Prof. Aurecley G. da Silva
Empréstimos são um meio importante e
saudável de capitalização e de realização dos
sonhos das pessoas e das empresas.
 Normalmente, os empréstimos são conhecidos
como “capital de terceiros” e negociados em
instituições financeiras, como os bancos, as
factorings e outros intermediários financeiros
autorizados.
 Naturalmente, os empréstimos
têm um custo, que é repassado ao
tomador final.


“ A financeira ou o banco devem fazer um
esforço, para captar recursos na praça, a
ponto de deter um volume satisfatório, que
satisfaça as requisições de montantes de seus
clientes e lhes proveja um retorno aceitável e
digno. Neste sentido, é freqüente que uma
financeira ou um banco se veja a captar
pequenos volumes de numerosos poupadores
e aplicadores (SUPRAVITÁRIOS), para dispor
de linhas de crédito que atendam aqueles que
precisam de empréstimos (DEFICITÉRIOS)”.

Há portanto um sacrifício e uma estrutura de
captação, que é remunerada pelo tomador do
empréstimo. Ele repassa este serviço à
financeira, que se imbui da responsabilidade
de encontrar os poupadores – leiam-se eles
como os capitalistas passivos – que dispõem
de dinheiro para fazer aplicações. Estes
aplicadores buscam receber taxas altas para
os seus depósitos, o que pode puxar as taxas
dos empréstimos para cima.

A dinâmica das taxas de juros negociadas
pelas instituições financeiras com seus
clientes define o retorno (SPREAD) e o custo
do capital. Decorre que ao dirigir-se a um
intermediário financeiro, enfatize esta
dinâmica que é a base da negociação e há de
ser considerada pelo tomador em potencial.
“Veja medidas importantes para
ser um bom tomador de
empréstimos e evitar
dissabores com o mercado
financeiro, é importante que as
medidas a seguir sejam
monitorados, acompanhados e
resultem no sucesso pretendido
com o alcance do crédito”.
1) Esteja informado. Saiba quais são as
condições gerais e específicas do mercado de
crédito. Procure obter dados e informativos,
que destacam a política monetária, as linhas
de crédito disponíveis, as características
principais das linhas de crédito e os
intermediários que podem atender em
potencial seus desejos;
aprendizado

tempo

2) Visite e conheça os agentes das
intermediarias financeiras. As financeiras
terão o maior prazer em conhecer a sua
pessoa, as suas necessidades e os seus
objetivos. Afinal de contas, o cliente é seu
alvo e há de ser conquistado. Descreva suas
necessidades e anote as propostas que
recebe, para compará-las e verificar quem
oferece condições mais vantajosas;

3) Com paciência e detalhadamente
questione as condições contratuais e
pergunte ao intermediário o que lhe parecer
uma dúvida, para ter certezas na operação
por fazer. Um bom empréstimo é feito com
um contrato transparente, coerente e
aderente. Ele deve ter todas as condições de
uma operação, bem estipuladas, para não
deixar margem de dúvida. De preferência, o
contrato deve ser fácil de ler e compreender,
dispondo de letras legíveis e que dispensam
lupas, de tão pequeninas que podem ser
certas letrinhas;

4) Tome preços e condições de pelo menos
três intermediários. Ao levantar as propostas,
busque várias alternativas. Não
necessariamente a primeira será a melhor.
Quanto maior for o volume de recurso
procurado, tanto mais valerá a pena buscar
opções e comparar preços, prazos, garantias,
e valores de prestações.

5) Verifique como são feitos os cálculos de
juros a pagar pelo crédito que for tomado. É
bastante comum que cada intermediário
tenha um método aceito, correto, mas
diferenciado de calcular o custo do capital.
Pergunte-se e verifique se a taxa com a qual
se comparam os credores é a mesma: se
efetiva, ou real, ou nominal, ou por dentro ou
por fora.

6) Note se o intermediário divulga
informações e dados regulares sobre a sua
operação, em data e prazo confortável, para
regularizar as operações. Bom é não ter
contratempos, nem surpresas. Então, esperase que o intermediário seja um bom parceiro,
que ensina e informa o tomador, apoiando e
explicando satisfatoriamente as operações
em seus detalhes;

7) Verifique em que medida a financeira se
compromete em realmente lhe oferecer um serviço
personalizado, que é acompanhado por um oficial ou
gerente de crédito com expertise e que não é
descartado a qualquer hora e sem aviso, pela
instituição. É importante para um cliente ser tratado
como um rei. Afinal de contas, se ele paga em
dinheiro, que é uma mercadoria raríssima na praça
brasileira, que todos querem, espera-se um bom
tratamento, diferenciado. Evite instituições que
mudam a toda hora seus atendentes, posto que um
poderá não repassar o seu “caso” específico a outro
atendente, e aí seu serviço personalizado desaparece.
Também evite quem não explica o ato de demitir ou
fazer rodar seu oficial de crédito, posto que é
respeitável o tempo gasto na explicação de suas
necessidades, características e interesses. Repetir
tudo de novo tem altos custos para o cliente;

8) Faça um levantamento do perfil de risco do
seu credor. Um bom credor tem atributos, que
dão evidências de qualidade, poder, capacidade,
respeitabilidade e estabilidade. Deve-se tomar
crédito de preferência do agente que tem
conhecimentos e técnicas comprovadas na área
de crédito; que tem fundamentos evidentes de
liquidez e de retorno institucional; que apresenta
capacidade de atender bem, rapidamente e com
solicitude as demandas do cliente; de quem está
em dia com suas obrigações fiscais, monetárias,
sociais e de responsabilidade comunitária; e que
tem endereço certo, com nome bem estabelecido
na praça;

9) Verifique as suas necessidades verdadeiras e
cheque se a instituição tem condições de atendêlas. Ao tomar um empréstimo, ele fará
provavelmente parte de uma estrutura de
capitais, composta de capitais próprios e de
terceiros. Pergunte-se se o aporte do
empréstimo será útil; se gerará o caixa ou o
resultado desejado; se pressionará e em quanto
o seu orçamento presente e futuro; e se as
condições gerais da combinação de créditos
vai alavancar mesmo os seus interesses.
Caso positivo, haverá bons indicadores
para tomar empréstimo;

10) Combine seu crédito com a sua capacidade
de pagar. Um bom casamento deve ser feito,
para que se devolva e pague o que se deve. Pagar
e devolver satisfatoriamente o devido, é muito
mais que um ato moral e o dever de um bom
cidadão. Pagar bem é abrir para si mesmo as
portas de oportunidades melhores e maiores. Ou
seja, o bom pagador é premiado pelo que faz,
pela sua decência e se capacita ao apoio de mais
e maiores financeiras e bancos, crescendo e
somando pontos, para um desenvolvimento
melhor e maior. Portanto, evite os calotes, os
inadimplementos e os estresses financeiros, que
são contraproducentes.
“O bom tomador ganha fama. Assim, a ele se
dirigem os credores.”
Pagando em dia o devido, o cliente tomador
vê rapidamente estender-se à sua frente um
leque maior de oportunidades, que lhe
garantirá créditos mais diversificados e cada
vez maiores no volume.
Desta forma, atender as necessidades do
devedor em face aos interesses do credor,
num procedimento adequado, é certamente
trilhar o caminho do sucesso”.
Em tempos de crédito farto, em que o dinheiro
praticamente bate à nossa porta, é preciso ser
forte para resistir à tentação de pagar juros por
algo que não é necessário só porque está
disponível e fácil de usar.
Lembre-se que a qualidade de vida e o
pagamento de juros são grandezas inversamente
proporcionais. Ou seja, quem paga muitos juros
tem pouca qualidade de vida.. Para os
especialistas, as pessoas ainda não se deram
conta de quanto é verdadeira essa afirmação.
"Uma coisa é dizer que posso gastar uma parte
do meu salário com lazer e outra é dizer que vou
gastar com pagamento de dívidas”.
Por tanto, para aumentar
sua qualidade de vida, foi
preparado este roteiro
com sete itens que farão
você refletir se está na
hora de se endividar ou
não.

antes de se deixar envolver por apelos do
tipo "você merece" ou "realize todos os seus
sonhos", responda com sinceridade à
seguinte pergunta: eu preciso fazer esta
compra ou eu apenas quero?

Ainda que precisar, não se endivide
sem antes planejar o orçamento
doméstico. É fundamental saber
quanto é possível gastar sem
comprometer as despesas fixas como
conta de água, luz, telefone, escola,
plano de saúde, etc., devendo ainda
deixar uma reserva para emergência.

Não adianta gastar mais do que ganha, porque
depois não vai conseguir pagar. "Descubra qual é
a sua capacidade de endividamento, que não é
um número fixo para todas as pessoas. Uma vez
definida, não deve ser ultrapassada de forma
alguma". Em financiamentos da casa própria, por
exemplo, os bancos não costumam aceitar um
comprometimento da renda superior a 25%. Este
poderia ser um parâmetro para outros
endividamentos.

Outro aspecto importante é avaliar
se a necessidade da compra é
imediata ou se dá para esperar um
pouco. Se der, tente seguir a regra
de ouro para nunca ficar endividado:
primeiro poupe, depois compre. "O
ideal seria nunca precisar de
crédito". Basta lembramos que, junto
com o crédito, vem também o
pagamento dos juros. "E o Brasil
continua a ocupar a posição nada
honrosa de segundo país com juros
mais altos do mundo”.

No Brasil as pessoas não têm o hábito de pagar à
vista, nem de fazer o planejamento financeiro. Por
isso, gastam em média 20% do que ganham com
juros. O ideal seria pagar à vista e pedir desconto. "Se
a loja te oferece 5% de desconto à vista, as pessoas
desprezam, mas é um ótimo negócio. Que aplicação
financeira rende 5% na hora?"
Além disso, não se deve ter vergonha de pechinchar.
Pesquise os preços e peça descontos. Prefira comprar
com quem oferece um abatimento no preço. Se o
lojista divide o preço à vista em seis vezes no cartão,
é claro que há juros embutidos no preço. Exigir o
desconto mostra inteligência.

Outro erro é sair por aí passando cheques
pré-datados sem controle. Para quem tem
um salário que não é elástico, deve pesar
cada real antes de gastar. "No primeiro
mês você está devendo para um ou dois.
No segundo mês, já deve para três ou
quatro. No quarto ou quinto mês,
logicamente você já perdeu a conta
de quanto está devendo".

O cartão de crédito é um risco à parte. Nunca
se deve consumir demais e começar a pagar
só o mínimo, porque os juros fazem a dívida
se multiplicar em pouco tempo. Quando isso
acontece, dificilmente a pessoa consegue
pagar a dívida sem ter que se desfazer
de algum bem ou solicitar outro
empréstimo. "É uma das piores
formas de financiamento“.
Quem põe em prática o planejamento
financeiro, pode até realizar os desejos do
"eu quero", sem comprometer o orçamento.
Administrar o dinheiro que se tem, seja muito
ou pouco, não é pão-durismo, mas uma
forma de fazer com que o dinheiro trabalhe
sempre a seu favor.
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o consumidor eos produtos de credito