Física I Trabalho Experimental no 4 Oscilações de uma mola Física I – Semestre ímpar 2009/2010 1/14 Trabalho no 4 Oscilações de uma mola A preparação do trabalho requer a leitura do manual para os trabalhos práticos, A medida em Física e a leitura deste guião, ambos disponíveis em formato “pdf” na página da disciplina http://moodle.fct.unl.pt. Para uma melhor compreensão do trabalho experimental, as questões colocadas na secção de análise de dados assinaladas com devem ser preparadas antes da aula prática. 1. Objectivo Estudo do movimento oscilatório de um corpo ligado a uma mola suspensa. 2. A experiência – oscilação de um corpo ligado a uma mola suspensa Considere a situação de repouso do sistema constituído por uma mola, suportada na posição vertical, e um corpo suspenso na extremidade livre da mola (sistema mola-corpo suspenso). Se for imposta uma alteração ao comprimento da mola, por exemplo distendendo-a, o sistema passará a executar um movimento oscilatório vertical. O ar envolvente oferece resistência ao deslocamento do sistema produzindo um efeito de amortecimento – as oscilações vão tendo cada vez menor amplitude, acabando mesmo por cessar ao fim de algum tempo. Contudo, se o movimento for analisado num intervalo de tempo pequeno quando comparado com aquele durante o qual as oscilações perduram, o efeito de amortecimento não é perceptível e pode ser desprezado. De um ponto de vista prático, podemos, então, dizer que as características do movimento se repetem periodicamente, isto é, se o corpo passa num instante t por determinada posição movendo-se com determinada velocidade (norma e sentido) voltará a passar nessa posição com a mesma velocidade nos instantes t+nT, para n = 0,1,2, …. Na expressão anterior, T é o intervalo de tempo que medeia duas situações cinemáticas equivalentes e sucessivas, designado por período do movimento oscilatório. Experimentalmente, podemos determinar o período do sistema mola-corpo suspenso, por exemplo, medindo o tempo decorrido entre duas passagens sucessivas da base do corpo pelo ponto mais baixo da sua trajectória vertical (ver figura 8). 2/14 y t T Figura 8 – Movimento oscilatório do sistema mola-corpo suspenso. O movimento oscilatório anteriormente considerado é devido a uma propriedade da mola chamada elasticidade. À elasticidade de uma mola está associada uma grandeza – a constante elástica, k. É possível provar que o sistema mola-corpo suspenso tem um período de oscilação que só depende do valor k da mola, da massa do corpo suspenso, M, e da massa da mola, m: = T2 4π 2 m M + ⇔ k 3 (1) 4π 2 ⇔ T = M ef , k (2) m M= ef M + 3 (3) 2 com A quantidade expressa por (3) costuma ser designada por massa efectiva do sistema, Mef. A relação (2) permite concluir que o quadrado do período do sistema mola-corpo suspenso é directamente proporcional à massa efectiva. 3/14 3. Actividade experimental Destaque a folha de registos que se encontra no fim deste guião Material Mola, corpos cilíndricos de latão (corpos a suspender na mola), craveira, micrómetro, balança, grampo e cronómetro. 3.1 Caracterização de um cilindro a usar como corpo suspenso. 3.1.1. Meça o diâmetro e a altura do cilindro de menor altura usando a craveira. Na folha de registos, registe os valores medidos, Dc e hc, respectivamente. Registe ainda a resolução da craveira associada a cada uma destas medições, δ(Dc) e δ(hc), respectivamente. 3.1.2. Meça a altura do cilindro usando o micrómetro. Na folha de registos, registe o valor medido, hm, bem como a resolução do micrómetro associada a esta medição, δ(hm). 3.1.3. Meça a massa, ainda do mesmo cilindro, usando a balança digital. Registe o valor medido, M1, bem como a resolução da balança associada a esta medição, δ(M1). 3.2 Determinação da constante elástica de uma mola – método 1 3.2.1. Meça a massa da mola, m, e registe o seu valor na folha de registo bem como a resolução da balança associada a esta medição, δ(m). 3.2.2. Suspenda a mola no parafuso do grampo. 3.2.3. Suspenda o corpo de massa M1 na extremidade da mola. Com o sistema mola-corpo suspenso numa situação estática, distenda a mola puxando o corpo na vertical para o colocar a oscilar suavemente. Deixe o sistema executar algumas oscilações. 3.2.4. Num instante em que o corpo suspenso estiver a passar pela posição mais baixa (correspondente ao alongamento máximo da mola) ligue o cronómetro. A vez seguinte que o corpo passar nesta posição conte uma oscilação completa. Deixe o corpo executar 10 oscilações completas e pare o cronómetro no final da décima oscilação. Registe o valor indicado, t10, na tabela correspondente da folha de registo. Na mesma tabela 1, registe o valor da resolução do cronómetro associado à medição dos tempos, δ(t10). 3.2.5. Repita mais 5 vezes o procedimento anterior (pontos 3.2.3 e 3.2.4). 4/14 3.3 Determinação da constante elástica de uma mola – método 2 Nesta experiência vai utilizar 5 corpos cilíndricos diferentes do utilizado em 3.2. Para cada um dos corpos: 3.3.1. Meça e registe o valor da massa na tabela 2 da folha de registo. 3.3.2. Siga o procedimento descrito em 3.2.3 e 3.2.4. Registe o valor medido na tabela 2. Na mesma tabela, registe o valor da resolução da balança associada à medição das massas, δ(M), e a resolução do cronómetro associado à medição dos tempos, δ(t10). 5/14 FÍSICA Análise de dados Trabalho prático no 4 Oscilações de uma mola Turma ______ Grupo ________ Data ____ / ____ / ____ Nome __________________________________________________ no_______ Curso _________ Nome __________________________________________________ no_______ Curso _________ 4. Análise de dados Quando terminar a análise dos resultados, junte estas últimas folhas com a(s) folha(s) de registos que destacou antes de realizar a experiência e com o gráfico em papel milimétrico, e entregue o conjunto ao docente das aulas práticas. 4.1 Caracterização de um cilindro a usar como corpo suspenso 4.1.1. Compare os valores medidos para a altura do cilindro usando os dois aparelhos de medida. Tendo em conta as resoluções dos aparelhos associadas às medições qual a melhor estimativa que faz para a altura do cilindro? Explique. 6/14 4.2 Determinação da constante elástica de uma mola – método 1. 4.2.1. Calcule (indique todas as operações que efectuar): - o valor médio do tempo correspondente a 10 períodos, t10 t10 = - os desvios em relação à média, di, de cada medição Ensaio no di / ____ - 1 2 3 4 5 6 o módulo do desvio máximo em relação à média |di|Máx = - o tempo correspondente a dez períodos será t10 = _______ ± ________ ______ 4.2.2. Tendo em conta a expressão (3) para a massa efectiva do sistema mola-corpo suspenso e os registos efectuados em 3.1.3 e 3.2.1 determine: - a melhor estimativa para a massa efectiva do sistema - Usando a lei de propagação de incertezas, determine a incerteza no valor experimental da massa efectiva do sistema Expressão para calcular a incerteza no valor experimental da massa efectiva do sistema: δ(Mef) = 7/14 Cálculo: Logo, a massa efectiva é Mef = _______ ± ________ ______ 4.2.3. A expressão (1) pode ser reescrita como k = 400π 2 M ef t102 Use os valores obtidos para Mef e para t10 para calcular: - o valor experimental da constante elástica da mola, k: Expressão para calcular a incerteza relativa da constante elástica da mola: (%δ(k)) = Cálculo: 8/14 Logo, a constante elástica da mola será: kmétodo1 = _______ ± ________ ______ 4.3 Determinação da constante elástica da mola – método 2. 4.3.1. Use o valor obtido em 4.2.1 para t10 e determine: - o valor experimental do quadrado do tempo de dez oscilações da mola, t102 : -usando a lei de propagação de incertezas, a incerteza relativa no valor experimental de t102 obtém-se usando a expressão (%δ( t102 )) = Realizando os cálculos: Obtém-se t102 = _______ ± ________ ______ 9/14 4.3.2. Considere os dados experimentais da Tabela 2 da folha de registo e os resultados obtidos para M1. Para efeitos didácticos, considere que a incerteza do quadrado de todos os tempos medidos e registados na Tabela 2 é igual ao δ( t102 ) da massa M1 (calculado em 4.3.1). Μ/g t102 / s2 t10 / s δ( t102 ) / s2 4.3.3. Em papel milimétrico represente graficamente o quadrado do tempo de dez períodos da oscilação, t102 , em função da respectiva massa, Mi. Tenha em atenção que deve escolher as escalas vertical (onde vai representar t102 ) e horizontal (onde vai representar Mi) adequadas aos valores que vai marcar no gráfico. Siga as regras indicadas em “A medida em Física”. 4.3.4. Marque no gráfico as barras de erro correspondentes às incertezas associadas aos t102 . 4.3.5. Trace “a olho” e usando uma régua, a linha que melhor descreve o conjunto de pontos do gráfico. 4.3.6. Escolha dois pontos da recta que traçou e determine o seu declive. Pontos da recta escolhidos: ( , ) e ( , [ATENÇÃO: Indique as unidades do valor da abcissa e da ordenada] Cálculo do declive: 4.3.7. Para a melhor recta traçada qual a ordenada na origem? 10/14 ) 4.3.8. A traço interrompido desenhe, usando uma régua, uma linha que no limite pior descreve o conjunto de pontos do gráfico. Tenha em atenção as barras de erro. 4.3.9. Estime as incertezas dos parâmetros da linha que melhor descreve os pontos experimentais. 4.3.10. Escreva a recta obtida seguindo o formato y = (b ± ∆(b)) + (mr ± δ(mr))x, onde “b” é a ordenada na origem e “mr” é o declive, sendo “δ(b)” e “δ(mr)” as respectivas incertezas. 4.3.11. Tendo em conta a expressão (1), seria de esperar que a recta passasse pela origem do gráfico? 4.3.12. Tendo em conta a expressão (1) o que representa o declive da recta? 11/14 4.3.13. A partir dos resultados obtidos em 4.3.10. e tendo em conta a expressão (1), calcule o valor da constante elástica da mola. Não esqueça as incertezas. kmétodo2 = _______ ± ________ ______ 4.3.14. Compare os resultados da constante elástica da mola obtidos pelos dois métodos. (resultados em 4.2.3 e em 4.3.13) 12/14 FÍSICA Folha de Registos Trabalho prático no 4 Oscilações de uma mola Turma ______ Grupo ________ Data ____ / ____ / ____ Nome __________________________________________________ no_______ Curso _________ Nome __________________________________________________ no_______ Curso _________ Caracterização de um cilindro a usar como corpo suspenso Registo dos dados correspondentes ao ponto 3.1 da actividade experimental: Diâmetro do cilindro medido usando a craveira: Dc = ________ ± ______ ______ Altura do cilindro medida usando a craveira: hc = ________ ± ______ ______ Altura do cilindro medida usando o micrómetro: hm = ________ ± ______ ______ Massa do cilindro medida na balança electrónica: M = ________ ± ______ ______ Determinação da constante elástica de uma mola – método 1 Registos correspondentes ao ponto 3.2 da actividade experimental Massa da mola: m = ________ ± ______ ______ Tabela 1 – Registo dos tempos correspondentes a 10 períodos usando o corpo suspenso de massa M. Ensaio nº 1 2 3 t10/s δ(t10) =______ s 13/14 4 5 6 Determinação da constante elástica da mola – método 2 Registos correspondentes ao ponto 3.3 da actividade experimental Tabela 2 – Registo dos tempos correspondentes a 10 períodos usando vários corpos suspensos. M/g δ(M) =______ g t10/s δ(t10) =______ s 14/14