Cantinho Imobiliário
15 de junho a 15 de julho ❖ Ano 2 ❖ Nº 15 ❖ Página 27
Boa hora para quem vai
comprar a sua primeira residência
O mercado imobiliário está bastante
atraente para as pessoas que estão investindo em realizar o seu sonho de possuir a
sua casa própria.
Por volta do ano de 2004, muitas pessoas que queriam comprar a sua primeira
residência viram o seu sonho desaparecer.
Era muito difícil se conseguir uma casa,
pois o inventário de imóveis residenciais
estava muito baixo com relação à grande
procura que estava havendo. E quando se
encontrava algo, não se podia dar o luxo
de ir para casa e pensar, mesmo sendo o
maior investimento a fazer, se essa era realmente a casa que gostariam de possuir. E
para complicar mais, em uma casa tinham
que competir com inúmeras ofertas, onde
a grande maioria era mais do que o preço
que a casa valia. E nesta situação, os futuros proprietários tinham que ter dinheiro para pagar a diferença entre o que foi
oferecido para a compra da casa e o que a
casa realmente valia.
Muitos desistiram e, decepcionados, se
convenceram que realmente estavam fora
do mercado imobiliário e que a única saída era continuar alugando.
Agora, chegou a hora para que estas
pessoas possam realizar o seu sonho de
ter o seu próprio cantinho.
Em termos imobiliários, já vimos que
o inventário de imóveis está altíssimo e a
procura ainda está relativamente baixa.
Algumas coisas mudaram na parte de
financiamento.
Conversamos com um Mortgage Advisor, Jack R. Achterberg, da empresa My
Mortgage Company, em Deland, FL, a respeito do assunto e de programas disponíveis para financiamento hoje.
Jack, que trabalha facilitando empréstimos desde 1998, nos diz que no mercado
atual temos quatro tipos de empréstimos:
convencional, FHA, VA e USDA.
Os empréstimos convencionais foram
os que sofreram as mudanças mais radicais. Normalmente, com estes empréstimos, tem que se dar 5% de entrada ou
mais, dependendo de vários fatores, incluindo o crédito, tipo de propriedade e
localização da mesma.
Em empréstimos com menos de 20%
de entrada, é necessario que se pague PMI,
que é um seguro que protege o banco em
caso de não pagamento do comprador.
Os empréstimos FHA são empréstimos assegurados pelo governo. A HUD,
Housing and Urban Development, dita os
requerimentos para o empréstimo e assegura este empréstimo aos bancos. Com
este empréstimo, a entrada é de 3%. Os
requerimentos para este empréstimo são
um pouco mais flexíveis do que para os
empréstimos convencionais.
Os empréstimos VA são semelhantes
ao FHA, mas eles são assegurados através da Administração de Veteranos. Estes
empréstimos são dados para veteranos ou
militares que estão servindo o país, estes
não precisam dar nenhuma entrada, são
financiados 100% do preço da compra. Os
requerimentos para este tipo de empréstimo são menos rígidos quando comparados com empréstimos convencionais.
Os empréstimos USDA são de áreas
rurais. Estes também são empréstimos
assegurados pelo governo. Este programa administrado pelo Departamento de
Cultura Americano, oferece 102% de financiamento em áreas designadas. Este
programa tem características individuais
muito atraentes para quem está comprando a sua primeira casa. O empréstimo de
102% é dado de acordo com a avaliação
da casa e não de acordo com o preço de
compra. Isto permite que algumas partes
do closing cost sejam financiadas. Existe
também uma taxa de 2% que é cobrada.
Esta pode ser financiada com a finalidade
de não ter PMI nos pagamentos mensais.
Neste tipo de empréstimo, não é difícil se
comprar uma casa sem colocar nenhum
dinheiro de entrada.
O número relacionado ao crédito não
é a única coisa levada em consideração
para se conseguir um empréstimo. O que
é mais olhado hoje é o perfil do crédito.
Em empréstimos convencionais, 620 é o
mínimo que o crédito poderá ter para se
conseguir um empréstimo. E, apesar dos
empréstimos assegurados pelo governo
não ter uma estipulação mínima, os bancos procuram no mínimo 580 ou mais.
Repetimos, novamente, que não é só o
número do crédito, mas o completo perfil
do crédito de quem está aplicando para o
empréstimo.
Existem alguns tipos de programas com
a ajuda financeira para dar de entrada em
uma propriedade.
Quem está vendendo um imóvel pode
fazer uma doação a uma entidade que não
visa lucro, e esta poderá dar de presente ao
futuro proprietário para lhe ajudar a dar
entrada na casa. Esta quantia não precisa
ser paga de volta, não é um empréstimo.
Os programas de assistência para a entrada do seu imóvel oferecidos pelo estado
ou município são preferíveis aos olhos dos
bancos. Alguns exigem que esta assistência seja paga de volta, parcialmente ou em
valor total.
Dependendo do empréstimo, o programa de assistência com a entrada pode ou
não ser usado. Os programas assegurados
pelo governo são mais flexíveis quanto ao
uso destes programas.
De acordo com Jack, ele diz que sempre
existe o risco involvendo imóveis. Com os
requerimentos mais rígidos dos bancos, fi-
nanciamento
está um pouco mais difícil.
Porém, ótimas
opções ainda Vera Mendonça - Realtor
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rem empréstimo. E, para o futuro comprador responsável, esta deverá ser a hora para comprar.
As casas estão mais acessíveis e os juros
estão nos níveis mais baixos já vistos.
É claro que o comprador deve entender
que possuir um imóvel é obter uma longa
dívida, mas esta depois se transforma em
um bem.
Estar pensando em comprar para vender rápido pode ser um tremendo desastre, diz Jack.
Os preços das casas vão estabilizar em
certo ponto e depois voltarão a subir. Esperar e não reconhecer que já se chegou
ao fundo do poço pode fazer algumas pessoas “perderem o trem”.
A verdade é que hoje existem muitas
opções de compra e os bancos estão fazendo empréstimos todos os dias.
Talvez sejam um pouco mais rígidos,
mas com a combinação de juros e preços
fantásticos, vale a pena sair do aluguel.
Para mais informações sobre estes programas, entre em contato com: www.HUD.gov
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Boa hora para quem vai comprar a sua primeira