DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES Autor: Eng.º Abílio Lopes e Prof. Jorge de Brito Coordenação: Prof. F. A. Branco, Prof. Jorge de Brito, Prof. Pedro Vaz Paulo e Prof. João Pedro Correia 1/48 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC 1.1. Fundações 1.2. Interacção terreno - fundação - estrutura 1.3. Exigências funcionais 2. TIPOS E FUNÇÕES 2.1 Classificação 2.2. Fundações directas - superficiais 3. INFORMAÇÃO GEOTÉCNICA 3.1. Introdução 3.2. Prospecção geotécnica 4. REFERÊNCIAS FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 2/48 Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios DECivil GESTEC 1. INTRODUÇÃO FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 3/48 1. INTRODUÇÃO 1.1. Fundações DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC Conjunto de elementos estruturais das construções, cuja finalidade é a de transmitir as cargas da superstrutura ao terreno. Dependendo das cargas da construção e do tipo de solo em que se apoiam, as fundações podem ser (i) superficiais ou directas, (ii) semi-profundas ou (iii) profundas. Superficiais / directas - sapatas Profundas - estacas FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 4/48 1. INTRODUÇÃO 1.1. Fundações OBJECTIVO DAS FUNDAÇÕES DECivil Licenciatura em Engenharia Civil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Processos Tecnologia de da Construção Construção de Edifícios GESTEC • Assegurar a ligação entre qualquer estrutura e o terreno; • transferir as cargas das estruturas, para o terreno; • elementos fundamentais na estabilidade das estruturas. As fundações podem ser definidas como elementos estruturais de transição entre a estrutura de uma construção e o terreno sobre o qual ela se apoia, a fim de transmitir com segurança as solicitações oriundas da construção. FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 5/48 1. INTRODUÇÃO 1.2. Interacção terreno - fundação - estrutura DECivil ACÇÕES Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC VENTO SISMOS ESTRUTURA FUNDAÇÃO TERRENO FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 6/48 1. INTRODUÇÃO 1.3. Exigências funcionais DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC Segurança e fiabilidade Durabilidade Utilidade funcional Economia Profundidade adequada Segurança em relação à rotura Assentamentos aceitáveis FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 7/48 Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios DECivil GESTEC 2. TIPOS E FUNÇÕES FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 8/48 2. TIPOS E FUNÇÕES 2.1. Classificação TIPOS DE CLASSIFICAÇÕES: DECivil • Profundidade de transmissão de cargas - superficiais e profundas GESTEC Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios • Método construtivo - métodos correntes e especiais • Material de construção - betão, alvenaria, madeira, metálicas Quanto à transmissão de cargas: Sapata isolada Fundação directa (i) superficiais ou directas D < 4B D (ii) semi-profundas 4B < D < 10B (iii) profundas ou indirectas D > 10B B - menor dimensão em planta D - profundidade do plano de fundação L - comprimento da sapata B L Terreno de fundação FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 9/48 2. TIPOS E FUNÇÕES 2.2. Fundações directas - superficiais DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC A situação mais simples de fundação directa ou superficial, é o caso de uma sapata isolada, com um pilar: B - menor dimensão em planta D - profundidade do plano de fundação L - comprimento da sapata Sapata isolada D B L Terreno de fundação FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 10/48 10/48 2. TIPOS E FUNÇÕES 2.2. Fundações directas - superficiais DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC As solicitações (cargas) são transmitidas ao terreno exclusivamente pela face inferior do elemento de fundação e a pequenas profundidades. FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 11/48 11/48 2. TIPOS E FUNÇÕES 2.2. Fundações directas - superficiais DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC Tipos de fundações directas: • a) sapatas isoladas; • b) sapatas contínuas; • c) sapatas agrupadas por vigas de fundação; • d) grelhas de fundação; • e) ensoleiramentos gerais (com capitéis, nervurados ou não). Sapata contínua Sapatas agrupadas por vigas de fundação FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 12/48 12/48 2. TIPOS E FUNÇÕES 2.2. Fundações directas - superficiais a) SAPATAS ISOLADAS Sapata isolada centrada DECivil GESTEC D Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios Terreno de fundação B L Sapata isolada excêntrica em duas direcções Sapata isolada excêntrica numa direcção D D B L B L FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 13/48 13/48 2. TIPOS E FUNÇÕES 2.2. Fundações directas - superficiais DECivil GESTEC Sapata isolada centrada Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios D Terreno de fundação B L ADEQUAÇÃO DO TIPO DE TERRENO AO TIPO DE FUNDAÇÃO • terreno com características constantes; • níveis de carregamento, pequenos a médios; • superstrutura sem exigências especiais, relativas a assentamentos diferenciais; • cargas concentradas e afastadas. FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 14/48 14/48 2. TIPOS E FUNÇÕES 2.2. Fundações directas - superficiais b) SAPATAS CONTÍNUAS / CORRIDAS DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC Sapata contínua D Terreno de fundação L B FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 15/48 15/48 2. TIPOS E FUNÇÕES 2.2. Fundações directas - superficiais DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC - proximidade de várias sapatas isoladas num determinado alinhamento; - sapata em que L >> B (na prática, L > 10B); - cargas distribuídas por elementos de painel. • fundação de uma parede / núcleo; • fundação de um muro de suporte; • terrenos não uniformes; • níveis elevados de carregamento; • pouca capacidade resistente do terreno. Terreno D B L FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 16/48 16/48 2. TIPOS E FUNÇÕES 2.2. Fundações directas - superficiais DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC c) SAPATAS AGRUPADAS POR VIGAS DE FUNDAÇÃO • terreno não uniformes; • níveis de carregamento médios / elevados; • superstrutura com exigências especiais, relativas a assentamentos diferenciais; • junto a sapatas excêntricas ou a muros de suporte, cujas sapatas não estão auto-equilibradas; • em regiões sísmicas. FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 17/48 17/48 2. TIPOS E FUNÇÕES 2.2. Fundações directas - superficiais DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC Sapata contínua FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 18/48 18/48 2. TIPOS E FUNÇÕES 2.2. Fundações directas - superficiais d) GRELHAS DE FUNDAÇÃO DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC Correspondem a vigas de fundação a ligar a base dos pilares, prescindindo-se de sapatas sob os mesmos. Podem constituir uma boa opção (p.e. relativamente a sapatas agrupadas por vigas ou aos ensoleiramentos gerais), quando as cargas transmitidas pelos pilares são pequenas, o nível freático é baixo e se verifica uma (ou mais) das seguintes situações: • variabilidade das características do terreno de fundação; • sensibilidade da superstrutura a assentamentos diferenciais; • sismicidade da região; • existência de sapatas excêntricas ou de muros de suporte cujas sapatas não estejam auto-equilibradas. FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 19/48 19/48 2. TIPOS E FUNÇÕES 2.2. Fundações directas - superficiais DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC e) ENSOLEIRAMENTO GERAL Correspondem a lajes de planta extensa (em geral, ocupam a área de implantação do edifício) e espessura relativamente pequena. • carregamentos muito elevados na totalidade ou em parte significativa da fundação; • terreno com características mecânicas elevadas apenas a grande profundidade; • terreno superficial fraco, mas susceptível de receber cargas; FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 20/48 20/48 2. TIPOS E FUNÇÕES 2.2. Fundações directas - superficiais DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC • rigidez da laje - uniformização de tensões transmitidas ao terreno. • superstrutura sensível a assentamentos diferenciais; • solução por sapatas isoladas ocupa mais de 50% da implantação; • nível freático próximo ou acima do piso térreo. Distribuição de pressões em profundidade: Sapatas isoladas Ensoleiramento geral Pressões FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 21/48 21/48 2. TIPOS E FUNÇÕES 2.2. Fundações directas - superficiais TIPOS DE ENSOLEIRAMENTO GERAL Espessura constante Laje aligeirada com vazios Espessura variável Laje vigada (nervurada) DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 22/48 22/48 2. TIPOS E FUNÇÕES 2.2. Fundações directas - superficiais SAPATA ISOLADA DECivil SAPATA CORRIDA ENSOLEIRAMENTO Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC SAPATA LIGADA POR VIGAS DE FUNDAÇÃO FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 23/48 23/48 2. TIPOS E FUNÇÕES 2.2. Fundações directas - superficiais DISTRIBUIÇÃO DE PRESSÕES EM PROFUNDIDADE DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC antes depois Estrato compressível FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 24/48 24/48 DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC 3. INFORMAÇÃO GEOTÉCNICA FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 25/48 25/48 3. INFORMAÇÃO GEOTÉCNICA 3.1. Introdução DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC QUE TIPO DE FUNDAÇÃO UTILIZAR ? Para responder a esta pergunta torna-se necessário efectuar uma análise rigorosa ao terreno, que terá as seguintes fases: • reconhecimento do local e da região; • prospecção geotécnica - espessura e propriedades das diferentes formações do terreno até uma que se saiba ter uma boa capacidade de carga; estudo dos níveis de águas subterrâneas; • ensaios “in situ” e laboratoriais sobre amostras. FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 26/48 26/48 3. INFORMAÇÃO GEOTÉCNICA 3.1. Introdução Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC Solos coerentes DECivil Solos incoerentes Rochas Tensões de segurança à rotura (kgf/cm2) Rochas duras e sãs Rochas pouco duras ou medianamente alteradas Rochas brandas ou muito alteradas 100 30 10 seco / submerso Areias e misturas areia - seixo, bem graduadas e compactas Areias e misturas areia - seixo, bem graduadas mas soltas Areias uniformes compactas Areias uniformes soltas Solos coerentes rijos Solos coerentes muito duros Solos coerentes duros Solos coerentes de consistência média Solos coerentes moles Solos coerentes muito moles (incluindo lodos) 4-6 2-3 2-4 1-2 2-4 1-2 1-2 0.5-1 4-6 2-4 1-2 0.5-1 - Turfas e depósitos turfosos - Aterros e entulhos FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 27/48 27/48 3. INFORMAÇÃO GEOTÉCNICA 3.1. Introdução DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC Notas sobre o estabelecimento dos valores anteriores da tensão de rotura: - fundações horizontais a 0.5 m de profundidade sob cargas estáticas verticais; - coeficiente de segurança de 2.0 em relação à capacidade de carga por corte do terreno de fundação; - para solos incoerentes, valores referem-se a larguras da sapata de 1.0 m. FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 28/48 28/48 3. INFORMAÇÃO GEOTÉCNICA 3.1. Introdução PROCESSO DE ESCOLHA DO TIPO DE FUNDAÇÃO DECivil GESTEC Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios INFORMAÇÃO GEOTÉCNICA Características do terreno em profundidade em termos de resistência e deformabilidade TIPO DE ESTRUTURA Limitações construtivas no local (equipamento e espaço disponíveis) e valor patrimonial do terreno ACÇÕES DE CARREGAMENTO Grandeza das solicitações a transmitir ao terreno Análise de soluções viáveis Soluções viáveis / final FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 29/48 29/48 3. INFORMAÇÃO GEOTÉCNICA 3.1. Introdução NATUREZA DO TERRENO DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC Para uma mesma estrutura A NATUREZA DO TERRENO Argiloso ensaiar amostras inalteradas Arenoso com intercalações ou bolsas de silte ou argila CONDICIONA Método de prospecção Avaliar assentamentos e seu ritmo Não se justifica um programa amplo de ensaios Determinar características de amostras representativas e adequado número de ensaios de penetração FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 30/48 30/48 3. INFORMAÇÃO GEOTÉCNICA 3.1. Introdução RECONHECIMENTO DO LOCAL E DA REGIÃO DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC Recolha de toda a informação disponível sobre as condições do terreno (características e resistências das diversas camadas do solo) e o comportamento das estruturas na vizinhança: • características topográficas e geológicas do local e da região; • registo de sondagens e outras operações de prospecção anteriormente realizadas no local; • perturbações devidas a deslocamento de terras; • tipo de estruturas existentes e seu comportamento; • marcas de cheias em edifícios antigos; • níveis de água no subsolo (poços, escavações); • cotas de afloramento de rochas; • perfis geológicos de cortes ou escavações existentes (estradas, caminhos de ferro, pedreiras, etc.); • colheita de amostras características, fotografias; • informação sobre o clima, acessos, materiais de construção/equips.; • contactos com autoridades locais, técnicos, etc. FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 31/48 31/48 3. INFORMAÇÃO GEOTÉCNICA 3.1. Introdução RECOLHA DE DOCUMENTAÇÃO DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC • cartas topográficas, cadastrais, geológicas; • cartas de solos / cartas de sismicidade; • artigos e relatórios sobre prospecção e geologia locais; • registos de elementos hidrológicos e maregráficos; • casos históricos e fotografia aérea. • Especificação LNEC E 217-1968 Recolha de informação Classificação do terreno de fundação FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES Estimativa das propriedades 32/48 32/48 3. INFORMAÇÃO GEOTÉCNICA 3.1. Introdução RECOLHA DE INFORMAÇÃO LOCAIS CONHECIDOS E URBANIZADOS Cartas topográficas DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC recentes A SUA COMPARAÇÃO antigas permite identificar - zonas de aterro e suas espessuras FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 33/48 33/48 3. INFORMAÇÃO GEOTÉCNICA 3.1. Introdução ESCOLHA DA SOLUÇÃO DE FUNDAÇÃO DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC • quando as características superficiais dos terrenos satisfazem as exigências da natureza da obra, opta-se por fundações directas / superficiais; • normalmente, não se usam fundações diferentes numa mesma obra. • no entanto, dependendo das condições do terreno e do tipo da estrutura, pode-se recorrer a soluções mistas através de juntas. FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 34/48 34/48 3. INFORMAÇÃO GEOTÉCNICA 3.2. Prospecção geotécnica Com o diagnóstico possível, há que confirmá-lo, utilizando a prospecção por sondagens ou outros métodos. Contudo, há que ter presente que a sondagem dá indicações pontuais, mais ou menos extrapoláveis conforme a regularidade do terreno em causa. Em muitos casos, reduz-se a prospecção a poucas sondagens com recolha de amostras perturbadas e ensaios de penetração normalizados (SPT). DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC Aterro Areias argilosas Alteração de rocha compacta QuickTime™ and a GIF decompressor are needed to see this picture. Rocha FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 35/48 35/48 3. INFORMAÇÃO GEOTÉCNICA 3.2. Prospecção geotécnica DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC Problemas MUITO variáveis; terrenos apresentam propriedades indefinidas e não controláveis ao contrário de, por exemplo, o aço ou o betão; não são possíveis a caracterização e definição exactas Adopção de programas suficientemente progressivos e flexíveis para se adaptarem a eventuais circunstâncias adversas, dentro de aceitáveis limites de custos, riscos e tempo de execução. FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 36/48 36/48 3. INFORMAÇÃO GEOTÉCNICA 3.2. Prospecção geotécnica NÚMERO E DISPOSIÇÃO DAS OPERAÇÕES DE PROSPECÇÃO DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC A disposição e espaçamento de poços e outras sondagens revelam qualquer modificação importante na ESPESSURA PROFUNDIDADE ESTRUTURA ou propriedades das formações interessadas. O número e o tipo das operações de prospecção necessárias VARIAM COM • as dimensões e a a natureza da estrutura a fundar, • as características do terreno; • e a existência ou não de adequados registos geológicos. FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 37/48 37/48 3. INFORMAÇÃO GEOTÉCNICA 3.2. Prospecção geotécnica PROFUNDIDADE DAS SONDAGENS DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC A profundidade a ser alcançada pelas sondagens deve ser fixada, levando-se em conta a distribuição de pressões no terreno. Sapatas isoladas Ensoleiramento geral Na prática, D ≥ (0.8 a 1.0) P * B • D e B em metros • B - menor dimensão da fundação • P - kgf/cm2 D Estrato compressível FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 38/48 38/48 3. INFORMAÇÃO GEOTÉCNICA 3.2. Prospecção geotécnica DECivil Ensaio SPT (Standard Penetration Test) Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC O SPT é um ensaio dinâmico que consiste em cravar no fundo de um furo de sondagem, devidamente limpo, um amostrador normalizado. O SPT foi desenvolvido em1927 e é hoje um dos ensaios mais correntemente utilizados e o mais económico para obter informação sobre solos de fundações. Estima-se que 85% a 90% das fundações convencionais nos EUA Usem o SPT. O método foi estandardizado em 1958 como norma ASTM D1586. Na região de Lisboa (até1991) realizaram-se mais de 16 000 ensaios em cerca de 1800 sondagens, sendo o primeiro datado de 1953. FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 39/48 39/48 3. INFORMAÇÃO GEOTÉCNICA 3.2. Prospecção geotécnica DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC Ensaio SPT (Standard Penetration Test) A cravação é feita recorrendo-se a um pilão com 63.5 kgf que cai livremente de uma altura de ~76 cm, sobre um batente que por sua vez está ligado a um trem de varas, cuja ponta é um amostrador normalizado. Amostrador FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 40/48 40/48 3. INFORMAÇÃO GEOTÉCNICA 3.2. Prospecção geotécnica DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC Ensaio SPT (Standard Penetration Test) Fase 1 O amostrador é cravado 15 cm, registandose o respectivo número de pancadas. A esta fase correspondem em regra solos remexidos pelo que o valor obtido nesta fase é meramente indicativo. n1 Nº de pancadas para atingir 15 cm ou penetração conseguida com 30 pancadas. Fase 2 O amostrador é cravado mais 30 cm, sendo o resultado do ensaio SPT o número de pancadas N obtido. Se após 60 pancadas, a penetração não atingir os 30 cm, terminase o ensaio medindo a penetração obtida. N Nº de pancadas para atingir 30 cm (15+15) ou penetração conseguida com 60 pancadas. Repartido em 2 medições N = n2+n3 FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 41/48 41/48 3. INFORMAÇÃO GEOTÉCNICA 3.2. Prospecção geotécnica DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC Ensaio SPT (Standard Penetration Test) Domínio de aplicação Utilizado principalmente para a determinação das propriedades de solos arenosos. Aplicável igualmente para argilas e siltes. Interpretação de resultados Tabelas de correlação com propriedades físicas dos solos. Tabelas distintas para solos arenosos e solos argilosos. FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 42/48 42/48 3. INFORMAÇÃO GEOTÉCNICA 3.2. Prospecção geotécnica DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 43/48 43/48 3. INFORMAÇÃO GEOTÉCNICA 3.2. Prospecção geotécnica DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 44/48 44/48 3. INFORMAÇÃO GEOTÉCNICA 3.2. Prospecção geotécnica DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 45/48 45/48 Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios DECivil GESTEC 4. REFERÊNCIAS FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 46/48 46/48 4. REFERÊNCIAS DECivil Jorge de Brito, Fundações Directas Correntes, Mestrado em Construção, Tecnologia de Contenções e Fundações, IST Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC José Roberto dos Santos e Jorge de Brito, Ensoleiramentos Gerais e Grelhas de Fundação, Mestrado em Construção, Tecnologia de Contenções e Fundações, IST FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 47/48 47/48 DECivil Mestrado Integrado em Engenharia Civil Tecnologia da Construção de Edifícios GESTEC Trabalho realizado com o apoio do Programa Operacional Sociedade da Informação - POSI FUNDAÇ FUNDAÇÕES DIRECTAS CORRENTES 48/48 48/48