HISTÓRIA DA IGREJA II A PARTIR DA REFORMA Professor: Pr. Kenneth Eagleton Períodos: • A Reforma Protestante (1517-1648) • Era da Razão e do Reavivamento (Iluminismo) (1648-1789) • Era do Progresso (1789-1914) • Era das Ideologias (1914-presente) A Reforma Protestante (1517-1648) O protestantismo responde de maneira diferente ao catolicismo as seguintes perguntas: 1. Como uma pessoa é salva? 2. Em que repousa a autoridade religiosa? 3. O que é a Igreja? 4. Qual a essência da vida cristã? A Reforma Protestante (1517-1648) Lutero (1483-1546) • 1515 – justificação pela fé somente; fonte de autoridade é a Bíblia • 1517 – 95 teses • 1521 – declarado herege e excomungado • Dieta de Worms A Reforma Protestante (1517-1648) Lutero (1483-1546) • Traduz o NT em Alemão enquanto se refugia • 1522 - Ministério em Wittenberg • Revolta de campesinos • 1530 – Confissão de fé de Augsburgo • Philip Melanchthon A Reforma Protestante (1517-1648) Ulrich Zuínglio (1484-1531) • Liderou reforma em Zurique • Ênfase na Bíblia • Igreja = sociedade • Luta contra católicos • Luta contra anabatistas A Reforma Protestante (1517-1648) • Anabatistas (“rebatizadores”) – Origem: em Zurique, Suíça. – Líderes: Conrad Grebel, Felix Manz e George Blaurock – Não reconheciam batismo de crianças como sendo válida; só batismo do crente. – Crença na separação da igreja e do estado, recusavam fazer parte da política. Primeira igreja livre dos laços do Estado. – Igreja não é sociedade, mas comunidade dos verdadeiramente discípulos de Jesus. A Reforma Protestante (1517-1648) • Anabatistas – Félix Manz foi o primeiro mártir anabatista. – Irradicado dos arredores de Zurique. Se espalhou pela Alemanha, Suíça e Europa. – Durante a reforma, 5 mil executados. – Em 1529 George Blaurock foi queimado na fogueira pelos Católicos. – Os menonitas descendem diretamente deste movimento A Reforma Protestante (1517-1648) • Anabatistas – Princípios do movimento: • Discipulado (estilo de vida transformado) • Amor (pacifistas, ajuda mútua, redistribuição de riquezas) • Visão congregacional da autoridade da igreja • Separação entre igreja e Estado A Reforma Protestante (1517-1648) João Calvino (1509-1564) • Nascido na França, refugiado em Genebra • 1936 – Institutas da Religião Cristã • Convocado para administrar a reforma em Genebra • 1538-1541 – pastor em Estrasburgo • 1541 – volta para Genebra • Disciplina moral severa • Condenação de Michael Servetus A Reforma Protestante (1517-1648) João Calvino (1509-1564) • Doutrina: – – – – – – – – Doutrina central: soberania de Deus Deus age por decretos Predestinação incondicional – eleitos de Deus Propiciação limitada Preservação dos salvos Introdução do Reino de Deus na Terra Nenhum homem tem poder absoluto Presença espiritual de Cristo na eucaristia A Reforma Protestante (1517-1648) João Calvino (1509-1564) • Genebra: modelo para os protestantes • Centro de expansão da teologia calvinista – França – huguenotes – Holanda – Igreja Reformada – Escócia – John Knox – Igreja Presbiteriana • Theodore (Teodoro) Beza – discípulo de Calvino e continuador de sua obra. A Reforma Protestante (1517-1648) Tiago (Jacó, Jacob ou Jacobus) Arminius (Armínio) (1559/60-1609) • • • • • • • Holandês de origem humilde 1582-1588 - Estudou com Beza em Genebra Pastor em Amsterdã Convidado para refutar crítico de Calvino Acaba discordando de Calvino Seguidores são chamados Remonstrantes Perseguição A Reforma Protestante (1517-1648) Jacó Arminius • Pontos principais de discordância: – Homem tem livre arbítrio; pode responder – Morte de Cristo é para todos – Homem pode resistir a chamada de Deus • 1610, após morte de Arminius – “Os Cinco Artigos dos Remonstrantes” • Sínodo de Dort A Reforma Protestante (1517-1648) Calvinismo Arminianismo Depravação do homem Depravação total: o homem não pode responder a Deus. Deus faz tudo. Regeneração não depende do homem. Depravação total: o homem antes da regeneração pode responder a Deus por causa da atuação do Santo Espírito Eleição Eleição sem condições Eleição condicionada à fé Propiciação Limitada Ilimitada, universal Possibilidade em resistir à graça de Deus Graça irresistível Graça resistível Possibilidade de apostasia (perda da salvação) Impossível retroceder e perder a salvação Perseverança do crente: a salvação passada, presente e futura depende da fé; é possível perder a salvação A Reforma Protestante (1517-1648) Inglaterra rompe com Roma • Problemas conjugais de Henrique VIII • 1533 - Anulação de casamento, novo casamento, excomunhão pelo papa e quebra de relações com Roma. • 1534 – Igreja da Inglaterra com o rei como chefe da igreja. • Mudanças: supressão dos monastérios e Bíblia em Inglês é usado nas igrejas. A Reforma Protestante (1517-1648) Inglaterra rompe com Roma • 1547-1553 – Eduardo VI – 10 anos de idade; doutrina Anglicana passa a ser muito parecida com a Reforma Protestante. • 1553-1558 – Maria “a sanguinária” – católica, tentou reatar com Roma. Perseguiu os protestantes. 300 mártires (fogueira). • 1558-1603 – Elizabeth I – caminho do meio entre catolicismo e protestantismo. A Reforma Protestante (1517-1648) Inácio de Loyola (1491-1556) • Forte experiência religiosa na Espanha. Interrogado pela Inquisição. Estudou na Espanha e Paris. • Escreveu Exercícios Espirituais • Formou Sociedade de Jesus, aprovado pelo papa em 1540. Defensor fiel do papa e da Igreja Católica. A Reforma Protestante (1517-1648) Sociedade de Jesus (jesuítas) • Usaram estratégia de ensino • “Cavaleiros de Jesus”: móveis, versáteis, a disposição do papa, votos de castidade e pobreza. • Importante trabalho de contenção dos protestantes na Europa. • Papel importante nas missões à Ásia e América Latina. • Principal arma da Contra-Reforma A Reforma Protestante (1517-1648) Concílio de Trento (1545-1563) • Longo conflito entre o Imperador alemão e o papa para a realização do concílio. • Não houve grandes mudanças doutrinárias, mas confirmação da doutrina da igreja romana. • Rejeitou tudo que a Reforma propôs como mudança. • Participação decisiva dos jesuítas. • Início da Contra-Reforma A Reforma Protestante (1517-1648) Concílio de Trento (1545-1543) Reforma Protestante Concílio de Trento justificação somente pela fé justificação pela fé e pelas boas obras salvação somente pela graça salvação pela graça e cooperação humana Bíblia é única autoridade espiritual o supremo ofício da igreja de Roma - papas e bispos - era o verdadeiro intérprete da Bíblia papa não tem autoridade espiritual o papa permaneceu como autoridade suprema da igreja dois sacramentos sete sacramentos culto sacrifício da missa um só intercessor entre o homem e Deus Jesus diversos intercessores: santos, Maria, confissão a um sacerdote o sacerdócio do crente sacerdócio do clero da Igreja indulgências são imorais indulgências permaneceram Cânon bíblico permanece o mesmo dos concílios ecumênicos Cânon bíblico acrescido dos livros apócrifos A Reforma Protestante (1517-1648) Imperialismo Cristão • Época das descobertas (1500-1650) – era da expansão global do cristianismo: América Latina, África e Ásia oriental • Evangelho e cultura: conquista vs. adaptação • Fervor religioso leva a violência contra os povos indígenas. • Bartolomeu de las Casas – defensor dos índios oprimidos • No oriente – adaptação A Reforma Protestante (1517-1648) Guerras religiosas • Suiça: protestantes vs. católicos • Alemanha: (1546-1555) – católicos vs. luteranos – paz de Augsburgo (1555) • Escócia: 1559-1560 – guerra civil contra governo católico – vitória dos calvinistas • França: 1562-1598 – guerra contra os Huguenotes (calvinistas) – Edito de Nantes • Holanda: 1560-1618 – holandeses calvinistas lutam contra governo católico da Espanha. • Guerra dos 30 anos (Alemanha): 1618-1648 – terminou com paz de Westfália (1648). • Guerra civil da Inglaterra: 1642-1649 – Anglicanos contra presbiterianos e congregacionalistas. A Reforma Protestante (1517-1648) Puritanismo na Inglaterra (1560-1660) • • Puritanos eram pessoas compromissadas com a Bíblia e queriam colocar os princípios em prática na igreja e na sociedade. Três períodos distintos: 1. Reinado Rainha Elizabeth (1558-1603) 2. Reinado de James I e Carlos I (1603-1642) 3. Guerra civil da Inglaterra e governo de Oliver Cromwell (1642-1660) A Reforma Protestante (1517-1648) Puritanismo na Inglaterra 1. Reinado Rainha Elizabeth (1558-1603) • • Tentativa de instalar o calvinismo Controvérsia quanto a indicação de bispos 2. Reinado de James I e Carlos I (1603-1642) • • • • • Movimento separatista Scrooby Leyden (Holanda) América Gainsborough Amsterdã primeiros Batistas Imigração para a América do Norte Divisão no Parlamento inglês 3. Guerra civil da Inglaterra e governo de Oliver Cromwell (1642-1660) A Reforma Protestante (1517-1648) Puritanismo na Inglaterra 1. Reinado Rainha Elizabeth (1558-1603) 2. Reinado de James I e Carlos I (1603-1642) 3. Guerra civil da Inglaterra e governo de Oliver Cromwell (1642-1660) • Guerra civil • Assembléia de Westminister: Confissão de Fé, Catecismo Maior, Catecismo Menor • Governo de Oliver Cromwell • Execução do rei Carlos I A Reforma Protestante (1517-1648) Denominacionalismo • • • Sectarismo: clama para si exclusividade, detêm toda verdade, não há outra igreja. Denominação: verdadeira igreja não pode se identificar com uma única estrutura eclesiástica. Cada denominação é uma parte da ampla vida da igreja. O denominacionalimso permitiu a convicência pacífica de diversas opiniões diferentes. A Reforma Protestante (1517-1648) Denominacionalismo • Igreja Independente (congregacionalistas), arquitetos da teoria denominacional da igreja: – – – – • Incapacidade do homem de sempre enxergar a verdade com clareza, criando diferenças de opinião Cada um deve praticar como crê que a Bíblia ensina Nenhuma igreja detém a definitiva e completa verdade divina A separação não constitui cisma, pois ainda há união em Cristo. Talvez não seja o ideal, mas é melhor que as guerras sangrentas entre cristãos A Reforma Protestante (1517-1648) Denominacionalismo • Ato de Tolerância na Inglaterra (1689) reconheceu os direitos dos presbiterianos, congregacionalistas, batistas, quackers, e outros de adorarem livremente e co-existir com a Igreja da Inglaterra.