-críticas em educação no Brasil: esboço de um mapa. Cad. Pesqui. vol.34 no.122 São
Paulo May/Aug. 2004.
VEIGA-NETO, A. Crítica pós-estruturalista e educação. Porto Alegre: Sulina, 1995.
02 SETEMBRO
Leitura central:
CEVASCO, M aria Elisa. Dez lições sobre os estudos culturais. São Paulo: Boitempo, 2008. (Primeira lição p. 926)
Leituras orientadoras:
CEVASCO, M aria Elisa. Dez lições sobre os estudos culturais. São Paulo: Boitempo, 2008. (Terceira lição p.
42-59)
CEVASCO, M aria Elisa. Dez lições sobre os estudos culturais. São Paulo: Boitempo, 2008. (Sexta lição p. 99118)
09 SETEMBRO
Leitura central:
16 SETEMBRO
Leitura central:
23 SETEMBRO
Leitura central:
30 SETEMBRO
Leitura central:
Leituras orientadoras:
07 OUTUBRO
Leitura central:
14 OUTUBRO
Leitura central:
Leituras orientadoras:
21 OUTUBRO
Leitura central:
28 OUTUBRO
Leitura central:
04 NOVEMBRO
Leitura central:
11 NOVEMBRO
Leitura central:
Leituras orientadoras:
18 NOVEMBRO
Leitura central:
Meu Deus, os fatos são como as
vacas... Quando os fitamos
longamente nos olhos eles se vão...
Knorr Cetina
Stuart Hall
Joseph
Rouse
Raymond
Williams
Bruno Latour
Sandra
Corazza
Maria L. Wortmann
Tomaz Tadeu da Silva
Alfredo da Veiga-Neto
Karin
Knorr
Cetina
MODERNIDADE
O termo: remonta ao século 5,
significa “atual”.
As características:
O racionalismo iluminista
propõe a partir do século 17:
 A ciência positiva;
 A noção de sujeito histórico
cognoscente;
 A idéia progressista de
história:
 Na ciência: verdade;
 Na ética: retidão moral;
 Na arte: beleza.
PÓS-MODERNIDADE
O termo: foi usado inicialmente a
partir de 1950 para designar certas
manifestações de contra-cultura
contemporâneas.
As perspectivas:
Propõe o descrédito a significados e
metanarrativas universalizantes:
 Deslegitimação da ciência como
autoridade hegemônica;
 O sujeito provisório, uma celebração
móvel;
 A perspectiva contingente da
história:
•Na ciência: agonística e incerteza;
•Na ética: mistura e simulacro
cultural;
•Na arte: ironia, pastiche...




MODERNIDADE
A ideologia do progresso: a
crença no progresso
indefinido levaria a
humanidade à perfeição;
Universalidade da razão e
culto à individualidade;
Enquanto a razão governa as
ações humanas, a
humanidade se dirige no
sentido da perfeição;
Criam-se as grandes utopias:
 aventura;
 exploração;
 fuga para a frente.
PÓS-MODERNIDADE
Crítica ao modelo da razão
(Maffessoli, Lyotard, Bauman):
 Coexistência de contrários;
 Negação da distinção entre
ciência e cultura;
 Desconfia-se das grandes
utopias:
 aventura ≈ subjetivação;
 exploração ≈ conquista e
usurpação;
 fuga para a frente ≈
niilismo.

MODERNIDADE
O discurso na modernidade
 Refere-se a leis universais que
constituem e explicam o ser, a
realidade. Seus termos
dominantes são:
 determinismo;
 universalidade;
 progresso;
 emancipação;
 unidade;
 continuidade.
 Pretende-se que exista
objetividade absoluta na ciência,
legalidade universal na moral e
lógica interna na arte.

PÓS-MODERNIDADE

O discurso na pós-modernidade:
 a mudança de atitude cultural.
Desencanto. Descrença no
progresso da razão, nas grandes
utopias, nos relatos totalizantes
como os do:
 Cristianismo;
 Do marxismo;
 Da política emancipatória.
 Crise na ciência e sua relação com a
sociedade. Perda da credibilidade.
Questionamento da legitimidade
do discurso científico: A ciência só
conta com indicadores e não com
verdades absolutas.
MODERNIDADE

O discurso na modernidade
 O sujeito do discurso
científico é a humanidade;
 Entende-se que há uma
passagem da ciência para a
verdade (realidade) e desta
para a legitimação do saber
narrativo;
 O Estado tem a função de
formar o povo; daí a
concepção de Estado como
guardião e defensor do
cidadão; quer-se o Estado
Providência;
 Os discursos forma-se em
metarrelatos que tem como
referência a igualdade.
PÓS-MODERNIDADE










O discurso na pós-modernidade:
Indefinições = perda de limites, fluidez,
coexistência de estilos e valores,
pluralidade de papéis.
Redefine-se a objetividade: ela está
condicionada pela historicidade.
Contesta-se o conceito com chave
intelectiva no real.
Incorporação do lúdico, do imaginário.
A fragmentação explica a desordem e a
perplexidade.
Contestação ao poder; defesa da
potência multiforme no cotidiano (não
há uma causalidade linear e única).
Lógica do doméstico; micropolíticas.
Superação do conceito de separação.
Relação coma a natureza unida à cultura.
Aceitação das “identificações mútuas”
Processo de sinceridades sucessivas.
(Não há uma verdade, mas várias, às
quais se adere sucessivamente).
Discussão na pós-modernidade:
 Admite-se que só pode haver consensos locais e parciais. Isto não é fruto
da contradição relativismo x universalismo. Trata-se de distintos jogos de
linguagem.
 Alguns dos termos do discurso são: desconstrução, alternativas,
perspectivas, indeterminação, descentralização, dissolução, diferença.
 Admite-se que a ciência impõe suas regras de jogo, que a moral se rege
por uma pluralidade de códigos e que a arte não contém uma lógica
interna.
 O projeto da modernidade apostava no progresso. Admitia-se que a
ciência avançava rumo à verdade, que a arte se expandira como forma de
vida e a ética encontraria a universalidade de normas fundamentadas
racionalmente.
 No entanto, as comoções sociais e culturais dos últimos decênios
parecem contradizer os ideais modernos. A modernidade, carregada de
utopias, dirigia-se rumo a um amanhã melhor. A pós-modernidade,
desencantada, descarta as utopias.
ESTRUTURALISMO
O termo: cunhado na França, anos 50, diz
que a língua é estruturada como um
sistema sincrônico cuja relação significado
e significante só significam pelas diferenças
que estabelecem entre si.
As perspectivas:
 O processo de significação é arbitrário
– a cultura concebe o signo por meio
da diferença entre o que se diz
(significado), e o que realmente é uma
coisa (significante);
 A organização da escrita é um
conjunto estrutural de regras:




Hierárquicas;
Científicas (racionais);
Códigos correspondentes.
Há uma estrutura na linguagem e na
escrita que permite estudar
cientificamente o mundo social.
PÓS-ESTRUTURALISMO
O termo: é abrangente, cunhado em
particular para modificar as estruturas
e processos fixos e rígidos de
significação na linguagem.
As perspectivas:
 O processo de significação é
incerto – a cultura é concebida
essencialmente como um campo
de luta em torno da produção de
significados;
 A organização da escrita
(linguagem) é rizomática:




Não-hieráquica;
Não-estrutural;
Não-linear.
A necessidade e o sentimento de
ausência da linguagem produzem
a estrutura e o mundo social.
RELATIVISMO
O termo: no contexto da análise cultural, refere-se à perspectiva
antropológica segundo a qual não existe nenhum critério
absoluto pelo qual se possa efetuar uma hierarquização que sirva
de referência para se decidir entre diferentes grupos culturais.
As perspectivas:
 Opõe-se ao absolutismo.
Não significaria o abandono de qualquer possibilidade de
realismo na ciência.
 equivale a uma volta ao realismo, porém por meios menos
duros, com olhares mais detidos sobre os intermediários.


Adota as concepções pós-estruturalistas de que a cultura é um
campo de lutas em torno do significado.
O termo: tem origem no Centre for Contemparary Cultural Studies, Birmingham,
1964.
As perspectivas:
 Faz oposição à concepção cultural como sendo constituída apenas pelas obras
artísticas e literárias consideradas de excelência.
 Assume que a cultura é a totalidade da experiência vivida.
 Adota as concepções pós-estruturalistas de que a cultura é um campo de lutas em
torno do significado.
 Tem como desdobramento os estudos culturais das ciências:
 A ciência não é considerada como tendo autoridade discursiva e hegemônica sobre outras
formas culturais.
Os desdobramentos:
 Passou-se a prestar atenção aos eventos corriqueiros do dia-a-dia das pessoas
comuns.
 Os saberes populares passaram a ser considerados como culturas importantes.
 Os movimentos culturais que visavam a comportamentos totalizantes passaram a
ser vistos como de subjetivação e de dominação.
 Movimentos como os do Greenpeace que trazem uma égide e emancipação e
libertação passam a ser vistos como campos de luta..
Como assim, estudos culturais e esquerda? O que quer dizer esquerda?
O sujeito “anárquico”, é aquele que se autoconstitui nas lutas
contra os dispositivos disciplinares de poder e analíticos da
verdade, ou seja, que determinam a torção das relações
sociais com base hierárquica e autoritária, fixando aquilo que
é possível ou não, que é ou não lícito por ser verdadeiro...
Momentos utópicos
Nova política da diferença
Se a diferença é tomada
na sua forma radical, não
há como estabelecer um
lócus privilegiado do qual
se possa partir para
estabelecer a própria
diferença.
•Racial;
•Sexual;
•Cultural;
•Transnacional;
•Científica...
Perdem o significado
Promessa material
e econômica
Vascularização na elite
acadêmica e uso como capital
cultural em pesquisas e etc.
Contraditoriamente, é
no disciplinamento que
os EC encontram maior
expansão.
Garantia de um
constante campo de
lutas com os
guardiões da disciplina
acadêmica, cultural,
ética...
Guarda-se contudo
parte da promessa
inicial:
Ser interdisciplinar,
multidisciplinar e
mais radicalmente...
Antidisciplinar.
Quais campos
disciplinares são
utilizados?
Qualquer um! ...
Pós-modenismo
Pós-estruturalismo
Epistemologia
Feminismo
Psicanálise
Marxismo e pós-marxismo
... Que seja útil para produzir conhecimento acerca das culturas dentro de uma égide
não caudatária.
Quais
metodologias
utilizar?
Qualquer uma! É
alquimia...
Bricolagem
Etnometodologia
hermenêutica
Estudos de caso
Survey
Bricolage
Historiografia
... Que seja útil para produzir conhecimentos acerca das culturas dentro de uma égide
não caudatária.
Contudo, Estudos
culturais não podem
e não são qualquer
coisa...
As relações de poder
A problematização do conceito de cultura
Explícita recusa à naturalização...
Explícito interesse nos processos de transformação social e cultural e como estudá-las
Explícito interesse na prática cotidiana, é um quase retorno ao realismo, mantendose contudo a inocência... A humildade.
O atuante dos E.C. não esperam que seus esforços sejam perenes,
universais... Têm nas lutas locais seus principais objetivos.
Os objetos nunca estão sozinhos... Fora do próprio contexto da
representação, jamais podem ser analisados por eles mesmos...
Mas sempre em relação à sua construção e a seus efeitos sociais.
• Até o séc. 18, designava cultura de alguma coisa.
Ao lado da palavra “civilização” começou a ser utilizada
como um substantivo abstrato.
conexão com mecanicismo moderno;
as nações, os folclores, as crenças.
civilização asteca;
civilizado em oposição à bárbaro.
cultura de tomates.
desenvolvimento intelectual,
estético e espiritual.
•Cultura erudita: (Monalisa, Wagner...);
•Cultura Científica: (Química, Física, Biologia);
•Cultura Técnica: – meio de cultura (agar-agar).
•Cultura de massa;
•Cultura popular;
•Cultura de minorias;
•Sub culturas.
Metade do século 20
Proliferam diferentes
formas de olhar o
conhecimento
“estabelecido”
 Humanas;
 Sociais;
 Naturais.
Étnicos
Forte vínculo com
movimentos
sociais
Raciais
Sexistas
Ambientalistas
Anti-colonialistas
Os vínculos teóricos pósguerra articulados aos
movimentos sociais
fortaleceram-se como
formas
“alternativas“ de pensar.
Produzindo novos campos
de conhecimento:
Estudos de
Gênero e
Sexistas
Estudos
Étnicos e
de Raça
Estudos Culturais
Joseph Rouse nominou
de
Estudos
Culturais do
Conhecimento
Científico
ou
Estudos Culturais da
Ciência
No controvertido campo de investigações e de práticas em que se constituem os
Estudos Culturais da Ciência, destaca-se o papel atribuído à cultura nos processos de
construção e produção do conhecimento científico. Para Rouse, essa cultura tem a ver
com:
 Práticas sociais;
 Tradições lingüísticas;
 Processos de constituição de identidades e comunidades;
 Solidariedades.
Mas também com:
 Estruturas e campos de produção e de intercâmbio de significados entre os
membros de uma sociedade ou grupo.
A produção científica é vista nesse campo
cultural como construções sócio-culturais
 Tais estudos retiram a prática e o
conhecimento científico do âmbito
exclusivo da epistemologia, trazendo-os
para o mundo da vida.
 Atuam na direção de indicar processos de
representações culturais de ciência,
colocadas em circulação como:
 Laboratórios científicos;
 Museus;
 Papers;
 Revistas científicas;
 Internet;
 Etc...
A percepção de que a representação científica
circula cada vez mais intensamente fora dos
lugares sagrados, motivam estudos da ciência
na:
 Literatura (qualquer literatura);
 Cinema;
 Revistas de divulgação científica;
 Jornais diários;
 Revistas de variedades e de notícias;
 Quadrinhos;
 Charges;
 Anúncios publicitários;
 Etc...
No Brasil, que parece ter encontrado no
positivismo um antídoto à mestiçagem cultural,
os Estudos Culturais podem funcionar
ricamente, tanto na:
Filosofia pós-positivista:
Busca superar a orientação
empiricista-positivista,
representado, sobretudo, pelo
realismo e neo-realismo.
Abrange um leque amplo e
heterogêneo de autores e de
discursos:
•Escola de Frankfurt
•Estudos críticos;
•Pós-modernistas ;
•Pós-estruturalistas;
•Feministas;
•Construtivistas...
Quanto na:
Sociologia do conhecimento:
Programa forte da sociologia do
conhecimento:
▪ Escola de Edimburgo;
▪ Construtivismo
(construcionismo);
▪ Estudos de laboratório;
▪ Análise discursiva da
ciência.
Raymond Williams (31/08/1921 26
/01/1988)
Nascido
em
Llanfihangel Crucorney, Gales,
filho de um trabalhador ferroviário.
Ensinou por muitos anos no
programa de educação para
adultos. Ficou famoso com o livro
Cultura e Sociedade, publicado em
1958. Tal sucesso foi seguido em
1961 por A Longa Revolução.
Com o sucesso de seus livros, ele
foi convidado a retornar a
Cambridge em 1961, tornando-se
então Professor de Dramaturgia
(1974 - 1983). foi indicado como
Professor visitante de Ciências
Políticas em Stanford University
em 1973. Socialista engajado,
esteve grandemente interessado
nas relações entre linguagem,
literatura e sociedade, publicando
muitos livros, ensaios e artigos
sobre estes e outros assuntos.
Williams, Raymond. Cultura e sociedade.
São Paulo: Nacional, 1969. (39 W726ca)...
O conceito de cultura em Raymond Williams
e Edward P...
Para ler Raymond Williams ...
Cultura e Educação: uma reflexão com base
em Raymond Williams ...
Por que ler “Para ler Raymond Williams”? ...
Os estudos culturais...
Stuart Hall (3/02/1932 em Kingston, Jamaica).
Teórico Cultural, trabalha/ou Reino Unido. Ele contribuiu com
obras chave para os estudos da cultura e dos meios de
comunicação, assim como para o debate político.
Em 1951 Hall mudou-se para Bristol, aonde viveu antes de ir para
Oxford. Ele estudou como um bolsista Rhodes no Merton College,
na Universidade de Oxford, onde obteve o seu mestrado (M.A.)
Trabalhou na Universidade de Birmingham e tornou-se o
personagem principal do Birmingham Center for Cultural Studies.
Entre 1979 e 1997, Hall foi professor na Open University.
Nos anos 1950, após ter trabalhado na Universities and Left
Review, Hall juntou-se a E. P. Thompson, Raymond Williams e
outros para fundar a revista New Left Review. Sua carreira
deslanchou após co-autorar com Paddy Whannel “The popular
arts” em 1964. O convite feito por Richard Hoggart para que Hall
entrasse no Birmingham Center for Cultural Studies foi um
resultado direto dessa publicação. Em 1968 Hall tornou-se o
diretor dessa unidade situada na Universidade de Birmingham.
Seus trabalhos – como os estudos sobre preconceito racial e mídia
– são considerados muito influentes e fundadores dos
contemporâneos estudos culturais.
Contudo, Hall vê-se a si mesmo como mais distanciado do Partido
Trabalhista do que nunca. Telespectadores britânicos conhecemno por seus gentis et sensatos comentários sobre as questões que
se colocam atualmente no país envolvendo uma sociedade
acentuadamente multi-cultural. Hall apresenta o programa
“Politicamente Incorreto” na CNBC. Embora menos conhecido na
América Latina, Hall é muito respeitado na Europa e na América
do Norte.
HALL, Stuart. Da Diáspora:
Identidade e Mediações
Culturais. Belo Horizonte:
UFMG, 2003.
•Hall, Stuart. "Cultural Studies: two
paradigms" in Media, Culture and Society
2, 1980, 57-72.
•Hall, Stuart. Representation: Cultural
Representations and Signifying Practices,
1997.
•Hall, Stuart. Encoding and Decoding in
the Television Discourse, 1973.
•Hall, Stuart. "Notes on Deconstructing
the Popular" in People's History and
Socialist Theory, London: Routledge,
1981, 227-49.
Publicações ...
Karin Knorr-Cetina
(19/07/1944 em Graz, Áustria) é uma socióloga
conhecida por seu trabalho sobre
epistemologia e Construcionismo Social.
Atualmente, ela se concentra no estudo das
microestruturas globais e estudos sociais das
Finanças. Karin Knorr é professora de Teoria
da Sociologia na Universidade de Konstanz e
professora convidada na Universidade de
Chicago.
•Knorr-Cetina, Karin. The Manufacture of
Knowledge - An Essay on the Constructivist and
contextual Nature of Science: Oxford: Pergamon
Press, 1981.
•Knorr-Cetina, Karin. Epistemic Cultures: How the
Sciences Make Knowledge (New York, 1999)
•Knorr Cetina, K. (1997). Sociality with objects:
social relations in postsocial knowledge societies.
Theory, culture & society, 14(4), 1-30.
•Knorr Cetina, K., & Brugger, U. (2002). Traders'
Engagement with Markets: A Postsocial
Relationship. Theory Culture Society, 19(5-6), 161185.
Outros textos…
Uma de suas grandes contribuições para o
campo dos Estudos Culturais das Ciências é o
conceito teórico de culturas epistêmicas.
Knorr-Cetinas Homepage
Bruno Latour
(22/06/1947) é um filósofo francês.
A sua principal contribuição teórica é - ao lado
de outros autores como Michel Callon - o
desenvolvimento da ANT - Actor Network
Theory (Teoria ator-rede) que, ao analisar a
atividade científica, considera, enquanto
variáveis, tanto os atores humanos como os
não-humanos, estes últimos devido à sua
vinculação ao princípio de simetria
generalizada.
Latour possui doutorado em filosofia e é
professor da École nationale supérieure des
mines de Paris e da Universidade da Califórnia
em San Diego.
Realizou estudos etnográficos na África e na
América, mas sua etnografia mais conhecida
foi feita no Laboratório de Endocrinologia do
Instituto Salk, na Califórnia. Ela deu origem ao
livro Vida de Laboratório, escrito em parceria
com o sociólogo inglês Steve Woolgar.
Sítio oficial do Latour
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Estudos Culturais das Ciências: uma introdução