Implementação dos NPPEB LEITURA Formadora: Conceição Amorim Formandas: Ana Bárbara Conde Sobral, Ana Elisabete Dinis Relvas, Ana Paula Magalhães Soares, Cláudia Marisa Martins de Sá e Eva Maria Alves Ramos Ler e apreciar textos variados 5º Ano – 2 Blocos de 90m • Apresentação da sequência Propor a leitura de um poema de Luísa Ducla Soares • Competência foco Leitura CO EO • Competências associadas: Compreensão do oral Expressão oral Escrita L E • Conhecimentos prévios Antecipar o assunto de um texto. Saber utilizar diferentes estratégias de leitura de acordo com o objectivo. Exprimir sentimentos, emoções, opiniões, provocados pela leitura dos textos. Ler e ouvir obras de literatura para a infância e reagir aos textos. Descritores de Desempenho LEITURA Fazer apreciações críticas sobre um texto, incidindo sobre o conteúdo e sobre a linguagem. Expressar ideias e sentimentos provocados pela leitura de texto literário. Resultados esperados LEITURA Ler textos variados em diferentes suportes, com precisão, rapidez e alguma expressividade. Ler para entretenimento, concretização de tarefas, recolha e organização de informação, construção de conhecimento e fruição estética. Posicionar-se quanto à pertinência e validade da informação lida e quanto aos efeitos produzidos pelos recursos verbais e não verbais. Ler textos literários, tomando consciência do modo como os temas, as experiências e os valores são representados. Descritores associados COMPREENSÃO DO ORAL Prestar atenção ao que ouve, de modo a tornar possível: cumprir instruções dadas; responder a perguntas acerca do que ouviu. Manifestar a reacção pessoal ao texto ouvido, tendo em conta a sua tipologia. Resultados esperados COMPREENSÃO DO ORAL Saber escutar para reter informação essencial, discursos breves, em português padrão, com algum grau de formalidade. Interpretar informação ouvida, distinguindo o facto da opinião, o essencial do acessório, a informação explícita da informação implícita. Descritores associados EXPRESSÃO ORAL Produzir textos orais, de modo a tornar possível: exprimir os conhecimentos, emitir opiniões, construir uma argumentação, através de um discurso convincente e com alguma complexidade. Ler em público, em coro ou individualmente (neste caso, individualmente). Resultados esperados EXPRESSÃO ORAL Compreender os diferentes argumentos que fundamentam uma opinião. Relatar ocorrências, fazer discrições e exposições sobre assuntos do quotidiano, de interesse pessoal, social ou escolar, com algum grau de formalidade. Apresentar e defender opiniões, justificando com pormenores ou exemplos e terminando com uma conclusão adequada. Produzir discursos orais coerentes em português padrão, com vocabulário adequado e estruturas gramaticais e alguma complexidade. Descritores associados ESCRITA Fazer um plano, esboço prévio ou guião do texto. Redigir o texto. Rever o texto, aplicando procedimentos de reformulação. Produzir textos que obriguem a uma organização discursiva bem planificada e estruturada, com a intenção de: - reformular, reinterpretar, resumir; - relatar, expor, descrever; - analisar, comentar, criticar. Escrever textos por sua iniciativa para expressar conhecimentos, experiências, sensibilidade e imaginário. Resultados esperados ESCRITA Escrever para responder a diferentes propostas de trabalho, recorrendo a técnicas de relação, registo, organização e transmissão da informação. Utilizar com autonomia processos de planificação, textualização e revisão, com recurso a instrumentos de apoio e ferramentas informáticas. Em termos pessoais e criativos, em diferentes suportes e num registo adequado ao leitor visado, adoptando as convenções próprias do tipo de texto. Produzir textos coerentes e coesos em português padrão, com tema de abertura e fecho congruente, com uma demarcação clara de parágrafos e períodos e com uso correcto da ortografia e da pontuação. Para realizar esta actividade, pressupõe-se que os alunos já tenham trabalhado os componentes e estrutura da narrativa: planificação de textos; texto narrativo; componentes da narrativa: personagens (principal, secundária(s), espaço, tempo e acção; estrutura da narrativa: introdução, desenvolvimento e conclusão; espaço, margem, período, parágrafo; pontuação e sinais auxiliares de escrita; Ortografia. PRÉ-LEITURA A professora projecta uma imagem aos alunos. Solicita-lhes que antecipem o assunto do poema que irão ouvir e ler. Ouve as várias sugestões. A professora projecta então o título do texto. “Meninos de todas as cores” Aguarda alguns momentos e pergunta aos alunos se a opinião que tinham exposto anteriormente se mantém ou se querem acrescentar/ reformular a mesma. Ouve as sugestões. LEITURA A professora faz uma leitura em voz alta, expressiva, de forma a facilitar uma primeira descodificação do texto. Distribui de seguida o poema aos alunos para uma leitura silenciosa do mesmo. Era uma vez um menino branco chamado Miguel, que vivia numa terra de meninos brancos e dizia: É bom ser branco porque é branco o açúcar, tão doce, porque é branco o leite, tão saboroso, porque é branca a neve, tão linda. Mas certo dia o menino partiu numa grande viagem e chegou a uma terra onde todos os meninos eram amarelos. Arranjou uma amiga chamada Flor de Lótus, que, como todos os meninos amarelos, dizia: É bom ser amarelo porque é amarelo o Sol e amarelo o girassol mais a areia da praia. O menino branco meteu-se num barco para continuar a sua viagem e parou numa terra onde todos os meninos são pretos. Fez-se amigo de um pequeno caçador chamado Lumumba que, como os outros meninos pretos, dizia: É bom ser preto como a noite preto como as azeitonas preto como as estradas que nos levam para toda a parte. O menino branco entrou depois num avião, que só parou numa terra onde todos os meninos são vermelhos. Escolheu para brincar aos índios um menino chamado Pena de Águia. E o menino vermelho dizia: É bom ser vermelho da cor das fogueiras da cor das cerejas e da cor do sangue bem encarnado. O menino branco foi correndo mundo até uma terra onde todos os meninos são castanhos. Aí fazia corridas de camelo com um menino chamado Ali-Babá, que dizia: É bom ser castanho como a terra do chão os troncos das árvores é tão bom ser castanho como um chocolate. Quando o menino voltou à sua terra de meninos brancos, dizia: É bom ser branco como o açúcar amarelo como o Sol preto como as estradas vermelho como as fogueiras castanho da cor do chocolate. Enquanto, na escola, os meninos brancos pintavam em folhas brancas desenhos de meninos brancos, ele fazia grandes rodas com meninos sorridentes de todas as cores. Luísa Ducla Soares No sentido de explorar a compreensão do texto, alimentar-se-á uma troca de opiniões sobre o assunto do poema e sobre os possíveis motivos que levaram a poetisa a escrevê-lo. Compreensão da leitura Era uma vez uns meninos que viviam longe uns dos outros... A professora solicita aos alunos que identifiquem os meninos e as regiões onde viviam ligando os nomes da coluna esquerda aos países da coluna direita. Miguel Arábia Flor de Lótus Europa Lumumba América Pena de Águia África Ali Bábá China Vieram então os barcos, os aviões, as estradas, os carros e as pessoas passaram a viver por todo o mundo... E assim, o mundo que era grande, tornou-se pequeno, próximo e colorido! Miguel é castanho como chocolate. Flor de Lotus é preto como azeitona. Lumumba é vermelho como fogo. Pena de Águia é amarelo como o Sol. Ali-Bábá é doce como o açúcar. A professora solicita agora à turma que refira a que são os meninos comparados fazendo a ligação dos nomes da 1ª coluna às descrições da 2ª. A professora coloca ainda algumas questões aos alunos com o objectivo de os levar a interpretar o poema. Pede-lhes que digam em voz alta os nomes dos meninos; que digam qual deles preferem e se encontram alguma explicação para essa escolha. A professora solicita ainda aos alunos que refiram o que pensam das diferenças e semelhanças entre todos estes meninos. Quando a professora entender que o poema foi interpretado, proporá várias leituras em voz alta, após uma preparação silenciosa dos alunos. PÓS-LEITURA Com o objectivo de explorar a imaginação e a expressão escrita dos alunos a professora projecta a frase: “Todos diferentes, todos iguais” Discute-a com a turma e depois sugere-lhes a elaboração de um texto narrativo subordinado ao tema. _________________________ _________________________ _________________________ _________________________ _________________________ _________________________ _________________________ _________________________ ___________________ Depois de terminarem o texto, a professora sugere que os alunos consultem uma lista de verificação: LISTA DE VERIFICAÇÃO 1. Obedeci à estrutura de um texto narrativo. 2. Respondi na introdução às perguntas: Quando?, Onde?, Quem? e O quê? 3. Criei pelo menos 3 personagens diferentes. 4. Encadeei as acções de forma ordenada. 5. Utilizei vocabulário variado e expressivo. 6. Escrevi frases com sentido e de forma organizada. 7. Encadeei as frases correctamente. 8. Tive em conta as regras de pontuação. 9. Utilizei os parágrafos de forma correcta. 10. Escrevi sem erros ortográficos. 11. Revi o texto, reformulando-o, se necessário. SIM NÃO Após o preenchimento da lista de verificação, a professora solicita que os alunos troquem os textos com os colegas do lado, com vista a uma hetero-correcção. A professora pede aos alunos para ilustrarem os seus textos, podendo recorrer aos Professores de E.V.T..