PRODUÇÃO TRANSPORTE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA P R O D U Ç Ã O Em Portugal, a energia eléctrica é essencialmente produzida em centrais hidroeléctricas e em centrais termoeléctricas. 2 P R O D U Ç Ã O Nas centrais hidroeléctricas, aproveita-se a força da água para produzir movimento em turbinas que estão acopladas a alternadores, os quais transformam esse movimento em energia eléctrica. 3 P R Classificação das centrais hidroeléctricas O Queda aproveitada D Alta queda h > 250 m U Média queda 50 ≤ h ≤ 250 m Ç Baixa queda h < 50 m à Caudal O 3 Grande caudal Q > 100 m /s Médio caudal 10 ≤ Q ≤ 100 m3/s Pequeno caudal Q < 10 m3/s 4 P R O D U Ç Ã O Classificação das centrais hidroeléctricas Tipo de aproveitamento Centrais de fio de água (*) Duração de esvaziamento < 100 horas Centrais de albufeira Duração de esvaziamento ≥ 100 horas (*) Central hidroeléctrica, alimentada por um curso de água permanente, concebida para produzir energia eléctrica a partir da energia cinética dos cursos de água. Uma central a fio de água localiza-se num rio perene (com caudal constante durante o ano). Localizam-se onde existem quedas, cascatas ou cachoeiras. Serviço desempenhado Centrais de ponta Quando funcionam para cobrir as necessidades energéticas de certas pontas de consumo. Centrais de base Quando funcionam em modo continuo. 5 P R O D U Ç Ã O Nas centrais termoeléctricas, queimam-se os combustíveis (como o carvão, o fuel ou o gás natural) e assim produz-se o calor que aquece a água a altas temperaturas, obtendo-se vapor de água. É a força do vapor de água que, neste tipo de centrais, faz movimentar as turbinas que estão acopladas aos alternadores. 6 P R O D U Ç Ã O Classificação das centrais termoeléctricas Quanto ao produto Centrais força Limitam-se a produzir energia eléctrica. Centrais força - calor Produzem energia eléctrica e aproveitam o vapor ainda quente, à saída das turbinas, para a distribuição de calor, quer a unidades industriais, quer a cidades, para aquecimento doméstico. Quanto ao motor térmico e ao combustível Centrais clássicas (a carvão, fuel, gás, etc.) Centrais nucleares (a urânio, plutónio, etc.) Quanto ao serviço desempenhado Centrais de ponta Quando funcionam para cobrir as necessidades energéticas de certas pontas de consumo. Centrais de base Quando funcionam em modo continuo. 7 P R O D U Ç Ã O Em Portugal existem experiências para obter electricidade a partir de outras fontes renováveis de energia (vento, sol, biomassa e ondas). 8 T R A N S P O R T E Porque é que se faz o transporte de energia eléctrica em alta tensão? Se quisermos transportar uma potência eléctrica S=U.I, com o mínimo de perdas por efeito de Joule, a melhor forma de o fazer é, sem dúvida, aumentar o valor da tensão U. Senão, vejamos com o seguinte exemplo: para transportar 1000 VA podemos fazê-lo com U=1000 V e I=1 A ou com U=100 V e I=10 A, entre outras soluções. Sendo a potência de perdas por efeito de Joule, p=R.I2, no segundo caso as perdas seriam 100 vezes superiores às verificadas no primeiro. Note-se também que, ao reduzir I, reduz-se também a secção do condutor. BT - Baixa Tensão (tensão entre fases cujo valor eficaz é igual ou inferior a 1kV); MT - Média Tensão (tensão entre fases cujo valor eficaz é superior a 1 kV e igual ou inferior a 45 kV); AT - Alta Tensão (tensão entre fases cujo valor eficaz é superior a 45 kV e igual ou inferior a 110 kV); MAT - Muito Alta Tensão (tensão entre fases cujo valor eficaz é superior a 110 kV). 9 Transporte e Distribuição M 20/25 KV M.T/. 150, 220, 400 KV 10, 15, 30 / 60 KV 230 / 400 V Nas centrais os alternadores fornecem energia a tensões não superiores a 20/25 KV. Para reduzir as perdas nas linhas há necessidade de aumentar a tensão eléctrica para Muito Alta Tensão (M.A.T.) à saída da central, por meio de subestações elevadoras. Visto que o consumidor, por motivos económicos e de segurança, não utiliza a energia a tensões tão elevadas, torna-se necessário, junto aos centros de consumo, reduzir a tensão para níveis mais adequados: em Alta e Média Tensão para consumidores industriais e em Baixa Tensão para a generalidade dos consumidores domésticos. 10 P O S T E S Isolador Postes de alinhamento Suportar os condutores em linha recta. Postes de derivação Quando a partir deles há derivação de linha. Postes de ângulo Suportam a linha nos pontos em que ela muda de direcção. Postes de amarração São postes de fim de linha. Postes de cruzamento São utilizados para efectuar cruzamentos com outras linhas. 11 L I N H A S Linhas eléctricas de Alta Tensão São normalmente aéreas podendo, no entanto, ser subterrâneas. As redes aéreas são de instalação e conservação mais económicas que as redes subterrâneas, por outro lado, são mais susceptíveis de avarias. As linhas aéreas são suportadas por postes, normalmente metálicos, sendo os condutores nus, de cobre ou alumínio, suspensos ou apoiados por isoladores. Poste reticulado usado em A.T. 12 L I N H A S Linhas eléctricas de Média Tensão Podem ser aéreas ou subterrâneas. As aéreas são normalmente em cabo nu, apoiadas em postes de betão (mais comum) ou metálicos, sendo os condutores suspensos ou apoiados por isoladores. Linha eléctricas de Baixa tensão Podem ser de dois tipos: aéreas ou subterrâneas. As linhas aéreas podem ser em condutores nus ou isolados em feixe (cabo torçada). As linhas em condutor nu estão fixas sobre isoladores e apoiados em postes de betão, ou sobre suportes metálicos (postaletes) fixos na fachada. Poste de betão armado usado em B.T. e M.T. 13 L I Classificação das linhas quanto à sua N configuração H Quanto à configuração podem as linhas de transporte e de A distribuição ser classificadas em linhas abertas e linhas fechadas. linhas são abertas quando têm apenas um ponto de alimentação, S As isto é, as linhas radiam desse ponto e não se podem fechar sobre si próprias. As linhas são fechadas quando podem ser alimentadas por vários centros de alimentação ou por um único centro mas em que há mais que uma via de alimentação, fechando-se, portanto, sobre si próprias. As linhas abertas, embora sejam mais económicas, estão sujeitas a grandes interrupções em caso de avaria. 14 L I N H A S As linhas abertas de transporte podem ser simples e radiais. Rede simples Rede radial Subestação de elevação – Os transformadores elevam o valor da tensão para efectuar o transporte. Subestação redutora – Os transformadores baixam a tensão para efectuar a distribuição. 15 L I N H A S As linhas fechadas de transporte podem ser em anel e malhadas. Subestação de seccionamento Rede em anel Central Subestação Em Portugal, o grande transporte de energia é feito essencialmente através de redes em anel. Rede malhada As subestações de seccionamento equipadas de seccionadores e órgão de protecção e corte, cujas funções são as de ligar ou isolar determinados troços e linha, seja por motivos de detecção e reparação de avarias ou apenas por conveniência de exploração. 16 L I N H A S As linhas abertas de distribuição em A.T. e M.T podem ser simples e radiais. Rede simples S P.T. A rede simples é pouco usada devido à fraca qualidade de serviço. A rede radial é muito usada nos meios rurais. S – Subestação P.T. – Posto de transformação As linhas que ligam PTs entre si ou eventualmente uma subestação a PTs designam-se por linhas de pequena e média distribuição. 17 L I N H A S As linhas fechadas de distribuição em A.T. e M.T. podem ser em anel e malhadas. P.T. A rede em anel é o tipo de rede mais frequente. S P.T. S A rede malhada é pouco usada devido ao alto custo de exploração. S – Subestação P.T. – Posto de transformação 18 D I S T R I B U I Ç Ã O Posto de transformação (P.T.) Aos postos de transformação chegam as linhas em M.T. que constituem a rede secundária de distribuição. A partir dos P.T.s faz-se a distribuição final em B.T. que vai alimentar directamente o consumidor. Num P.T. existem, além dos órgãos de protecção, de seccionamento e medida, transformadores que fazem a redução de M.T. para B.T. O primário do transformador é alimentado pelo cabo trifásico em M.T. e pelo secundário sai um cabo (ou uma linha aérea) com três fases e neutro em B.T., o qual vai alimentar um conjunto de habitações. P.T. 230/400 V M.T. 19 D I S T R I B U I Ç Ã O Rede de distribuição em B.T. Os cabos de distribuição de baixa tensão são normalmente constituídos por cinco condutores um dos quais se destina à iluminação pública. 20 D I S T R I B U I Ç Ã O Iluminação pública A corrente no condutor destinado à iluminação pública é ligado a uma das três fases por intermédio de um interruptor horário, que se regula de forma a apagar e a acender a horas determinadas. Normalmente os postes de iluminação pública estão equipados com lâmpadas de vapor de mercúrio (brancas/levemente azuladas) ou vapor de sódio (amarelas). O seu acendimento é automático, podendo ser controlado através de uma célula fotoeléctrico que liga a corrente para as lâmpadas no momento em que a luminosidade ambiente diminui para baixo de um nível pré-estabelecido (por exemplo, 4 lux). 21 D I S T R I B U I Ç Ã O Instalação colectiva 22 Apresentação electrónica criada e executada por: Lucínio Preza de Araújo Email: [email protected] URL: www.prof2000.pt/users/lpa 23