CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA-UNIPÊ PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO COODENAÇÃO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO MILENA MEDEIROS DE MIRANDA GESTÃO DE CRÉDITO – Um estudo de caso na Ag Epitácio Pessoa - BANCO REAL S.A JOÃO PESSOA 2008.2 MILENA MEDEIROS DE MIRANDA GESTÃO DE CRÉDITO: Um estudo de caso na Ag Epitácio Pessoa - BANCO REAL S.A Monografia apresentada a Banca Examinadora da Coordenação de Curso de Administração, do Centro Universitário de João Pessoa-Unipê, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração. Orientador: Oscar Estephano Gonçalves Coutinho JOÃO PESSOA 2008.2 M672g Miranda, Milena Medeiros Análise de Crédito em instituições bancárias- Um estudo de caso/ Milena Medeiros de Miranda. João Pessoa, 2008. 61f. Monografia (Curso de Administração de Empresas) – Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ 1. Ciência da Informação. 2. Administração. I. Título. UNIPÊ / BC CDU – 658.15 MILENA MEDEIROS DE MIRANDA GESTÃO DE CRÉDITO: Um estudo de caso na Ag Epitácio Pessoa - BANCO REAL S.A Monografia apresentada ao Curso de Administração do Centro Universitário de João PessoaUNIPÊ, em cumprimento as exigências parciais para a obtenção do grau de Bacharel em Administração. Aprovada em / / 2008 BANCA EXAMINADORA ----------------------------------------------------------------------Professor Oscar S. Gonçalves Coutinho Orientador -------------------------------------------------------------------------Professor George W. Alves Melo Examinador-UNIPÊ --------------------------------------------------------------------------Professor Marcio Reinaldo Lucena Examinador-UNIPÊ Dedico principalmente a Deus, a meus pais Márcia Medeiros e Mircio Miranda aos meus irmãos, Marcio Medeiros e Melina Medeiros, meus tios Solange Medeiros e Valdemir Miranda e amigos. AGRADECIMENTOS Principalmente a Deus, por ter me iluminado com seu amor me dando muita força e coragem para suportar as dificuldades do dia-a-dia. A querida professora Nilza, pelo carinho e orientação prestados em sala de aula. Ao professor Orientador e namorado Oscar Coutinho, pela presença constante, carinho atenção e apoio. A minha família, que acompanhou todo o processo, oferecendo suporte indispensável. Aos meus queridos professores, que durante todo o processo me ajudaram e deram apoio. Aos meus verdadeiros amigos, Adenildo Aquino, Simone Mary, Adjane Miller, pessoas especiais que me ajudaram muito nessa etapa. Só eu sei. A querida Tia Regina que chegou como um anjo, prestando orientação detalhada para a conclusão perfeita da monografia. A todos que direta ou indiretamente, me ajudaram a vencer mais uma etapa da minha vida. MIRANDA, Milena Medeiros de. Gestão de créditos. Um estudo de caso no Banco Real Agência Epitácio Pessoa. 2008. 70 f. Monografia (Graduação em Administração) Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ RESUMO A análise de crédito é de fundamental importância numa instituição financeira visto que é impossível venda à vista e o dinheiro é o principal produto de negociação de que dispõe a instituição. Tem como questão norteadora: Quais clientes terão direito à concessão de crédito e quais estratégias deverão ser observadas para que estes clientes tenham condições de cumprir com seus pagamentos em dia, não se tornando inadimplentes. Participaram dessa pesquisa clientes do Banco Real Agência Epitácio Pessoa, ligados às carteiras de cobrança e abertura de crédito. Os dados foram coletados no Departamento do CDC (crédito direto ao consumidor), sendo utilizadas fichas cadastrais ali existentes. Da análise realizada, constataram-se os principais fatores que contribuem para a inadimplência dos clientes. A partir dessa compreensão e análise minuciosa do fato estudado, esta monografia sugere novos horizontes no cuidar quanto à análise de crédito, refletindo a dimensão dos prejuízos que o problema poderá causar para a instituição, caso não se tenha dado a devida atenção para os riscos a que está sujeita. Palavras-chave: Gestão de crédito, Análise de crédito, Crédito bancário, Riscos. ABSTRACT MIRANDA, Milena de Medeiros. Management of credit. A case study at the Banco Real Agency Epitácio Person. 2008. 70 f. Monograph (Graduate in Business Administration) University Center of Joao Pessoa - UNIP The credit analysis is of fundamental importance in a financial institution since it is impossible to view sale and the money is the main product of negotiation for the disposal of the institution. Its guiding question: What customers will be entitled to grant credit and what strategies should be observed so that these customers are able to meet with their payments in days, not becoming delinquent. Participated in this survey customers of Royal Bank Agency Epitácio person and connected to the portfolios of recovery and opening of credit. Data were collected in the Department of the CDC (direct to consumer credit), being used cadastral chips there. Of the analysis, found the main factors that contribute to bad debts from customers. From that understanding and thorough study of fact, this monograph suggests new horizons in caring about the analysis of credit, reflecting the extent of the damage that can cause the problem to the institution, should not have been given proper consideration to the risks it is subject. Keywords: Management of credit. credit analysis. credit, banking risks. LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: Perfil dos clientes ano 2005.................................................................. 45 Gráfico 2: Perfil dos clientes autônomos ano 2005............................................... 45 Gráfico 3: Perfil dos clientes ano 2006................................................................... 46 Gráfico 4: Perfil dos clientes autônimos ano 2006................................................. 47 Gráfico 5: Perfil dos clientes autônomos ano 2007................................................ 47 Gráfico 6: Perfil dos clientes autônomos ano 2007.............................................. 48 Gráfico 7: Procedimentos de abertura de crédito ano 2005.................................. 49 Gráfico 8:Procedimentos de abertura de crédito ano 2006.................................... 50 Gráfico 9:Procedimentos de abertura de crédito ano 2007.................................... 51 Gráfico 10: Clientes que foram ou são inadimplentes ano 2005............................. 52 Gráfico 11: Clientes que foram ou são inadimplentes ano 2006............................. 53 Gráfico 12: Clientes que foram ou são inadimplentes ano 2007.......................... 53 Gráfico 13: Motivo de inadimplência ano 2005................................................... 54 Gráfico 14: Motivo de inadimplência ano 2006..................................................... 55 Gráfico 15 : Motivo de inadimplência ano 2007.................................................... 55 Gráfico 16: Perfil da inadimplência anos 2005,2006 e 2007.................................. 56 SUMÁRIO 1INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 11 2 PRODEDIMENOS METODOLÓGICOS............................................................. 2.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA.............................................................. 2.2 PROBLEMATIZAÇÃO.......................................................................................... 2.3 OBJETIVO.............................................................................................................. 2.3.1 Objetivo geral 2.3.2 Objetivos específicos............................................................................................ 2.4 UNIVERSO AMOSTRAGEM.......................................................................... 2.5 CAMPOEMPÍRICO................................................................................................ 2.6 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS........................................................ 13 13 14 14 14 14 15 15 17 3 FUNDAMENTAÇÃOTEÓRICA............................................................................ 3.1 Sistema Financeiro Nacional................................................................................ 3.1.1 Subsistemas........................................................................................................... 3.1.1.1CRÉDITO......................................................................................................... 3.1.2.1 RISCO DECRÉDITO....................................................................................... 3.1.2.2 Riscos Internos.................................................................................................. 3.1.2.3 Riscos Externos................................................................................................ 3.1.2.4 Central de Riscos do Banco Central do Brasil................................................. 3.1.2.5 Outros Fatores de Risco.................................................................................... 3.1.3 LINHAS DE CRÉDITO PESSOAFÍSICA......................................................... 3.1.4 ANÁLISE DECRÉDITO.................................................................................... 3.1.5 Informação de crédito......................................................................................... 3.1.6 OS CS DCRÉDITO............................................................................................ 3.1.5.1 CONCESSÃO E DECISÃO............................................................................. 3.1.5.1.1 Comprovação dos dados Residenciais........................................ ................. 3.1.5.1.2 Confirmação das Atividades Atuais e Rendimentos.................................... 3.1.5.1.3 Referência geral............................................................................................. 3.1.5.4 Declaração eAssinatura..................................................................................... 3.2GARANTIAS........................................................................................................... 3.2.1 GARANTIAS PESSOAIS................................................................................... 3.2.2 Aval...................................................................................................................... 3.2.3 Sazonalidade do Produto ..................................................................................... 3.2.4 Fiança................................................................................................................... 3.2.5 GARANTIAS REAI.S.......................................................................................... 3.2.6 Caução de Duplicata............................................................................................. 3.2.7 Caução de Cheques............................................................................................... 3.2.8 Alienação Fiduciária............................................................................................. 3.2.9 Penhor e Hipoteca................................................................................................. 3.3 POLÍTICAS DE COBRANÇA............................................................................ 3.3.1 FASES DA COBRANÇA................................................................................... 3.3.2 ATIVIDADES DA COBRANÇA........................................................................ 18 18 19 21 23 23 24 24 25 25 28 28 31 32 33 33 33 34 35 35 35 36 37 37 38 38 38 39 39 40 40 3.3.3 PRODEDIMENTOS DE COBRANÇA............................................................... 40 3.3.5 Cartas................................................................................................................... 41 3.3.5 Telefonemas......................................................................................................... 41 3.3.6 Visitas Pessoais................................................................................................... 41 3.3.7 Uso de agencias de Cobrança.........................................................................................4 40 3.3.8 Protestos de Duplicatas......................................................................................... 42 42 3.3.9 EFEITO DO NÃO-PAGAMENTO................................................................... 42 3.3.10 PLANO DE FINANCIAMENTO..................................................................... 3.3.10.1 Empréstimos sem Garantia............................................................................... 42 3.3.10.2 Empréstimo com Garantia............................................................................... 43 44 4 ANÁLISE DOS DADOS........................................................................................... 58 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................... 59 6 REFERÊNCIAS........................................................................................................ 60 7ANEXOS................................................................................................................... 11 1 INTRODUÇÃO Todas as operações que envolvem um determinado período de tempo entre a posse de um ativo e o seu pagamento (exceto o escambo e as transações de compra e venda a vista) terminam acontecendo em condições de crédito, mas para que isso se confirme faz-se necessária a condição de confiança entre as partes envolvidas. Porém, as operações de crédito atuais (empréstimos, financiamentos, limites rotativos, dentre outras) tem sua origem já no Egito Antigo (por volta de 2100 a.C.) com os empréstimos de produtos naturais e na Roma Antiga ( em meados de 509 a.C.) com os empréstimos de moedas que eram pesadas na presença do cliente e mais cinco testemunhas e além do valor principal eles acrescentavam as moedas equivalentes aos juros e as retiravam após a pesagem, sendo que o valor total deveria ser pago ao final do contrato ( VENTURA, 2000). O crédito para a humanidade é tão antigo quanto a própria história das civilizações, portanto, já conseguimos identificar que o crédito faz parte da maioria das negociações comerciais e que este sempre se expõem ao risco do não cumprimento do contrato, risco este que deve ser classificado e monitorado. Dentro da história do crédito no Brasil destacam-se instituições como Banco do Brasil, o pioneiro da atividade bancária pública, foi criado em 12 de Outubro de 1808 por D. João V I, além disso, destacou-se também o Barão de Mauá, o fundador do primeiro grande banco privado nacional, o Banco Mauá, com filiais em países como a Argentina, Uruguai e Inglaterra. O crédito é uma ferramenta de extrema importância nas estratégicas mercadológicas empregada pelas empresas para manter-se competitiva diante de um mercado exigente, sempre carente de recursos financeiros e sujeito a mudança, principalmente de ordem econômica, que transformam tendências e afetam diretamente toda população, motivando ações como: aumentar o volume de vendas mediante uma política de crédito, criando condições para aquisição de bens e serviços pelo maior número de consumidores possíveis e; tomar as medidas preventivas para que os créditos concedidos sejam liquidados em seu devido tempo, mantendo as organizações com níveis de rentabilidade de acordo com os objetivos estabelecidos. À medida que o tempo passa, podemos observar que as instituições financeiras procuram minimizar seus riscos e tornar sua carteira de clientes mais sólida e menos ameaçadora. Para as instituições financeiras, é importante seguir as normas e resoluções emanadas pelo Banco Central do Brasil. Com o intuito de minimizar riscos o Banco Central 12 do Brasil tem como função fiscalizar e punir as instituições financeiras que não cumprirem com as normas e resoluções. A punição pode até paralisar as atividades da instituição, para que não ocorram novamente falências de bancos como no caso do Banco Excel. É importante verificar que quanto mais se minimiza o risco, mais sólida fica a organização. Por este motivo é necessário realizar uma análise de crédito dentro de uma instituição bancária com a função de diminuir os índices de inadimplência. Baseado na importância de minimização dos riscos dentro da organização, o estudo em pauta procurará verificar possíveis falhas na concessão de crédito que venham influenciar os índices de inadimplência. A pesquisa tem como objetivo geral analisar os procedimentos de abertura de crédito que venha influenciar nós índices de inadimplência da organização. Trabalhou-se com a hipótese foi se os procedimentos de abertura de crédito estão influenciando no resultado da inadimplência presente no Banco Real Agência Epitácio Pessoa. A pesquisa está organizada em cinco capítulos. No primeiro capítulo é feita a introdução do tema. No segundo capítulo, a questão da metodologia, que se tomou como base a pesquisa documental. Em seguida, a problematização, os objetivos geral e específico, o universo e amostra, campo empírico e o instrumento de coleta de dados, no qual foram utilizados os dossiês dos clientes do banco. Já no terceiro capítulo aborda-se o sistema financeiro nacional e seus subsistemas. Falou-se também tudo sobre crédito, enfatizando seus riscos internos e externos, linhas de crédito, garantias como forma de minimizar riscos além de abordar também as políticas de cobrança de crédito e planos de financiamentos. O quarto capítulo refere-se à pesquisa, no qual onde foram apresentados os gráficos sobre percentual de clientes inadimplentes, qual a justificativa para o não pagamento das parcelas, procedimentos de abertura de crédito e perfil dos clientes do Banco Real agência Epitácio Pessoa. O quinto capítulo refere-se às considerações finais, enfatizando a análise de crédito como um instrumento eficiente quando se buscar conhecer o perfil do cliente levando em consideração suas reais necessidades. 13 2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A pesquisa se propõe a verificar os reais motivos pelos quais os clientes se tornam inadimplentes. Assim sendo, a pesquisa se direciona ao uso de um método o qual permite a entender a natureza de um fenômeno social. 2.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA A pesquisa é do tipo documental. Serão pesquisados os dossiês dos clientes que constam todo o processo e procedimentos de abertura de crédito, quando concedido pela instituição financeira. Além disso, verificar-se-ão os motivos que levaram aqueles clientes a se tornarem inadimplentes. De acordo com Santos (2002), a pesquisa documental é trabalhada com base em documentos que não receberam tratamentos de análise e síntese. Embora se identifique com a pesquisa bibliográfica, está só se realiza sobre documentos analisados e pertencentes a autores que deram o estudo pronto e acabado. A análise de dados é do tipo qualitativo. Nesse caso identificar-se-á a qualidade na abertura de crédito em função dos procedimentos utilizados. De acordo com Oliveira (2002, p. 117), as pesquisas que se utilizam da abordagem qualitativa possuem a facilidade de poder descrever a complexidade de uma determinada hipótese ou problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos experimentados por grupos sociais, apresentar contribuições no processo da mudança, criação ou formação de opiniões de determinado grupo e permitir, em maior grau de profundidade, a interpretação das particularidades dos comportamentos ou atitudes dos indivíduos. Utilizou-se também a análise quantitativa para identificar, através da análise dos gráficos, os índices de inadimplência dos clientes. De acordo com Oliveira (2002), o termo quantitativo significa quantificar opiniões, dados, na forma de coleta de informações, assim como também o emprego de recursos e técnicas estatísticas desde as mais simples. O método quantitativo é muito utilizado no desenvolvimento das pesquisas descritivas, em que se procura descobrir e classificar a relação entre variáveis, assim como na investigação da relação de causalidade entre os fenômenos causa e efeito. 14 2.2 PROBLEMATIZAÇÃO Antes de iniciar o estudo sobre análise de crédito não se pode deixar de considerar as resoluções emanadas pelo Banco Central do Brasil. É essa instituição que define os critérios para o funcionamento do sistema financeiro nacional e conduz a política creditícia do país, para que os estabelecimentos de créditos possam então atingir as necessidades dos seus clientes. Assim, crédito é uma variável de importância fundamental do sistema econômico. Em razão as políticas governamentais que ora estimulam e ora dificultam o crédito, as instituições devem estabelecer mecanismos de prevenção e riscos representados pela inadimplência. Tal prevenção pode também resultar da análise dos elementos objetivos e subjetivos presentes no crédito que se pretende conceder. À medida que o tempo passa, pode-se observar que as instituições financeiras vêm procurando minimizar seus riscos e tornar sua carteira de clientes mais sólida e menos ameaçadora. Através deste estudo, realizado junto ao Banco Real Agência Epitácio Pessoa, pode-se avaliar os procedimentos utilizados pelo departamento de CDC (Crédito Direto ao Consumidor), na abertura de crédito que venham influenciar nos índices de inadimplência e, por conseqüência avaliar, os riscos inerentes à concessão de crédito. Esse propósito levou à seguinte pergunta: De que forma os procedimentos de abertura de crédito influenciam nos índices de inadimplência no Banco Real Agência Epitácio Pessoa? 2.3 OBJETIVO 2.3.1 Objetivo Geral Analisar de que forma os procedimentos de abertura de crédito influenciam nos índices de inadimplência no Banco Real Agência Epitácio Pessoa. 2.3.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS: 1. Levantar as formas de análise de crédito existentes no mercado de serviços financeiros; 2. Demonstrar as análises efetuadas pela Agência Epitácio Pessoa; 15 3. Identificar o nível do risco dos serviços financeiros frente à inadimplência dos clientes. 2.4 UNIVERSO E AMOSTRAGEM De acordo com SANTOS (2006) Universo é o conjunto definido de elementos que possuem determinadas características. Neste caso o universo será o cliente do Banco Real Agência Epitácio Pessoa carteira de clientes anos 2005, 2006 3 2007, na qual a pesquisa será realizada tomando-se como base os anos de 2005, (totalizando 937 clientes) e 2006, totalizando 1.421 clientes. 2007, totalizando 2.343 clientes da cidade de João Pessoa. Serão utilizados 5% da população de cada período através de uma pesquisa aleatória simples, que será feita através de uma tabela de números aleatórios que possibilitará uma chance igual para toda população da pesquisa. 2.5 CAMPO EMPÍRICO O Campo da pesquisa a ser realizada é o Banco Real Agência Epitácio Pessoa, departamento de CDC. As áreas pesquisadas serão as de cobrança e abertura de crédito, onde a sua principal atividade é o financiamento. Tendo sua origem na Holanda, o Banco Real ocupa posição de destaque nos mercados financeiros do mundo. Atuando em mais de 60 países, é o maior Banco da Holanda, um dos maiores da Europa e o segundo maior Banco estrangeiro em atuação nos Estados Unidos. Esse Banco, de nítida vocação internacional, foi formado pela união de duas importantes e tradicionais instituições financeiras Holandesas: O Algemene Bank Nederlands (ABN Bank) e o Amstardam Rotterdam Bank (O AMRO Bank). (www.bancoreal.com.br) Esta fusão que resultou no nascimento do ABN AMRO Bank ocorreu em 1991, mas a historia do ABN Bank e do AMRO Bank é muito mais antiga e também marcada por associações e fusões. O ABN Bank teve sua origem há mais de 70 anos, a partir de uma companhia de comércio exterior chamada Nederlandsche Handel-Maatschappijj, que se uniu ao De Twentsche Bank e se tornou um dos mais importantes bancos da Holanda. A trajetória do AMRO Banck teve origem em 1863, quando foi fundado o Rotterdamsche Banck que, mais tarde, uniu-se ao Amsterdamsche Bank No Brasil, o ABN AMRO Banck iniciou suas atividades em 1917 com o nome de Banco Holandês da América do Sul e destacou-se em operações de câmbio e comercio 16 exterior, envolvendo principalmente, as exportações de café. Por esse motivo, as operações do Banco Holandês da América do Sul foram iniciadas no Brasil através de Agências instaladas em duas cidades portuárias; Santos, no Estado de São Paulo, e Rio de Janeiro. A primeira agencia na capital paulista foi aberta dois anos mais tarde, em abril de 1919. Em sua trajetória de mais de 80 anos de atuação no Brasil, o Banco Holandês da América do Sul mudou de nome duas vezes, antes de adotar, em 1993, a denominação de ABN AMRO Bank. Os outros nomes utilizados pelo banco foram os Bancos Holandês Unido e Banco Holandês. Em 1998, quando foi efetivada a aquisição do BANCO REAL, O ABN AMRO BANK, era líder de mercado no financiamento de veículos usados, contava com cerca de 50 escritórios em todo país e com uma excelente reputação com banco de atacado, especializados na formação de complexas operações financeiras para grandes empresas nacionais e multinacionais. O Banco Real, por sua vez, foi fundado em 1925 como uma cooperativa de crédito. Em pouco tempo, transformou-se em banco, passou a atuar em todos os segmentos do mercado financeiro e destacou-se no setor de varejo, sendo pioneiro no lançamento de muitos produtos de serviços bancários hoje bastante utilizado por todas as instituições. O Crescimento do Banco Real- que até 1971 utilizava a denominação de Banco da Lavoura de Minas Gerais – também se caracterizou por uma serie de fusões e aquisições envolvendo, inclusive, dois grandes grupos financeiros: O Banco Auxiliar e o Comind. No momento da aquisição pelo ABN AMRO Bank, o Banco Real destacava-se por operar em todos os segmentos do mercado financeiro e ser um dois mais respeitados e sólidos bancos brasileiros, com cerca de 17.000 funcionários e, aproximadamente, 1.400 agências e escritórios. (www.bancoreal.com.br). 2.6 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS Esta pesquisa terá como instrumento de coleta de dados a investigação aos dossiês dos clientes do Banco Real AG Epitácio Pessoa. As consultas aos dossiês serão realizadas em função dos clientes da carteira de CDC, podendo-se observar nestes, todos os procedimentos de abertura de crédito utilizados pela instituição, como também os históricos de cobrança como meio de identificar os reais motivos da inadimplência. 17 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3.1 Sistema Financeiro Nacional O sistema Financeiro Brasileiro derivou-se do modelo Europeu de 1808, por alvará de D. João Vi, na época Príncipe Regente que fundou o primeiro Banco, denominando-o de Banco do Brasil-BB. E a partir de 1909, este banco passou a acumular algumas funções, como: desconto de letras de câmbio, captação de recursos para deposito a prazo, emissão de notas bancárias, operações de cambio e acolhimento de depósitos dos diamantes, metais preciosos e papel-moeda, além de deter a exclusividade das operações financeiras da coroa, perdurando até meados do século XX, quando se verificaram grandes transformações (ANDREZO; LIMA, 2006). Tem como função descrever o sistema utilizado sobre moeda, agentes econômicos, posição orçamentária, intermediação financeira e mercado financeiro, e junto com os seus instrumentos fiscalizar todas as transações existentes na nossa nação com o objetivo de evitar possíveis fraudes e riscos que prejudique o bom andamento da política nacional, nos agentes deficitários que precisem de recursos para atender as necessidades de consumo e investimento e os agentes superavitários precisam de alternativas para aplicar seus excedentes de recursos, por isto o sistema financeiro nacional tem que procurar atender as necessidades e ao mesmo tempo em que estimulam as elevações das taxas de consumo e investimentos. Sistema Financeiro Nacional consiste de um conjunto de instrumentos e instituições que funcionam como meio para a realização da intermediação financeira. Deste modo, o sistema financeiro aproxima os agentes econômicos com situação orçamentária superavitária dos agentes com situação deficitária. (SILVA, 2000, p.42) Dentro disto, o SFN pode ser dividido em duas partes, ou seja, em dois subsistemas, um normativo e outro operacional. Vejamos: 18 3.1.1 Subsistemas Os subsistemas estão divididos em dois grupos distintos o subsistema normativo e operativo. Subsistema normativo é responsável pela normatização e controle das instituições que operam no mercado. É composto basicamente pelo conselho monetário nacional, Banco Central do Brasil, Banco do Brasil, Banco Nacional do desenvolvimento Econômico e Social e pela comissão de valores imobiliários. (SILVA, 2000, p.42) O Conselho Monetário Nacional-CMN foi instituído pela lei n 4.595 de 31 de Dezembro de 1964, como um órgão deliberativo e de cúpula responsável pela fixação das diretrizes das políticas monetárias, creditícia e cambial do país. É um conselho de política econômica, podendo assumir funções de legislativo das instituições Financeiras Publicas e Privadas. E para que haja um bom funcionamento deste sistema, integram-se a ele o Ministro da Fazenda (presidente), o Ministro-Chefe da Secretaria do Planejamento, e o Presidente do Banco Central. Suas principais atribuições são, como informa o site www.bacen.com.br Zelar pela liquidez e pela solvência das instituições financeiras; Estabelecer as diretrizes gerais das políticas monetárias, cambial e creditícia; Regular as condições de instituição, funcionamento e fiscalização das instituições financeiras; Adaptar o volume dos meios de pagamento as reais necessidades da economia nacional e seu processo de desenvolvimento; Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, para tornar mais eficiente o sistema de pagamento e mobilização de recursos; Acionar medidas de prevenção ou correção de desequilíbrios econômicos, surtos inflacionários etc.; Regular as operações de redesconto e as operações no âmbito do mercado aberto, entre outros. O Banco Central do Brasil-BACEN é uma entidade autárquica, criado pela Lei n 4.595/64 como um órgão de poder executivo das políticas traçadas pelo Conselho Monetário 19 Nacional e do Sistema Financeiro Nacional. É ponderado como um banco fiscalizador do cumprimento das normas criadas pelo Conselho Monetário Nacional e disciplinar do mercado financeiro, assegurando o equilíbrio monetário, intervindo indiretamente na economia e diretamente no sistema financeiro. O BACEN está situado em Brasília - capital federal, com representações regionais em Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. O Banco do Brasil é um banco comercial oficial que possui uma economia mista mais tendo no seu comando o governo federal que possui mais de 50% de suas ações. Tem função operacional para política oficial do governo relativo ao crédito rural a ao crédito industrial, trabalha também com câmara de compensação de cheques e o departamento do comercio exterior. O BNDS (Banco Nacional de Desenvolvimento e Social) è responsável pela política de investimentos a longo prazo e visa ao desenvolvimento econômico e social do país no fortalecimento das empresas e nos pólos de produção nacional, prestando a também apoio às exportações brasileiras. O CMV (comissão de valores mobiliários). É responsável basicamente pelo mercado de ações a debêntures assegurando o funcionamento das bolsas de valores e demais instituições, fiscalizando a emissão, o registro e a negociação dos títulos emitidos pelas sociedades anônimas. Subsistema operativo é composto pelas instituições financeiras (Bancárias e não bancárias) que operam diretamente na intermediação financeira. As normas operacionais das instituições financeiras constam o MNI (manual de Normas e Instruções) que é elaborado pelo Banco Central do Brasil. (SILVA, 2000, p.42) A Caixa Econômica integra o sistema de poupança, sistema financeiro de habitação, captação de depósitos a vista e atendimento ás necessidades de recursos de curto prazo. Opera com crédito direto ao consumidor e empréstimos as pessoas físicas sobre penhor de bens pessoais. Além de centralizar o recolhimento do fundo de garantia por tempo de serviço (FGTS) dos trabalhadores, ainda tem a função de administrar as loterias federais e recentemente trabalhar em parceria com a Receita federal. Bancos de Investimentos-criados através da Lei n 4728 de 14 de Julho de 1965 são instituições financeiras privadas, especializadas em operações de participação societária de 20 caráter temporário, de financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e de giro de médio e longo prazo, além da administração recursos de terceiros. Para isto, apóiam-se em iniciativas que visem fortalecer o capital social das empresas, ampliar a capacidade produtiva da empresa, incentivar a melhoria da produtividade, entre outros. No Brasil, há Bancos de desenvolvimentos que são: o BNDS( Banco Nacional de Desenvolvimento Social) que é o principal agente para financiar as necessidades de investimentos das empresas com recursos de longo prazo, o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e o Banco Amazônia (BASA), que visam o desenvolvimento das regiões nordeste e da Amazônia, respectivamente, atendendo diretamente as políticas e projetos de desenvolvimento nestas regiões. As sociedades de crédito, financiamento e investimento, atuam basicamente no financiamento de bens duráveis, por meio do chamado CDC (crédito direto ao consumidor). Sociedades corretoras, que operam no mercado acionário, na compra, na venda e distribuição de valores mobiliários por conta de terceiros. Fazem a intermediação junto às bolsas de valores e mercadorias além de efetuarem lançamentos públicos de ações e intermediação das operações de cambio nessas atividades. Sociedades distribuidoras operam no mercado de ações e debêntures, porém não tem acesso a bolsa de valores e operam exclusivamente com títulos e valores mobiliários de renda fixa e variável em nome próprio e de terceiros. Dentro do subsistema operacional têm-se as sociedades de crédito imobiliário que visam financiar o mercado imobiliário na aquisição de um imóvel, beneficiando em seu empreendimento e desenvolvimento o empresário. Utilizando recursos capitados em sua maioria pela caderneta de poupança. E por fim, os bancos múltiplos, como o próprio nome sugere, atuam em múltiplas carteiras as que são operadas pelos bancos comerciais, pelos bancos de desenvolvimento, pelas sociedades de credito imobiliário. A criação deste tipo de banco tem finalidade racionalizar as estruturas administrativas e comerciais das instituições financeiras, possibilitando que uma única possa desenvolver operações em diversas carteiras que antes envolviam diversas empresas. 3.1.1.1 Crédito Este mercado visa fundamentalmente suprir as necessidades de caixa, cujo prazo se escala em curto, médio e aleatório perante os vários agentes econômicos, seja por meio da concessão de créditos as pessoas físicas ou empréstimos para consumo das famílias, através 21 do consumo corrente e bens duráveis, ou de financiamentos as empresas, para o capital de giro (ASSAF, 2001, p. 105). Estas operações são tipicamente realizadas por instituições financeiras bancárias, campanhas financeiras e os bancos múltiplos, que funcionam a partir de normas contratuais, envolvendo tomadores finais de crédito, doadores finais e intermediários do processo de concessão. Ainda de acordo com o autor Assaf (2001) as operações de empréstimos de curto e médio prazo, estão os descontos de títulos, os créditos rotativos, as operações hot Money, os empréstimos para capital de giro e pagamento de tributos, as operações de vender, os repasses de recursos externos através da resolução 63, o crédito ao consumidor, as assunções de dívidas, o adiantamento do contrato de cambio – ACC, além dos serviços bancários como emissão de saldo e extratos de conta corrente, emissão de documentos de crédito, o acesso eletrônico a saldos e aplicações financeiras, a abertura de crédito, entre outros. Sua liquidez pode ser feita de duas maneiras: a primeira ocorre no dia do vencimento do contrato, e a segunda ocorre quando são efetuadas em parcelas mensais e consecutivas, até o final do prazo. A oferta do crédito pode ser vista pelas empresas e instituições financeiras, como um importante recurso estratégico para alcançar a meta principal da administração financeira, ou seja, a atender as necessidades de todos para agregar valor ao patrimônio acionário. O crédito possui duas noções fundamentais bem definidas a confiança, expressa na promessa de pagamento, e tempo, que se refere ao período fixado entre a aquisição e a liquidação da divida. Dentre os conceitos predominantes entre os autores, referem-se à troca de um valor presente por uma promessa de reembolso futuro, não necessariamente certo, em virtude de fator risco, Daí a necessidade de que o credor faça uma análise cuidadosa de capacidade financeira de cada cliente, antes da concessão do financiamento. O crédito atende a múltiplas necessidades econômicas: nas pessoas físicas, possibilita a compra de bens (imóveis, veículos, equipamentos eletrônicos entre outros), reforma de imóveis, gastos com saúde, educação, lazer e moradia; nas pessoas jurídicas compra de matéria prima, compra de máquinas e equipamentos, ampliação de fábricas, financiamento do comércio exterior, financiamento ao cliente etc. No entendimento destas necessidades, a questão do reembolso do crédito deve ser cuidadosamente analisada, baseando-se na compatibilidade das fontes primarias de receita com plano de amortização proposto. 22 3.1.2.1 Risco de crédito O gerente de crédito deve lembrar-se sempre de que, ao vender um crédito, está automaticamente comprando um risco com todos os problemas e benefícios que a transação envolve. A qualquer momento, acontecimentos imprevistos e adversos, como os decorrentes de recessão econômica, podem afetar fontes primárias de pagamentos das pessoas físicas e jurídicas, reduzindo a probabilidade de recebimento do crédito. Risco existe quando o tomador de decisões pode basear-se em probabilidades para estimar diferentes resultados, de modo que sua expectativa as baseie em dados históricos. Isto é, a decisão é tomada a partir de estimativas julgadas aceitáveis. (Paiva, 1997, p 06.) Então risco de crédito será um fator que determinará se aquele que concedeu o crédito não receberá do devedor o pagamento nos prazos acordados. Para isto, existem dois tipos de riscos: os internos e extenos. De acordo com (LEONI, 1997, p.109). Risco de crédito será o valor operacional ou faturado para determinado cliente/grupo, acrescido dos encargos incorridos, duplicatas vencidas e não pagas, com correção monetária ou cambial, com diluição das perdas, nunca comprometendo produção/operação com um cliente ou grupo e sim com mais variados clientes e facções do mercado, proporcionando, desta maneira, alternativas quando de alguma alteração na política governamental ou mesmo mercadológica. 3.1.2.2 Riscos internos São aqueles decorrentes do ciclo de produção, falta de matéria prima, necessidade de manutenção de estoques, embargos feitos pelo governo, importação de matéria prima, o risco do produto se tornar problemas com a mão de obra. Todos estes fatores de riscos ligados à produção. Existem também, os riscos ligados à empresa como a capacidade de direção, administração familiar, que dependem sempre do aval do dono, produzindo assim uma estrutura sem crescimento. Riscos ligados a um nível de atividades com elevados custos fixos, dependência do capital de terceiros, crescimento com pouca participação de recursos próprios, 23 tendo em seu prejuízo aumento pelos custos financeiros. Riscos ligados à estrutura de capitais, como alavancagem financeira negativa, pode ser algo altamente arriscado ou até mesmo uma empresa que estiver numa situação em que sua dependência de capitais de terceiros aumenta ao longo do tempo, uma recessão econômica que pode trazer riscos de quedas. Riscos externos Riscos ligados a fatores como as medidas políticas e econômicas, aos fenômenos naturais e a eventos imprevisíveis, ao tipo de atividade, riscos ligados ao mercado, ao tipo de operação de crédito, são denominados de externos. Vale ressaltar que a propensão de assumir riscos que esta relacionado com a própria personalidade de cada pessoa. Por exemplo, há pessoas cujas atitudes são bastante conservadoras, deixam de obter retornos maiores, ao assumirem riscos proporcionalmente menores, outras são capazes de arriscar seus salários em jogo, na tentativa de enriquecer rapidamente. Riscos Externos são de natureza macroeconômica e, por isso, relacionam-se diretamente com a liquidez de empresas e pessoas físicas no mercado de crédito. Citam-se também como fatores externos a concorrência, carga tributaria caráter dos clientes, inflação, taxa de juros, paridade cambial entre outros fatores externos. “De acordo com (SILVA, 1998, p. 38), risco é algo indispensável para uma organização que analisa grande volume de proposta de negócios.” CENTRAL DE RISCOS DO BANCO CENTRAL DO BRASIL A central de riscos do BACEN (Banco Central do Brasil) é atualmente uma das mais importante fontes de informações para os próprios bancos. Cada banco fornece ao BACEN a relação de operações de seus clientes pessoas físicas ou jurídicas. Por sua vez, o BACEN agrupa informações recebidas pelo CPF (pessoas físicas), ou CNPJ (as pessoas Jurídicas) e obtém a soma do conjunto dos compromissos diretos (empréstimos, financiamentos, leasing e outras operações) e indiretos (avais, por exemplo) de cada tomador e/ ou garantidor em todo sistema financeiro. (SILVA, 2000, p.87) Cabe ao BACEN através do CPF (pessoas físicas) e CNPJ (pessoas jurídicas) conhecer quem são os grandes devedores no mercado de crédito, a qualidade desses devedores e 24 também quais são os bancos que estão suprindo recursos a tais tomadores. Qualquer banco pode consultar esta central de risco sobre as dúvidas e coobrigações de seus clientes junto ao sistema financeiro. Para conseguir esta autorização e consultar os dados dos clientes, o cliente tem que fornecer uma autorização por escrito ao seu banco para que o mesmo possa consultar a referida base de informação do Banco Central. OUTROS FATORES DE RISCO Um estudo estatístico identificou vários fatores de risco ou chance de insucesso para a sobrevivência de novos negócios. Os principais pontos observados pela pesquisa foram as seguintes ( BLATT, 1999, p. 64): Morte-Quanto menor o empreendimento, maior o risco de mortalidade. 71% das empresas extintas possuem até 2 empregados, enquanto apenas 9,8 tinham mais de 5; Idade-Quanto mais novo o empreendimento, maiores os riscos de extinção. Cerca de 36% das empresas desapareceram antes de completar um ano de vida e no período até dois anos 47% dos negócios desapareceram. Vale salientar que 7% das empresas quem encerram suas atividades não o fazem direito, apenas de fato; Escolaridade-Das empresas extintas 35% de seus proprietários tinham o 1 grau incompleto, enquanto que este nível de escolaridade atingia menos de 20% das empresas de sucesso; Experiência - Das 60% das empresas de sucesso, seus empresários tinham experiências anteriores; Falta de Capital - Apenas 6% das empresas que morreram tinham capital disponível na abertura da empresa, contra 14% dos empresários que obtiveram sucesso; Identificação e avaliação das oportunidades- 71% das empresas que morreram, seus empresários afirmaram que identificaram uma boa oportunidade de negócio, porém não pesquisaram sobre as reais potencialidades dos mesmos. 25 LINHAS DE CRÉDITO PESSOA FÍSICA A finalidade do crédito está diretamente vinculada com a necessidade do cliente. Por isso, é preciso avaliar a sua situação financeira e patrimonial, para oferecer-lhe uma linha de crédito compatível com suas necessidades de financiamento e capacidade de amortização. Para as pessoas físicas, segundo (Santos, 2003), existem linhas de crédito que atendem ás três necessidades básicas que são: créditos emergenciais destinam-se a atender ás necessidades imediatas do cliente, para cobrir eventuais desequilíbrios orçamentários ou mesmo financiamentos de compras. Os créditos emergenciais são operações de curtíssimo prazo (prazo inferior a um mês), com a amortização concentrada na data do vencimento; financiamento de compras, esses financiamentos permitem ao cliente adquirir produtos e serviços para consumo e bem – estar, tais como alimentos, vestuários e bens eletrodomésticos. Os financiamentos de compras são operações de curto prazo (inferior a 12 meses), com forma de amortização parcelada ou concentrada na data do vencimento; investimentos, permitem ao cliente adquirir bens de maior valor para integrar seu patrimônio ou mesmo desempenhar suas atividades profissionais, tais como: imóveis, veículo máquina e equipamentos. Os investimentos são operações de longo prazo, com forma de amortização parcelada. No segmento de pessoa física, os exemplos mais tradicionais de créditos são os limites rotativos (cheque especial e cartão de crédito), contrato de crédito, o crédito direto ao consumidor, o crédito imobiliário e o leasing. Essas modalidades de créditos são direcionadas ao atendimento de necessidades temporárias ou eventuais dos clientes, como por exemplo, as decorrentes de gastos básicos (exemplo: moradia, alimentação, saúde, educação e combustível), e com a aquisição de bens (móveis e imóveis). Abaixo será descrito cada um de acordo com (STEPHEN 2000 P. 646) Cheque Especial trata-se de modalidade de crédito rotativo para atender ás necessidades eventuais e temporárias dos clientes; tendo como garantia usual o contrato de cheque especial baseado na vinculação de uma nota promissória avalizada, com valor superior ao crédito aprovado. Cartão de crédito-trata-se da modalidade de crédito que permite aos clientes á realização de saques e compras de bens e serviços, até o limite de crédito concedido. De posse de um cartão de crédito (exemplo: Visa e Mastercard), o cliente poderá efetuar gastos em estabelecimentos credenciados, como o beneficio de pagamento futuro, quando do 26 recebimento da fatura mensal. O debito é sempre feito em data de vencimento previamente escolhida pelo cliente. Contrato de crédito trata-se da modalidade de crédito condicionada a amortização parcelada do principal mais os juros. Essa modalidade de financiamento é considerada pontual, uma vez que possibilita o banco o conhecimento prévio do direcionamento que o cliente dará para os recursos financeiros. Por isso pode ser direcionada para o financiamento de projetos pessoais, como os decorrentes de gastos com moradia (ampliação ou construção de imóveis), saúde, educação e aquisição de bens (exemplo: imóveis, eletrodomésticos, veículos, eletrônicos etc.). Crédito Direto ao Consumidor, trata-se de uma linha de crédito destinada a financiar a prestação de serviço e aquisição de bens duráveis com amortização mensais e fixas, já com os encargos envolvidos. Os bens duráveis financiados podem ser novos ou usados. Os exemplos mais importantes desse financiamento são os destinados à aquisição de veículos e eletroeletrônicos. Usualmente, o próprio bem objeto de financiamento (exemplo, carros, máquinas e equipamentos) representa a garantia para o banco, em caso de inadimplência do cliente. Crédito Imobiliário - trata-se de financiamento destinado a aquisição ou construção de imóveis residenciais, amortizáveis em prestações mensais, em períodos usualmente há cinco anos. Leasing - trata-se de uma operação de arrendamento ou aluguel de veículos de passeio às pessoas físicas. A amortização desta modalidade de financiamentos ocorre de forma mensal e em longo prazo-opcionalmente em 24 ou 36 meses. ANÁLISE DE CRÉDITO De acordo com Stephen (2002 p. 645), “ao conceder crédito, uma empresa procura distinguir entre clientes que tenderão a pagar suas contas e os clientes que não pagarão.” Entre as atribuições dos credores, destacam-se as tarefas de seleção, análise, precificação e monitoramento do risco de crédito, baseadas em informações concretas dos clientes. Segundo Santos, (2000 p. 43), “o objetivo do processo de análise de crédito é o de averiguar se o cliente possui idoneidade e capacidade financeira para amortizar a dívida.”. O objetivo da análise de crédito é identificar os riscos, fazer recomendações sobre a melhor estruturação de crédito e aos riscos identificados, verificar a capacidade de pagamento no tempo devido. 27 A análise de crédito envolve a habilidade de fazer uma decisão de crédito, dentro de um cenário de incertezas e constantes mutações e informações incompletas. Esta habilidade depende da capacidade de analisar logicamente situações, não raramente complexas, e chegar a uma conclusão clara, prática e factível de ser implementada (SCHRICKL, 1994, P.27). INFORMAÇÕES DE CRÉDITO A variável principal para a decisão de crédito é a informação. A obtenção de informação confiável, e o competente tratamento das mesas constituem uma base sólida para uma decisão de crédito segura. As informações tipicamente necessárias para avaliar a qualidade de um cliente incluem: demonstração financeira, relatório de crédito baseado nos antecedentes do cliente com a própria empresa. Por este motivo a empresa utiliza procedimentos para a concessão de crédito baseados nestas informações. ( STEPHEN 2002 P. 645). Tais procedimentos utilizam a análise do cliente como porte financeiro; os rendimentos comprovados dos clientes que geralmente devem ser três vezes superior ao valor da prestação, uma renda inferior pode ser aceita caso haja comprovação de estabilidade de residência, estabilidade de emprego, idoneidade financeira, ausência de protesto e limite de avalistas, levantamento cadastral checagem cadastral (consulta SPC/SERASA, experiência com a instituição e consulta ao CPF). Outros procedimentos também são necessários à concessão de créditos como a confirmação cadastral, identificar se as informações sobre endereço residencial e comercial são verdadeiras, utilizando para isto contato telefônico ou visita ao endereço comercial e residencial do financiado. OS CS DO CRÉDITO Como visto o crédito consiste em o banco colocar á disposição do tomador determinado valor sob a forma de empréstimo e financiamento, mediante uma promessa de pagamento, isto implica risco de que essa promessa de pagamento não seja cumprida. O que 28 chamamos de Cs do crédito (caráter, capacidade, condições, capital e conglomerado) contém as variáveis relacionadas ao risco. De acordo com (Santos, 2000), por definição, os Cs do crédito é um progresso de análise subjetivo que envolve decisões individuais quanto a concessão ou recusa de crédito. Nesse processo, a decisão baseia-se na experiência adquirida, disponibilidade de informação e sensibilidade de cada analista quanto ao risco. Na decisão de crédito acredita-se que um dos insumos básicos é o julgamento subjetivo que o analista financeiro faz para determinar se é valido ou não assumir riscos. A experiência adquirida do analista e a disponibilidade de informações (internas e externas) sobre o caráter do cliente são requisitos fundamentais para a análise subjetiva de crédito. CARÁTER - refere-se segundo Silva (2003), a intenção do devedor (ou mesmo do garantidor) de cumprir a promessa de pagamento. Segundo Schrickel (1997, p.48), “este é o “C” de crédito mais importante, tendo em vista que independente do montante emprestado, este se refere à capacidade que o tomador tem em repagar os empréstimos”. É aqui que se constrói a ficha cadastral, instrumento de suma importância na análise da capacidade de pagamento do tomador, quando bem elaborada é uma fonte preciosa de informações sobre o tomador. Para tal são utilizados os documentos fornecidos pelo tomador e os bancos de dados de proteção ao crédito para se avaliar o histórico do tomador de recursos , sua capacidade de pagamento , se há cheques devolvidos, protestos ou outros débitos anteriores. A ficha cadastral permite angariar informações sobre a identificação e qualificação do solicitante do crédito ( tomador) e sobre as experiências de outros credores em suas relações comerciais com o mesmo, e para Schrickel ( 1997, p. 49) “esta investigação deves ser obstinada e paciente, a fim de que o emprestador construa seu arrazoado de convencimento acerca da índole do tomador em permanecer sempre dentro dos limites das regras do jogo”. Cabe enfatizar, entretanto, que um individuo ou uma empresa pode atrasar um pagamento ou mesmo deixar de pagar, em razão de não dispor de recursos, o que não é decorrência necessariamente de seu caráter, dessa forma, a identificação das qualidades subjetivas do tomador é muito difícil, porém os registros históricos dos clientes são indispensáveis. No caso das empresas, o caráter a ser analisado é o dos proprietários, dirigentes e procuradores, enfim, daqueles que exercem a gestão da empresa. Nesse aspecto, é importante saber que de fato controla a empresa e responde pelos atos por ela praticados. Enfim, destacando especial cuidado para aspectos como pontualidade, restrições, experiências em outros contratos e o histórico de atuação no mercado. 29 CONDIÇÕES - As condições referem-se aos fatores não controláveis pela empresa, como a concorrência, as flutuações econômicas e os eventos naturais, como inundações e secas, entre outros. Segundo SILVA (1998 p. 141), Mesmo sem pretensão de desenvolver uma análise macro econômica, cabe ressaltar que certas decisões de políticas econômicas, por exemplo, o desaquecimento de determinados setor da economia, bem como o comportamento do mercado de forma geral, afetam o nível de atividade de determinados tipos de empresas. Desta forma, analisam-se as condições que o mercado interno e externo vem proporcionando aos consumidores dentro da sociedade, temos como, por exemplo, os cortes nos orçamentos do governo, que podem acarretar suspensão ou cancelamento de obras, o que gera queda na atividade das empresas de construção civil traz como efeito colateral maior desemprego e problemas sociais, interferindo na capacidade de compra das pessoas. CAPACIDADE - Capacidade é a habilidade e a competência empresarial do indivíduo em seu potencial de produção e comercialização da empresa. São habilidades administrativas que o individuo tem para determinar certas decisões estratégicas adotadas pela empresa no que se diz respeito à análise de crédito. A capacidade do cliente para cumprir obrigações de crédito com base nos fluxos de caixa gerados pela operação. (STEPHEN, 2000 p.646). CAPITAL - Em relação ao capital pode-se identificar a real situação de uma empresa ou uma pessoa, no seu âmbito financeiro, dando real segurança à abertura de crédito e podendo assim honrar seus compromissos. Segundo SILVA (1998, p. 155), no seu estudo dos Cs do crédito, afirma: O capital refere-se à situação econômico-financeiro da empresa, no que diz respeito aos seus bens e recursos possuídos para saldar seus débitos. Por tanto, o C de capital é medido através da análise dos índices financeiros, tendo, evidentemente, um significado muito mais amplo do que aquele que é dado à conta de capital na contabilidade. 30 Para Santos (2003. P. 45), capital é medido pela situação financeira do cliente, levando-se em consideração a composição (quantitativa e qualitativa) dos recursos, onde são aplicados e como são financiados. CONGLOMERADO - A análise do conglomerado abrange a apreciação dos fatores de riscos relativos às coligações, controle e vínculos. Conforme SILVA (1998 p. 164), Conglomerado refere-se à análise não apenas de uma empresa especifica que esteja pleiteando crédito, mas também ao exame do conjunto, do conglomerado de empresas no qual a pleiteante de crédito esteja contida. Não basta apenas conhecer a situação de uma empresa, é preciso que se conheça sua controladora (ou suas controladores), e suas controladoras e coligadas para se formar um conceito sobre solidez do conglomerado, do conjunto. Para a realização de adequada análise de riqueza patrimonial, é fundamental que o analista consiga a abertura da composição do patrimônio do cliente, além de identificar a situação dos ativos em termos de liquidez, existência de ônus e valor de mercado. Embora os credores reconheçam as dificuldades de conversão de garantias acessórias (bens móveis e imóveis), encaixar a vinculação de patrimônio material aos contratos de créditos constitui-se em prática comum para inibir inadimplência. 3. 1.5.1 CONCESSÃO E DECISÃO DE CRÉDITO Na concessão de crédito pode-se perceber que as decisões tomadas todos os dias podem não envolver ganhos ou perdas expressivas e o fato é que não escolhendo a melhor alternativa podem surgir conseqüências que modifiquem nossas vidas. Segundo Leoni ( 1997 p. 42), Pode ser entendida como escolha entre alternativas. Todas as pessoas que todos os dias, tomam decisões optando entre as alternativas que conhecem e dispõem. O processo decisório pode requerer experiência anterior, conhecimento sobre o que está sendo decidido, bem como o uso de métodos, de instrumentos e de técnicas que auxiliam na concessão do crédito. (LEONI, 1997, p54). 31 No crédito, ao se tomar uma decisão, escolhendo entre alternativas de emprestar ou não emprestar, haverá um impacto sobre o lucro do banco e sobre o relacionamento do cliente. No próprio banco há objetivos concorrentes entre si, pois poderá se possível maximizar as vencidas e minimizar os incobráveis ao mesmo tempo. A decisão de conceder crédito numa empresa comercial está relacionada ao volume de vendas que se quer atingir em determinado produto e em determinada época, por este motivo a importância de se utilizar procedimentos na concessão e decisão do crédito. Segundo Leoni (1997 p. 42), Na concessão de crédito é importantíssima à utilização de alguns procedimentos para minimizar os riscos, são eles: comprovante de residência, comprovante de renda, referencia em geral, descrição do crédito ou compra declaração ou assinatura. 3.1.5.1.1 COMPROVAÇÃO DOS DADOS RESIDENCIAIS Pode-se comprovar o local de residência atual do cliente de várias maneiras, mesmo que indiretamente. Os dados poderão ser comprovados pelos documentos originais, verificando: em nome de quem foi processada a compra, com a confrontação do endereço transcrito, número de instalação do telefone, muitas vezes confirmando o mesmo, quando houver registro de chamadas interurbanas na conta telefônica, anotar alguns telefones de contato. Podem ser solicitados também contrato de locação, escritura de imóveis e também guia de endereço e CEP que podem ser confirmados através da lista telefônica, pelos funcionários da instituição financeira que está concedendo o crédito. 3.1.5.1.2 Confirmação das Atividades Atuais e Rendimentos São diversas as atividades existentes no cadastro de pessoa física, são elas: trabalhador com vínculo empregatício podendo ser de empresa publica ou privada registrados pela CLT, aposentados, autônomos registrados (vendedores, corretores de imóveis, ambulantes registrados pela prefeitura do município), autônomo sem registro (pedreiros, marceneiros, pintores, encanadores etc.), autônomos liberais (médicos, dentistas, engenheiros 32 etc.), pessoal com rendimentos diversos, neste caso, pode-se citar o caso dos aluguéis e na venda de bens e imóveis a prestação. Consoante Leoni (1997 p.31), É de fundamental importância, base mestra em que se alicerça todo impacto da operação em qualquer venda a prazo, principalmente para as pessoas físicas. Pode-se até afirmar que se trata de um dos principais procedimentos de abertura de crédito. 3.1.5.1.3 Referência em Geral Na referencia em geral podemos verificar que se os dados dos clientes são realmente verdadeiros faz com que a empresa minimize o risco e avalie a capacidade de pagamento do cliente como também o valor a ser concedido para o mesmo. Segundo Leoni (1997), existem quatro tipos de referêcias: referência pessoal referencia de parentes, referencias bancárias e referencias comerciais que tem como objetivo verificar se as informações que o cliente passou são realmente verdadeiras e desta forma minimizar riscos, podemos afirmar que é um procedimento de abertura de crédito indispensável para as instituições financeiras. 3.1.5.4 Declaração e Assinatura Nos dias atuais, é indispensável também que a instituição financeira faça a confirmação das assinaturas, sejam elas comparando com os documentos dos clientes como a identidade e comparando com as assinaturas do cheque e do contrato. Todo processo cadastral deverá conter a assinatura do cliente. Mister se faz a declaração de responsabilidade de direitos sobre a veracidade dos dados, autorizações para trocas de informações a respeito do cliente, mencionandose o código do processo civil e penal com os devidos artigos incidentes.( LEONI, 1997 p. 42). 33 3.2 GARANTIAS O Banco Central estabelece que as instituições financeiras, na realização de operações de crédito, devem exigir dos clientes garantias adequadas e suficientes para assegurar o retorno sobre o capital aplicado. Mais além, determina que garantia seja adequada ao tipo, ao montante e ao prazo do crédito. As melhores garantias são a de maior liquidez, especialmente as chamadas autoliquidáveis, ou seja, aquelas cuja conversão em caixa, e respectiva liquidação do contrato de crédito. A finalidade de garantia é evitar que fatores imprevisíveis impossibilitem a liquidação do crédito. Esses fatores são de natureza sistemática ou externa a atividade da pessoa física ou da empresa, podendo ser resultantes de medidas governamentais, concorrenciais, climáticas ou acidentais. (SANTOS, 2003, P.34). Os profissionais de crédito devem considerar que nenhum financiamento seja concedido exclusivamente em função da garantia, por melhor que seja. Como regra básica, todo profissional deve ter a convicção de que o financiamento foi concedido baseando-se na capacidade de pagamento do cliente, partindo do principio de que não será necessário utilizar a garantia para liquidar o crédito. 3.2.1 GARANTIAS PESSOAIS Para Santos ( 2003, p.35), Garantias pessoais são as garantias que, em vez de serem constituídas sobre coisas especificas, repousam sobre pessoas (físicas ou jurídicas). Essa modalidade de garantia não vincula nenhum bem especifico do cliente ou do garantidor, mas recai sobre a totalidade dos bens que ambos possuírem, no momento da liquidação do crédito. Com isso os credores expõem-se aos elevados riscos de crédito, em situações em que o valor de mercado do patrimônio do devedor for inferior ao valor da vivida. A situação tornase pior ainda para os credores quando, numa execução judicial, os devedores comprovem a inexistência de bens livres para serem penhorados. Nesse caso, o resultado para os credores é o reconhecimento de perdas (totais ou parciais) com o não-recebimento de principal e juros. 34 “Segundo OCC (On-line Cobrança Consume) Manual do usuário (2004), essa modalidade de garantia é constituída basicamente sobre o aval e a fiança”. 3.2.2 AVAL Em termos jurídicos, o avalista (terceiro-garantidor da operação) assume a mesma posição do avalizado, tornando-se solidário pela liquidação da dívida. Logo, defini-se aval como uma garantia pessoal dada por pessoa física ou jurídica onde o avalista torna-se solidariamente responsável com o devedor no pagamento da dívida. O aval dever ser conferido por meio de assinatura no anverso ou no verso do título, e nesse último caso, devese indicar “por aval”. E Santos nos lembra que: o avalista é responsável pela amortização do crédito, da mesma forma que o devedor principal, não havendo, portanto, benefícios de ordem. Por ser garantia solidária ao pagamento de uma dívida, pode ser exigido integralmente do avalista, independentemente de ser cobrado ou não o devedor principal. Todavia, nunca poderá ser cobrado um valor superior ao do próprio título, salvo se o título for emitido com “ pacto adjeto” de correção. (SANTOS, 2006, p. 36). 3.2.2 SAZONALIDADE DO PRODUTO Existem empresas cujos mercados em que atuam dependem de épocas específicas, como é o caso daquelas que produzem sorvetes (e apenas sorvetes), que devem orientar sua produção para atender as épocas de maior demanda. Outro exemplo é o caso das usinas de açúcar e das destilarias de álcool, cuja produção é desenvolvida durante cerca de seis meses, que é a época da safra de canas. No caso de uma usina de açúcar, a necessidade de manter estoques para atender a entressafra requer um adicional de capital de giro que poderá tornar seu resultado (lucro ou prejuízo) vulnerável as variações nas taxas de juros. É evidente que é através das cooperativas de produtores de açúcar, bem como de obtenção de linhas de crédito especifico que esses problemas são atenuados. 3.2.4 FIANÇA A fiança compreende, além do principal e juros, todas as despesas com acessórios, como juros de mora, comissão de permanência, multa, despesas judiciais etc. “Já o autor 35 Leoni (1997 p. 136) diz que fiança é facilmente identificada pelo compromisso firmado entre as várias pessoas responsáveis pela liquidação da obrigação contraída.”. Quanto à execução, é mais lenta que o aval, por este motivo menos utilizado pelos bancos. O fiador, demandando pelo pagamento da dívida, tem o direito de exigir, até a contestação do processo, que primeiramente sejam penhorados os bens do devedor. No entanto, perde essa oportunidade caso tenha concordado expressamente em renunciar ao beneficio de ordem e obrigar-se como devedor solidário nos casos em que o devedor principal torna-se comprovadamente insolvente ou falido. Segundo Santos (2003 p. 37), Fiança é uma garantia pessoal, mediante a qual uma pessoa (fiador) garante, no todo ou em parte, o cumprimento de obrigação que outra pessoa (afiança| devedor) assumiu com um concessor de financiamento (beneficiário). Alguns cuidados a serem tomados sobre garantias; fiança: verificar se a fiança foi prestada por escrito; se é suficientemente clara quanto à obrigação assumida pelo fiador se tem vencimento compatível com a obrigação garantida; se houver renuncia expressa aos benefícios de ordem; se quem assinou tinha poderes suficientes para assumir a obrigação; se a (s) assinatura (s) é (são) autentica (s); se quem assinou é pessoa física casada-caso em que o conjugue deve também assinar o contrato; se o limite garantido é corrigido ou não, e de que forma, para que a divida esteja suficientemente coberta, ao longo do tempo. 3.2.5 GARANTIAS REAIS As garantias reais ocorrem quando, o devedor confere ao credor um direito especial de garantia sobre um determinado bem, ou melhor, é a vinculação de um bem (veículos, imóveis, máquinas etc.) ou direitos patrimoniais (títulos, cheques etc.) do devedor ao contrato de crédito, o qual permitirá a liquidação da dívida. Essas garantias são indivisíveis, ou seja, independentemente que o devedor pague uma parcela da dívida, a garantia continua por inteiro, logo o bem só perderá seu vínculo jurídico mediante a quitação do débito, caso contrário será levada à venda judicial para cobrir o saldo devedor do contratado. Dessa forma, o credor tem assegurado na garantia real o direito preferencial de receber a dívida, em ralação aos demais credores, cabendo lembrar que tal preferência está subordinada à classificação dos 36 créditos em caso de falência. Portanto, ressaltamos que a lei 11.101/05 (que regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária – também conhecida como Lei de Falências) conferiu preferência aos bens gravados de garantia real sobre os créditos fiscais. 3.2.6 CAUÇÃO DE DUPLICATA Duplicata é um titulo de crédito que se origina de uma venda ou prestação de serviço com recebimento a prazo. É uma garantia muito utilizada pelos credores, já que possibilita a diminuição do risco de crédito por meio da vinculação de duplicatas selecionadas ao financiamento do solicitado. A caução de duplicata é uma espécie de penhor e, como tal, constitui-se como garantia real. (SANTOS 2002 p. 38). Na prática, as duplicatas representam uma das mais eficazes garantias sobre a concessão de crédito, principalmente quando observados os seguintes cuidados usados pelo banco Real que é a empresa estudada: evitar a concentração de sacados, procurando obter do cliente duplicatas diversificadas e com um histórico de liquidez; verificar se as duplicatas são sacadas contra empresas idôneas; conhecer o risco de crédito do sacado através de análise de suas informações financeiras, patrimoniais e de idoneidade; confirmar no sacado a veracidade da origem do título para evitar a ocorrência de duplicatas com o prazo de vencimento da operação; verificar se as duplicas são sacadas contra os principais clientes do proponente; receber as duplicatas devidamente endossadas por quem tenha suficientes poderes. 3.2.7 CAUÇÃO DE CHEQUES Em face da elevada exposição à inadimplência-principalmente em época de recessão, algumas empresas financeiras e não financeiras excluem essa modalidade de garantia em suas políticas de crédito. Cheque é uma ordem de pagamento a vista dada por alguém que possui conta de depósito em uma instituição financeira. Sendo ordem de pagamento a vista, deve ser paga no momento de sua apresentação. Como forma de garantia refere-se à vinculação de cheques ao contrário de crédito. (SANTOS, 2002, P. 39). 37 Alguns cuidados a serem tomados na caução de cheques: evitar concentração de emitentes, procurando obter do cliente maior diversificação; verificar se os cheques são emitidos por pessoas idôneas; conhecer o emitente por meios de informações cadastrais, evitando o recebimento de cheques emitidos por pessoas com situações financeiras ruins, e que apresentam registros de restrições no mercado de crédito (cheques devolvidos, protestos, ações etc.); verificar a quantidade e o valor de cheques emitidos/devolvidos; verificar se a data de vencimento dos cheques é compatível com o prazo de vencimento do crédito; verificar se o valor dos cheques que o cliente está descontando é compatível com o seu histórico de faturamento. 3.2.8 ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA É uma garantia real que consiste na transferência do domínio de bem para o credor, embora a posse permaneça com o devedor, e esta poderá ser constituída sobre veículos, máquinas e equipamentos. A garantia consubstanciada na alienação fiduciária, especialmente a do bem imóvel, que é relativamente nova em nosso ordenamento jurídico, oferece ao credor muito mais eficácia e celeridade na recuperação do crédito quando comparada com outros tipos de garantias. (SANTOS, 2006). No caso de inadimplência, o credor poderá promover um simples procedimento de cobrança extrajudicial em face do devedor, e se o mesmo não purgar a mora, ou seja, pagar a dívida em atraso acrescido dos encargos legais exigidos, a propriedade, dantes resolúvel, consolida-se plena e extrajudicialmente em nome do credor. E ainda o credor poderá requerer em juízo a busca e apreensão do bem alienado e, em se tratando de bem móvel, caso o mesmo não seja encontrado, essa medida converte-se em ação de depósito, em hipótese em que o devedor pode, inclusive, ser penalizado com a prisão civil. 3.2.9 PENHOR E HIPOTECA O penhor pode compreender as coisas móveis, os imóveis, os direitos e os títulos de crédito. Segundo Silva (2000), 38 Penhor é um tipo de garantia real que recai sobre bens móveis corpóreos ou incorpóreos cuja posse deverá ser transferida ao credor, que pode efetuar a venda judicial do bem para liquidar a divida, da qual o penhor é acessório. Já Hipoteca são bens imóveis passíveis: terras, casas, prédios, apartamentos, sítios, lotes, navios e aviões. Alguns cuidados a serem tomados na hipoteca são: verificar a documentação legal do bem dado em garantia; verificar se os bens estão registrados em cartórios ou em órgãos competentes; se há ônus sobre o bem; se o bem oferecido como garantia já se encontra hipotecado em outros financiamentos, via levantamento em cartório ou em órgãos competentes. Contratualmente, observa-se com maior clareza que se trata de direito real constituído a favor do credor sobre um bem imóvel do devedor ou até mesmo de terceiros para deixá-lo em garantia da divida contraída, sem, entretanto, trata-lo da posse de seu verdadeiro dono. Por falta de pagamentos, todavia, poderá vir a perdê-lo. (LEONI, 1997, p. 137). 3.3 POLÍTICA DE COBRANÇA Segundo Stephen (2002 p. 646), “cobrança é o processo de obtenção do pagamento de contas vencidas”. O administrador “de crédito mantém um histórico de pagamento com cada cliente.”. A atividade de concessão de crédito sempre estará exposta ao risco de inadimplência, ou seja, aos prejuízos de não pagamentos de dívidas por parte dos clientes. Para minimizar os riscos, é fundamental que os profissionais de crédito somente liberem os recursos após a realização de análises minuciosas da situação financeira dos clientes, baseadas em suas informações cadastrais e de idoneidade. A partir da concessão de crédito, as instituições financeiras devem monitorar continuamente o comportamento de pagamento do cliente, fazendo averiguações com o intuito de verificar se ocorreram registros (ex: atrasos, cheques devolvidos, protestos etc.) que comprometam sua capacidade de pagamento. 39 3.3.1 FASES DA COBRANÇA A cobrança está classificada em cinco fases, sendo: de 01 até 30 dias de atraso; de 31 a 60 dias de atraso; de 61 a 90 dias de atraso; de 91 a 360 dias de atraso; acima de 360 dias (baixados para prejuízo). O contrato é considerado prejuízo por decurso de prazo, por venda do bem antes de 360 dias restando saldo devedor ou conforme determinações de risco estabelecidas pelo Banco Central do Brasil que controla todas as fases de cobrança com o intuito de observar a real realidade da instituição financeira no que diz respeito à inadimplência, verificando, assim, se a instituição não está ficando muito comprometida decorrente da inadimplência. 3.3.2 ATIVIDADES DE COBRANÇA Os procedimentos da cobrança na recuperação do crédito são segundo Stephen (2002) p.: Contatos telefônicos; Emissão de avisos de cobrança; Constituição de mora, neste caso é utilizada notificações e protestos; Externado o funcionário fica responsável pela localização do cliente sem constrangê-lo; Acessória de cobrança é um escritório contratado pela organização que procede a cobrança dos contratos sob responsabilidade; Recuperação do bem, neste caso pode ser feito através da entrega amigável ou de um processo judicial; Localizador trata-se de um funcionário do escritório de advocacia responsável por acompanhar o oficial de justiça para localizar, buscar a apreender o bem; Leilão também outro instrumento legal utilizado para recuperação de crédito. De acordo com o manual do usuário OCC Banco Real é através de ações de cobrança especificas que a instituição financeira procurará recuperar suas perdas e, quando for o caso, utilizar preenchimento de históricos que podem ser relevantes à cobrança do cliente, sendo subdividida através de prazos.(on-line cobrança consumer 2004 p. 50. 3.3.3 PROCEDIMENTOS DA COBRANÇA Inúmeros tipos de procedimentos de cobrança são normalmente empregados. Se uma conta não paga na data do vencimento, com a passagem do tempo as cobranças tornam-se 40 mais pessoais e rigorosas. Os procedimentos básicos de cobrança são apresentados, pela ordem normalmente, seguida no processo de cobrança. 3.3.4 CARTAS Alguns dias após o vencimento de uma duplicata, a empresa normalmente envia uma carta cortês, lembrando o cliente de sua obrigação. Se a duplicata não for paga dentro do período de tempo após o envio da carta, uma segunda carta, agora reclamando, é remetida. Essa carta pode ser seguida por outra, se preciso. As cartas de cobrança são o primeiro passos no processo de cobrança de crédito vencido. 3.3.5 TELEFONEMAS Se as cartas não surtirem efeitos, o gerente de crédito pode ligar para o cliente e solicitar que o pagamento seja efetuado rapidamente. Se o cliente tiver uma desculpa plausível, podem-se fazer acordos para estender o período de pagamento. Uma ligação feita pelo advogado da empresa pode ser usada se todas as tentativas tiverem sido inúteis. 3.3.6 VISITAS PESSOAIS Essa técnica é muito comum, em nível de crédito ao consumidor; entretanto, pode ser empregada por fornecedores industriais. A visita de um vendedor ou cobrador local ao cliente pode ser um procedimento muito eficiente de cobrança. Pode-se conseguir que o pagamento seja feito na ocasião. 3.3.7 USO DE AGÊNCIA DE COBRANÇA Uma empresa pode transferir duplicatas incobráveis a uma agência de cobrança ou um departamento jurídico para cobrança. Em geral, as taxas para esse tipo de cobrança são bastante altas, podendo a empresa receber menos de 59% do valor das duplicatas cobradas desse modo. 3.3.8 PROTESTOS DAS DUPLICATAS INCOBRAVEIS Esse é o passo mais severo no processo da cobrança. É uma alternativa ao uso de uma agencia de cobrança. Não somente é caro o protesto, mas também pode forçar o devedor a 41 concordata, reduzindo a possibilidade de negociação futura com ele, sem garantir o recebimento final da importância devida. 3.3.9 EFEITOS DO NÃO PAGAMENTO Às vezes, uma empresa pode negar-se a conceder crédito adicional a clientes até que as contas vencidas sejam pagas. Isto pode irritar um cliente normalmente bom, e revelar um conflito potencial de interesse entre o departamento de cobrança e o departamento de vendas. Além de suspender o crédito, o cliente pode passar o constrangimento de estar em outro estabelecimento comercial e ter ser crédito “negativo”, por estar em débito com outro estabelecimento, que o cadastrou em empresas de informações como, por exemplo: SERASA, como inadimplente. Estas empresas obtêm informações através do telefone. É cobrada, por consulta, uma taxa que pode ser diminuída dependendo da quantidade de consultas ao mês. A execução judicial e o protesto são os efeitos mais difíceis, pois é a última tentativa da empresa de receber o que lhe é devido. A agência de cobrança, para protestar títulos em cartório ou ajuíza-los, se faz necessário, que ela tenha esgotado todas as tentativas de um acordo amigável. Além de ser demorado, o processo pode prejudicar ambas as partes. O comerciante vai demorar a receber e o cliente pode ter uma tentativa de obtenção de crédito no futuro negada. 3.3.10 PLANO DE FINANCIAMNETO 3.3.10.1 EMPRÉSTIMOS SEM GARANTIA Incondicional quer dizer que a empresa vai captar um limite previamente estipulado, sem submeter-se aos procedimentos burocráticos usuais. Já nas linhas condicionais o crédito é fechado através de acordos formais que geralmente exigem que a empresa pague uma comissão de abertura ao banco. As empresas médias e pequenas são nestes casos obrigados a manter saldo médio no banco. Stephen (2002, p. 243) A maneira mais comum de financiar um déficit temporário é recorrer a um empréstimo bancário sem garantia em curto prazo. As empresas que usam empréstimos bancários em curto prazo geralmente pedem a seu banco uma linha de crédito condicional ou incondicional. 42 3.3.10.2 EMPRÉSTIMOS COM GARANTIA Geralmente os bancos e instituições financeiras exigem garantias num empréstimo de curto e longo prazo. Nos casos de financiamento geralmente os bens que estão sendo financiados é que é a própria garantia do banco nas empresas (pessoa Jurídica) a garantia geral são os próprios estoques que estão sendo financiados. Este tipo de empréstimo dá aos credores direitos a todos os estoques do devedor no caso do não pagamento. 43 4 ANÁLISE DOS DADOS A pesquisa foi realizada na empresa Banco Real S:A, localizada na cidade de João Pessoa. O tipo de pesquisa utilizado foi pesquisa documental. Foram utilizados os dossiês da carteira de clientes do CDC ( Crédito Direto ao Consumidor), nos quais se observou os procedimentos de abertura de crédito e análise dos índices de inadimplência. Verificamos também qual o real motivo da inadimplência, já que todo o contato com o cliente de cobrança é registrado no sistema do banco, podendo assim verificar o real motivo da inadimplência. Nesta pesquisa, também vamos observar o perfil dos clientes do Banco Real Agencia Epitácio pessoa. De posse dos dossiês dos clientes foi feito um comparativo entre os anos de 2005, 2006 e 2007. Em seguida, realizamos uma análise quantitativa e qualitativa com o propósito de verificar se a abertura de crédito está influenciando diretamente nos índices de inadimplência, utilizando uma amostra aleatória simples na qual foram dadas chances iguais a todos os clientes da carteira de CDC. Foram pesquisados 5% dos clientes das carteiras de cada período, totalizando 46 clientes pesquisados em 2005. 72 clientes em 2006 e 118 clientes em 2007. Neste caso, estamos observando que houve um aumento significativo da carteira de clientes de 2005 a 2007 causado pelo número de parcerias que em 2005 eram apenas 23 e hoje chega a casa dos 84 clientes. O departamento de CDC tem como um instrumento o financiamento, que é feito através de parcerias entre a loja e o banco, financiando equipamentos de informática, móveis, eletro eletrônicos, equipamentos odontológicos e auditivos, carrocerias de caminhões, gás natural e turismo. Esse financiamento é aberto através de uma análise do cliente, através da qual se toma como base para a concessão do crédito os Cs do crédito, utilizado desde o perfil do cliente até a decisão do crédito, tendo como objetivo minimizar o risco. Segundo Santos (2003), por definição, os Cs do crédito (caráter, condição, capacidade, capital e conglomerado), é um processo de análise subjetivo que envolve decisões individuais quanto à concessão ou recusa de crédito. Nesse processo, a decisão baseia-se na experiência adquirida, disponibilidade de informação e sensibilidade de cada analista quanto ao risco. Risco existe quando o tomador de decisões pode basear-se em probabilidades para estimar diferentes resultados, de modo que sua expectativa se baseie em dados históricos. Isto é, a decisão é tomada a partir de estimativas julgadas aceitáveis. (PAIVA, 1997, p 06). 44 1 PERFIL DO CLIENTE ANO 2005 Funcinário de Empresa Privada 11% 35% 15% Funcionario de Empresa Pública Autônomo Aposentados e Pensionistas 39% Gráfico 1: Perfil dos Clientes ano 2005. Fonte: Elaboração Própria (2008). Através deste gráfico podemos observar que as pessoas que possuem vínculo empregatício, ou melhor, certas estabilidades financeiras, representam 74% da carteira de clientes minimizando o risco do não pagamento, já que os autônomos não possuem renda fixa e representam um maior risco para a empresa. 2 PERFIL DOS CLIENTES AUTÔNOMOS ANO 2005 14% 0% Profissional Liberal Empresário 29% 57% Gráfico 2: Perfil dos clientes autônomos 2005 Fonte: Elaboração Própria (2008). Autonomo Registrado Autonomo Não Registrado 45 No gráfico sobre o perfil dos autônomos podemos observar que o profissional liberal (Médicos, Advogados, Engenheiros, Arquitetos entre outros) representa 57%. Com este percentual podemos verificar que o banco também está preocupado com a qualidade na carteira de clientes autônomos, já que procura abrir crédito para os clientes com certo nível financeiro e intelectual, e também o empresário que possua empresas, geralmente, com pontos fixos e registrados, representando em 2002 o percentual de 29%. 3 PERFIL DOS CLIENTE ANO 2006 11% 26% Funcinário de Em pres a Privada Funcionario de Em pres a Pública 24% Autônom o 39% Apos entados e Pens ionis tas Gráfico 3: Perfil dos cliente ano 2006. Fonte: Elaboração Própria. (2008) Verificamos neste gráfico de 2006 que no Banco Real houve uma queda nos clientes com vinculo empregatício, já que os funcionários de empresas públicas e privadas eram em 2005 de 74% dos clientes do banco, caíram para 65%, representando uma queda de 9%. Mesmo com está diferença, o banco ainda continua com clientes que possuem certa estabilidade. Neste gráfico também podemos observar um aumento de 10% dos clientes autônomos em relação ao ano de 2005, que poderemos analisar melhor no gráfico a seguir. 46 4 PERFIL DOS CLIENTES AUTÔNOMOS 2006 Profissional Liberal 6% 11% Empresário 24% 59% Autonomo Registrado Autonomo Não Registrado Gráfico 4: Perfil dos cliente autônomo 2006 Fonte :Elaboração Própria (2008) Analisando este gráfico de autônomos, podemos observar que o banco continua se preocupando com o perfil de clientes autônomos. Podemos observar que os profissionais liberais e os empresários ainda são a maioria dos autônomos da carteira que está representando, em 2006, cerca de 83% , minimizando assim o risco e qualificando a carteira de clientes do banco. 5 PERFIL DO CLIENTE EM 2007 14% 26% Funcionário de Empresa Privada Funcionário de Empresa Pública 19% Autônomo 41% Gráfico 5: Perfil do cliente 2007 Fonte: Elaboração própria (2008) Aposentados e Pensionistas 47 Como já vimos nos gráficos anteriores, observamos que o banco continua com a sua carteira bem trabalhada, com clientes de renda fixa, representando em 2007 cerca de 67%, mantendo uma política de minimização de risco e uma preocupação com a qualidade da sua carteira de clientes. 6 PERFIL DOS CLIENTES AUTONOMOS ANO 2007 13% 4% Profissional Liberal Empresário 22% Autonomo Registrado 61% Autonomo Não Registrado Gráfico 6: Perfil dos cliente autônomo 2007 Fonte: Elaboração Própria. (2008) Assim como nos anos anteriores, 2007 não foi diferente. A carteira de autônomos continuou com sua maioria os profissionais liberais e empresários que também fechou com 83%, e os autônomos registrados (taxistas, corretores de imóveis entre outros) e os autônomos não registrados ( camelos, vendedores de jóias etc.) representando apenas 17%. Um índice que não fragiliza a carteira de clientes do banco. Com isto, podemos observar nos gráficos apresentados que o Banco Real Agência Epitácio Pessoa, trabalha em sua maioria com clientes de renda fixas, no caso dos funcionários de empresas privadas e dos funcionários de empresas públicas, tornando de certa forma uma empresa com menos riscos. Observamos também que, no caso dos autônomos, o banco divide em quatro categorias distintas, são elas: profissional liberal que representa uma media de 59% do financiamento para autônomos. Em seguida, empresários que ficam em torno de 25% e por fim o autônomo registrado (camelos, vendedores autônomos etc.), representando em média 48 16%. É bom lembrar que o autônomo não registrado tem um percentual bem inferior chegando ao ano de 2007 com apenas 4%. 7 PROCEDIMENTOS DE ABERTURA DE CRÉDITO ANO 2005 120,00% 100,00% 100,00% 100,00% 91,40%86,96% 80,00% 65,30% 40,00% 54,34% 50% 60,00% 43,47% 19,60% 4,40% 0,00% Ex pe Co riê nf nc ir m ia aç do ã Ba Co o Av do nc nf al o ir m lo ia R c çã al aç ea o ão de l de do tra ca ba en pa lh d ci o re da s id de d e en c ia pa Co l ga ns Co m ul en ta nf to sp er en c/ se cia ra de sa as Re sin fe re at nc ur a ia ba nc ar ia Re fe re Av nc al ia pe ss oa l Al ie In na çã lo c o Fi o du ci ár ia 20,00% 0,00% Gráfico 7: Procedimentos de Abertura de Crédito ano 2005 Fonte: Elaboração Própria. (2008) A tomada de decisão pode ser entendida como a escolha entre alternativas, com o intuito de verificar se o cliente tem a capacidade de honrar seu compromisso. (SANTOS, 2000). Através deste gráfico, observa-se que o Banco Real Agência Epitácio Pessoa utiliza 11 alternativas para minimizar os riscos, como nos procedimentos citados acima. Podemos verificar que o banco está utilizando formas de minimizar risco que nem sempre é publicada em livros com o in loco, conferência de assinatura, experiência com o banco e até mesmo a alienação fiduciária que faz com que o cliente coloque o produto que está sendo financiado como garantia no caso do não pagamento. Verifica também que o banco esta preocupado com a qualidade na abertura de crédito. Observamos que dentre os clientes analisados, a capacidade de pagamento e a consulta spc/serasa foi feita em 100% dos clientes. 49 A confirmação do local de trabalho e residência foi de 90% e ainda conferência de assinatura, referência bancária e referência pessoal, foram utilizadas em mais de 50% dos clientes, ajudando na minimização dos riscos e qualificando a abertura de crédito na organização. 8 PRODEDIMENTOS DE ABERTURA DE CRÉDITO ANO 2006 120,00% 100,00% 100,00% 98,61% 95,83% 90,27% 83,34% 80,00% 51,00% 60,00% 55,56% 44,44% Série2 40,00% 20,84% 11,12% 6,95% Ex Co pe r iê nf ir m nci aç a d o ão C Ba Av on do nc al fir l o ia o ca ç ã ma R çã ea ld o o l de e do t r ca a ba en pa d lh ci o re da s de id e nc de ia Co pa l ga ns Co ul m ta en nf er sp to en c/ se cia ra de sa Re as sin fe re at nc ur ia a ba nc ar ia Re fe re Av nc ia al pe ss oa Al l ie na In çã l o o co Fi du ci ár ia 20,00% 0,00% Gráfico 8: Procedimentos de abertura de crédito ano 2006 Fonte: Elaboração Própria (2008) No gráfico acima, observa-se que o banco continua com uma política de minimizar os riscos também melhorando a análise na abertura do crédito e podemos verificar um aumento no procedimento de conferência de assinatura que foi de 18% em relação a 2005. A exigência do Aval que aumentou 6,7% em relação ao ano 2005, o in loco que em 2005 era de 0% em 2006 foi de 6, 95% e continuou mantendo a média em ralação ao ano de 2005 nos procedimentos de confirmação de local de trabalho e residência, avaliação da capacidade de pagamento, consulta spc/serasa, referência pessoal, alienação fiduciária e experiência do Banco Real Agência Epitácio Pessoa. 50 9 PROCEDIMENTOS DE ABERTURA DE CRÉDITO ANO 2007 120,00% 100,00% 80,00% 100,00% 100,00% 93,23%94,92% 85,60% 78,00% 63,56% 50,84% 60,00% 40,00% 26,28% 34,75% 17,80% Ex Co pe r iê nf ir m ncia aç do ão Ba Av Co do nc nf al i o r lo ia R ca ç ã ma ea çã ld o l o de e d t ra o ca b e pa al nd ho ci re da d e s id d e en c ia Co pa ga l ns Co ul m en ta nf er sp to en c/ se cia ra de sa as Re s fe in re at nc ur a ia ba nc ar ia Re fe re nc Ava ia l pe ss oa Al l ie na In çã lo c o Fi o du ci ár ia 20,00% 0,00% Gráfico 9: Procedimentos de Abertura de Crédito ano 2007 Fonte: Elaboração Própria (2008) No ano de 2007, observa-se um aumento significativo na utilização dos procedimentos de abertura de crédito. Houve um aumento em quase todos os procedimentos. Em relação à experiência do Banco Real Agência Epitácio Pessoa, podemos verificar um aumento de 6% em relação a 2006; na conferência de assinatura o aumento foi de 2%; já na referência bancária foi de 27%. Exigência de aval que era de 11% em 2005, em 2006 foi de 34,75%. Referência pessoal foi cerca de 8%. O in loco o aumento foi de 11%. Assim, pode-se concluir que houve um aumento significativo no uso dos procedimentos de abertura de crédito, verificando, assim, um aumento na eficiência e na qualidade da concessão de crédito dentro da organização. Através dos gráficos sobre os procedimentos utilizados pelo Banco Real Agência Epitácio Pessoa, pode-se observar que o Banco vem se preocupando em minimizar cada vez mais os riscos. Observam-se os procedimentos de abertura de créditos, o in loco, que significa confirmação de local de trabalho e residência com visita externa, aonde o funcionário do Banco vai até o emprego ou casa do cliente verificar se as informações que o cliente fez na abertura do crédito são realmente verdadeiras. Este procedimento só é utilizado apenas nos créditos acima de R$ 20.000,00 reais. Percebe-se, assim, que houve um aumento significativo no valor agregado aos produtos. Houve um aumento também, neste caso, de 17,80% em ralação ao ano de 2005. 51 Além de observamos que o banco também se preocupa na questão da garantia, que neste caso é feita apenas para determinados produtos como informática, gás natural e carrocerias de caminhões, através da alienação fiduciária. Observamos que também é uma forma eficaz de minimizar o risco. Crédito defini-se como um instrumento da política financeira a ser utilizado por um empresa industrial na venda a prazo de produtos, ou por um banco comercial, por exemplo, na concessão de empréstimos, financiamento ou fiança. (SILVA, 1998, p.22) 10 CLIENTES QUE FORAM OU SÃO INADIMPLENTE ANO 2005 9% Clientes Inadimplentes Clientes não inadimplentes 91% Gráfico 10: Clientes que foram ou são inadimplentes 2005 Fonte: Elaboração Própria (2008) Podemos observar, através deste gráfico, que os índices de inadimplência referente a 2005 são pequenos e não compromete a solidez da organização. Podemos também afirmar que os procedimentos de abertura de crédito estão influenciando diretamente nos índices de inadimplência e confirmando a existência de qualidade na concessão de crédito. 52 11 CLIENTES QUE FORAM OU SÃO INADIMPLENTES ANO 2006 7% Clientes Inadimplentes Clientes não inadimplentes 93% Gráfico 11: Clientes que foram ou são inadimplentes 2006 Fonte: Elaboração Própria Podemos observar no gráfico acima que houve uma melhora nos índices de inadimplência. Ocorreu uma diminuição em relação a 2005. Essa melhora nos procedimentos de abertura de crédito está ajudando nesta diminuição nos índices de inadimplência. 12 CLIENTES QUE FORAM OU SÃO INADIMPLENTES ANO 2007 7% Clientes Inadimplentes Clientes não inadimplentes 93% Gráfico 12: Clientes que foram ou são inadimplentes 2007 Fonte: Elaboração Própria (2008) 53 Como percebemos nos gráficos anteriores, houve uma queda gradativa nos índices de inadimplência em torno de 2% em relação ao ano de 2005. Essa diminuição é conseqüência da melhor abertura de crédito, que faz a empresa minimizar bastante os riscos tornando valores de inadimplência não tão preocupantes. 13 MOTIVO DA INADIMPLÊNCIA ANO 2005 Analisando os índices de inadimplência, procuramos verificar dos clientes os motivos do não pagamento das parcelas. Esta pesquisa, também documental, já que nos dossiês de cobrança são relatadas todas as informações acordadas com o cliente. Os clientes, em sua maioria, justificam o não pagamento de suas parcelas e são registradas no sistema. 25% Descontrole Finaceiro Desemprego 50% Atraso no Sálario 25% Gráfico 13: Motivo da inadimplência Ano 2005 Fonte: Elaboração Própria. (2008) No gráfico acima podemos observar que 50% da inadimplência foi informado pelos clientes como conseqüência de descontrole financeiro. Esse dado mostra que a população na época estava em situação financeira muito comprometida, fato que ocasionou a inadimplência. Foram citados também o desemprego representando 25% e o atraso no pagamento dos salários, também representando 25%. 54 14 MOTIVO DA INADIMPLÊNCIA ANO 2006 40% 40% Descontrole Finaceiro Desemprego Problemas de Saúde 20% Gráfico 14: Motivo da Inadimplência Ano 2006 Fonte: Elaboração Própria. (2008) Já no ano de 2006 houve uma diminuição no descontrole financeiro que caiu para 40%. Houve um aumento significativo no que diz respeito ao desemprego que em 2006 foi de 40%. Uma nova justificativa apareceu ligada à questão de saúde, com índice em torno de 20% dos clientes inadimplentes em 2006. 15 MOTIVO DE INADIMPLÊNCIA ANO 2007 Descontrole Finaceiro 24% 25% Desemprego Problemas de Saúde Greve dos Bancos 13% 13% 25% Atraso do Governo Estadual Gráfico 15: Motivo da Inadimplência Ano 2007 55 Fonte: Elaboração Própria. (2008) Através do gráfico 2007 houve um aumento no número de problemas. Observamos que o item descontrole financeiro caiu novamente e, em 2007, foi de 25%. O desemprego também caiu para 25%. Problemas de saúde atingiram índice de 12,50%. As novidades foram a greve nos bancos representado com 12,50%. Em decorrência de uma classe, os bancários, que reivindicavam aumento nos salários e ficaram cerca de 1 mês em greve. Essa ação prejudicou os clientes e gerou inadimplência, e o atraso no pagamento dos funcionários do Estado, que representou cerca de 25% da inadimplência, motivo de um problemas econômico da região. Podemos verificar nos gráficos sobre inadimplência que, mesmo com o aumento nos motivos que levam os clientes a inadimplência, pode-se observar que houve uma queda nos índices de inadimplência, não comprometendo assim a diminuição na inadimplência. 16 PERFIL DA INADIMPLÊNCIA ANOS 2005, 2006 E 2007. 12% 7% Funcionário Privado 19% Funcionário Público Aposentados e Pensionistas Profissional Liberal 14% Empresário 24% 14% 10% Autonomo Registrado Autonomo não Registrado Gráfico 16: Perfil da inadimplência Anos 2005, 2006 e 2007. Fonte: Elaboração Própria. No gráfico acima se observa que nos índices de inadimplência, 47% são de clientes autônomos, (profissionais liberais, empresários, autônomos registrados e não registrados). 56 Esse número representa metade da inadimplência no banco, provando, mais uma vez, que os clientes possuem certa estabilidade financeira proporcionam menos riscos à organização e influenciam diretamente os procedimentos de abertura de crédito, fato que ajuda minimizar ainda mais os riscos inerentes à concessão de crédito. 57 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste estudo, verificamos a importância de uma boa análise na concessão do crédito através da seleção do perfil dos clientes e de condicionamentos para uma boa carteira de clientes, além de proporcionar a organização menos riscos e incertezas para seu futuro. Atualmente uma das preocupações do Banco Real Agência Epitácio Pessoa é a de seguir as orientações contidas nas normas da resolução 2682 do Banco Central do Brasil, que tem o objetivo de selecionar os tomadores de crédito para garantir o retorno dos pagamentos, minimizando o risco. No estudo, podemos observar que o perfil dos clientes do Banco Real Agência Epitácio Pessoa é de clientes com certa estabilidade financeira. Essa característica minimiza os riscos e proporciona a organização uma carteira de clientes sólidas e menos vulnerável aos fatores externos. Observamos também que a organização trabalha em função de uma boa abertura de crédito, que está ligada diretamente aos 5Cs, e utiliza em procedimentos de abertura de crédito, além das que constam nos livros, sempre com o intuito de minimizar seus riscos. Já em relação à inadimplência, o banco possui índices baixos que não comprometem o bom andamento da empresa. Podemos observar que existe uma diminuição gradativa desta inadimplência em conseqüência de uma melhora significativa na qualidade dos procedimentos de abertura de crédito, que estão sendo melhores utilizadas a cada ano. Desta forma, podemos afirmar que o Banco Real Agência Epitácio Pessoa, utiliza a melhor maneira possível nos procedimentos de abertura de crédito. Como resultado, está obtendo baixos índices de inadimplência. Esse índice baixo fez com que a empresa minimize seus riscos e proporcione segurança aos seus acionistas e parceiros. 58 REFERÊNCIAS ASSAF, Alexandre. Mercado Financeiro. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2001. BLATT, Adriano. Avaliação de Risco e decisão de crédito um enfoque Prático. São Paulo: Nobel, 1999. BLATT, Adriano. Avaliação de Risco e decisão de crédito um enfoque Prático. São Paulo: Nobel, 1999. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002. LEONI, Geraldo. Cadastro, crédito e Cobrança. 2 ed. São Paulo. Atlas. 1997. OLIVEIRA, Silvia Luiz de. Tratado de Metodologia Cientifica: projetos de pesquisas, TGI, TCC, monografias, dissertações e teses. São Paulo. Pioneira Thomson Learning, 2002. PAIVA, Carlos Alberto. Administração do Risco de Crédito. Rio de Janeiro: Qualitymark ed. 1997. ROSS, Stephen A. Administração Financeira/ Stephen A. Ross, Randolph W. Westerfield, Jefrey F. Jaffe; tradução Antonio Zorato Sanvicente. -São Paulo: Atlas, 2002. SANTOS, José Odálio dos. Análise de Crédito: empresas e pessoas físicas. São Paulo: Atlas 2 ed.2002. SILVA, José Pereira da. Gestão e análise de risco de crédito. 4.ed. São Paulo: Atlas, 1995. SILVA, José Pereira da. Análise e Decisão de Crédito. São Paulo: Atlas, 1998. SCHRICKEL, Wolf Gang Kert. Análise de Crédito: concessão e gerência de empréstimos. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1997. 59 SCHRICKEL, Wolgang Kurt. Análise de Crédito, Concessão e Gerencia de Empréstimos. São Paulo. Atlas, 1994. Sites: http// www.bacen.com.br. Acessado em: 18/08/2008 Site: www.BancoReal.com.br 60 APÊNDICE