Recursos hídricos para a geração de energia Qual é o papel das centrais hidroeléctricas na geração de energia? Grupo nº 317 Bruno Moreira (MIEEC) - 100503099 Catarina Santos (MIEEC) - 100503026 João Novais (MIEM) - 100504224 José Pereira (MIEEC) - 100503058 Nuno Nebeker (MIEEC) - 100503192 Supervisor: Professor J. Nuno Fidalgo Monitora: Cristiana Ramos Coordenador: José Magalhães Cruz FEUP – Projecto FEUP 2010/2011 Preâmbulo O presente relatório, realizado no âmbito do projecto FEUP 2010/2011 pela equipa nº 317 de MIEEC, trata o tema dos recursos hídricos aplicados à produção de energia eléctrica. Será feito inicialmente um enquadramento do panorama geral da produção de energia por parte do Homem. Apresenta-se a estrutura e funcionamento de uma central hidroeléctrica e uma fórmula algébrica com o objectivo de calcular a energia produzida numa barragem por unidade de tempo, com ênfase na importância da dimensão da barragem. O relatório inclui uma análise das vantagens e desvantagens da implementação de estruturas de produção de energia hidroeléctrica a vários níveis, ambiental, social, económico e político. São apresentados vários gráficos e tabelas que oferecem uma visão da implementação da energia hidroeléctrica a nível nacional e mundial, acompanhados de uma interpretação objectiva. Conclui-se que a energia hídrica tem vindo, assim, a assumir um papel fulcral na produção de energia eléctrica e, além disso, no próprio desenvolvimento económico de países de todo o mundo. 1 Índice Preâmbulo ..................................................................................................................................... 1 Introdução ..................................................................................................................................... 3 Centrais hidroeléctricas................................................................................................................. 5 Funcionamento ......................................................................................................................... 5 Vantagens e desvantagens ............................................................................................................ 7 Económico ................................................................................................................................. 7 Ambiental .................................................................................................................................. 8 Social ......................................................................................................................................... 9 Político....................................................................................................................................... 9 Dados estatísticos ....................................................................................................................... 10 Conclusão .................................................................................................................................... 13 Bibliografia .................................................................................................................................. 14 2 Introdução Desde sempre o Homem aprendeu a utilizar os recursos da natureza de modo a poder obter energia. É esta energia obtida através de diversos recursos naturais que faz com que a indústria possa produzir toda a variedade de bens que as sociedades modernas utilizam, que navios, carros e outros meios de transporte se movimentem, que ilumina ruas e residências, que faz funcionar a televisão, o aquecedor e a máquina de lavar, em suma, que é imprescindível ao Homem. A primeira fonte de energia a ser utilizada pelo Homem foi o Sol, que servia para os iluminar e aquecer, seguindo-se o fogo produzido a partir da fricção da madeira, que passou a constituir a primeira fonte de energia controlável pelo Homem. Com o passar do tempo passou-se também a usar a energia do vento e dos cursos de água, em particular em diversos tipos de moinhos. Contudo, com o desenvolvimento do conhecimento científico nos últimos séculos, ocorreu algo que veio mudar radicalmente a forma de encarar a energia. Em primeiro lugar, a compreensão de que uma forma de energia se pode transformar noutra forma de energia e em segundo lugar, a electricidade ter-se tornado na forma mais comum de energia, pelo menos nos países desenvolvidos, para uso doméstico e industrial. Existem dois tipos de fontes de energia: não renováveis (como o petróleo, o gás natural e o carvão), em que se consome a uma velocidade superior à da sua formação, e as renováveis (como a hídrica, a eólica, a geotérmica), as quais são usadas a uma velocidade inferior à de formação. As energias não renováveis são actualmente as mais utilizadas, no entanto são também as mais poluidoras e as que mais contribuem para o efeito estufa. Devido ao seu uso em excesso, os combustíveis fósseis têm vindo a tornar-se cada vez mais escassos, o que leva o Homem a ter que optar cada vez mais por outros tipos de fontes de energia. Há, pois, que atribuir cada vez maior importância aos recursos renováveis, por serem muito menos poluentes do que os combustíveis fósseis, não contribuírem para os teores excessivos de CO2 na atmosfera e, obviamente, não correrem o risco de se esgotarem. Um dos tipos de energia renovável é a energia hídrica, gerada a partir da energia potencial de uma massa de água. O uso da força das águas para gerar energia vem desde tempos remotos e começou com a utilização das “noras” (rodas de água do tipo horizontal), usadas desde o século II a.C, que, através da queda de água, produzem energia mecânica. A partir do século XVIII, com o desenvolvimento tecnológico, surgiram os motores e a turbinas hídricas, que possibilitaram a conversão de energia mecânica em electricidade, tendo surgido as primeiras centrais hidroeléctricas em 1880, em Inglaterra. 3 Actualmente, a obtenção de electricidade a partir de energia hídrica é principalmente realizada através de centrais hidroeléctricas que estão associadas a barragens, as quais, assim, podem ter o duplo papel de reservatórios de água e centrais produtoras de energia. De toda energia gerada no mundo, cerca de 15% é energia hidroeléctrica. Em Portugal, a energia hídrica é o melhor exemplo de sucesso de utilização de energias renováveis, sendo a energia renovável mais utilizada neste país. Este relatório tem como principal objectivo explicar e evidenciar o papel das centrais hidroeléctricas na geração de energia e a sua importância em Portugal. Pretende-se também com este relatório caracterizar a posição das centrais hidroeléctricas no conjunto de outros tipos de centrais geradoras e salientar a sua importância ambiental, social e financeira. 4 Centrais hidroeléctricas Figura 1- esquema de perfil de uma central hidroeléctrica tradicional. Numa central hidroeléctrica tradicional existem vários elementos funcionais, como se vê na figura 1, um reservatório, o edifício da central, uma ou mais turbinas, um ou mais geradores, condutas de admissão de água, linhas de alta tensão, partindo de um transformador e um curso de água. Funcionamento À diferença de altura entre a superfície da água no reservatório e o nível das turbinas chamase cota. Quanto maior for a cota, maior energia potencial terá a água e, portanto, mais energia mecânica recebem as pás das turbinas. Essa energia é convertida em energia eléctrica por um gerador ligado ao eixo da turbina, como se pode ver na figura 2. 5 Figura 2 – grupo gerador hidroeléctrico (U.S. Army Corps of Engineers 2005) O funcionamento de um gerador baseia-se nos princípios descobertos por Faraday. Este descobriu que quando um íman passa por um condutor, causa um fluxo de corrente. Num gerador de grandes dimensões, electroímanes são montados no perímetro do rotor. O rotor está ligado ao eixo da turbina e roda a uma velocidade constante. Ao rodar faz os electroímanes passar por condutores, criando uma diferença de potencial nos terminais do gerador. É possível calcular a potência da corrente eléctrica gerada através da seguinte fórmula: P=ρhrge (1) P representa potência em Watt ρ representa a densidade da água h representa a cota em metros r representa o caudal em metros cúbicos por segundo g representa a aceleração da gravidade à superfície da Terra em metros por segundo quadrado e representa a eficiência da central Por esta fórmula se percebe a importância da dimensão da barragem: quanto maior a cota e o caudal, maior a potência. 6 Vantagens e desvantagens Vantagens Não é necessário qualquer combustível; Não há oscilação do preço da matéria prima usada (embora variações no fluxo de água levem a variações na produção); Sem emissões de CO2; Longa vida; Manutenção barata; Ajuda na prevenção de inundações; Dá-se retenção de água a nível regional que pode ser utilizada, se potável, para fins variados (rega, turismo, por exemplo). Desvantagens Inundação de terrenos; Alterações nos ecossistemas; Construção de barragens em zonas tropicais pode levar à consequente libertação de metano; Necessidade de recolocação das pessoas que viviam nas zonas inundadas; Dispendiosa construção das barragens face às centrais térmicas. Económico Vantagens O recurso à energia hídrica proporciona a nível económico um grande benefício. O custo de operações de uma central hidroeléctrica é praticamente imune às alterações do preço dos combustíveis fósseis, visto que não é necessária importação de matéria-prima. Assim, a maior vantagem da sua utilização é a eliminação do custo dos combustíveis. Centrais hidroeléctricas, também, tendem a ter uma vida mais económica que as da geração dos combustíveis, observando centrais que continuam em produção passado 50 a 100 anos. O custo laboral não é significativo, graças a uma escassa mão-de-obra devido à automação das centrais, o que implica custos de operações ainda mais baixos. Tudo leva a que a energia hidroeléctrica seja mais barata que a média nacional. 7 Ambiental Vantagens Emissão de gases As centrais hidroeléctricas ajudam a diminuir o efeito de estufa no planeta, visto que no seu método de produção de energia não é utilizada a combustão de combustíveis fósseis, não produzindo e libertando dióxido de carbono (CO2) para a atmosfera. O impacto ambiental é extremamente positivo relativo ao efeito de estufa em comparação com outras centrais eléctricas. Descargas de água Centrais hidroeléctricas temporariamente libertam água de volta aos rios, mas não poluída porque o processo de produção de electricidade não promove a sua poluição e não provoca, também, uma quantidade substancial de resíduos sólidos. Desvantagens Danificação de ecossistemas e perda de território A construção de centrais hidroeléctricas leva a construção de grandes reservatórios que resulta na submersão de extensas áreas a montante da barragem, destruindo planícies muito ricas e produtivas a nível agrícola e biológico, florestas fluviais, pradarias e pântanos. A fragmentação de habitats em zonas circundantes provoca uma perda de terra significativa. Os ecossistemas mais prejudicados são os aquáticos, a montante e a jusante das barragens. A investigação de novos modelos de turbinas e centrais eléctricas que não prejudiquem tanto a vida aquática é bastante activa. Cada vez mais é exigido e necessário a implementação desses novos modelos na construção e manutenção de centrais. A sua construção, também, danifica o ambiente a jusante do rio. A saída de água de uma turbina contém um número mínimo de sedimentos que promove a erosão dos leitos do rio e das suas margens. Tipicamente, a água expelida pelas turbinas é mais quente do que a préconstrução, criando alterações na população de fauna aquática e impossibilita o processo natural de congelamento de acontecer. Em alguns casos, o rio pode ser desviado, causando o abandono do seu leito. 8 Emissões de metano Nas regiões tropicais são encontrados impactos negativos nos reservatórios das centrais hidroeléctricas por causa da abundante produção de metano. Isso é devido às plantas ao se encontrarem em ambiente anaeróbico quando submersas, o que faz com que estas produzam metano, um gás bastante prejudicial ao efeito de estufa. Apesar de as emissões representarem o carbono existente na biosfera, o decaimento anaeróbico liberta grande quantidade de metano para a atmosfera causando mais perigo se uma floresta se tivesse deteriorado naturalmente. Social Vantagens A criação de reservatórios fornece instalações para desportos aquáticos como também atracções turísticas. A aquacultura em reservatórios tem-se tornado cada vez mais comum. Barragens provocam alterações na vida da comunidade, visto que controlam processos de irrigação, auxiliando a agricultura da região, e controla as cheias a jusante da barragem. Desvantagens A construção de centrais hidroeléctricas tem a necessidade de realojar as pessoas que habitam no suposto lugar para o reservatório. Por vezes, não existe compensação que substitua ligações culturais, ancestrais das pessoas aos locais que vão ser inundados. Também, podem ser perdidos locais importantes a nível cultural e histórico. Político Desvantagens As convencionais instalações de barragens hidroeléctricas contêm grandes volumes de água, o que devido a má construção ou terrorismo pode resultar em consequências catastróficas para o que se localiza a jusante da barragem. Por isso, barragens são alvos industriais em tempo de guerra, sabotagem ou terrorismo, como a “Operation Chastise” na Segunda Guerra Mundial. 9 Dados estatísticos São de seguida apresentados alguns dados estatísticos relativamente à produção de energia hidroeléctrica. Produção Mundial de Energia em Centrais Hidroeléctricas Produção (1015 Btu) 30,00 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00 0,00 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 Gráfico 1 – Evolução da produção da energia hidroeléctrica num panorama mundial (Index Mundi 2003) O gráfico 1 demonstra o grande crescimento que as fontes de energia hidroeléctricas têm tido ao longo dos anos. De 1985 a 2003 verificou-se um crescimento de cerca de 33%, com uma tendência a que este aumento continue ao longo dos anos com o actual foco no investimento nas energias renováveis. 10 Produção de Energia Eléctrica em Portugal (GWh) 60000 50000 Fotovoltaica 40000 Térmica 30000 Hídrica 20000 Geotérmica 10000 Eólica 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995 1994 0 Gráfico 2 – Evolução da Produção da Energia Eléctrica em Portugal (em GWh) de 1994 a 2008 (Pordata 2010) Tal como representado no gráfico 2, a segunda maior fonte de energia em Portugal (atrás apenas da prevalente energia térmica) é a energia hídrica. Verifica-se uma aposta crescente em energias renováveis, com o aparecimento de forma relevante da energia eólica. No entanto algo de interessante verifica-se com mais detalhe no gráfico 3: apesar do grande investimento nesta área verificou-se uma quebra de produção em 2005, justificada por factores ambientais: um ano de seca traduz num ano com menor produção através desta fonte. Evolução da Produção de Energia Hídrica em Portugal (GWh) 18000 16000 14000 12000 10000 8000 6000 4000 2000 0 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995 1994 Hídrica Gráfico 3 – Evolução da Produção da Energia Eléctrica em Portugal (em GWh) de 1994 a 2008 (Pordata 2010) 11 Tabela 1 - Investimentos Hidroeléctricos em Portugal (EDP 2009) Novos Aproveitamentos Baixo Sabor Ribeiradio Foz Tua Fridão Alvito Reforços Potência Picote II Bemposta II Alqueva II Pedrogão Venda Nova III Salamonde II Paradela II Início de construção Entrada em serviço Potência (MW) 2008 2009 2010 2012 2012 Início de construção 2007 2008 2008 2009 2010 2010 2010 2013 2013 2014 2016 2016 Entrada em serviço 2012 2012 2012 2011 2015 2015 2016 170 74 251 231 220 Potência (MW) 246 191 240 13 722 199 311 Percebe-se assim que, tal como demonstrado na Tabela 1 se tem feito um grande esforço financeiro para conseguir aumentar a produção de energia hídrica tanto em Portugal, como no resto do mundo, embora este esforço seja sempre condicionado por factores externos. 12 Conclusão Em Portugal tem-se investido cada vez mais na utilização de energias renováveis, sendo a energia hídrica a segunda maior fonte energética, seguida da queima dos combustíveis fósseis. Este acontecimento deve-se ao facto de o nosso país ter um grande número de cursos de água (só o rio Tejo tem mais de 30 barragens ao longo do seu curso, no território português) e de este tipo de energia ser mais barata do que outras como a energia nuclear, bem como menos agressiva ambientalmente do que a energia térmica. A energia hídrica tem como maior vantagem o facto de não emitir gases que contribuem para o aumento do efeito estufa. Para além disto, muitos países vêem mais vantagens na sua utilização, uma vez que não depende de combustíveis importados e as barragens podem ser usadas para armazenar água que poderá, mais tarde, ser usado para fins agrícolas, domésticos ou industriais. A exploração dos rios para posterior produção de energia, embora seja bastante vantajosa, causa sempre alguns impactos no ambiente: as barragens podem evitar a migração dos peixes, inundar as áreas vizinhas e modificar o percurso natural dos rios até aos lagos. A opinião relativamente à utilização de barragens hidroeléctricas é bastante controversa: existem países, como os EUA, que concluíram que a melhor opção seria não se construírem mais barragens e até mesmo remover algumas das já existentes, de modo a recriar as condições primitivas dos rios para que os peixes possam migrar para os seus locais de desova; noutros países, pelo contrário, valorizam-se mais os aspectos benéficos das barragens, sendo o exemplo mais flagrante a recente construção da barragem das Três Gargantas, na China, a qual constitui presentemente o maior projecto hidroeléctrico do mundo. A construção de grandes barragens hidroeléctricas está também a ser planeada em muitos países no Sudeste da Ásia, no Sul da América e em África. A energia hidroeléctrica está a aumentar em países subdesenvolvidos (Ásia, África e América Latina) e nas economias emergentes, em especial naqueles onde escasseiam reservas de combustíveis fósseis. A energia hídrica tem vindo, assim, a assumir um papel fulcral na produção de energia eléctrica e, além disso, no próprio desenvolvimento económico de países de todo o mundo. 13 Bibliografia Greg, J. R., Vaughan, D. J. & Skinner, B. J. (2001), Resources of the Earth. Prentice Hall, Upper Saddle River, 520 pp. Index Mundi. 2003. World Net Hydroelectric Power Generation (Btu). 19802003 (Quadrillion (10 15) Btu). http://www.indexmundi.com/en/commodities/electricity/tablef6.htm (accessed October 2, 2010). PorData. 2010. Produção bruta de energia eléctrica: total e por tipo de produção de energia eléctrica. http://www.pordata.pt (accessed October 2, 2010). PorData. 2010. Produção bruta de energia eléctrica: total e por tipo de produção de energia eléctrica. http://www.pordata.pt (accessed October 2, 2010). EDP. 2009. Novos Aproveitamentos Início de construção Entrada em serviço Potência (MW). http://www.edp.pt/pt/media/noticias/2009/Pages/estrategiaEDPhidricas.aspx (accessed October 2, 2010). U. S. Geological Survey. Hydroelectric power: How it works http://ga.water.usgs.gov/edu/hyhowworks.html (Accessed October 2, 2010) U. S. Army Corps of Engineers.Generators and Exciters http://www.nwp.usace.army.mil/HDC/edu_genexcit.asp (Accessed October 9, 2010) Dr. Darkmatter. 1998. Cheap Energy vs the Environment The Case of Hydroelectric Power http://zebu.uoregon.edu/1998/ph162/l14.html (Accessed October 7, 2010) Suzuki, David. Hydroelectricity. http://www.davidsuzuki.org/issues/climatechange/science/energy/hydropower/ (Accessed October 7, 2010) Perry, Z. Advantages of Hydroelectric Power. http://hubpages.com/hub/advantages-hydroelectric-power (Accessed October 7, 2010) Khemani , Haresh. 2008. 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