Para a bilirrubina transcutânea, o uso de um nomograma a partir
da bilirrubina transcutânea resulta em melhor predição de significante
hiperbilirrubinemia em recém-nascido a termo e próximo do termo:estudo piloto
Plotting Transcutaneous Bilirubin Measurementson Specific Transcutaneous Nomogram Results
in Better Prediction of Significant Hyperbilirubinemia in Healthy Term and Near-Term Newborns: A
Pilot Study
I. Mohamed, A.C. Blanchard, E. Delvin, J. Cousineau, A. Carceller
(Departments of Pediatrics and Clinical Biochemistry, CHU Sainte-Justine,
University of Montreal, Canada)
Neonatology 2014; 105: 306–311
Apresentação: Amani M. Hamidah e Bárbara V. Carneiro
Internato em Neonatologia/HRAS/HMIB - Universidade
Católica de Brasília
Coordenação: Paulo R. Margotto
Brasília, 20 de Maio de 2014
Introdução
• A Academia Americana de Pediatria (AAP) recomenda a
utilização de uma avaliação sistemática para classificar os
recém-nascidos como de risco grave de hiperbilirrubinemia [13].
• Para isso, a AAP e a Sociedade Canadense de Pediatria (CPS)
propuseram um nomograma de risco utilizando a bilirrubina
total sérica (TSB) [1, 2, 4].
• A AAP recomenda a medida do nível de bilirrubina utilizando
a TSB ou a bilirrubina transcutânea (TcB), e a colocação desses
resultados no nomograma de risco [2].
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Introdução
• Medida do TSB – procedimento invasivo [5-8].
• Teste rápido da TcB – não invasivo, providencia informações de
forma instantânea, reduzindo a probabilidade de perder uma
hiperbilirrubinemia clinicamente significativa [5-8].
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Introdução
• Resultados de diferentes bilirrubinômetros já foram publicados na
literatura e são utilizados como preditores de icterícia. Valores
preditivos positivos e negativos e de sensibilidade e especificidade
variam entre os estudos [6, 7, 9-15].
• TcB é utilizada rotineiramente na prática clínica, porém existe falta
de evidência quanto às características preditivas da utilização dessas
medidas no nomograma de risco TSB.
• Bhutani et al. (2000): crianças com TcB acima do percentil 75 no
nomograma TSB estão sob alto risco de desenvolver
hiperbilirrubinemia excessiva [16].
• A AAP propôs que as medidas da TcB podem ser colocadas no
nomograma TSB, porém essa recomendação foi baseada no
pressuposto de que a TcB não difere significativamente da TSB [2].
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Introdução
• Vários estudos questionaram tal prática, porém a
recomendação não foi reavaliada e as possíveis consequências
de seu uso na prática clínica nunca foram estudadas [17-20].
• Em vista disso, a incidência da taxa de falsos negativos
resultante da utilização da TcB no nomograma TSB permanece
desconhecida [18, 19].
• Esse é um importante questionamento, já que tal prática é
amplamente aceita após a recomendação da AAP e da CPS [14] .
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Objetivo
• Comparar a taxa de falso negativos (FNR) ao se utilizar valores
de TcB no nomograma de risco de TSB versus a FNR com a
utilização desses mesmos valores em um nomograma
transcutâneo específico.
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Metodologia
• Desenho e População do Estudo
- Revisão dos registros de saúde de pacientes do CHU Sainte -Justine,
um hospital terciário, materno-infantil, filiado a Universidade de
Montreal, Canadá, que possui uma média de 4.000 partos / ano,
com níveis de 1-3 de unidades de cuidados neonatais.
- A revisão foi feita durante 5 semanas aleatórias (Junho-Setembro de
2008).
- Protocolo de rotina do berçário: TSB realizada no momento da
triagem metabólica neonatal de rotina em 48 ± 12 h de vida, embora
durante o período do estudo foram rotineiramente realizadas
medidas pareadas TSB-TcB.
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Metodologia
• Critérios de Inclusão
- Recém-nascidos (RN) saudáveis ​≥ 35 semanas de gestação e ≥ 2.000
g de peso com TSB e TcB medidos em um máximo intervalo de 2 h.
• Critérios de Exclusão
1)Gráficos com falta de dados necessários para o estudo
2)RN internados em UTI neonatal
3)RN que receberam fluidos intravenosos, medicamentos, fototerapia
ou exsangüineotransfusão antes do teste de bilirrubina.
- Não foram excluídos os RN que necessitaram de fototerapia após o
teste de bilirrubina ou que apresentavam outros fatores de risco
como incompatibilidade ABO ou Rh.
• O estudo transversal foi aceito pelo Conselho de Revisão
Institucional de Pesquisa em Humanos.
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Metodologia
• Instrumentos do Estudo
- As amostras de sangue foram centrifugadas e analisadas
utilizando o método da bilirrubina oxidase numa multianalyzer (LX-20 ® , Beckman-Coulter, Brea, Calif., USA).
- TcB foi medida pelo BiliCheck ® (SpectRx Inc., Galveston, Tex.,
USA) com base na análise espectral – realizado na testa ou
esterno da criança, o resultado representa a média de cinco
valores consecutivos.
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Metodologia
• Coleta de dados
- Foram coletados apenas o primeiro par de medidas
simultâneas BTc e TSB para cada paciente. Após a inclusão no
estudo, as características demográficas e clínicas das mães e
dos RN foram avaliadas.
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Metodologia
• Definições
- Nas 48 horas de vida , as curvas do percentil 95 do nomograma de
Maisels e Kring (171 μmol/l; 10 mg/dl) e Fouzas et al. (188.1 μmol/l; 11
mg/dl) coincidem com a curva de percentil 75 no nomograma de
Bhutani et al. (188.1 μmol/l; 11 mg/dl).
- Casos verdadeiro positivos: medidas de TcB ≥ percentil 75 no
nomograma TSB ou ≥ percentil 95 no nomograma de Maisels ou Fouzas
confirmado com TSB ≥ percentil 75 no nomograma TSB.
- Casos verdadeiro negativos: TcB < percentil 75 no nomograma TSB ou
TcB < percentil 95 no nomograma de Maisels ou Fouzas confirmado
com TSB ≤ percentil 75 no nomograma TSB .
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Metodologia
• Definições
- Casos falso positivos: TcB ≥ percentil 75 no TSB ou ≥ percentil 95
no nomograma de Maisels ou Fouzas mas ao mesmo tempo o
TSB correspondente foi < percentil 75 no nomograma TSB.
-
Casos falso negativos:
TcB foi < percentil 75 no
nomograma TSB ou < percentil 95 no nomograma de Maisels
e Fouzas, mas ao mesmo tempo o TSB correspondente foi ≥
percentil 75 no nomograma TSB.
• - FNR: taxa de falso negativo / (verdadeiro positivo + falso
negativo).
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Metodologia
• Análise Estatística
- Os resultados de TSB colocados no nomograma TSB de
Bhutani foram usados como referência.
- Medidas obtidas pelo BiliCheck® foram colocadas no
nomograma TSB de Bhutani et al. e do nomograma de Maisels
e Kring e Fouzas et al.
- A sensibilidade, especificidade, valores preditivos negativos e
a FNR foram calculados.
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Metodologia
- Em uma segunda etapa, foi utilizada como variável de
desfecho a necessidade de fototerapia e foram testadas a
capacidade preditiva das três abordagens diferentes (que
foram referidas como Bhutani, Maisels e Fouzas).
- Todas as análises foram realizadas utilizando o programa SPSS
17 software estatístico do Windows (SPSS, Chicago, Illinois,
EUA) e ferramentas estatísticas online.
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Resultados
• 141 recém-nascidos foram incluídos na análise;
348 RN
(período do estudo)
206 RN
141 RN
(excluídos da análise)
(incluídos na análise)
165 RN
Admitidos na unidade de
terapia intensiva neonatal;
41 RN
Intervalo entre a coleta de
TSB e TcB > 2h.
ou
Dados omitidos no cartão .
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Resultados
• A média e o DP do intervalo de tempo entre a coleta da TSB e TcB
foi de 52 ± 11 min (34-94 min);
• A média e o DP do momento da coleta foi de 51 ± 10 h de vida:
• < 24 h: 0 RN;
• 24 – 48 h: 66 RN;
• 48 – 72 h: 69 RN;
• > 72 h: 6 RN;
• A média da TSB foi:
• 136 ± 49 µmol/l ou 8.0 ± 2.9 mg/dl;
• A média da TcB foi:
• 145 ± 58 µmol/l ou 8.5 ± 3.4 mg/dl.
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Resultados
• Fouzas et al. [10] obteve a menor FNR, embora sem
significância estatística:
• 8.6/1000 pacientes (Fouzas et al. [10]);
• 10.2/1000 pacientes (Maisels e Kring [9]);
• 18.0/1000 pacientes (Bhuatni et al. [2]);
• Fouzas et al [10] apresentou a melhor especificidade,
87.79% (IC 95%: 80.92 – 92.85);
• Não houve diferença significativamente estatística nas
características preditivas dos valores de TcB plotados
nos diferentes nomogramas, para a necessidade de
fototerapia.
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Discussão
• A avaliação da performance de um método de rastreio exige o
conhecimento de suas características preditivas;
• FNR é a proporção de casos incorretamente identificados como
isentos do risco de apresentar desfecho subsequente;
• Maior taxa de falso negativo = atraso no diagnóstico e
tratamento;
O estudo teve como foco identificar o nomograma com menor
taxa de falso negativo como ferramenta de rastreio;
• Nomogramas transcutâneos (Maisels e Kring [9] ou Fouzas et
al. [10]) apresentaram menor FNR e melhores características
preditivas.
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Discussão
• Com uma amostra limitada, o estudo não
conseguiu significância estatística em seus
resultados;
• Seriam necessários para detectar significância
estatística (β=90% e p=0.05):
• 281 RN para decair a FNR de 18.1/1000 (Bhutani) para 8.6/1000
(Fouzas);
• 432 RN para decair a FNR de 18.1/1000 (Bhutani) para 10.4/1000
(Maisels);
• 521 RN para elevar o VPP de 26.67% (Bhutani) para 35.97%
(Fouzas).
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Discussão
• Não é possível descartar a possibilidade de que os
resultados encontrados se devam ao acaso, no
entanto várias publicações recentes [17-20, 23]
também demonstraram maior FNR (taxa de falso
negativo) quando utilizados nomogramas para TSB
em valores de TcB;
• Maior risco de readmissão de pacientes por
hiperbilirrubinemia
ou
necessidade
de
fototerapia;
•
0
• Poucos estudos avaliaram sistematicamente, como
objetivo principal, a FNR no rastreio da bilirrubina
pré-alta.
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Discussão
• Slaughter et al. [17] avaliaram RN reinternados e
demonstrou que:
• 43% estavam na zona intermediária de baixo risco e
3,6% estavam na zona de baixo risco, em avaliação préalta segundo o nomograma de Bhutani;
• Rodriguez–Capote et al. [18] observaram:
• FNR de 62% com Minolta meter e 6% com BiliCheck®;
• Sugere aplicação de fatores de correção desenvolvidos
por cada laboratório, quando utilizado o nomograma
de Buthani;
• Conclui que um nomograma transcutâneo pode ser útil.
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Discussão
• Bhutani et al. [24] estabeleceram que um nível baixo de
bilirrubina em avaliação pré-alta segundo o nomograma para
TSB não elimina, categoricamente, o risco de reinternação;
• Bromiker et al. [19] demonstraram que 32.2% dos RN
reinternados para fototerapia apresentaram valores de
bilirrubina pré-alta na zona de baixo risco (4.2%) ou na zona
intermediária de baixo risco (28%), segundo nomograma
recomendado pela AAP;
• 48% desses RN não apresentavam fatores clínicos de risco;
• Mantagou et al. [25] indicaram que traçar valores de TcB em
nomogramas para TSB está associado a maior FNR.
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Discussão
• No estudo foram utilizados os nomogramas publicados
por Maisels e Kring [9] e Fouzas et al. [10], em
detrimento de outros;
• Dados baseados em número significativo de medidas
de TcB obtidas em grandes grupos de pacientes;
• Segundo Bhutani et al. [2]:
• RN com valores pré-alta de TSB ≥ 95% representam
54% dos RN que desenvolvem hiperbilirrubinemia
significativa, subsequentemente;
• RN com valores pré-alta de TSB entre 75 e 95%
representam 36.5% dos RN que desenvolvem
hiperbilirrubinemia significativa, subsequentemente.
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Discussão
• Nomogramas transcutâneos consideram RN com níveis de bilirrubina ≥
95% como dependentes de uma avaliação mais criteriosa [9,10];
• Foram considerados como RN em risco de desenvolvimento de
hiperbilirrubinemia significativa subsequente:
• ≥ P75 quando utilizado o nomograma de Bhutani [2];
• ≥ P95 quando utilizados os nomogramas de Maisels e Kring [9] ou
Fouzas et al. [10];
• Os pontos de corte em diferentes percentis foram decididos
arbitrariamente;
• Maioria dos RN (95.7%) foram testados entre 24-72 h;
• Os percentis apresentaram valores respectivos mais semelhantes na
48ª hora.
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Discussão
• Para os clínicos é importante conhecer os níveis de
hiperbilirrubinemia significativa, mas também identificar
os RN que possam necessitar de fototerapia;
• Embora não fosse o objetivo principal do estudo, na
tentativa de responder a essa questão, a necessidade de
fototerapia foi utilizada como desfecho variável;
• Não foi encontrada diferença significativamente
estatística entre os três nomogramas, para os valores de
TcB;
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Discussão
• De acordo com os resultados:
• 30 RN necessitariam de acompanhamento, segundo
nomograma de Bhutani;
• 43 RN necessitariam de acompanhamento, segundo
nomograma de Maisels e Kring;
• 25 RN necessitariam de acompanhamento, segundo
nomograma de Fouzas et al;
• Quando as proporções encontradas no estudo são
aplicadas em uma amostra maior (4000 RN), todos os
resultados tornam-se estatisticamente significativos:
• Diferença entre os três nomogramas (p = 0.002);
• Bhutani x Maisels e Kring (p = 0.015);
• Bhutani x Fouzas et al. (p = 0.001).
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Discussão
• Neste estudo, os dados foram coletados em um
grupo livre de vieses de seleção, adotando os
critérios de inclusão citados;
• RN em sua internação inicial;
• Não foram excluídos os RN multiétnicos ou
aqueles com incompatibilidade hematológica;
• Todas as medidas pareadas de TSB e TcB foram
realizadas com intervalo máximo de 2 horas (≤ 94
minutos);
• O estudo foi realizado conforme as práticas diárias
de enfermaria.
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Discussão
• Natureza retrospectiva do estudo, com amostra relativamente
pequena;
• Realizado em um único centro;
• Comparados dispositivos diferentes para a mensuração da TcB:
• Maisels e Kring [9]: Minolta/Airshields meter (JM-103)
• Fouzas et. al [10]: BiliCheck®
• Presente estudo: BiliCheck®
• Pontos de corte para os percentis definidos arbitrariamente;
• Possíveis variações interobservadores – as medidas de TcB foram
efetuadas por diferentes enfermeiros, com variados graus de
treinamento, sem horário determinado e em diferentes
condições de iluminação;
• Práticas diárias de enfermaria.
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Conclusão
• A medida da TcB usando como parâmetro um
nomograma para TSB é um método de rastreio pré-alta
subótimo para a identificação de RN sob risco de
desenvolver hiperbilirrubinemia;
• A utilização de nomogramas transcutâneos específicos
para os valores de TcB resultou em melhores
características preditivas, menos resultados falso
negativos e maior valor preditivo positivo;
• A utilização de nomograma hora específico para TSB na
avaliação de valores de TcB exige melhor compreensão e
estudos prospectivos.
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ABSTRACT
Background: The American Academy of Pediatrics has recommended a systematic
assessment before discharge for the risk of severe hyperbilirubinemia. Plotting total
serum bilirubin (TSB) or transcutaneous bilirubin (TcB) on a TSB hour-specific nomogram is
proposed as a tool for laboratory evaluation.
Objectives: The aim of this study was to compare the predictive characteristics,
particularly the incidence of false negative rate (FNR), of the practice of plotting TcB
values on the TSB hour-specific risk nomogram versus on transcutaneous nomogram.
Methods: Paired TSB and TcB measurements were conducted on 141 newborns. Risk of
developing significant hyperbilirubinemia was defined as infants with bilirubin level ≥ 75%
on TSB or ≥ 95% on TcB nomogram. TSB values, plotted on the TSB nomogram of Bhutani
et al. [Pediatrics 1999; 103: 6–14], were used as reference. TcB values were plotted on the
TSB nomogram and on the transcutaneous nomograms of Maisels and Kring [Pediatrics
2006; 117:1169–1173] and Fouzas et al. [Pediatrics 2010; 125:e52–e57].
Results: Plotting TcB measurements on a TSB nomogram resulted in a trend towards a
higher FNR when compared to Maisels’ and Fouzas’ nomograms (18.0/1,000 compared to
10.2/1,000 and 8.6/1,000 respectively). Although not statistically significant, plotting TcB
on transcutaneous nomogram resulted in better predictive values with the Fouzas’
nomogram, having the best sensitivity (90.0%) and specificity (87.79%) as well as the
highest positive (35.97%) and negative (99.14%) predictive value.
Conclusion: Plotting TcB on a TSB nomogram may result in increased rate of FNR and
decreased predictive characteristics. The practice of plotting TcB on a TSB nomogram
needs further evaluation.
Referências
1 American Academy of Pediatrics Subcommittee of Hyperbilirubinemia: Management of hyperbilirubinemia in the newborn infant
35 or more weeks of gestation. Pediatrics 2004; 114: 297–316.
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hyperbilirubinemia in healthy term and nearterm newborns. Pediatrics 1999; 103: 6–14.
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gestation: an update with clarifications. Pediatrics 2009; 124: 1193–1198.
4 Barrington KJ, Sankaran K; Canadian Paediatric Society Fetus and Newborn Committee: Guidelines for detection, management and
prevention of hyperbilirubinemia in term and late preterm newborn infants. Position Statement (FN-2007-02 and reaffirmed 2011).
Paediatr Child Health 2007; 12( suppl B): 1B–12B.
5 Tayaba R, Gribetz D, Gribetz I, Holzman IR: Noninvasive estimation of serum bilirubin. Pediatrics 1998; 102:E28.
6 Carceller-Blanchard A, Cousineau J, Delvin EE: Point of care testing: transcutaneous bilirubinometry in neonates. Clin Biochem
2009; 42: 143–149.
7 Carceller AM, Delvin E, Gonthier M, Grégoire MC, Cousineau J, Alexandrov L: Évaluation de la mesure transcutanée de la bilirubin
et concordance avec la mesure sur sang total et plasma. Ann Biol Clin 2006; 64: 1–5.
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9 Maisels MJ, Kring E: Transcutaneous bilirubin levels in the first 96 hours in a normal newborn population of ≥ 35 weeks’ gestation.
Pediatrics 2006; 117: 1169–1173.
10 Fouzas S, Mantagou L, Skylogianni E, Mantagos S, Varvarigou A: Transcutaneous bilirubin levels for the first 120 postnatal hours in
healthy neonates. Pediatrics 2010; 125:e52–e57.
11 Sanpavat S, Nuchprayoon I, Smathakanee C, Hansuebsai R: Nomogram for prediction of the risk of neonatal hyperbilirubinemia,
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12 De Luca D, Romagnoli C, Tiberi E, Zuppa AA, Zecca E: Skin bilirubin nomogram for the first 96 h of life in a European normal
healthy newborn population, obtained with multiwavelength transcutaneous bilirubinometry. Acta Paediatr 2008; 97: 146–150.
13 Engle WD, Lai S, Ahmad N, Manning MD, Jackson GL: An hour-specific nomogram for transcutaneous bilirubin values in term and
late preterm Hispanic neonates. Am J Perinatol 2009; 26: 425–430.
14 De Luca D, Jackson GL, Tridente A, Carnielli VP, Engle WD: Transcutaneous bilirubin nomogram. A systematic review of population
differences and analysis of bilirubin kinetics. Arch Pediatr Adolesc Med 2009; 163: 1054–1059.
15 Varvarigou A, Fouzas S, Skylogianni E, Mantagou L, Bougioukou D, Mantagos S: Transcutaneous bilirubin nomogram for prediction
of significant neonatal hyperbilirubinemia. Pediatrics 2009; 124: 1052–1059.
Referências
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bilirubin in a multiracial predischarge newborn population to assess the risk of severe hyperbilirubinemia.
Pediatrics 2000; 106:E17.
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predict severe hyperbilirubinemia: a need for caution. Eur J Pediatr 2009; 168: 1461–1466.
18 Rodriguez-Capote K, Kim K, Paes B, Turner D, Grey V: Clinical implication of the difference
between transcutaneous bilirubinometry and total serum bilirubin for the classification of newborns at risk of
hyperbilirubinemia. Clin Biochem 2009; 42: 176–179.
19 Bromiker R, Bin-Nun A, Schimmel MS, Hammerman C, Kaplan M: Neonatal hyperbilirubinemia in the lowintermediate-risk category on the bilirubin nomogram. Pediatrics 2012; 130:e470–e475.
20 Bental YA, Shiff Y, Dorsht N, Litig E, Tuval L, Mimouni FB: Bhutani-based nomogram for the prediction of
significant hyperbilirubinaemia using transcutaneous measurements of bilirubin. Acta Paediatr 2009; 98: 1902–
1908.
21
BiliChek
Noninvasive
Bilirubin
Analyzer.
Suggested
Usage
Protocol.
Respironics.
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(accessed December 8, 2013).
23 Fay DL, Schellhase KG, Suresh GK: Bilirubin screening for normal newborns: a critique of
the hour-specific bilirubin nomogram. Pediatrics 2009; 124: 1203–1205.
24 Bhutani VK, Vilms RJ, Hamerman-Johnson L: Universal bilirubin screening for severe neonatal
hyperbilirubinemia. J Perinatol 2010; 30:S6–S15.
25 Mantagou L, Fouzas S, Skylogianni E, Giannakopoulos I, Karatza A, Varvarigou A: Trends of transcutaneous
bilirubin in neonates who develop significant hyperbilirubinemia. Pediatrics 2012; 130:e898–e904.
CONSULTEM TAMBÉM!
Confiabilidade dos dispositivos de bilirrubina transcutânea
(bilirrubinômetros) em recém-nascidos pré-termos: uma revisão
sistemática
Autor(es): Gaurav Nagar, Ben Vandermeer, Sandra Campbell, and Manoj Kumar
(Canada). Realiado por Paulo R. Margotto
O objetivo da atual revisão sistemática foi avaliar a precisão
diagnóstica dos bilirrubinômetros comparado com os níveis
séricos de bilirrubina total dos pré-termos durante o período
neonatal
• Os resultados desta revisão sistemática mostraram que a
avaliação da bilirrubina pelos bilirrubinômetro atualmente
disponíveis, especialmente o JM-103 e BiliCheckR estimaram os
valores da bilirrubina total sérica na população de pré-termos com
razoável precisão, incluindo RN<32 semanas de idade gestacional.
O desempenho destes dispositivos em populações pré-termo é
semelhantes à populações de RN a termo e próximo do termo. A
incorporação do uso dos bilirrubinômetros na prática clínica , como
sugerido pelos presentes autores, poderia ajudar a reduzir a
necessidade de coletas de amostras de sangue para o manejo da
icterícia neonatal em pré-termos. Os resultados desta revisão não
se aplicam a bebês prematuros passando por fototerapia ou pósfototerapia.
• Na opinião dos presentes autores, com base nos dados
apresentados aqui, uma leitura pelo bilirrubinômetro
≥50mmol/L (4mg%) abaixo do limite de fototerapia para
uma criança poderia ser considerada seguro para não iniciar
a fototerapia no RN pré-termo, sem necessidade de estimar a
bilirrubina total sérica. Similarmente, uma medida acima do
limiar para iniciar a fototerapia poderia constituir suficiente
motivo para iniciar a fototerapia sem haver a necessidade da
dosagem sérica da bilirrubina total, na maioria das situações
BiliCheck vs JM-103 na identificação de neonatos sem risco de
hiperblirrubinemia
Autor(es): Costantino Romagnoli, Piero Catenazzi, Giovanni Barone et al.
Apresentação: Luisa Carolina Miranda Mendonça
• O estudo mostrou 100% de sensibilidade com medições após
60h de vida para ambos os dispositivos, sendo que o JM-103
mostrou menos resultados falsos positivo
• Nas primeiras 60h de vida houve resultados falso-negativos
com ambos os dispositivos (2 com BiliCheck e 3 com JM-103),
e com o JM-103 houve menos falso-positivos
• Além disso, JM-103 foi menos demorado e menos dispendioso
por causa da ausência de materiais de consumo
• o rastreio pré-alta para hiperbilirrubinemia só deve ser
considerada como o primeiro passo de um longo percurso,
que só termina após um seguimento preciso durante os
primeiros dias após a alta.
Como usar o bilirrubinômetro transcutâneo (como
escolher o aparelho, qual padrão usar para
interpretar resultados, uso em fototerapia, uso
em pré-termos, uso pós-alta)
Autor(es): O´Connor MC et al. Apresentação: Glenda G.
Oliveira, Kamila Vieira Silva,Osmar Rabelo. Discussão:
Paulo R. Margotto
Devemos usar o Bilimapa (Bhutani et al) ou um nomograma a partir da bilirrubimetria
transcutânea?
• O nomograma de Bhutani et al é baseado nos valores nos valores específicos por hora da
bilirrubina sérica total(TCB),obtidos a partir de 6 horas de vida. É usado na predição da
probabilidade de subsequente hiperbilirrubinemia e está incluído no Guideline de
Hiperbilirrubinemia da Academia Americana de Pediatria.
• No entanto, segundo Maisels e Kring (2006):
-este nomograma não representa a história natural da bilirrubinemia nos recém-nascidos
-os níveis TSB usados ​para criar o nomograma de Bhutani et al incluiu medições realizadas
para crianças antes e depois da alta, até à idade de 6 dias.
-crianças com os resultados do teste de Coombs direto positivo e aqueles que necessitam de
fototerapia antes da idade de 60 horas
foram excluídos
-os níveis TSB para o percentil 40 após 48 horas, são muito mais elevados
que os níveis médios de TSB relatados em qualquer estudo anterior, incluindo valores para
população japonesa com aleitamento materno exclusivo.
O uso do nomograma de Bhutani et al associa-se com o aumento da taxa de falso negativo na
previsão crianças em risco de hiperbilirrubinemia significativa
(Mohamed I et al, PAS, 6/5/2013)
• Jeffrey Maisels (comunicação pessoal), nos enviou o
seguinte nomograma-TcB que usa atualmente em seu
Serviço, após correção em cerca de 1mg devido à
mudança do algoritmo do bilirrubinômetro transcutâneo
usado (JM-103) originalmente na confecção do
nomograma publicado em 2006 (Pediatrics
2006;117:1169-1174). Foram obtidas 3 medidas
independentemente, sendo tomado o maior valor das 3,
com o objetivo de evitar falsos negativos. Se algum valor
estiver acima do percentil 95, deverá ser obtida a
bilirrubina sérica.
(Oakland University William Beaumont School of
Medicine -19/6/2013)
Beaumont Children's Hospital
Transcutaneous Bilirubin Levels in 505 Newborns >35 weeks
Níveis de bilirrubina transcutânea em RN ≥35 semanas
14
13
Transcutaneous Bilirubin (mg/dL)
12
Bilirrubina
Transcutânea
(mg%)
95th Percentile
11
75th Percentile
10
9
50th Percentile
8
7
25th Percentile
6
5
4
3
2
1
0
1-4
12
24
36
48
60
Age hours
Horas
de vida
72
84
96
Jeffrey Maisels
(comunicação pessoal, 2013)
•
•
BiliCheckR: emite feixe de luz visível (380 – 760nm) através da pele do RN e
capta a luz refletida por um microspectômetro (são realizadas 5 medidas
para cada RN)
JM-103R: dois comprimentos de onda, com sistema de duplo caminho (um
feixe para o subcutâneo e outro para camadas mais profundas da pele)
– Capta luz refletida
– Calcula diferença de densidade óptica entre as duas camadas
– Realiza 1-5 medidas, dependendo da preferência da Instituição6-7
– Determina a medida da bilirrubina.
Outras diferenças: tabela 1
Tipo de sonda
Ponta descartável
Ponta reutilizável
LocaL de medida
Testa ou esterno
Testa ou esterno
Número de medidas
5
1-5 (número preferido é
dependente da instituição
Custo da máquina
$4809.51
$6300.00
Custo da ponta
$5700.00 por
1000 pontas
nenhum
Sonda tipo descartável ponta reutilizável
Ddas Ana, Amani, Giulliane, Glenda, Bárbara Carneiro e Dr. Paulo R. Margotto
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Para a bilirrubina transcutânea, o uso de um nomograma a partir da