SOCIOLOGIA
FUCAP – Faculdade Capivari
Curso de:
Administração
Prof. Valdir Luiz Schwengber, Dr.
Capivari de Baixo, 19 de Abril de 2013
Analisando a Sociedade
 Os tempos são outros…
 Destaque algum aspecto que mudou em nossa
sociedade nos últimos 20 anos.
 Como a sociologia pode ajudar-nos a administrar
um negócio?
Sociologia e Atualidade
 A Sociologia estuda a realidade atual…
possui uma Linguagem própria:

Classe social, conflito social, posição social, status,
papel social;
 As Empresas/Instituições tornam-se sempre
mais Organizações Sociais;
 Métodos de investigação da Sociologia
utilizados nas empresas:
Pesquisa de opinião do cliente;
 As organizações buscam compreender a sociedade,
seus desejos para atender demandas, etc.

 O grupo social desta organização, possui uma
cultura organizacional própria;
 Reconhecemos a necessidade de estudar a
sociedade para administrar uma organização
social, chamada “empresa”;
 Você conhece uma empresa onde seu
administrador sabe relacionar-se com seus
colaboradores e onde não sabe fazê-lo?
 Por quê as empresas assumem políticas como
responsabilidade social?
Contexto histórico e cultural
do surgimento da sociologia:
 Iluminismo;
 Revolução Industrial e,
 Revolução Francesa.
“Um fato histórico é resultado de um
processo histórico, ou seja, nada acontece de
uma hora para outra, uma sucessão de fatos
desemboca em um momento específico, que
passa a ser lembrado historicamente como
marco desse processo”.
Quem pode ajudar-nos a
compreender melhor a sociedade?
 Precisamos compreender alguns fenômenos... Eles
são fenômenos pois independem da vontade dos
indivíduos... E se repetem.
 Alguns pensadores ajudam a compreender melhor
estas relações.
AUGUSTO COMTE
As Três Etapas do Pensamento Sociológico
 Modelo Teológico/Militar X
Científico/Industrial
 A Lei dos Três Estados
Explica os fenômenos atribuindo-os a seres, forças...
(teológico – infância)
 Invocação de entidades abstratas (metafísico –
adolescência)
 Observação dos fenômenos e o estabelecimento de
relações entre eles (científico – adulto)

 Triunfo do pensamento positivo – A unidade da
natureza humana -
Características da Sociedade
Industrial
 1° Organização científica do trabalho;
 2° Desenvolvimento dos recursos, graças a
essa organização;
 3° Novo fenômeno social: as massas
operárias
 4° Empregados X Empregadores
 5° Aumento das riquezas X
empobrecimento das massas; e
 6° Intervenção mínima do Estado na
Economia.
 Propriedade privada: necessária, porém,
com seu papel social;
 Aceitação de uma ordem temporal
autoritária e hierárquica – superposição de
uma ordem espiritual à temporal;
 Ascensão do papel da solidariedade –
progresso do espírito humano;
 O primado do devenir da inteligência;
 Novos sacerdotes: filósofos e
cientistas;
 Fatores de variação: raça, clima e ação
política;
 Estática e Dinâmica: consenso social e
caminho percorrido para atingir o
estado positivo;
 Natureza Humana e Ordem Social;
 Da filosofia á religião;
 Solução
global pela ciência;
 Desvaloriza o econômico e político em
favor da ciência e da moral;
 Nega o valor da violência para a mudança;
 Proclama uma nova religião: a religião da
sociedade.
 Da Ordem Teocêntrica para a Ordem
Antropocêntrica;
Pressupostos para a Unidade
Humana
 A sociedade industrial e sociedade européia –
modelo para todas as sociedades
 Dupla universalidade do pensamento científico – a
aplicação do método científico às ciências
orgânicas/inorgânicas
 Sistema político positivo – decorrente da unidade
humana
Karl Marx
Materialismo Histórico
 Presenciou um contexto de conflitos políticos e




econômicos - revoluções;
Industrialização das sociedades ocidentais e
suas conseqüências;
História da Humanidade – história da luta
entre classes;
Apontou as contradições – quanto mais
acumula, mas exclui;
Apontou a crise do capitalismo – visto como um
regime transitório;
 Materialismo Histórico: os homens tem na
mão o poder de mudar a sociedade;
 Superestrutura: condicionamentos históricos
da desigualdade social e da
dominação nas sociedades, entre elas o Estado
(instrumento de legitimação da burguesia) e a
Religião (o ópio do povo – alienação);
 Pregava o fim da propriedade privada – esta
que possibilitava a mais-valia;
 Dialética: rompe com a dogmaticidade da
verdade científica de Comte;
 A verdade é obtida pela dialética:

Tese/antítese/síntese e assim por diante;
 A Sociologia que entende o homem em função
das necessidades – o Homem não apenas
descreve a sociedade - é sujeito ativo na
construção da mesma.
ÉMILE DURKHEIM
Relações entre Indivíduo/Sociedade
 Formas de Solidariedade
Mecânica: solidariedade por semelhança. Mesmos
sentimentos, mesmos valores, reconhecem os
mesmos objetos como sagrados.
 Orgânica: solidariedade por diferença. O consenso se
realiza. Uma sociedade mais flexÍvel, onde as
diferenças são maiores (modo de pensar, de crer...)
porém, é composto por um todo.

 As duas podem ser segmentárias, geralmente
são as mais homogêneas, porém, existem
exceções.
 Consciência Coletiva: “conjunto das
crenças, dos sentimentos comuns à média dos
membros de uma sociedade”.

Existe em função dos sentimentos e crenças
presentes nas consciências individuais, evolui
segundo as próprias leis e não é apenas a expressão
ou o efeito das consciências individuais. Mais fortes
nas sociedades de solidariedade mecânica – onde os
valores da sociedade, muitas vezes, são os dos
indivíduos.
 Em sociedades de solidariedade orgânica, este
“equilíbrio” deve ser proporcionado pelo poder
da lei.
Primado da sociedade sobre o indivíduo:

Se a solidariedade mecânica precede a orgânica, a
segunda não pode ter surgido dos indivíduos, que eram
condicionados aos seus rigores.
“Dizer que os homens dividiram o trabalho e
atribuíram uma ocupação específica a cada um para
aumentar a eficácia do rendimento coletivo é admitir
que os indivíduos são diferentes uns dos outros, e
conscientes dessa diferença, antes da diferença social.
Com efeito, a consciência da individualidade não
podia existir antes da solidariedade orgânica e da
divisão do trabalho.”
 Para o estudo dos fenômenos sociais –
fenômenos jurídicos
 Direito
repressivo: pune faltas ou crimes
 Direito restitutivo ou cooperativo:
repõem as coisas em ordem quando uma
falta foi cometida... Ou organizar a
cooperação entre os indivíduos.
 A questão contratual é concluída entre os
indivíduos, porém, por uma legislação que
representa os valores da coletividade e é
possível devido a diferenciação social,
derivado da estrutura da sociedade.
 A diferenciação social, defende Durkheim, é
resultante de um ajustamento da sociedade para os
indivíduos co-habitarem.
 Essa diferenciação flexibiliza o comportamento do
indivíduo na sociedade, conferindo-lhe mais
autonomia
 Poderia se dizer que o indivíduo é a expressão da
coletividade e o fim da consciência coletiva
causaria a desintegração social.
O Suicídio
 Associa o crescimento da incidência de suicídios à
desintegração das normas sociais, diretamente
ligada ao estudo da divisão do trabalho.
 As sociedades modernas se caracterizam pelo
individualismo, porém, devem sua estabilidade à
justiça.
 Durkheim afasta as explicações do tipo
psicológicas quando fala em suicídio e sim em
função de múltiplas circunstâncias. Consiste na
relação entre o fenômeno individual – suicídio – e
o fenômeno social – a taxa de suicídio.
Max Weber
Ação Social e Ética Protestante
 Definiu como objeto da sociologia a ação
social;
 Sociologia enquanto análise compreensiva da
ação social;
 Foco no sentido subjetivo que as pessoas
imprimem às suas ações e interações em
diferentes contextos sociais;
 Os sujeitos moldam as estruturas sociais e as
demais condições materiais.
 Tipos ideais de ação social:
 1. Ações racionais dirigidas a valores: razão subjetiva
(ético, estético e religioso);
 2. Ações racionais dirigidas a fins: razão objetiva;
 3. Ações dirigidas pelo afeto (conduta emocional);
 4. Ações dirigidas pela tradição (costumes e hábitos).
Ética Protestante
 O protestantismo legitima a busca pelo lucro –
Calvinismo enquanto o catolicismo o condena;



Teoria agostiniana de predestinação e teoria de Tomas de
Aquino do Livre-arbítrio;
O sucesso em vida como um sinal de salvação, emitido por
Deus;
Mundo protestante mais desenvolvido do que o mundo
católico.